PROCESSOS PSICOTERÁPICOS: ABORDAGEM HUMANISTA EXISTENCIAL I
AULA 9. Temas Existenciais e Psicoterapia
ANGERAMI, V. A. Psicoterapia Existencial: noções básicas. Belo Horizonte: Artesã, 2018. (P. 31-65).
Existência – diz respeito a um movimento de dentro para fora. Etimologicamente o termo
“existência” significa estar fora de (ek sistere). Em Heidegger, a palavra existência designa toda a riqueza das relações recíprocas entre o Dasein e o ser. Liberdade – é uma qualidade inerente ao ser humano, da qual ele não pode se esquivar. Ao discorrer sobre a liberdade, afirma J. P. Sartre: “O homem está condenado a ser livre”. Embora não tenha domínio sobre as contingências que o circundam, o homem sempre pode escolher como irá reagir mediante tais contingências. Solidão – toda escolha é sempre única e exclusivamente minha. A liberdade traz o corolário da solidão. Jamais poderei dividir com outros a responsabilidade por minhas escolhas: isto é solidão. Essência – para os existencialistas, a existência é, ela mesma, a essência do ser. Ser-no-mundo – este termo indica uma contínua relação entre o Dasein e o mundo que o circunda. Significa que o ser não se encontra no mundo isoladamente, mas habita um mundo que é sempre mundo compartilhado. Morte – Dasein é um ser para a morte. O reconhecimento da limitação de nossa vida (finitude) é decisivo para a apropriação do cuidado. Ou seja, para a compreensão sobre a responsabilidade que temos para com nossa própria vida e nossas relações com o mundo que nos circunda. Sentido da vida – é como uma força propulsora que motiva o homem a abrir um caminho diante do nada. Cabe a ele traçar o seu próprio trajeto, a despeito dos apelos da cotidianidade, que tenta impor sentidos aleatórios. Transcendência – é a capacidade humana de ultrapassar aquilo que foi concretamente estabelecido, inclusive de ultrapassar a si mesmo.