Vous êtes sur la page 1sur 53

A Doutrina da Aplicação da redenção.

A Ordem da Salvação – “Ordo Salutis”

Ordo Salutis se refere a sequencia de etapas conceituais envolvidas na


salvação do cristão.

É uma sequencia lógica, e não cronológica; algumas etapas ocorrem


sequencialmente, enquanto outras instantaneamente.

Ex: Justificação é instantânea e precede a santificação, mas também é


verdade que uma pessoa que é justificada pela Fé em Jesus também é
santificada no mesmo momento, ainda que a santificação seja um trabalho
progressivo Deus em parceria com o homem em toda a sua vida.

É a compreensão clássica da Teologia Reformada sobre a maneira pela qual


Deus salva o seu povo.

Ordo Salutis é o arranjo ou a ordem no qual vários benefícios da salvação em


Cristo são aplicados ao pecador eleito.

Ordo Salutis

1- Eleição (a escolha que Deus faz de salvar algumas pessoas)


2- Chamado do evangelho (proclamação da mensagem do evangelho)
3- Regeneração (forma misteriosa na qual há implantação da nova vida)
4- Conversão (fé e arrependimento)
5- Justificação (posição legal perante Deus)
6- Adoção (participação na família de Deus)
7- Santificação (conduta reta de vida)
8- Perseverança (permanecendo um cristão)
9- Morte (partir para estar com o Senhor)
10- Glorificação

*Itens 2-7 (parte do 7) – Estão envolvidos no processo de nos tornarmos cristãos.


*7,8 acontecem nesta vida
*9 No fim da vida
*10 Ocorrerá com Cristo retornar
A Eleição

Definição: O ato divino antes da criação no qual ele escolhe algumas pessoas para
serem salvas, não com base em qualquer mérito previsto nelas, mas somente por
causa do seu beneplácito soberano.

O que o Novo Testamento ensina

Base bíblica

Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do


Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida
eterna.
At 13:48

É significativo que Lucas mencione o fato da eleição quase que de passagem.


É como se fosse uma ocorrência normal quando o Evangelho era pregado.
Como muitos creram?

“Creram todos os que haviam sido designados para a vida eterna”

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito
entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e
aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses
também glorificou.
Rom 8:28-30

E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal ( para
que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por
aquele que chama ), já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como
está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.
Rom 9:11-13

Não foi por causa de qualquer coisa que um dos irmãos tenha feito, mas
simplesmente para que o propósito de Deus conforme a eleição permanecesse.

Pois quê? O que Israel busca isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e
os outros foram endurecidos,
Rom 11:7

Paulo fala explicitamente da escolha que Deus fez antes da fundação


do mundo:

como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos
filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito
de sua vontade, para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu
gratuitamente no Amado;
Eph 1:4-6

Semelhantemente:

com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que antes havíamos
esperado em Cristo;
Eph 1:12

Paulo diz que o fato de os tessalonicences crerem no evangelho


quando ele pregou é a razão pela qual ele sabe que Deus os
escolheu

reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho


não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no
Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso
procedimento entre vós e por amor de vós.
1Th 1:4-5

Ele reforça mais a frente:


Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo
Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade,
2Th 2:13

Não foi por causa de nossas obras ou qualquer coisa boa que
Deus veria no futuro em nós, mas o propósito de Deus de
manifestar e sua graça imerecida reservada na eternidade
passada.

que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas
obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,
2Ti 1:9

1Pe 1:1 – “Aos eleitos de Deus”


1 Pe 2:9 – “Geração eleita”
Ap 13:7,8 – “...adorarão a besta, todos aqueles que não tiveram seus nomes
escritos no livro da vida desde a criação do mundo”
Ap 17:8 ficaram admirados quando virem a besta, todos aqueles que não
tiveram seus nomes escritos no livro da vida desde a criação do mundo.

Continuação

Como o Novo Testamento apresenta o ensino sobre a eleição?

1- Como conforto

Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou;
e aos que justificou, a esses também glorificou.
Rom 8:28-30

Paulo fala aos romanos a respeito da segurança que eles podem ter no
presente, pois se Deus pelo seu eterno propósito os chamou no
passado pela sua graça e misericórdia e no futuro os promete corpos
glorificados e perfeitos aos que creem em Cristo, podem crer com
confiança que aquele sempre agiu em nosso bem, continuará agindo
no tempo presente.

2- Como razão para louvar a Deus

nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o
beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu
gratuitamente no Amado,
Eph 1:5-6

com o fim de sermos para o louvor da sua glória, nós, os que antes havíamos
esperado em Cristo;
Eph 1:12

Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem
cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da
abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo,
reconhecendo, irmãos, amados de Deus, a vossa eleição,
1Th 1:2-4

Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor,
porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e
fé na verdade,
2Th 2:13
Paulo se sentia obrigado a louvar a Deus pela vida dos
tessalonicences, pois sabia que em úlima análise, Deus era o
responsável pela salvação deles.

Portanto é apropriado Paulo agradecer a Deus por eles e não louvá-los


por sua fé.

Entendida desse modo, a doutrina da eleição aumenta o louvor que é


dado a Deus por nossa salvação e diminui consideravelmente qualquer
orgulho que possamos sentir se pensarmos que nossa salvação deve-
se a algo bom em nós ou pelo qual devemos receber crédito.

3- Como encorajamento a evangelização

Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles
obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória.
2Ti 2:10

Paulo via o fato de Deus ter escolhido pessoas para serem salvas
como um encorajamento para continuar pregando o evangelho, mesmo
que isso viesse a trazer algum sofrimento para ele.

A Eleição é a garantia de que haverá algum sucesso na evangelização,


pois ele sabe que algumas pessoas a quem ele se dirige são eleitas.

Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: "Não tenha medo, continue
falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal
ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade".
Act 18:9-10

É como se alguém te convidasse para pescar e te dissesse: “Eu lhe garanto


que você vai pegar algum peixe – eles estão famintos e esperando”

28/04 – Eleição (Continuação)

A Eleição é incondicional

Presciência Absoluta X Presciência Condicional


“A fé e as boas obras são consequências e não a causa da eleição.”

“a predeterminação da salvação ou condenação, funda-se na


presciência. Conseqüentemente, ele não admitia uma ‘predestinação
absoluta’, mas, em todos os aspectos, uma ‘predestinação condicional”
Pelágio”

Pelágio cria que o Pecado não afetou o homem em sua essência e que
o pecado original na verdade afetou apenas Adão e não todos os
homens que vieram depois dele.

A Bíblia ensina que os nossos corações são por natureza


pecaminosos e que por natureza odiamos a Deus. Devido a
isso, as nossas vontades inclinam-se naturalmente para a
maldade, já que as nossas vontades são controladas pelos
nossos corações pecaminosos. E já que nunca somos forçados
a pecar contra de nossa vontade, existe um sentido em que
podemos dizer que as nossas vontades são "livres". Como
pessoas somos livres de fazer o que nos dá prazer, mas
porque somos pecadores, gostamos sempre é de pecar. Isto é
semelhante a um homem que sustém um livro em sua mão e
depois o deixa cair. O livro é agora livre, mas naturalmente cai
no chão. O homem que o soltou não o tem forçado a cair no
chão: aí caiu. Do mesmo modo, ninguém força o pecador a
pecar; ele peca naturalmente porque a sua natureza
pecaminosa controla a sua vontade.
Ele escolhe pecar livre e deliberadamente, mas sempre
escolhe pecar porque a sua natureza é pecaminosa

Conceitos errôneos sobre a doutrina da Eleição

1- A eleição não é fatalista nem mecanicista

Fatalismo: Sistema no qual as escolhas e as decisões humanas


realmente não fazem nenhuma diferença. No fatalismo não importa o
que venhamos a fazer, as coisas acontecem porque tinham de acontecer,
como foi previamente ordenado. Como resultado nossa humanidade é
destruída e a motivação para a moralidade pessoal é removida. Nossa
humanidade e genuína personalidade seriam reduzidas ao nível de uma
máquina.
Contrastando com o conceito mecanicista e fatalista, o N.T apresenta a
realização da nossa salvação como algo produzido pelo Deus pessoal que
se relaciona com criaturas pessoais

“Em amor [Deus] nos predestinou para sermos adotados como filhos”

O ato eletivo de Deus não foi impessoal, mas permeado de amor pessoal
por aqueles a quem ele escolheu.

 Quando a bíblia fala a respeito da nossa resposta ao Evangelho,


nunca nos trata como criaturas mecânicas ou máquinas, mas
como pessoas genuínas.

Jesus convida a cada pessoa:

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu


vos darei descanso” Mt 11:28

“O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele
que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.” Ap
22: 17

Esses e outros convites se dirigem a pessoas genuínas que são capazes


de ouvir o convite e responder a ele por uma decisão de suas vontades.

