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DEPARTAMENTO DE MÁQUINAS
SEMINÁRIO Nº02
GRUPO Nº 3
Discentes:
De modo a não termos perdas de produção e importante que conheça –mós como estes operam e
entender o seu comportamento energético de modo a não termos surpresas no âmbito da utilização.
Com mais clareza os compressores volumétricos (alternativos) são aqueles que capta o ar ambiente
e eleva a sua pressão, mas estes possuem êmbolos que podem dispor –se (em linha, em v, em w)
nos compressores e podem ser de simples estágio ou duplo estágio.
Estes podem ser analisados a partir da lei dos gases, primeira e segunda lei da termodinâmica em
termos de massa do ar, temperatura, pressão, volume, quantidade de calor ganho ou rejeitado,
trabalho e eficiência do mesmo. Para mais detalhes são traduzidos com mais clareza todos estes
fenômenos que acontecem com estes tipos de compressores mais adiante.
2. Introdução
O presente trabalho irá abordar sobre Compressores de Ar focando – se na análise energética dos
compressores alternativos. Os compressores são equipamentos de grande importância e
aplicabilidade para auxiliar em outras máquinas assim como para atividades nas indústrias de
produção. Entretanto há uma necessidade em fazer – se o estudo destas maquinas, tendo como
principal aspecto fenômenos termodinâmicos, destes de modo a procurar saber – se como se
comportam estes quando em funcionamento em relação as energias que estão associadas no seu
funcionamento. E útil saber que se muita energia é perdida para o meio ambiente em um sistema
energético menor será a eficiência, e nestas maquinas em estudo muita energia e gasta no trabalho
de comprimir o ar. Parte dessa energia aparece na forma de calor e não obstante muitas vezes não
tem utilidade, sendo necessário o uso de diversas instalações para retirar este calor. Em seguida
iremos ver como podemos estudar estas maquinas e com isso será importante muita atenção ao
leitor de modo que se perceba com clareza este assunto.
3. Desenvolvimento
Sabe – se que o ar esta em abundancia na natureza, mas este ar encontra – se a uma pressão menor
em relação a pressão necessária para por exemplo acionar uma máquina principal ou para
atividades de limpeza, e se estivesse a estas pressões o homem estaria em extinção. Então assim
sendo, houve uma maneira de se pensar em como termos essa pressão elevada acima da pressão
atmosférica para colmatar – se alguns problemas e para aumentar a produção. Desta forma o
homem sendo inteligente criou – se mecanismos de se pensar em uma máquina que pode – se
efetuar a compressão do ar atmosférico a esta máquina chama – se de compressor de ar.
O ar atmosférico admitido pelo compressor de ar, apesar de ser filtrado à entrada (filtro primário),
contém várias impurezas, invisíveis a olho nu. Entre elas, podemos destacar duas principais: vapor
de água (umidade) e particulados (poeiras). Após a compressão, pode ocorrer a contaminação do
ar com o óleo lubrificante do compressor, e, devido ao processo de compressão, a temperatura do
ar se eleva consideravelmente dentro do compressor.
Figura 1: Visão tridimensional de uma instalação de geração de ar comprimido.
3.1.Compressores alternativos
Quando trata – se de compressores alternativos ou seja de êmbolo temos saber que estes podem se
encontrar na máquina na forma horizontal ou vertical, assim como o número de cilindros podem
ser classificados como de simples efeito ou de duplo efeito.
Figura 2: alguns tipos de compressores a pistão.
Fonte: Rocha e Monteiro (2005).
3.1.1.Componentes
É de grande importância e relevância termos em conta aos componentes principais que compõem
estes tipos de compressores para melhor operar com estas maquinas. Segundo Touza (2015), estes
componentes são:
Conjunto de acionamento: é composto pelo cárter de óleo, mancais, cruzeta, volante, eixo
virabrequim e outros. Serve para transformar o movimento rotativo do acionador por
movimento alternativo da haste.
Conjunto de compressão: é formado por haste, pistão, selagem, válvulas, anéis de
compressão, cilindro, tampas e válvulas, e ficam todos dentro do cilindro.
Sistemas auxiliares: são itens importantes para o correto funcionamento da máquina que
são o sistema de refrigeração, sistema de lubrificação, garrafas e tubulações e sistema de
monitoração e proteção.
Um componente muito importante é o inter-resfriador (intercooler) que serve para diminuir
a temperatura do gás entre estágios. A redução da temperatura do gás diminui o consumo
de energia do compressor.
