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Por isso Deus vem e frustra o que queríamos, mas nos surpreende
com o que nem imaginávamos.
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Por isto: Quem se mantém liberto de favores e
desfavores,
Liberta-se da idolatria do ego.
Só pode possuir o Reino quem está disposto a servir
desinteressado,
A esse se pode confiar o Reino.
(Lao Tsé; Tao Te Ching - verso 13)
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Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser
verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela
simplesmente sabe o que os outros pensam a seu
respeito.
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Eles não estão interessados em você. Eles estão
interessados na sociedade.
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está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A
sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica
convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela
sociedade.
Ouvi contar:
Mulla Nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma
festa, e Mulla disse:
"Querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é
fascinante, linda, maravilhosa?"
Sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz.
Ela disse: "Eu me pergunto por que ninguém jamais me
disse isso."
Nasrudin disse: "Mas então de onde você tirou essa
idéia?"
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a sociedade o aprecia. Você tem que caminhar de uma
certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira;
você tem que seguir determinadas condutas, uma
moralidade, um código. Somente então a sociedade o
apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E
quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está,
quem você é. Os outros lhe deram a idéia.
Ouvi dizer:
Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha
apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a
estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e
a gritar:
"Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro."
Mas a avó disse:
"Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme
no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você
está com medo aqui?"
O menino disse:
"Sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. Esta
escuridão é completamente desconhecida."
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Até mesmo com a escuridão você sente: "Esta é minha."
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Por um certo tempo, você vai sentir-se muito
amedrontado e abalado, como se tivesse havido um
terremoto.
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permanentes. A flor verdadeira, a flor que está lá fora no
jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem
uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é
nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da
morte, o eterno se renova, rejuvenesce.
Para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre. Ela
simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca.
Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela
floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar
florescendo.
Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz? Com
uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-
aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões
deles. Você não pode ver, porque se trata da sua
escuridão. Você está em harmonia com ela. Você nunca
reparou que todos os tipos de tormentos acontecem
através do ego? Ele não o pode tornar abençoado; ele
pode somente torná-lo infeliz.
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O ego é o inferno.
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Assim, você tem que se defender e lutar - este é o
conflito. Um homem que alcança o eu nunca se encontra
em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque
com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.
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comporta-se bem, torna-se muito educado, transforma-
se. Quando você sente o tipo de situação que está
ocorrendo, você imediatamente se transforma para que as
pessoas lhe dêem atenção. Esta é uma forma profunda de
mendicância. Um verdadeiro mendigo é aquele que pede e
exige atenção. Um verdadeiro imperador é aquele que
vive em sua interioridade; ele tem um centro próprio, não
depende de mais ninguém.
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estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre
que estiver infeliz, tente descobrir a razão.
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milhões que acreditam ser muito humildes. Eles se
curvam com facilidade, mas observe-as - elas são os
egoístas mais sutis. Agora a humildade é a sua fonte de
alimento. Elas dizem: "Eu sou humilde", e olham para
você esperando que você as valorize. Gostariam que você
dissesse: "Você é realmente humilde, na verdade, você é
o homem mais humilde do mundo; ninguém é tão humilde
quanto você." E então observe o sorriso que surge em
seus rostos.
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que fizer, fique de fora, olhe, e observe. Qualquer coisa
que você faça - modéstia, humildade, simplicidade - nada
vai ajudar. Somente uma coisa é possível, e esta é
simplesmente observar e ver que o ego é a origem de
toda a infelicidade. Não diga isso. Não repita isso.
Observe.
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Eu estava olhando alguns desenhos de Charlie Brown. Em
uma cena ele está brincando com blocos, construindo uma
casa com blocos de brinquedo. Ele está sentado no meio
dos blocos, levantando as paredes. Chega um momento
em que ele está cercado: ele levantou paredes em toda a
volta. E ele começa a gritar:
"Socorro, socorro!"
Ela fez a coisa toda! Agora ele está cercado, preso. Isso é
infantil, mas é justamente o que você fez. Você fez uma
casa em toda a sua volta, e agora você está gritando:
"Socorro, socorro!" E o tormento se torna um milhão de
vezes maior - porque há os que socorrem, estando eles
próprios no mesmo barco.
Aconteceu de uma mulher muito atraente ir ao psiquiatra
pela primeira vez. O psiquiatra disse:
"Aproxime-se, por favor."