Em oposição ao fatalismo também vemos no N.T que não fazemos


escolhas deliberadas, mas que nossas escolhas são reais, pois elas
afetam os eventos e o curso real do mundo. Elas afetam nossa vida e a
vida e o destino de outras pessoas

Assim, Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no
nome do unigênito Filho de Deus. Jo 3:18

Nossas decisões pessoais de escolher ou não a Cristo, tem consequências


eternas para a nossa vida e o destino de outras pessoas.

A implicação é que certamente devemos pregar o evangelho, pois o destino


eternos das pessoas depende de proclamarmos ou não o evangelho.

Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: "Não tenha medo, continue
falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal
ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade".
Act 18:9-10
Esse foi o maior tempo que Paulo ficou numa cidade (1 ano e meio), exceto
Éfeso em todas as suas viagens. Paulo sabia que Deus tinha muitos eleitos
ali, por isso permaneceu muito tempo.

2- Eleição significa que não temos a escolha de aceitar ou de


rejeitar Cristo

Segundo essa objeção, a doutrina da eleição nega todos os convites que


apelam para a vontade do homem e que pedem às pessoas para fazerem
escolhas.

Em resposta a essa objeção podemos afirmar que a doutrina da eleição é


plenamente capaz de ajustar a ideia de que temos uma escolha voluntária e
de que fazemos decisões deliberadas aceitando ou rejeitando a Cristo.

Nossas escolhas são voluntárias porque elas são o que queremos fazer e o
que decidimos fazer. E nesse sentido as escolhas são livres porque “Deus
pode operar soberanamente valendo-se de nossos desejos de modo a
garantir que as nossas escolhas aconteçam como ele ordenou.

A suposição errônea que está por trás dessa objeção é que a escolha deve
ser absolutamente livre (isto é, de modo algum causada por Deus) a fim de
que seja uma escolha genuína.

Contudo se Deus nos faz de certo modo e se diz que nossas escolhas
voluntárias são escolhas reais, então devemos concordar que elas são.

3- A doutrina da eleição significa que os descrentes nunca


tiveram uma oportunidade de crer.

Ou seja: se Deus decretou desde a eternidade que algumas pessoas


haveriam de crer, então nunca houve oportunidade genuína para que elas
cressem.Ou seja, o sistema inteiro funciona de modo injusto.

Resposta:

A bíblia nunca diz que os descrentes não tiveram a oportunidade de


crer. Pois tal modo de expressar coloca a culpa em Deus, dando a
entender que os descrentes não são responsáveis por sua
incredulidade e não a escolheram.
Jesus sempre colocava a culpa na escolha deliberada deles em não
aceitá-lo e não em alguma coisa decretada por Deus Pai.
Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque
sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é vosso
pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o
princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é
mentiroso e pai da mentira.
Joh 8:43-44

Jesus diz aos judeus:

Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.


Joh 5:40

Romanos 1:20 torna evidente que todas as pessoas são confrontadas


com uma revelação de Deus tão clara que ela são absolutamente
indesculpáveis.

Esse é o padrão consistente nas escrituras: A culpa da incredulidade


sempre estará nos descrentes e nunca em Deus.

4- A Eleição é injusta

Duas respostas a essa objeção:

a) O fato de que Deus favorece alguns e passa por alto outros, não
dá direito à acusação de que sobre Ele pesa a culpa de agir com
injustiça.

Só podemos falar de injustiça quando uma parte pode


reivindicar algo de outra. Se Deus devesse o perdão do
pecado e a vida eterna a todos os homens seria injustiça se
Ele salvasse apenas um número limitado deles.

Mas o pecador não tem, absolutamente, nenhum direito ou alegação


que possa apresentar quanto às bênçãos decorrentes da eleição
divina.

De fato, ele perdeu o direito a essas bênçãos. Não somente não tem
direito de pedir contas a Deus por eleger uns e omitir outros, como
também devemos admitir que Ele seria perfeitamente justo, se não
salvasse ninguém, Mt 20.14, 15; Rm 9.14, 15.
b) De forma alguma podemos retrucar a Deus ou questionar a sua
justiça. Ele fez o que fez de acordo com a sua soberana vontade.
Ele é o criador e nós, suas criaturas. Em última instância, não
temos base nenhuma para acusá-lo de injustiça.

Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais
resistiu à sua vontade?
Rom 9:19

Essa é a mesma objeção que os homens fazem hoje a respeito da


doutrina da eleição.

Mas aí vem a resposta:

Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto
perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito
sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para
desonra? Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a
conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira,
preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as
riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de
antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os
judeus, mas também dentre os gentios? Rom 9:20-24

 Essa questão atinge profundamente o entendimento que


temos de nós mesmos como criaturas e de nosso
relacionamento como nosso criador.

5- A Bíblia diz que Deus deseja salvar a todos.

o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno


conhecimento da verdade.
1Ti 2:4

Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam


demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não
querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento.
2Pe 3:9
Essas passagens não contradizem a ideia de que Deus escolheu
somente certas pessoas para serem salvas?

A resposta reformada é de que essas passagens nos falam da vontade


revelada de Deus (dizendo o que devemos fazer) e não sua vontade
secreta (seus planos eternos que certamente acontecerão).

Esses versículos simplesmente nos dizem que Deus convida e ordena


que cada pessoa se arrependa e venha a Cristo e não nos dizem nada
a respeito dos decretos secretos de Deus com respeito a quem será
salvo.

Tanto arminianos e calvinistas devem admitir que Deus tenha desejos


mais fortes do que simplesmente a salvação de todos os homens, pois
de fato nem todos são salvos.

Os arminianos alegam que Deus deseja preservar o livre-arbítrio do


homem mais do que salvar todas as pessoas.

Isso cria uma distinção: Por um lado Deus deseja que todos sejam
salvos, por outro, Ele deseja manter a escolha livre do homem. Na
verdade ele deseja mais a segunda coisa que a primeira.

A vontade de Deus está explicitamente revelado no evangelho e todos


concordam, tanto arminianos e reformados

O pensamento reformado alega que mais do que a salvação de todos


os homens Deus tem um profundo interesse e desejo por sua glória.
Rm 9 – A glória de Deus também é promovia pelo fato de algumas
pessoas serem salvas e outras não.

05/05

O Chamado do Evangelho

Paulo fala a respeito de como Deus traz salvação à nossa vida:

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a


esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
Rom 8:30
Embora Ele tenha nos predestinado para a salvação antes da fundação do
mundo, o desenvolvimento real de nossa salvação começou quando ele “nos
chamou”

1- O Chamado Eficaz

É o ato de Deus Pai, falando por meio da proclamação humana do


evangelho, pelo qual ele convoca as pessoas para si mesmo de tal modo
que elas respondem com fé salvadora.

Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que
ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
Act 2:39

2- O AUTOR DO NOSSO CHAMAMENTO.

A nossa vocação é obra do Deus triúno.

O Chamado é um ato divino e primeiramente um ato de Deus Pai, pois é Ele


quem predestina pessoas para “serem conformes a imagem de seu Filho.”
Rm 8:29

a) O Pai
É primeiramente uma obra realizada pelo Pai, 1 Co 1.9; 1 Ts
2.12; 1 Pe 5.10.
Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
1Co 1:9

exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos
chama para o seu reino e glória.
1Tm 2:12

Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes
sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
1Pe 5:10

b) O Filho no chamado
Mas o Pai faz todas as coisas por meio do Filho; e, assim, esta
vocação é também atribuída ao Filho, Mt 11.28; Lc 5.32; Jo 7.37; Rm 1.6
Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Mat 11:28

Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.


Luk 5:32

No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede,
venha a mim e beba.
Joh 7:37

de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo.
Rom 1:6

c) O Espírito Santo no chamado Eficaz


E Cristo, por Sua vez, chama por meio da Sua Palavra e do Seu Espírito,
Mt 10.20; Jo 15.26; At 5.31, 32.

visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.
Mat 10:20

Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;
Joh 15:26

Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o
arrependimento e a remissão de pecados. Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem
assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem.
Act 5:31-32

3. Chamados para...

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de
Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz;
1Pe 2:9

exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos
chama para o seu reino e glória.
1Th 2:12

Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes
sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
1Pe 5:10

Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste
chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas.
1Ti 6:12
Esses versículos indicam que esse não é um chamado sem poder ou
um chamado meramente humano, mas esse chamado é antes de tudo
uma “convocação” vinda da parte do Reino do universo e tem o tal
poder que exige uma resposta dos corações humanos.

É o ato divino que garante resposta.

Esse chamado tem o poder de nos tirar das trevas e nos transportar
para a luz.