3.1.2.Ciclo da compressão
Em 2015, Touza disse que a análise de ciclo de compressão deve ser feita por meio de um diagrama
(PV) ou seja, pressão em função do volume no qual este ciclo corresponde a admissão, compressão
propriamente dita, expansão e a descarga.
De maneira a se explicar o primeiro diagrama (ideal), em 2015, Touza disse que estes podiam ser
explicados da seguinte maneira:
Admissão (sucção)
Compressão
O ciclo inicia no ponto 1 que é o ponto morto. As válvulas estão fechadas e o pistão começa seu
movimento, reduzindo o espaço que o gás ocupa e aumentando a pressão do gás até a pressão de
descarga.
Expansão
O ponto 3 é o ponto superior e onde a pressão se iguala a pressão de descarga e fecha a válvula. O
pistão começa a retornar para a posição inicial, fazendo o gás confinado no volume morto se
expandir, diminuindo sua pressão.
Descarga
Então com o avanço do pistão, a pressão vai subindo até abrir a válvula e descarregar o gás para a
linha.
Entretanto o ciclo real diferencia – se do ideal porque existem perdas, e assim sendo o seu
rendimento não será de 100%, veja a figura a seguir:
Para analisar estes tipos de compressores antes devemos ter conhecimento de algumas variáveis
que serão importantes para estas analises, sendo assim:
𝐸𝑓 − 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟;
𝑘 − 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑜;
𝑛 − 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑜𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑜;
𝐶𝑃 𝑒 𝐶𝑉 − 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑖𝑓𝑖𝑐𝑜𝑠;
𝑊 − 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑟;
𝑃 − 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜;
𝑉 − 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒;
𝑇 − 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎;
𝑚 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜;
Figura 7: Diagrama PV ilustrando o comportamento do coeficiente politrópico e isentrópico.
Fonte: Rocha e Monteiro (2005).
n, o processo é politrópico;
𝑃. 𝑉 = 𝑅. 𝑇 𝑒 𝑅 = 𝐶𝑝 . 𝐶𝑣 eq. (1 e 2)
𝑅.𝑇 𝑑𝑃
𝑑𝑃 = (𝐶𝑝 − 𝐶𝑣 ). 𝑇. eq. 3
𝑃 𝑃
𝑃 𝐶𝑝 𝑇
ln (𝑃2 ) = 𝐶 ln(𝑇2 ) eq. 4
1 𝑝 −𝐶𝑣 1
1
Lei de Boyle-Mariotte, Lei de Gay-Lussac e Lei de Charles que relacionam os três parâmetros (pressão, volume e
temperatura de um gás).
𝐶𝑝
𝑘=𝐶 eq. 5
𝑉
Assim:
𝐶𝑝
⁄𝐶 𝑘
𝑉
𝐶𝑃 𝐶 = 𝑘−1 eq. 6
⁄𝐶 − 𝑉⁄𝐶
𝑉 𝑉
Então:
𝑘
𝑃2 𝑇
= ( 2)𝑘−1 eq. 7
𝑃1 𝑇1
NOTA: esta última equação relaciona as pressões e as temperaturas numa compressão adiabática
e isentrópica reversível, levando – se em conta ainda as demais simplificações já efectuadas. A
temperatura de descarga adiabática fica:
1−𝑘
𝑃
𝑇2 = 𝑇1 ( 1) 𝑘 eq. 8
𝑃2
Na maioria dos compressores industriais alternativos ou não, não são isolados, de modo que as
trocas de calor com o exterior não são nulas. A quantidade de calor perdido, pode ser estimada
por:
𝑞 = ℎ. 𝐴. ∆𝑇 eq. 9
Onde:
𝑇2 +𝑇1
∆𝑇 = [ − 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ] eq. 10
2
NOTA: o coeficiente de transferência de calor pode ser estimado por procedimentos convencionais
e sugere – se o uso de 14𝑤/𝑚2 . 𝑘.
