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GRUPOS 15 e 16
Membros do Grupo:
Araras/SP
Junho de 2019
Grupo 15
2 NaN3 3 N2 + 2 Na
O fósforo é o 11º elemento mais abundante na crosta terrestre, sendo essencial para a
vida animal e para o metabolismo das plantas. O fósforo ocorre como rochas fosfáticas:
Ca3(PO4)2, [3(Ca3(PO4)2)·Ca(OH)2 ] (hidroxiapatita), ([3(Ca3(PO4)2)·CaF2] (fluorapatita).
Cerca de 90% das rochas são usadas diretamente na fabricação de fertilizantes, e o restante é
usado na fabricação de fósforo e ácido fosfórico.
Esse elemento é obtido pela redução do fosfato de cálcio com C, num forno elétrico a
1400-1500 ºC. Adiciona-se SiO2 à mistura para remover o cálcio em forma de silicato de
cálcio, que se separa do fósforo na forma de P4O10, que é reduzido a fósforo elementar pelo
coque.
O arsênio juntamente com o antimônio e bismuto, não são muito abundantes, porém,
são bastante comuns, porque são obtidos como subprodutos de calcinação de minérios da
classe dos sulfetos em altos-fornos. Sua principal fonte são os sulfetos, que ocorrem em
pequenas quantidades combinadas com outros minérios. Os compostos de As e Sb são
tóxicos.
Sb2S3 + 3 Fe 2 Sb + 3 FeS
O metal antimônio é utilizado em ligas de Sn e Pb. É usado também com camada
protetora sobre aços para impedir a ferrugem. Outros compostos de Sb são utilizados como
retardantes de chama em espuma para colchões e outros móveis.
O raio atômico desse grupo aumenta à medida que se desce na tabela periódica, ou
seja, Bismuto possui raio atômico maior que o Nitrogênio. O caráter metálico segue essa
mesma tendência, ou seja, aumenta para baixo no grupo.
O nitrogênio também difere dos demais elementos do grupo porque forma ligações
múltiplas ππ-ππ, formando diversos compostos análogos como, por exemplo, NO3-, NO2-, N3-,
N2, N2O, NO, NO2, N2O4, N2O5, N.
3. Principais compostos
3.1 Nitrogênio
3.2 Fósforo
O fósforo branco apresenta uma afinidade muito grande pelos demais elementos,
podendo formar numerosos compostos com outros elementos, se caracterizando como um
redutor energético que se oxida facilmente a luz solar ou pelo aquecimento. Quando aquecido
a elevadas temperaturas (250º C a 300º C) o fósforo branco passa a sua variedade vermelha,
sendo ela muito estável e não venenosa, formada por dois tetraedros de átomos de fósforo
ligados entre si, que não queima espontaneamente e não é tão perigosa quanto a branca, no
entanto o cuidado ainda é necessário pois emite fumaças tóxicas de óxidos quando aquecidos.
Seguindo o mesmo processo de aquecimento, porém, em alta pressão, se obtém o fósforo
preto. Trata-se de uma forma polímera, constituídas de várias moléculas tetraédricas unidas
entre si formando longas cadeias.
3.3 Arsênio
3.4 Antimônio
Com a queima de sulfeto de antimônio se obtém óxido de antimônio III, Sb2O3, que
é reduzido com o coque para a obtenção do antimônio:
Também pode ser obtido por redução direta do sulfeto, com ferro:
Grupo 16
Os quatro primeiros elementos desse grupo são não metais. São conhecidos como
calcogênios, ou elementos formadores de minérios, pois inúmeros minérios são óxidos ou
sulfetos de metais. Os metais dessa família possuem a tendência de perder elétrons para
estabilizar-se.
Inúmeros grupos químicos contendo elementos desse grupo têm significativa
importância econômica, como o ácido sulfúrico (H2SO4), gás oxigênio (O2), sulfato de sódio
(Na2SO3) e peróxido de hidrogênio (H2O2).
4.1 Oxigênio (O)
Selênio e telúrio ocorrem associados ao minério do grupo dos sulfetos e são obtidos a
partir de depósitos ou sedimentos anódicos do processo de refino eletrolítico do cobre. São
também obtidos nas poeiras formadas durante calcinação de minérios como PbS, CuS e FeS2.
O selênio existe com vários polimorfos diferentes. A forma mais estável é o selênio
cinza, um material cristalino composto de cadeias helicoidais, e é usado em fotocélulas. A
forma comercial comum do elemento é o selênio preto amorfo. Uma outra forma amorfa do
Se, obtida pela deposição do vapor, é usada como fotorreceptor no processo de fotocopia
xerográfico. É um elemento essencial em pequenas quantidades para os humanos.
O Telúrio é usado na fabricação de ligas com ferro e metais não ferrosos. Quando
cristalino, o telúrio é branco-prateado, e quando na forma pura apresenta um brilho metálico.