“O ouvir o chamamento divino é produzido pela própria graça divina naquele


que antes lhe resistia; e então se acende nele o amor pela virtude, quando
ele pára de resistir”. Santo Agostinho

“a salvação do homem é obra de Deus, do começo ao fim. Por Sua graça


salvadora, Deus não somente capacita o homem, mas também o leva a dar
ouvidos ao chamamento do Evangelho para a salvação”
João Calvino

O Chamado Eficaz é sempre feito através do chamado do chamado Geral


(Vocação interna x Vocação Externa)

De fato, o chamado eficaz de Deus vem por intermédio da pregação humana


do Evangelho.

As pessoas nunca serão salvas pelo poder do chamado independente da


resposta deles a pregação do Evangelho.

Embora seja verdade que o chamado eficaz desperta e produz a resposta


em nós. Devemos sempre insistir que essa resposta seja voluntária, na qual
cada indivíduo voluntariamente coloca sua confiança em Cristo.

4. A ação do Espírito e a Palavra no chamado Eficaz:

Uma descrição clara do chamado eficaz:

Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus,
nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.
Act 16:14

Durante a pregação de Paulo, o Senhor abriu o coração de Lídia para


que esta desse atenção às coisas que o apóstolo falava. Dá-se a
entender claramente que a abertura do coração é precedida pela
vocação externa e é seguida pela vocação interna. Vê-se a unidade
existente entre os dois aspectos da vocação

Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como
que primícias das suas criaturas.
Jas 1:18

pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a


palavra de Deus, a qual vive e é permanente.
1Pe 1:23

A Semente é a Palavra do Evangelho


a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi
evangelizada.
1Pe 1:25

5. Os elementos do chamado do Evangelho

1- Explicação dos fatos concernentes à salvação


a) Todas as pessoas pecaram Rm 3:23
b) A penalidade do pecado é a morte Rm 6:23
c) Jesus Cristo morreu para pagar a penalidade de nossos pecados Rm
5:8
Apenas o entendimento e a concordância a respeito desses fatos não é
o suficiente, deve haver um convite para uma resposta pessoal da parte
da pessoa que vai se arrepender e conviar pessoalmente em Cristo.

2- Convite para responder a Cristo pessoalmente em arrependimento e fé.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e
achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
Mat 11:28-30

Jesus está fazendo hoje esse mesmo convite, todas as vezes que
convidamos as pessoas a se arrependerem de seus pecados e colocarem
sua fé na pessoa de Jesus para a salvação.

Ap 3:20 Jesus também espera uma resposta daqueles que estão morno e
cegos espiritualmente dentro da igreja.

3- A promessa de perdão e vida eterna


Jo 3:16 – Deus enviou seu filho ao mundo para aqueles que cressem não
morram, mas tenham a vida eterna
At 3:19 – Arrependam-se pois e se convertam-se para que sejam
perdoado os vossos pecados.

Jo 6:37 – Jesus nunca rejeitará aqueles que forem até a Ele com o
coração sincero, em arrependimento e fé em busca de salvação.

A importância da doutrina do chamado do Evangelho

Se não Houvesse o chamado do evangelho, nós não poderíamos ser


salvos

Rm 10:14 – E como crerão, naquele de quem nunca ouviram falar?

Através do Evangelho, Deus se dirige a nós na plenitude da nossa


humanidade. Não espera que sejamos salvos de uma forma automática.

Esse chamado envolve nosso intelecto, nossas emoções e nossas


vontades

Ele nos pede para ouvir o seu convite e ir até ele para termos nossos
pecados perdoados e descansarmos nele para a salvação.

A Regeneração
Regeneração é o ato secreto de Deus pelo qual ele nos comunica nova vida
espiritual. Muitas vezes chamado de “nascer de novo” Jo 3:3-8

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele


que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho?
Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito.Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde
vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
João 3:3-8
1- A Regeneração é uma obra exclusiva de Deus.
Não exercemos nenhum papel ativo nesse elemento da aplicação da
redenção. E uma obra totalmente de Deus.

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da


vontade do homem, mas de Deus. Jo 1:13

Os filhos de Deus nasceram de Deus

Assim como não escolhemos nascer e nos tornar vivos fisicamente, do mesmo
modo somos inteiramente passivos em relação à Regeneração.

Fomos gerados por Deus: Tg 1:18; 1Pe 1:3

a) Deus Espírito em especial é o autor da regeneração

E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito


novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei
um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e
farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos,
e os observeis.
Ezequiel 36:26,27

Quando Jesus diz “nascer do Espírito” Jo 3:8 Indica que é a terceira


pessoa da trindade que produz a regeneração
Mas o Pai também tem envolvimento nesse processo Ef 2:5 fala que
“Ele nos deu vida com Cristo” e Cl 2:13 diz que ele nos vivificou
juntamente com Cristo.

b) A conexão entre a Vocação Eficaz e a Regeneração


Duas passagens sugerem que Deus nos regenera ao mesmo tempo em
que nos fala através da vocação eficaz.
1 Pe 1.23,25 Vocês foram regenerados, não de uma semente perecível,
mas imperecível, por meio da Palavra de Deus, viva e
permanente....Essa é a Palavra que vos foi anunciada.

Ti 1:18 – Por sua decisão ele nos gerou pela Palavra da Verdade.

A medida que o Evangelho nos chega, Deus fala por meio dele, chamando-nos
para Si mesmo (vocação eficaz), e nos dá vida espiritual (regeneração) de
forma que somos capacitados a responder com Fé.

A vocação eficaz: Deus pai nos falando poderosamente


A Regeneração: Deus Pai e Deus Espírito operando poderosamente para nos
dar vida.

Essas duas coisas devem ter acontecido simultaneamente enquanto Pedro


pregava o Evangelho na casa de Cornélio.
At 10:44 – “O Espírito Santo desceu sobre todos os que ouviam a mensagem”

GRAÇA IRRESISTÍVEL: É o termo usado para definir o chamado de Deus no


qual ele nos gera uma nova vida, garantindo assim que iremos responder com
uma fé salvadora.
O Entendimento errado desse termo é o de que não é uma escolha voluntária
e deliberada do homem.

2- A natureza da Regeneração é um mistério

apesar de sabermos que estávamos mortos e que o Espírito nos


vivificou e que num sentido bem verdadeiro nós realmente “nascemos
de novo” (Jo 3:3,7; Ef 2:5; Cl 2:13), não sabemos bem como Deus nos dá
essa nova vida. “O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não
sabemos de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos
os nascidos do Espíritos” Jo 3:8
a) A regeneração é algo que nos afeta como pessoas integrais. Nosso
espírito é vivificado Rm 8:10 (Mas, se Cristo está em vocês, o corpo está morto
por causa do pecado, mas o espírito está vivo por causa da justiça ) mas não
apenas nosso espírito. A Palavra diz que somos feitos nova criação 2Co 5:17

b) A Regeneração é instantânea: Em uma hora estávamos mortos nos


nossos delitos e pecados e no outro recebemos vida espiritual.

No entanto nem sempre sabemos quando essa mudança


necessariamente ocorre. Especialmente em pessoas que cresceram
na igreja, não consegue discernir um momento dramático de
transformação radical. A pesar disso essa mudança realmente
acontece de forma instantânea quando Deus por meio do seu
Espírito desperta a vida espiritual dentro do indivíduo.

c) A mudança se tornará evidente no tempo próprio em padrões


de conduta e de desejos que são agradáveis a Deus.
 Um coração confiando em Deus para a salvação
 A certeza de pecados perdoados
 Desejo de ler a bíblia e de orar
 Prazer na adoração
 Vontade de ter comunhão com outros irmãos
 Desejo de ser obediente a Palavra de Deus
 Desejo de contar as outras pessoas a respeito de Cristo

Quando nascemos de novo pode saber que algo aconteceu em nossos


corações, embora não sabemos bem como esse processo se
desenvolve em sua totalidade em nossos corações.
O Espírito é como o vento, vemos a sua ação, mas não podemos ver o
próprio vento.

3- A Regeneração precede a fé salvadora.


Esse ato de Deus de nos conceder vida espiritual é o mesmo que
nos habilita a responder o chamado eficaz com a fé salvadora.
Essas duas coisas são tão próximas que parecem acontecer ao
mesmo tempo.

Em outras palavras: Assim que Deus nos envia seu chamado


eficaz do evangelho, nos regenera, e respondemos com fé e
arrependimento a esse chamado.

Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da


água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.
Joh 3:5

Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o


ressuscitarei no último dia.
Joh 6:44

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque


lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.
1Co 2:14

Em contraste: não há quem entenda, não há quem busque a Deus;


Rom 3:11

A solução para esse problema:

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com
que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,
Eph 2:4-5

Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de


púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração
para atender às coisas que Paulo dizia.
Act 16:14

O novo nascimento é algo que Deus faz em nós a fim de nos capacitar a crer.
A regeneração tem sido entendida não como a comunicação inicial da nova
vida, mas em termos da mudança total de vida que resulta dessa
comunicação.

De fato algumas afirmações evangélicas contêm palavras que sugerem que


a regeneração vem após a fé salvadora, mas a palavra regeneração nesses
casos significa a evidência exterior da regeneração e não essa comunicação
inicial da vida espiritual.

De fato não podemos saber se fomos regenerados até que


venhamos à fé em Cristo, porque essa é a evidência exterior dessa
obra divina interior e secreta

Uma vez que alcancemos a fé salvadora podemos saber que


nascemos de novo.
“Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus “ 1Jn 5:1

4- A regeneração deve trazer resultados na vida


Outros resultados também são visíveis e a maioria são citados na
epistola de João.

a) Vitória sobre o pecado


Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de
pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora,
esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.
1Jn 3:9

Todo aquele que é regenerado tem a semente de Deus


habitando em seu interior, que nos promete uma vida de
crescente transformação e vitória sobre o pecado.

Outra maneira de dizer isso:

Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele


que pratica a justiça é nascido dele.
1Jn 2:29

b) Amor semelhante o de Cristo

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e


todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
1Jn 4:7

c) Vitória sobre o mundo e suas pressões

Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos;


ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé.
1Jn 5:3-4

d) Vitória e proteção contra Satanás

Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado;
antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.
1Jn 5:18

1Jo 4.4 Maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo

e) O Fruto do Espírito
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei.
Gal 5:22-23

*O novo nascimento tem resultados que podem


ser vistos:
Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os
conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore
má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus,
nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom
fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os
conhecereis.
Mat 7:15-20

*Milagres e manifestações de poder nunca são retratados


na bíblia como evidência da regeneração.

Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não


temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos
demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
Mat 7:22

A Justificação

Rm 8:30 – Após a vocação eficaz e a resposta que ela ocasiona, o


passo seguinte na aplicação da redenção é a “justificação”

“Aos que chamou também justificou”

- Paulo ensina claramente que essa justificação vem após a nossa


fé e como resposta de Deus à nossa fé, independentemente das
da obediência à lei:

“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé,


independentemente das obras da lei” Rm 3:28

Ele justifica “aquele que tem fé em Jesus” Rm 3:26

Definição:

“A justificação é o ato legal instantâneo de Deus pelo qual ele :


1) Considera nosso pecados perdoados e a justiça de Cristo
pertencente a nós e 2) nos declara justos diante dele.”
1- A justificação inclui a declaração legal feita por Deus

O verbo justificar (dikaioô) tem ampla gama de significados,


mais o sentido mais comum é “declarar justo”

- Em Lc 7:29 diz que todo o povo até os publicanos reconheceram


que o caminho de Deus era justo e iam sendo batizados por João.

-É claro que eles não tornaram Deus justo, mas fizeram uma
declaração a respeito de Deus.

Passagem com o mesmo sentido a nosso respeito sendo


declarado justos: Rm 3:20,26,28; 5:1; 8:30; 10:4, 10; Gl
2:16; 3:24

“Todavia aquele que não trabalha, mas confia naquele que


justifica o ímpio, sua fé lhe é credita como justiça” Rm 4:5

-Paulo não está dizendo que Deus o muda internamente,


causando alguma perfeição instantânea, pois eles teriam mérito
ou as próprias obras das quais dependeriam

- Paulo está dizendo que Deus declara o ímpio justo à sua vista,
não com base nas obras deles, mas em resposta à sua fé!

A ideia de que a justificação é uma declaração legal fica


totalmente evidente quando Paulo contrasta a justificação com a
condenação:

“Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É


Deus que os justifica. Quem os condenará” Rm 8:33,34

-Condenar é declarar uma pessoa culpada

O oposto de condenação é a justificação, que nesse contexto,


deve significar: “Declarar alguém sem culpa”
-Torna-se evidente o fato de a declaração de Deus ser dada como
resposta de Paulo à possibilidade de alguém fazer uma acusação
contra o povo de Deus.

- A declaração de culpa não pode permanecer diante da


declaração de justificação.

-Essa declaração legal em si mesma não muda nossa natureza ou


nosso caráter. Nesse sentido, justificar é quando Deus emite uma
declaração legal a nosso respeito.

-Não pode ser confundida com regeneração!


Ex: Cirurgião e o Juiz.

-SE A REGENERAÇÃO OU A SANTIFICAÇÃO FOR CONFUNDIDA COM A


JUSTIFICAÇÃO, A PORTA ESTÁ ABERTA PARA A PERVERSÃO DO EVANGELHO
BEM NO SEU PONTO CENTRAL. A JUSTIFICAÇÃO AINDA É O ARTIGO QUE
ESTABELECE SE A IGREJA PERMECE OU CAI

2- Deus nos declara justos aos olhos dele.

a) Ele declara que não temos nenhuma penalidade a ser paga pelo
pecado, incluindo pecados passados, presente e futuro.

- No ator justificador ele nos concede pleno perdão de pecados.

- Mas se Deus apenas nos perdoasse, não resolveria totalmente


os nossos problemas, voltaríamos ao mesmo estado de Adão,
apenas neutros em relação ao pecado.
- Antes de fazer alguma coisa boa ou ruim, Adão não era culpado,
mas também não tinha uma lista de atos de justiça que pudesse
apresentar diante de Deus.

O Perdão de pecados é uma parte da justificação


A imputação da justiça de Cristo a nós é outra parte da justificação

b) A imputação

-Deus não nos declara apenas neutros, mas realmente justos à sua vista.

-Ele nos declara possuidores dos méritos da perfeita justiça diante dele

No antigo testamente a relatos de Deus concedendo essa justiça a seu


povo:

Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu
de vestes de salvação e me envolveu com o manto de justiça....
Isa 61:10

Abraão creu e isso lhe foi creditado como justiça Rm4:3 citando Gn 15:6

Isso só acontece através da obediência de Cristo. Rm 5:19 “Por meio da obediência de uma só
homem, muito se serão feitos justos

-O Segundo aspecto da declaração de justificação feita por Deus é que recebemos


os méritos da perfeita justiça dele!

Como Deus pode declarar que não temos penalidade nenhuma para pagar pelo pecado e que
temos os méritos de Justiça perfeita se somos de fato pecados culpados?

3- Deus pode declarar-nos justos porque ele credita a justiça de Cristo a nós.

Deus considera a justiça de Cristo a nossa. Ele a lança como crédito em nossa
conta.

Que, pois, diremos ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi
justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. Pois que diz a
Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. Ora, ao que trabalha, o
salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê
naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. E é assim também que Davi
declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de
obras:
Rom 4:1-6

A imputação (continuação)

Adão pecou –a culpa de seu pecado foi imputada a nós. (culpa e corrupção
herdada)
Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
Rom 5:12

Cristo sofreu em nosso lugar, por nossos pecados e Deus Pai considerou o
nossos pecados como sendo de seu próprio Filho.

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus.
2Co 5:21

Agora na doutrina da justificação, a justiça de Cristo é creditada a nós, e


portanto Deus a considera nossa.

Não se trata da nossa justiça, mas da justiça de Cristo que nos é livremente
dada.

É, porém, por iniciativa dele que vocês estão em Cristo Jesus, o qual se tornou sabedoria de
Deus para nós, isto é, justiça, santidade e redenção,
1Co 1:30

e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem
mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé.
Php 3:9

4- A Justificação vem a nós inteiramente pela graça de Deus, não


com base em algum mérito próprio.

A justificação é um “favor imerecido”

Romanos 1.18- 3.20 Paulo explica que ninguém será capaz de se tornar
justo diante de Deus baseado nas obras da lei.

Rm 3:23,24 – Todos pecaram e carecem da glória, sendo justificados


gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.

Ef 2:8,9 – Pela graças sois salvos mediante a fé e isso não vem de vós é
dom de Deus, não de provém de obras, para que ninguém se glorie

A graça é claramente colocado ao lado das obras da lei em toda a


argumentação de Paulo em relação a justificação.

5- Deus nos justifica por meio de nossa fé em Cristo


a) A fé é um meio para conseguir a justificação, mas ela não possui
nenhum mérito em si mesma.

Aprendemos no inicio que a fé salvadora precede a justificação

Gl 2:16 - Sabemos, contudo, que o homem não é justificado por


obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus...

A fé vem em primeiro lugar e ela tem o propósito de nos


justificar.