Quando ela chegou mais perto, ele simplesmente deu um
salto, abraçou e beijou a mulher.
Ela ficou chocada.
Então ele disse:
"Agora sente-se. Isso resolve o meu problema, agora,
qual é o seu?"
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problemas próprios pode ver através de si mesma; por
isso ela torna-se capaz de ver através dos outros.
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Ele é inominável, assim todos os nomes são bons.
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irmãos está dentro de seus corações e é dentro dele que
encontrará a Luz e com ela, mesmo que ainda meio fraca e
vacilante pelas dolorosas experiências terrenas e pela ilusão de
que somos em essência impuros e passiveis de sofrer e sentir dor,
mantemos o Véu sobre a Verdade em relação a nós mesmos...
Este véu mental egotista, é que projeta a sombra para o exterior e
portanto não é realidade essencial... Limpemos nossas vestes
Mentais do efeito venenoso absorvido pelo "Fruto proibido",
aquele mesmo citado lá na Gênese Bíblica, e digo, que da Arvore
do Conhecimento do Bem e do Mal, esquecemos que só poderia
dar um fruto de teor mental, e o Fruto da Ilusão por conter o
conhecimento do mal, pois o Mal é esta Ilusão, foi este mesmo
conhecimento desta irrealidade mental em relação a verdadeira
natureza do Verdadeiro Reino de Deus e do espirito, que fomos
entregues ao nosso próprio destino, e porque não dizer, a vivencia
amarga do que colocamos dentro da mente, é nesta Mente Iludida
que se estruturou o Ego Negativo, a crosta escura do véu do
esquecimento, o mesmo véu escuro que simboliza a macula, as
vestes sujas mentais que devemos limpar pela expiação. A
Expiação não é portanto uma punição, é a oportunidade de
experimentarmos deste fruto amargo, sentirmos seus efeitos e um
dia despertos para o que esquecemos, descristalizar este engano
e por trás dele enxergar o que realmente somos... somos tal qual
fomos criados, Puros e Simples e portanto semelhante a Deus,
puros porque a centelha divina que brilha no nosso interior e no
âmago de nosso ser espiritual é Luz, é Força e Energia Vital, é
perfeição, ao redor desta energia primaria da vida, desta Quinta
Essência e deste elemento primário, vemos que a Alquimia da
Alma é exatamente a purificação para que encontremos o
Elemento mais puro do universo e que pelo sopro do próprio
coração de Deus, e pela Mente no Mais alto nível de consciência
e sabedoria, tudo estruturou e mantém ainda em estado contínuo
de transmutação... Acordemos amados irmãos, despertemos para
esta nova realidade e depois de compreender isto de forma
simples, mas profunda, comece a colocar esta substancia divina a
disposição do universo, e com sua luz irá iluminar a todos ao seu
redor, se por acaso não conseguir sentir esta luz, vibre e
manifeste AMOR, pois o AMOR é o sinônimo dela, é a
manifestação superior da Quinta Essência da vida, é portanto
meus queridos "TUDO DE BOM". E logo, Deus assim nos
receberá de braços abertos e nos dará uma festa grandiosa ao
serenos de novo despertos e renovados, a Porta de Sua
Verdadeira Morada... Somos portanto os Filhos Pródigos Perdidos
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no Mundo da Ilusão, Somos viajantes sedentos de Luz, e não
compreendemos ainda que esta Luz está exatamente dentro de
nós, e ao deixarmos ela se manifestar, veremos neste rio da vida,
uma linda cachoeira de luz a vir do alto e a nos nutrir sempre, este
é o sentido do chamado "nirvana" um estado de espírito, pois em
verdade é no nosso espírito que está este manancial energético e
potente, e o Amor é sua Projeção... meu conselho é... Libere
através da mente, o Seu Coração e aos poucos sentirá esta Luz e
força Fluir e por consequência meramente natural, fluir em
harmonia com a própria Luz Infinita de Deus... Eis o Segredo e a
chave para fazer a reconexão com O Pai e para encontrar o
caminho de Volta ao Paraíso ... por analogia simples, a porta
estreita seria a do Coração e a Chave mestra o Amor liberado pela
mente de forma livre e incondicional, tal qual uma criancinha,
como dizia Jesus, o Cristo. A Cura definitiva esta dentro de nós
mesmos, e vários são os caminhos... mas todos justificam o fim,
que seria se reconectar a Deus e a esta grande Constelação
Familiar Divina Universal. Neste aspecto, poderíamos dizer que
iluminar-se é deixar a nossa Luz interior brilhar, mas para isto,
devemos purificar nossas vestes mentais que a envolve e este é o
que chamamos de processo do despertar e que eu chamo de
Alquimia da Alma e descristalização da ilusão. Paz, Amor e Luz
Na sociedade do futuro, fraternidade, liberdade, igualdade serão mais do que meras bandeiras
levantadas por escassos idealistas ou mesmo por intelectuais que sequer conseguem sair da academia
para a rua em busca de unir-se ao povo em suas justas reivindicações. Na sociedade do futuro, o bem-
estar físico e mental de todos os seres humanos do planeta estará erguido à posição prática coletiva
daquilo que se pode chamar, com licença da Teologia da Libertação, de Construção do Reino de Deus
na Terra.