O telúrio amorfo pode ser obtido por precipitação de uma solução de ácido teluroso ou ácido
telúrico.
O oxigênio possui expressiva importância na Química Inorgânica, visto que reage com
quase todos os demais elementos, esses elemento apresenta diversas diferenças em relação aos
demais do grupo, as quais se relacionam com ao menor tamanho do oxigênio, maior
eletronegatividade – é o segundo elemento mais eletronegativo da tabela periódica, e à falta
de orbitais d adequados para formar ligações. Ele também forma ligações de hidrogênio
fortes, as quais influenciam significativamente nas propriedades da água, por exemplo. Uma
de suas características também é poder utilizar orbitais pπ para formar ligações duplas fortes.
Os demais elementos também podem realizar ligações duplas, mas elas se tornam mais fracas
à medida que se aumenta o número atômico.
S, Se e Te são moderadamente reativos e queimam ao ar formando dióxidos, eles se
combinam diretamente com a maioria dos elementos, tanto metais quanto ametais, porém com
menos facilidade que o oxigênio.
O enxofre possui maior tendência de formar cadeias e ciclos do que os demais
elementos do grupo (Variedades alotrópicas), formando uma extensa variedade de compostos
com nitrogênio.
Enquanto O e S possuem somente elétrons s e p, o Se segue logo após a primeira série
de transição e também possui elétrons d. O preenchimento do nível 3d influencia as
propriedades do Ge, As, Se e Br. Os átomos são menores e mais firmemente ligados ao
núcleo, por isso Se é oxidado com maior dificuldade ao estado de oxidação mais elevado (+
VI), em contraste com o S.
Todos os elementos do Grupo 16 tem configuração eletrônica s2p4, podendo atingir a
configuração de gás nobre ou recebendo dois elétrons, o que da origem a íons binegativos, ou
então compartilhando dois elétrons, formando duas ligações covalentes. Devido a alta
eletronegatividade do oxigênio, a maioria dos óxidos metálicos são iônicos e contêm íons O2-.
Os sulfetos, selenetos e teluretos se formam quando combinam com os elementos menos
eletronegativos dos Grupos 1 e 2 e dos lantanídeos. Esses compostos estão entre os mais
estáveis conhecidos.
O oxigênio ocorre em dois compostos não metálicos, o dioxigênio O2 e ozônio O3. O
primeiro é uma molécula estável presenta na forma de gás, além de ser uma molécula
paramagnética – deve conter elétrons desemparelhados. O ozônio é instável, diamagnético e
se decompõe a O2 e possui uma estrutura angular. Importante componente para proteção da
atmosfera uma vez que absorve os raios na região do UV entre 220-290 nm.
6. Principais compostos
6.1 Óxidos de Enxofre, Selênio, Telúrio e Polônio
6.2 Hidretos
Todos os compostos desse grupo formam hidretos covalentes, como a água H2O,
sulfeto de hidrogênio H2S, seleneto de hidrogênio H2Se, telureto de hidrogênio H2Te e
poloneto de hidrogênio H2Po, sendo a água líquida a temperatura ambiente e os demais gases
incolores tóxicos.
7. Alótropos de S
O enxofre rômbico (α-S8) e o enxofre monoclínico (β-S8) são alótropos mais comuns
do enxofre, porem este elemento possuem outros alótropos como o S6 e S7. A maneira que os
átomos de enxofre são dispostos lhes confere uma estrutura e propriedades específicas.
Figura 1. Estruturas dos alótropos comuns do enxofre (a) S6 (b) S7 (c) α-S8’
9. Principais compostos
Ácido Sulfúrico: tem várias aplicações na indústria, sendo uma dessas aplicações na
produção de fertilizante, onde é usado para a produção do superfosfato triplo produzido a
partir da rocha fosfática. Ainda na indústria de fertilizante é usado na produção do sulfato de
amônia. Sua produção pode ser feita pela queima do mineral ou pela ustulação gerando SO2,
que, em seguida, é transformado em SO3 pelo catalisador de V2O5, que é colocado em solução
de H2SO4 98% formando o ácido dissulfato H2S2O7, posteriormente é acrescido água para a
formação do H2SO4.
Reações:
S + O2 SO2 queima
2 SO2 + O2 SO3
O2 + 2 H+ + 2 e- H2O2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINS, P.; SHRIVER, F. Química Inorgânica. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
FONSECA, D. S. & BACIC, I. R. Enxofre. In: RODRIGUES, A.F.S., ed. Economia mineral
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LEE, J.D. Química Inorgânica não tão Concisa. 5 ed. São Paulo: Blücher, 2000.
MIESSLER, G. L.; FISCHER, P. J.; TARR; D. A. Química inorgânica. Tradução Ana Julia
Perrotti-Garcia; revisão técnica Cid Pereira, André Luiz Bogado. 5 ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2014.