Cristo deve ser recebido “mediante a fé” e de que Deus é


“justificador de quem tem fé em Jesus”

- Romanos 4 é uma defesa de que somos justificado pela fé

A bíblia nunca conta a nossa fé como uma boa ação para ganhar
o favor de Deus. Ela diz que somos salvos por meio da fé.
A bíblia nunca trata a fé como um mérito.

-Ao contrário somos salvos somente por casa dos méritos da obra
de Cristo Rm 5:17-19

b) Por que Deus escolheu a fé como o instrumento para receber a


justificação?

A fé é sem dúvidas uma atitude do coração ao contrário de outras


atitudes, como confiança em nós mesmo, alegria ou
simplesmente mostrar amor.

Quando vamos a Cristo, essencialmente estamos dizendo:

“Eu desisto! Não mais dependerei de mim mesmo ou de minhas boas


obras. Sei que ninca poderei tornar-me jsto diante de Deus. Portanto,
Jesus, confio em ti dependendo totalmente de ti para alcançar uma
posição de justiça diante de Deus”

c) O que Tiago quer dizer quando afirma que somos


justificados pelas obras?
Tg 2:24 – “Vejam que uma pessoa é justificada por obras e não apenas
pela fé”

-A Palavra “Dikaioô” tem uma gama de significados e um


deles é “mostrar-se justo.
Ele lhes disse: "Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas Deus
conhece os corações de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é detestável aos
olhos de Deus".
Luk 16:15

Aqui nessa passagem o sentido de “mostrar-se justo” se encaixa


perfeitamente com esse outro sentido da palavra “Dikaaiô”

Lc 10:28-29 também encontramos o mesmo significado, quando o


perito da lei tentou colocar Jesus à prova para saber como faria para
herdar a vida eterna.
“mas ele querendo justificar-se, perguntou a Jesus:
quem é o meu próximo?”

Ele não estava fazendo um pronunciamento legal a respeito de si


mesmo, mas estava querendo se mostrar justo diante das pessoas que
estavam ali presentes.

Ver também: Mt 11:19; Lc 7:35; Rm 3:4

Nossa interpretação de Tiago 2 não depende apenas do fato de que


“mostrar-se justo” é um sentido aceitável para a palavra justificar, mas
que esse sentido da palavra se encaixa perfeitamente com o propósito de
Tiago nesse capítulo.

O objetivo de Tiago é argumentar que aqueles que meramente


concordam intelectualmente com o evangelho de forma alguma sua fé é
verdadeira, pois uma fé verdadeira produzirá frutos.

Mas alguém dirá: "Você tem fé; eu tenho obras". Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe
mostrarei a minha fé pelas obras.
Tg 2:18

Tiago está querendo dizer que uma fé que não traz resultados de forma
alguma é uma fé genuína.

Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras está morta.
Tg 2:26
Tiago não está negando o ensino de Paulo sobre Deus fazer um
pronunciamento legal a respeito daqueles que tem fé em Jesus a parte
das obras da lei, mas está afirmando uma verdade diferente:

Está afirmando que a demonstração externa de que alguém é justo só


pode ocorrer quando vemos as evidências na vida da pessoa.

Ou seja: “Uma pessoa só pode ser reconhecida como justa pelas obras
que pratica, e não somente pela fé”

2Co 13:5; Gl 5:19-24 – O Ensino de Paulo também está de acordo com


essa verdade.

Implicações práticas de justificação somente pela fé:

1- Essa doutrina nos capacita a oferecer esperanças para os


descrentes que sabem que nunca poderiam se tornar justos diante
de Deus.

Podemos mostrar-lhes que a salvação é um dom gratuito de Deus. A


vida eterna é oferecida gratuitamente e pode ser obtida pela fé.

2- Podemos ter confiança que nossos pecados foram de uma vez por
todas perdoados.
Deus nunca nos fará pagar a penalidade dos nossos pecados, Deus
nunca se vingará de nós.

“Portanto nenhuma condenação há para os que estão em Cristo


Jesus” Rm 8:1

3- Satanás não tem autoridade para nos acusar de nenhum de nossos


pecados, pois Jesus pagou pela culpa do nosso pecado na cruz e
agora somos verdadeiramente justos diante de Deus.

A adoção
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber,
aos que crêem no seu nome;
Joh 1:12
Definição: A adoção é o ato de Deus pelo qual ele nos torna membros de
sua família.
A adoção é privilégio distinto da justificação e da regeneração.

- Deus poderia ter nos justificado e nos regenerado sem


necessariamente nos dar o privilégio de fazer parte da sua família.

Poderia nos dar uma nova natureza e nos dar o direito legal de
permanecermos diante dele sem nos tornar seus filhos.

O Ensino bíblico da adoção enfatiza muito mais o relacionamento de


Deus com o seu povo que a salvação nos dá.

Somos salvos, regenerados, justificados e nos relacionamos com Deus


na base de filhos amados.

1- Antes da adoção

Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu
amor,
Col 1:13

- Antes da nossa adoção estávamos no império das trevas e éramos:

“Filhos da ira” Ef 2:3 e “Filhos da desobediência” Ef 2:2; 5:6

Embora os judeus tentassem alegar essa posição de filhos de Deus,


Jesus responde que se eles fossem filhos de Deus o amariam, mas do
contrário, o pai deles era o diabo. Jo 8:42,44

2- O Espírito Santo é o espírito de adoção

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o
espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos
glorificados.
Rom 8:14-17

3- Somos descendentes de Abraão

nem por serem descendentes de Abraão são todos seus filhos; mas: Em Isaque será
chamada a tua descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne,
mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa. Rom 9:7-8
Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque.
Gal 4:28

a) Somos filhos mediante a Fé

Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que,
de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a
Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não
permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em
Cristo Jesus;
Gal 3:23-26

b) Deus sempre tratou seu povo na base da filiação, mas o


Espírito do Filho de Deus ainda não havia sido
derramado.
Sl 103:13; Is 43:6,7; Ml 1:6; 2:10

Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o
temem.
Psa 103:13

4-Nossa adoção é também é futura.

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser.
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de
vê-lo como ele é.
1Jn 3:2

Apesar do N.T dizer que somos filhos, ainda não recebemos os


benefícios e privilégios plenos de nossa adoção até que Cristo retorne e
recebamos corpos glorificados.

E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente
gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso
corpo.
Rom 8:23

Paulo vê o recebimento de um novo corpo como o cumprimento da


adoção.

Deus é Pai

Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o


nome toda família (no grego, pátria, derivado diretamente da palavra
“ pai ”),tanto no céu como sobre a terra” (Ef 3.14,15).
A paternidade de Deus é o grande fato por trás de todo o universo.
Existe um Pai que é o nosso Deus e que é o fato primordial que
sustenta todos os outros fatos. Foi um Pai que criou o universo, e que
deixou sua marca de paternidade em todos os aspectos do universo
inteiro.
Assim, toda paternidade no universo, em última análise, deriva-se da
paternidade de Deus. Paternidade não começou na terra, começou no
céu. Também não começou no tempo ou na história humana, mas na
eternidade.

Eternamente, Deus é o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo. No seu


evangelho, João escreve: “No princípio… o Verbo estava com
Deus” (Jo 1.1)

Este fato é um aspecto absolutamente singular da revelação cristã

Revela algo peculiar e distinto sobre a natureza de Deus. Em Deus,


eternamente, existe paternidade. Existe relacionamento.

A boa nova é que Cristo veio para nos levar ao Pai.

“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo
pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1 Pe 3.18).

João 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao


Pai senão por mim”.

Jesus é o caminho, mas o Pai é o destino.

Há algo por demais maravilhoso na linguagem que Jesus usou na sua


oração em João 17.
Ele inicia com a palavra “Pai” e a repete mais seis vezes durante a
oração. Enfatiza o fato de ter manifestado o nome de Deus aos seus
discípulos.
“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo…” (v. 6).
“Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste…” (v. 11).
“Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o
amor com que me amaste esteja neles e eu neles esteja” (v. 26).

Jesus veio nos mostrar como nos relacionar com Deus, ele é o Filho
amado que veio nos mostrar o Pai, não como um Deus distante mas
como um Pai amoroso que cuida de seus filhos.
Conseqüências de Conhecer a Deus como Pai:

a)Identidade
Tanto as Escrituras como a psicologia concordam em que alguém nunca será
capaz de realmente responder à pergunta “Quem sou eu?”, até descobrir quem é
seu pai.

Hoje, os relacionamentos humanos entre pais e filhos estão tão quebrados que
está acontecendo uma enorme crise de identidade. A resposta do cristianismo a
esta crise é levar homens e mulheres a um relacionamento direto e pessoal com
Deus Pai, através de Jesus Cristo, o Filho.

