Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
1.1 Introdução
Um sistema é considerado não linear sempre que apresentar, pelo menos, um componente
ou um sub-sistema não linear.
Por que implementar uma estratégia de controle não linear?
• Análise das não linearidades fortes - outra suposição admitida no controle linear é que
o modelo de sistema pode ser linearizado. No entanto, os sistemas podem apresentar
não linearidades, cuja natureza descontínua, não permite a aproximação linear. Pode-
se considerar como uma não linearidade forte o atrito de Coulomb, uma saturação,
zonas mortas, backlash, histerese. Estas características são frequentemente encontrados
sistemas reais.
• Simplicidade de projeto - Projetos de controladores não lineares podem ser mais simples
e mais intuitivos do que projetos de controladores lineares para um mesmo sistema.
2 Capítulo 1. Caracterização de sistema não linear
Este resultado paradoxal deve-se ao fato que os controladores não lineares são, muitas
vezes, profundamente baseados no comportamento físico das plantas. Para dar um
exemplo muito simples, considere um pêndulo balançando em torno de um eixo no plano
vertical. A partir de um ângulo arbitrário inicial, o pêndulo vai oscilar e parar em um
ponto qualquer devido ao atrito no eixo. Embora o comportamento do pêndulo pode
ser analisado perto do ponto de equilíbrio por linearização, fisicamente, sua estabilidade
tem muito pouco a ver com os autovalores de uma matriz do sistema linear. Isso porque
a energia mecânica total do sistema é progressivamente dissipada pelo atrito até que o
pêndulo venha parar em uma posição de mínima energia.
As não linearidades podem ser classificadas como inerentes do sistema (naturais) ou intenci-
onais (artificiais). Não linearidades inerentes são aquelas introduzidas pelo hardware do sistema
ou que são características da natureza da planta, como por exemplo a força centrípeta no mo-
vimento rotacional e o atrito de Coulomb no contato de superfícies em movimento relativo.
Normalmente, tais não linearidades têm efeitos indesejáveis, e sistemas de controle tem que
compensá-los adequadamente. Não linearidades intencionais, por outro lado, são introduzidas
artificialmente pelo projetista. Leis de controle não lineares, como as leis de controle adaptativo
e leis de controle ótimo, bang-bang, são exemplos típicos de linearidades intencionais.
As não linearidades também podem ser classificadas em termos de suas propriedades
matemáticas como contínuas e descontínuas. As não linearidades descontínuas não podem ser
aproximadas localmente por funções lineares, elas também são chamadas de não linearidades
fortes. Um sistema deve ser considerado como não-linear ou linear dependendo da magnitude
das não linearidades e a extensão dos seus efeitos sobre o desempenho do sistema.
m v̇ + k|v|v = u (1.1)
• Se o sistema fosse linear, o tempo de estabilização seria igual para aumentar e diminuir a
velocidade;
u = 1N ⇒ v̇ = 0 ⇒ 0 + |v s |v s = 1 ⇒ v s = 1m/s (1.2)
p
u = 10N ⇒ v̇ = 0 ⇒ 0 + |v s |v s = 10 ⇒ v s = 10 ≈ 3.2m/s (1.3)
ẍ + 0, 6ẋ + 3x + x 2 = 0 (1.6)
1.1. Introdução 5
Num sistema linear instável, a resposta tende ao infinito num tempo infinito. Alguns
sistemas não lineares podem atingir o valor infinito num intervalo de tempo finito.
Considere o sistema
x(t )
µ ¶
ẋ = a 1 + x(t ) (1.7)
c
Com a > 0 e c > 0, a taxa de crescimento não é constante e aumenta com x(t ). A resposta do
sistema é mostrada na figura 4.
6 Capítulo 1. Caracterização de sistema não linear
ẍ = −0, 2 x 2 − 1 ẋ − x
¡ ¢
(1.9)
ẍ + αx + x 3 = 0 (1.10)
p p
Se α É 0, surgem 3 pontos de equilíbrio em x e1 = 0, x e2 = α e x e3 = − α. Veja a figura
Figura 6 – Bifurcações
M ÿ + B ẏ = K x v z (1.13)