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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ).
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política.
Pensamento Político Brasileiro II – Segunda República (4 Créditos)
Prof. Dr. Christian Edward Cyril Lynch.

Nos últimos anos, o estudo da teoria política tem abandonado seu pretenso universalismo
para se debruçar sobre as tradições nacionais. O objetivo desta disciplina é perscrutar o
pensamento político brasileiro de modo contextual, tendo por quadro intelectivo os dilemas
de construção do Estado e da Nação em geral. Este curso versará especificamente sobre o
pensamento político brasileiro da Segunda República. A expectativa é a de que seja possível,
ao fim do curso, identificar as certas tradições e as alternativas institucionais nela constantes,
de modo a lançar luz sobre os impasses contemporâneos.

1. Apresentação
 LYNCH, Christian Edward Cyril Lynch (2013). Por que pensamento e não teoria? A
imaginação político-social brasileira e o fantasma da condição periférica. In: Revista
Dados, vol. 56 nº 4. Rio de Janeiro.
 _______________ (2016). Cartografia do pensamento político brasileiro: conceito,
história, abordagens. Revista Brasileira de Ciência Política, n.19, pp.75-119.
 SANTOS, Wanderley Guilherme dos (1970). Raízes da Imaginação Política Brasileira.
In: Revista Dados, nº 7. Rio de Janeiro: IUPERJ.

Primeira parte: interpretações da Revolução de 1930

2. Para onde vai o Brasil?

 AMADO, Gilberto (org.) (1933). Para onde vai o Brasil? Rio, Renascença Editora.
 MOTTA FILHO, Cândido (1931). Alberto Torres e o tema da nossa geração. Rio,
Schmidt Editor.

3. Perscrutando a desordem brasileira.

 SANTA ROSA, Virginio (1932). A desordem: ensaio de interpretação do momento. Rio,
Schmidt Editor.
 SODRÉ, Alcindo (1932). A gênese da desordem. Rio, Schmidt Editor.

4. O Brasil na crise da sociedade burguesa.

 FARIA, Octavio de (1933) [1931]. Maquiavel e o Brasil. Rio, Civilização Brasileira.
 ALMEIDA, Martins de (1932). Brasil errado: ensaio político sobre os erros do Brasil
como país. Rio, Schmidt Editor.

5. A Revolução e o Exército: duas visões contrapostas.

 SANTA ROSA, Virgínio (1976) [1933]. O sentido do tenentismo. 3ª.edição. São Paulo,
Alfa Ômega.
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 MONTEIRO, Gois (1934). A Revolução de 30 e a finalidade política do Exército (esboço

histórico). Rio, Adersen Editores.

Segunda parte: a era dos extremos

6. O mundo do pós-guerra.
 AMARAL, Azevedo (1934). A crise no Brasil atual. Rio, José Olympio. (O método
revolucionário, Ilusões do após-guerra, individualismo e coletivismo, A paz e a guerra).
 REALE, Miguel (1934). O Estado moderno: liberalismo, fascismo, integralismo. 2ª.
Edição. Rio, José Olympio.

7. Falência do liberalismo e a emergência da extrema-esquerda.

 PICCHIA, Menotti del (1935) [1931]. Soluções nacionais. Rio de Janeiro, José Olympio
(A crise da democracia).
 MIRANDA, Pontes de (1933). Anarquismo, comunismo, socialismo. Rio, Adersen
Editores.

8. O destino do socialismo.
 FARIA, Octavio de (1933). Destino do socialismo. Rio, Ariel.

Terceira parte: a era dos extremos no Brasil

9. O catolicismo militante.
 ATHAYDE, Tristão de (1932). Política. Rio, Livraria Católica.

10. Uma ciência sociológica e política para a crise brasileira

 RODRIGUES, Contreiras (1933). Novos rumos políticos e sociais. Porto Alegre, O Globo.

11. O liberalismo em tempos adversos.

 FRANCO, Afonso Arinos de Melo (1933). Introdução à realidade brasileira. Rio,
Schmidt Editor.
 ______________ (1934). Preparação ao nacionalismo (carta aos que têm vinte anos).
Rio, Civilização Brasileira.

12. A nacionalidade como realidade política.

 AMARAL, Azevedo (1934). O Brasil na crise atual. Rio de Janeiro, José Olympio.
(Realidade e ficção na crise brasileira; O Brasil real; A nação, a província e o município;
Conflito de culturas).
 PICCHIA, Menotti del (1935). Soluções nacionais. Rio, José Olympio (A crise brasileira e
Soluções nacionais).
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13. As alternativas revolucionárias à esquerda e à direita.

 SALGADO, Plínio (1956) [1933]. Psicologia da Revolução. São Paulo, Editora das
Américas.
 PEREIRA, Astrogildo (1979) [1931-1934]. Ensaios históricos e políticos. São Paulo, Alfa-
Ômega. (Manifesto da contrarrevolução e Campo de batalha).

Quarta parte: três interpretações do Brasil

14. A aventura política do Brasil.

 AMARAL, Azevedo (1935). A aventura política do Brasil. Rio, José Olympio.

15. Raízes do Brasil

 HOLANDA, Sérgio Buarque de (1936). Raízes do Brasil. 1ª. Edição. Rio, José Olympio.

16. Conceito de civilização brasileira.

 FRANCO, Afonso Arinos de Melo (1936). Conceito de civilização brasileira. São Paulo,
Companhia Editora Nacional.