As pessoas que realmente conhecem a Deus como Pai não têm mais problema de
identidade. Sabem quem são – filhos de Deus. Seu Pai criou o universo, seu Pai os
ama, e seu Pai cuida deles.

b) Valor Próprio
“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos
filhos de Deus”. 1 João 3.1

Uma vez que realmente compreendemos que somos filhos de Deus, que Deus nos ama
íntima e pessoalmente, que está interessado em nós, que nunca está ocupado demais
para nos dar sua atenção e que deseja um relacionamento direto e pessoal conosco,
teremos clara consciência do nosso próprio valor.

c) Segurança

Por trás do universo não está apenas uma força científica ou um “big
bang”, mas um Pai que nos ama.

O Pai é o criado e sustentador de todas as coisas e ele nos ama.

Apesar das tristezas e sofrimentos que há no mundo, somos filhos de Deus no


universo que Deus criou para nós seus filhos.

A Santificação

A santificação é uma obra na qual Deus e o homem cooperam, cada um


desempenhando um papel diferente.
Definição: A santificação é uma obra progressiva de Deus e do homem
que nos torna mais e mais livres do pecado e iguais a Cristo.

A. Diferenças entre Justificação e Santificação

Justificação Santificação
Posição legal Condição interna
Uma vez por todas Continua ao longo da vida
É inteiramente a Nós cooperamos
obra de Deus Não é perfeita nessa vida
Perfeito nesta
vida
Mesma para Maior em alguns do que em outros
todos os cristãos

O curso normal de uma vida cristã envolve o crescimento contínuo


em santidade, e é algo que o Novo Testamento nos incentiva a
prestar atenção e se esforçar para alcançá-lo.

“A santificação é a experiência, a partir de regeneração, pelo qual o crente é


separado para os propósitos de Deus, e está capacitado a progredir em
direção à maturidade moral e espiritual através da presença do Espírito Santo
que habita nele. O crescimento na graça deve continuar ao longo da vida da
pessoa regenerada.”

B. OS TRÊS ESTÁGIOS DA SANTIFICAÇÃO

1. A santificação tem um começo definido na regeneração.

Uma mudança moral definida ocorre em nossa vida no momento da regeneração,


porque Paulo fala sobre o “o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”
(Tt 3.5). Uma vez nascidos de novo não podemos continuar pecando como um
hábito ou como um padrão de vida (1Jo 3.9), porque o poder da nova vida
espiritual em nós impede-nos de render-nos a uma vida de pecados.

"Mas vocês foram lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o
nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (1 Coríntios 6:11)
.Da mesma forma, em Atos 20:32 Paulo pode referir-se aos cristãos como
aqueles que têm "uma herança entre todos os que são santificados." (envolve
passado e presente)

Esse primeiro passo é a quebra definitiva do pode dominador de pecado e do


amor ao pecado, de modo que o crente não mais é dominado ou governado pelo
pecado e não mais ama o pecado.

Paulo diz: "Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos
para Deus
em Cristo Jesus ... Pois o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais
debaixo da lei, mas debaixo da graça" (Romanos 6:11 , 14). Paulo diz que os
cristãos foram "libertados do pecado" (Romanos 6:18)

Neste contexto estar morto para o pecado ou ser liberto do pecado envolve o
poder de vencer os atos ou padrões de conduta pecaminosa na própria vida.

Paulo diz para os romanos não deixarem o pecado dominar os seus “corpos
mortais”. Rm 6: 11,14; Rm 6: 12,13

Ser morto para o pecado significa que pelo Espírito Santo e pela vida ressurreta
de Cristo operando dentro de nós, temos o poder de vencer as tentações e as
seduções do pecado. O pecado não será mais nosso senhor, como foi antes de
nos tornarmos cristãos.

O rompimento inicial com o pecado envolve a reorientação de nossos desejos


Rm 6:17,18 essa mudança ocorre no princípio da santificação.

2. A santificação aumenta por toda a vida.

Ainda que o Novo Testamento fale sobre um começo definido da santificação,


também a vê como um processo que continua por toda nossa vida cristã.
Geralmente esse é o sentido principal com que o termo santificação é usado na
teologia sistemática e nas conversas cristãs de hoje. Embora Paulo diga que seus
leitores foram libertados do pecado (Rm 6.18) e que estão “mortos para o pecado,
mas vivos para Deus” (Rm 6.11), ele todavia reconhece que o pecado permanece
na vida deles; por essa razão, aconselha-os a não deixá-lo reinar e a nem se
renderem a ele (Rm 6.12-13).

Rm 6.19

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho,


a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua
própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
2Co 3:18

Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa
faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as
que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Php 3:13-14

3. A santificação se completará na morte (em nossa alma) e quando o


Senhor retornar (em nosso corpo).

Por causa do pecado que ainda permanece em nosso coração, embora tendo-nos
tornado cristãos (Rm 6.12-13; 1Jo 1.18), nossa santificação nunca se completará
nesta vida (veja abaixo). Mas uma vez que morramos e estejamos com o Senhor,
então nossa santificação se completa nesse sentido, porque nossa alma é
libertada do pecado que habita em nós aperfeiçoada. O autor de Hebreus diz que
quando chegamos à presença de Deus para adorar, chegamos “aos espíritos dos
justos aperfeiçoados” (Hb 12.23). Isso é bem apropriado, porque prevê o fato de
que “nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada” na presença de Deus, a
cidade celestial (Ap 21.27).

A santificação envolve a pessoa como um todo

2 Co 7:1; 1Ts 5:23

Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda


impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa
santidade no temor de Deus.
2Co 7:1

O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e


corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo.
1Th 5:23

A santificação não será inteiramente completada até que o Senhor retorne

o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao


corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até
subordinar a si todas as coisas.
Php 3:21

1Co 15;23; 1Co 15:49

O Processo de Santificação

;
(1) que há um começo de santificação no momento da conversão, (2) que a
santificação deve progredir ao longo da vida cristã, e (3) que a santificação é
aperfeiçoada em morte.

4. A santificação nunca se completará nesta vida.

Sempre houve na história da igreja quem tomasse mandamentos como


Mateus 5.48 (“Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai
celeste”) ou 2Coríntios 7.1 (“purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da
carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus”)
e raciocine que, visto que Deus nos dá esses mandamentos, ele deve-nos dar
também a capacidade de obedecer perfeitamente. Portanto, concluem, é-nos
possível alcançar um estado de perfeição sem pecado nesta vida. Além disso,
eles apontam para a oração de Paulo pelos tessalonicenses, “o mesmo Deus
da paz vos santifique em tudo” (1Ts 5.23), e inferem que a oração de Paulo
pode bem ter sido cumprida por alguns cristãos tessalonicenses. De fato,
João igualmente diz: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando”
(1Jo 3.6)! Não indicam esses versículos a possibilidade da perfeição sem
pecado na vida de alguns cristãos? Nesta discussão usarei o termo
perfeccionismo para referir-me a essa visão de que a perfeição sem pecado
é possível nesta vida.

Se olharmos com atenção veremos que essas passagens não apoiam a posição
perfeccionista. Em primeiro lugar, não é simplesmente ensinado nas Escrituras
que quando Deus dá uma ordem, ele também nos dá a capacidade de obedecê-
Lo em cada caso

Quando Jesus nos ordena a sermos perfeitos como nosso Pai celeste é perfeito
(Mt 5:48), está simplesmente dizendo que a pureza absoluta de Deus moral é o
padrão que deve ser buscado.
Passagens que ensinam com clareza que não possível sermos perfeitos
nessa vida:

Ec 7:20 – “Não há um só justo sobre a terra, ninguém que pratique o bem e


nunca peque”

Mt 6:11,12- Dá-nos o pão nosso de cada dia e perdoa as nossa dívidas assim
como nós perdoamos aos nossos devedores

Paulo diz que o poder que recebemos de Deus não deixará o pecado nos
dominar. Rm 6:12,13
Tg 3:2 diz que “todos nós tropeçamos em muitas coisas”
1 Jo 1:18 Se dissermos que estamos sem pecado enganamos a nós mesmo, e
a verdade não está em nós

MAS UMA VEZ CONCLUÍMOS QUE A SANTIFICAÇÃO, NUNCA É COMPLETA

NESTA VIDA, DEVEMOS EXERCITAR A SABEDORIA PASTORAL E CUIDADO NA

FORMA COMO USAMOS ESTA VERDADE. ALGUNS PODEM TOMAR ISSO E USÁ-

LO COMO UMA DESCULPA PARA NÃO SE ESFORÇAREM PARA A SANTIDADE OU

SANTIFICAÇÃO CRESCIMENTO, QUE É O OPOSTO DE DEZENAS DE OUTROS

MANDAMENTOS NO NOVO TESTAMENTO. OUTROS PODEM PENSAR SOBRE O

FATO DE QUE NÃO PODEMOS SER PERFEITOS NA VIDA E PERDER A ESPERANÇA

DE PROGRESSO NA VIDA CRISTÃ, UMA ATITUDE QUE TAMBÉM É CONTRÁRIA

AO CLARO ENSINO DE ROMANOS 6 E OUTRAS PASSAGENS SOBRE O PODER DA

RESSURREIÇÃO DE CRISTO PARA QUE POSSAMOS VENCER O PECADO.