Antes podemos saber como determina – se o coeficiente politrópico (n) e em seguida analisar o
calor que e rejeitado neste processo:
𝑅𝑇 𝑃 𝑛−1 𝑇 𝑛
𝑉= 𝑒 ( 2) = ( 2) eq. 11
𝑃 𝑃 1 𝑇 1
𝑃 𝑃
ln(𝑃2 ) ln(𝑃2 )
1 1
𝑛= 𝑃2 𝑇 = 𝑃2 𝑇1 eq. 12
ln( )−ln( 2 ) ln( )
𝑃1 𝑇1 𝑃1 𝑇2
𝑞 − 𝑊 = ∆ℎ eq. 13
Sabendo que:
Então:
𝑛𝑅
𝑞𝑟𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = ∆ℎ + 𝑊𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙 = 𝐶𝑝 (𝑇2 − 𝑇1 ) − (𝑇2 − 𝑇1 ) eq. 15
𝑛−1
𝐶𝑝
𝑅 = 𝐶𝑝 − 𝐶𝑣 𝑒 𝑘 = eq. (15 e 16)
𝐶𝑣
2
Pelo princípio da conservação de energia, sabemos que um Sistema jamais pode criar ou destruir energia, portanto,
se um sistema recebe energia, esta deve estar armazenada ou fornecida para o meio ambiente, sob forma de trabalho,
ou devem acontecer duas coisas em simultâneo (Q=W+∆U).
(𝑛−𝑘)
𝑞𝑟𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝐶𝑝 (𝑛−1) (𝑇2 − 𝑇1 ) q. 17
𝑃
𝑞𝑟𝑒𝑗𝑒𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜 = 𝑊𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙 = −𝑅𝑇1 ln ( 2) eq. 18
𝑃 1
𝑃1 𝑉1
𝑚1 = = 𝑃1 𝑉1 eq. 19
𝑅.𝑇1
𝑃4 𝑉4
𝑚4 = = 𝑃4 𝑉4 eq. 20
𝑅.𝑇4
𝑇1 = 𝑇4 𝑒 𝑃1 = 𝑃4 eq. 21
𝑃1 𝑉1 −𝑉4
𝑚𝑠𝑢𝑐 = [𝑉1 − 𝑉4 ] = = [𝑉1 − 𝑉4 ]. 𝑃1 eq. 22
𝑅.𝑇1 𝑉1
𝑃2 𝑉2 −𝑉3
𝑚𝑑𝑒𝑠𝑐 = 𝑚2 − 𝑚3 = [𝑉2 − 𝑉3 ] = = [𝑉2 − 𝑉3 ]. 𝑃2 eq. 23
𝑅.𝑇2 𝑉2
Em 1999, Santos disse que para analisarmos energeticamente os compressores (alternativos) temos
que ter em conta aos processos que regem a estes quando em funcionamento que são:
𝑊 = −𝑅(𝑇2 − 𝑇1 ) eq. 24
Figura 8: processo isobárico (diagrama PV).
Fonte: Touza (2015).
𝑤=0
𝑉2 𝑃2
∆𝑈 = ∆ℎ = 0; 𝑊 = −𝑅𝑇𝑙𝑛 = 𝑅𝑇𝑙𝑛 eq. 25
𝑉1 𝑃1
Figura 10: processo isotérmico (diagrama PV).
Fonte: Touza (2015).
𝑇2 𝑉 𝑘−1
= ( 1) eq. 26
𝑇1 𝑉2
𝑛−1
𝑛 𝑃1 𝑛
𝑊 = 𝑅𝑇1 [( ) −1 eq. 26
𝑛−1 𝑃
2
Figura 12: processo politrópico (diagrama PV).
Fonte: Touza (2015).
NOTA: um processo politrópico sugere um modelo com alguma versatilidade, que é intermediário
entre o isotérmico e o adiabático.
𝑉3
𝜀= eq. 27
𝑉1 −𝑉3
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑉1 𝑛
=( ) eq. 28
𝑃1 𝑉3
1+𝜀 𝑛
𝑃𝑚𝑎𝑥 = 𝑃1 ( ) eq. 30
𝜀
3.2.3. Rendimento ou eficiência volumétrica
Real:
𝑚𝑠𝑢𝑐 𝑚𝑠𝑢𝑐
𝐸𝑓𝑣𝑜𝑙 = = eq. 31
𝑚𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑐𝑐
Onde:
𝜋𝐷2
𝑉𝑐𝑐 = 𝐿 eq. 32
4
Aparente:
𝑉1 −𝑉4
𝐸𝑓𝑣𝑜𝑙𝑎𝑝 = eq. 33
𝑉1 −𝑉2
Isentrópico:
𝑊𝑠𝑢𝑐𝑐𝑎𝑜
𝐸𝑓𝑖𝑠𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑎 = eq. 34
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜
Isotérmico:
𝑊𝑇𝑒𝑟𝑚𝑖𝑐𝑜
𝐸𝑓𝑖𝑠𝑜𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 = eq. 37
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜
Politrópico:
𝑊𝑝𝑜𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑜
𝐸𝑓𝑝𝑜𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑝𝑖𝑐𝑎 = q. 38
𝑊𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜
4. Conclusão