Vous êtes sur la page 1sur 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

F A C U LD A D E DE D IR E ITO – C UR S O DE D IR E I TO
B io d ire ito

Profa. Brauner, Maria Claudia C. | Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. mcbrauner@furg.br | alobato@furg.br

FICHA DE LEITURA TEMÁTICA


I D E N T I F IC A Ç Ã O

Aluno(a): Izadora Medeiros Silva

Tema: Pesquisas em seres humanos/consentimento informado

Referência do texto:
FELÍCIO, Jônia Lacerda. PESSINI, Leo. “Bioética da Proteção: vulnerabilidade e autonomia dos pacientes com
transtornos mentais”. Revista Bioética. Brasília. Editora. V. 17, n. 2, p. 203 a 220, 2009.

Discussões sobre as questões bioéticas no


tratamento de doenças mentais.
Parte-se do princípio da valorização da bioética para quanto aos procedimentos e
avanços no campo da medicina, sejam eles voltados para questões físicas ou mentais dos
pacientes. O padrão de consideração da eticidade das possíveis ações ou tratamentos a serem
utilizados torna-se mais alto com a autonomia do paciente sendo altamente valorizada.

Visto isso, traz-se a problemática relacionada a pacientes que sofrem de doenças


mentais, a partir da falta de enfatização na questão de autonomia para estes devido a seu
estado psíquico-cognitivo.

A bioética enfrenta questões muito complexas diariamente quanto a pacientes


mentalmente instáveis por ter que distinguir entre os próprios sintomas e distúrbios do
enfermo e a autossuficiência deste ao lidar com decisões sejam elas sobre a sua vida cotidiana
ou o tratamento no qual está sendo envolvido.
“Como outras especialidades médicas, a psiquiatria é submetida aos parâmetros da bioética
na clínica, que norteiam o bem-fazer na saúde [...] são investigados os conceitos de
autonomia, vulnerabilidade, beneficência e confiabilidade, para garantir proeminência dos
valores humanos nas práticas profissionais; entretanto, características próprias ao fazer
psiquiátrico e à inserção social das práticas na saúde mental exigem uma reflexão bioética
ainda mais cuidadosa.”. (FELÍCIO, PESSINI. 2009, p. 204)

Devido à constatada vulnerabilidade dos pacientes quanto a sua competência quanto à


tomada de decisões inspeciona-se então o paternalismo, que em suma, impõe restrições a uma
pessoa relacionadas à sua liberdade e responsabilidade ao deliberar sobre sua própria vida,
gerando assim um grande impasse bioético.

Rio Grande, 15 de outubro de 2017 1


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
F A C U LD A D E DE D IR E ITO – C UR S O DE D IR E I TO
B io d ire ito

Profa. Brauner, Maria Claudia C. | Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. mcbrauner@furg.br | alobato@furg.br

Vale ressaltar as mudanças de políticas na comunidade médica atual, que buscam o


distanciamento do paternalismo e investimento no consentimento informado dos pacientes
respeitando como um todo o direito a autonomia dos cidadãos em razão de que: ao
desconsiderar em absoluto tais direitos, automaticamente passa-se a viver em uma sociedade
mais desumana e fechada especialmente para com doentes mentais.

O artigo busca ainda quebrar estigmas quanto à vulnerabilidade e capacidade mental


desses pacientes, pessoas que, durante anos sofreram preconceitos perante a sociedade (ex: o
estigma relacionado a deliria, ou loucura em casos de pacientes com transtornos de
personalidade), tornando o amplo diálogo sobre saúde mental uma matéria extremamente
difícil de ser mantido de forma ativa e aberto.

Busca-se a aplicação de um modelo social de Saúde que dentre seus precedentes


inclui: tratamento do ser humano não restrito à suas dimensões biológicas com o investimento
em ambitos sociais, psicológicos culturais e espirituais; criação de vínculos de proximidade
humana entre pacientes e profissionais da saúde; atuação em equipes multidisciplinares e
interdisciplinares nos tratamentos; respeitar o conhecimento dos usuários sobre o próprio
corpo intervir nas condições que contribuem para o adoecimento em ações que promovam a
qualidade de vida, a atenuação do sofrimento psíquico, a integração social, o prazer e
realização nas realidades cotidianas.

O dilema principal bioético discutido permanece a autonomia vs vulnerabilidade e a


liberdade vs segurança social que para ser resolvido deve considerar diversos fatores além de
efetuar a realização de análises profundas nos conformes de cada caso, mantendo a prática
ética perante a um paciente paralela com a não romantização de suas debilitações psíquicas e
assim efetuar o tratamento correto e responsável dos enfermos.

Rio Grande, 15 de outubro de 2017 2

Vous aimerez peut-être aussi