PORTANTO, EMBORA NUNCA SEJAMOS COMPLETAMENTE SANTOS NESTA

VIDA, DEVEMOS TAMBÉM RESSALTAR QUE NUNCA DEVEMOS PARAR DE

CRESCER EM SANTIDADE.

C. DEUS E O HOMEM COOPERAM NA SANTIFICAÇÃO

Alguns (tais como John Murray) recusam-se a dizer que Deus e o homem
“cooperam” na santificação, porque eles querem insistir que a obra de Deus é
fundamental e nossa obra na santificação é apenas algo secundário (veja Fp 2.12-
13). Entretanto, se expusermos claramente a natureza do papel de Deus e do
nosso papel na santificação, não parece impróprio dizer que Deus e o homem
cooperam na santificação. Deus atua na nossa santificação e nós também, tudo
com o mesmo propósito.

1. O papel de Deus na santificação.

Visto que a santificação é principalmente uma obra de Deus, a oração de Paulo


torna-se apropriada: “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo” (1Ts 5.23).
Um papel específico de Deus Pai na santificação é seu processo de nos
disciplinar como seus filhos (veja Hb 12.5-11). Paulo diz aos filipenses que
“Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade” (Fp 2.13), mostrando assim um pouco da maneira como Deus os
santifica – tanto causando neles o querer sua vontade como dando-lhes poder
para fazê-la. O autor de Hebreus fala sobre o papel do Pai e sobre o papel do
Filho numa bênção conhecida: “Ora, o Deus da paz [...] vos aperfeiçoe em
todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é
agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o
sempre” (Hb 13.20-21).

O Papel do Filho

olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em


troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo
caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Heb 12:2

É especificamente Deus-Espírito que opera em nós para nos santificar

eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito,


para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz
vos sejam multiplicadas.
1Pe 1:2
Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados
pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a
salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,
2Th 2:13

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,


benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra
estas coisas não há lei.
Gal 5:22-23

- É o Espírito Santo quem produz em nós o fruto do Espírito

2. O nosso papel na santificação.

O papel que desempenhamos na santificação é tanto passivo, pelo qual


dependemos de que Deus nos santifique, como ativo, pelo qual nos esforçamos
para obedecer a Deus e dar os passos que aumentarão a nossa santificação.
Podemos considerar agora os dois aspectos de nosso papel na santificação.

1- Aquele que pode ser chamado papel “passivo” que desempenhamos na


santificação é visto em textos que nos encorajam a confiar em Deus ou a
orar pedindo que ele nos santifique. Paulo fala a seus leitores romanos:
“Oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos” (Rm 6.13; cf.
v. 19), e também: “... apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus” (Rm 12.1). Paulo compreende que somos
dependentes da obra do Espírito Santo para crescer na santificação, porque
ele diz: “Se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente,
vivereis” (Rm 8.13).
2- O papel ativo

Paulo nos diz em Romanos 8:13 o papel ativo que temos, quando ele diz:
". Se pelo Espírito mortificardes os atos do corpo, viverão "Paulo
reconhece que aqui que é "pelo Espírito" que somos capazes. Mas também
nos diz que devemos fazê-lo!
Nós recebemos essa ordem e nós obedecemos pelo Espírito.

Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha


presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a
vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós
tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.
Php 2:12-13

Paulo diz que a obediência é o meio pelo qual eles põem “em ação a
salvação”, querendo dizer que eles vão efetuar uma realização.

Diversas ordens para obedecermos:

Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o


Senhor,
Heb 12:14

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais


da prostituição;
1Th 4:3

E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim


como ele é puro.
1Jn 3:3

Muitas passagens específicas do Novo Testamento nos encorajam a prestar


muita atenção a vários aspectos da santidade e piedade na vida (cf. Rm 12:01-
13:14, Efésios 4:17 - 6:20, Fl 4 4-9; Col 3:05 - 4:06, 1 P 2:11 - 5:11)

Devemos constantemente construir padrões e hábitos de santidade para nos


tornarmos maduros e aptos para discernir entre o bem e o mal:

Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática,
têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem,
mas também o mal.
Heb 5:14

O Novo Testamento não sugere qualquer atalho pelo qual crescemos em


santificação, mas só nos encoraja repetidamente a nos entregarmos a leitura
da Bíblia antiga e famosa e meditação (Salmo 1:2; Mt 4: 4; Jo 17:17) oração (Ef
6:18, Fp 4:6), adoração (Ef 5:18-20), testemunho (Mt 28:19-20), a comunhão
cristã (Atos 10 :24-25), auto-disciplina e auto-controle (Gálatas 5:23, Tito 1:8)

Se negligenciarmos o esforço ativo para obedecer a Deus, tornamo-nos


cristãos passivos e preguiçosos. Se negligenciarmos o papel passivo de
confiança em Deus e entregar a ele, tornamo-nos muito orgulhosos e
confiantes em nós mesmos

D. A SANTIFICAÇÃO AFETA A PESSOA COMO UM TODO

Percebemos que a santificação afeta nosso intelecto e nosso conhecimento quando Paulo diz
que nos revestimos do novo homem “que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a
imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). Ele ora para que os filipenses possam ver seu próprio
amor aumentando “mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção” (Fp 1.9). E roga
aos cristãos romanos que se transformem “pela renovação da vossa mente” (Rm 12.2). Embora
nosso conhecimento de Deus seja mais do que conhecimento intelectual, há certamente um
componente intelectual nele, e Paulo diz que esse conhecimento de Deus deve continuar
aumentando durante nossa vida: uma vida “de modo digno do Senhor, para o seu inteiro
agrado” é uma vida que está continuamente “crescendo no pleno conhecimento de Deus” (Cl
1.10).

E. MOTIVOS PARA A OBEDIÊNCIA A DEUS NA VIDA CRISTÃ

Os cristãos às vezes deixam de reconhecer o alcance dos motivos para a obediência a Deus
encontrados no Novo Testamento. (1) É verdade que o desejo de agradar a Deus e de expressar
nosso amor por ele é um motivo muito importante para a obediência; Jesus diz: “Se me amais,
guardareis os meus mandamentos” (Jo 14.15), e: “Aquele que tem os meus mandamentos e os
guarda, esse é o que me ama” (Jo 14.21; cf. 1Jo 5.3). Mas muitos outros motivos nos são dados
também: (2) a necessidade de manter uma consciência limpa diante de Deus (Rm 13.5; 1Tm
1.5, 19; 2Tm 1.3; 1Pe 3.16); (3) o desejo de ser um “utensílio para honra” e ter a eficiência
aumentada na obra do reino (2Tm 2.20-21); (4) o desejo de ver os incrédulos vindo a Cristo
por terem observado nossa vida (1Pe 3.1-2, 15-16); (5) o desejo de receber as bênçãos atuais
de Deus sobre nossa vida e ministério (1Pe 3.9-12); (6) o desejo de evitar o desprazer e a
disciplina de Deus sobre nós (às vezes chamado “temor de Deus”; At 5.11; 9.31; 2Co 5.11;
7.1; Ef 4.30; Fp 2.12; 1Tm 5.20; Hb 12.3-11; 1Pe 1.17; 2.17; cf. a condição dos incrédulos
em Rm 3.8); (7) o desejo de buscar maior galardão celestial (Mt 6.19-21; Lc 19.17-19; 1Co
3.12-15; 2Co 5.9-10);17 (8) o anseio por um andar mais próximo de Deus (Mt 5.8; Jo 14.21;
1Jo 1.6; 3.21-22; e, no Antigo Testamento, Sl 66.18; Is 59.2); (9) o desejo de que os anjos
glorifiquem a Deus por causa da nossa obediência (1Tm 5.21; 1Pe 1.12); (10) o desejo de paz
(Fp 4.9) e alegria (Hb 12.1-2) em nossa vida; e (11) o anseio de fazer o que Deus ordena,
simplesmente porque seus mandamentos são corretos, e nós nos deleitamos em fazer o que é
correto (Fp 4.8; cf. Sl 40.8).

F. A BELEZA E A ALEGRIA DA SANTIFICAÇÃO

Não seria correto terminar nossa discussão sem observar que a santificação nos traz alegria. Quanto
mais crescemos à semelhança de Cristo, tanto mais experimentamos a “alegria” e a “paz” que são
parte do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22) e tanto mais nos aproximamos do tipo de vida que teremos
no céu. Paulo diz que à medida que nos tornamos cada vez mais obedientes a Deus, temos o nosso
“fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna” (Rm 6.22).

A Perseverança dos Santos

*Pode o verdadeiro cristão perder a salvação?

A Perseverança dos santos significa que todos os que verdadeiramente


nasceram de novo serão guardados pelo pode de Deus e perseverarão
como cristãos até o fim o fim da vida, e que somente aqueles que
perseverarem até o fim verdadeiramente nasceram de novo.

*a maioria dos batistas seguem a tradição reformada nesse ponto, mas


usam o termo “segurança eterna do crente”

A. Todos os que verdadeiramente nasceram de novo perseverarão até


o fim
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele
que me enviou. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de
todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a
vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida
eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 6:38-40

É a vontade do Pai que todos aqueles que crerem em Jesus não se percam.
Jesus não perdeu nenhum daqueles que o Pai o deu.
Os que foram dados ao filho pelo pai nunca se perderão.
A ressurreição no último dia com certeza faz parte da vontade que o Pai tem
para todos aqueles que creem no Filho.
Esse texto enfatiza que Jesus faz a vontade do Pai.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes
dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.
Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode
arrebatar.
Joã 10:27-29

Alguns tentam argumentar que mesmo que “ninguém” possa ser arrebatado
da mão de Cristo, nós mesmos podemos escapar, mas isto parece mais um
jogo de palavras, pois a expressão “Ninguém” pode de fato ser incluído o
próprio cristão, além disso, sabemos que nosso coração está longe de ser
digno de confiança.

Dificilmente a segurança que Jesus deseja passar nessa passagem poderia ser
assegurada se cada uma das ovelhas escapasse se assim quisessem.

“jamais perecerão” Pode ser traduzido como “com certeza não


perecerão eternamente” As “ovelhas” que seguem a Cristo jamais perderão a
salvação e a vida eterna.

A vida eterna deve ser colocada em contraste com a condenação e com o juízo eterno

Aqueles que creem tem a vida eterna: Jo 6:36; 5:24; 6:47; 10:28

Agora já não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus Rm


8:1

Portanto seria injusto Deus atribuir qualquer espécie de penalidade eterna


aos cristãos que tiveram a totalidade de seus pecados perdoados.
A glorificação faz parte do propósito eterno de Deus, desde a predestinação
até a consumação do plano eterno.

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
Rom 8:30

Paulo vê o evento da glorificação no futuro como certeza nos propósitos que Deus
estabeleceu e fala sobre ele como se já houvesse se realizados (“também glorificou”)

A evidência adicional de que Deus guarda os que nasceram de novo de


modo seguro por toda a eternidade é o “Selo” que Deus coloca sobre eles.

em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual
é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
Efs 1:13-14

Este “selo” é o Espírito Santo dentro deles que atua como “garantia” de que
receberemos a herança que nos foi prometida.

A palavra grega traduzido por garantia é “Arrabõn” pode ser traduzida por
“primeiro pagamento, depósito, entrada, prestação inicial” e representa:

“Um pagamento que obriga a parte contratante a fazer os pagamentos


restantes”

Pedro fala que somos protegidos até o fim

que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para
revelar-se no último tempo.
1Pe 1:5

Guardar:

φρουρεω phroureo

de um composto de G4253 e G3708; v


1) guardar, proteger através de uma guarda militar, seja para evitar invasão inimiga, ou para
impedir a fuga dos habitantes de uma cidade sitiada

Essa salvação é salvação futura, que será manifestada no último tempo. Cf Rm


13:11; 1Pe 2:22
A obtenção da salvação final em última instancia depende do poder de
Deus.

B. Somente os que perseveram até o fim é que verdadeiramente


nasceram de novo

Ao mesmo tempo que a bíblia assegura que aqueles que foram salvos
irão perseverar e terão vida eterna, ela também fala da necessidade de
permanecer na fé no decorrer da vida.

que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada
para revelar-se no último tempo.
1Pe 1:5

É importante enfatizar que Deus não nos guarda


independentemente de nossa fé nele.

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha
palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.
Joã 8:31-32

Uma evidência da fé genuína é a permanência na sua Palavra. A contínua


confiança no que ele diz e uma e uma vida de obediência aos seus
mandamentos

Do mesmo modo Jesus adverte as pessoas a não desistir no tempo de


perseguição

Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao
fim, esse será salvo.
Mat 10:22

“... para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que


permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da
esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do
céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro. “
Col 1:22-23

É natural que Paulo escritores do N.T fale desse modo, pois embora
estejam se dirigindo a grupos de pessoas que professam ser cristãs,
não são capazes de saber o real estado do coração delas.
Poderia haver entre eles pessoas não regeneradas e Paulo evita dar
a essa pessoas a falsa esperança de salvação, por isso Paulo diz que
serão salvos aqueles que perseverarem na fé.

Ênfase similar:

Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos


firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.
Heb 3:14

Observações:

Há outras evidências em outras partes das escrituras que dão


aos cristãos a segurança da salvação.

Não devemos pensar que a segurança de que pertencemos a


Cristo é impossível até que morramos.

O propósito nunca é deixar aqueles que no presente estão


confiando, preocupados com o fato de que possam cair em
algum momento no futuro!

Nunca devemos usar tais passagens com essa intenção!

Assim criaríamos uma causa injusta para a preocupação de uma forma


que a Escritura não pretende.

O objetivo é sempre alertar aqueles que estão pensando em abandonar a


fé ou que já a abandonaram, de que se eles se portam assim é um forte
indício de que nunca foram salvos.

É sempre uma advertência contra o abandono da Fé.

C. Os que finalmente se afastam podem dar muitos sinais externos


de conversão

Nem sempre fica claro na igreja a diferença entre pessoas que


possuem fé salvadora genuína e outras que apenas foram
persuadidas intelectualmente a respeito do evangelho.

Judas é um grande exemplo, é provável que ele tenha andado com uma
conduta muito parecida com a de todos os outros discípulos.
Mt 26:22; Mc 14:19; Lc 22:23; Jo 13:22 – Jesus diz que um deles era o
traidor e eles começaram a dizer : “Com certeza, não sou eu , Senhor”

Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que
não criam e quem o havia de trair.
Joã 6:64

Replicou-lhes Jesus: Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é diabo.
Joã 6:70

Paulo fala sobre falsos irmãos

e isto por causa dos falsos irmãos intrusos, os quais furtivamente entraram a espiar a nossa
liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos escravizar;
Gál 2:4

“...em perigos entre falsos irmãos; “


2Co 11:26

Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o
fim dos quais será conforme as suas obras.
2Co 11:15

Não significa que todas aquelas pessoas que são incrédulas na igreja são
de fato servas de Satanás implantadas para causar danos ao povo de
Deus.

Existem falsas conversões, e pessoas que ainda de fato não


vieram a fé verdadeira.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome
não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramemnte: Nunca vos conheci; apartai-
vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mat 7:21-23

Jesus não diz: vos conheci por um tempo e depois vocês


foram embora, ou, os conheci por um tempo e agora nãos os
conheço mais

A Parábola do Semedor

Outra caiu no solo pedregoso, onde não havia muita terra: e logo nasceu, porque não tinha
terra profunda; mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
Mar 4:5-6

“Não tinham raiz” ou seja “ Não tinha vida em si mesmo”. Sua vida era
falsa. Sua conversão não era genuína
A explicação....

Do mesmo modo, aqueles que foram semeados nos lugares pedregosos são os que, ouvindo
a palavra, imediatamente com alegria a recebem; mas não têm raiz em si mesmos, antes são
de pouca duração; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo
se escandalizam.
Mar 4:16-17

A mesma realidade é encontrada na parábola da videira e dos ramos

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto,
ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos
pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós; como a
vara de si mesma não pode dar fruto, se não permanecer na videira, assim também vós, se
não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim
e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem não permanece
em mim é lançado fora, como a vara, e seca; tais varas são recolhidas, lançadas no fogo e
queimadas. Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedi o que quiserdes, e vos será feito.
Joã 15:1-7

Os arminianos argumentam que os ramos que não dão fruto, mas ainda assim são ramos
verdadeiros pois estão em Cristo.

Essa não é a implicação de Jesus necessária nesse ponto. A figura da Videira deve ser
limitada a quantidade de detalhes que ela ensina.

Os ramos que são cortados, embora estejam relacionados a Cristo de


alguma forma, por terem a aparência exterior de estarem ligados a Ele,
indicam seu verdadeiro estado pelo fato de não darem fruto.

Vous aimerez peut-être aussi