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contam na infaê ncia do quê na vêrdadê quê a vida adulta ênsina. ÉÉ por
mêio dos contos infantis quê a criança dêsênvolvê sêus sêntimêntos,
êmoçoã ês ê aprêndê a lidar com êssas sênsaçoã ês.
“Se se quiser falar ao coração dos homens, há que se contar uma história. Dessas onde não faltem
animais, ou deuses e muita fantasia. Porque é assim suave e docemente que se despertam consciência”.
(Jean de La Fontaine, século XVII )
As histoé rias infantis saã o contos bêm antigos ê ainda hojê podêm sêr
considêradas vêrdadêiras obras dê artê, lêmbrando sêmprê quê sêus
ênrêdos falam dê
sêntimêntos comuns a todos noé s, como: oé dio, invêja, ciué mê, ambiçaã o,
rêjêiçaã o ê
frustraçaã o, quê soé podêm sêr comprêêndidos ê vivênciados pêla
criança atravêé s das
êmoçoã ês ê da fantasia.
Os contos de fadas funcionam como instrumentos para a descoberta desses sentimentos dentro da
criança (ou até mesmo de adultos), pois os mesmos são capazes de nos envolver em seu enredo, de nos
instigar a mente e comover-nos com a sorte de seus personagens. Causam impacto em nosso
psiquismo, porque tratam das experiências cotidianas, permitindo que nos identifiquemos com as
dificuldades ou alegrias de seus heróis, cujos feitos narrados expressam, em suma, a condição humana
frente às provações da vida. Histórias como: Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, Cinderela, o Lobo Mau
e todos os seus companheiros continuam sendo os antídotos mais eficientes contra as angústias e
temores infantis. Quando essas histórias são apresentadas às crianças, os personagens podem ajudá-las
a se tornar mais sensíveis, esperançosas, otimistas e confiantes na vida. A fantasia é fundamental para o
desenvolvimento emocional da criança. Nessas histórias, a criança se identifica mais facilmente com os
problemas dos personagens. Ao mergulhar com prazer no faz-de-conta, as crianças dão vazão às
próprias emoções. Os contos começam de maneira simples e partem de um problema ligado à realidade
como a carência afetiva de Cinderela, a pobreza de João e Maria ou o conflito entre filha e madrasta em
Branca de Neve. Na busca de soluções para esses conflitos, surgem as figuras “mágicas”: fadas, anões,
bruxas malvadas. E a narrativa termina com a volta à realidade, em que os heróis se casam ou retornam
ao lar. Bettelheim, em seu livro A psicanálise dos contos de fadas (1980, p.19), diz:
“Só partindo para o mundo é que o herói dos contos de fada (a criança) pode se encontrar; e fazendo-o,
encontrará também o outro com quem será capaz de viver feliz para sempre; isto é, sem nunca mais ter
de experimentar a ansiedade de separação. O conto de fadas é orientado para o futuro e guia a criança –
em termos que ela pode entender tanto na sua mente inconsciente quanto consciente – a ao abandonar
seus desejos de dependência infantil e conseguir uma existência mais satisfatoriamente independente”.
A fantasia facilita a compreensão das crianças, pois se aproxima mais da maneira como vêem o mundo,
já que ainda são incapazes de compreender respostas realistas. Não esqueçamos que as crianças dão
vida a tudo. Para elas, o sol é vivo, a lua é viva, assim como todos os outros elementos do mundo, da
natureza e da vida. Ainda de acordo com Bettelheim (1980, p.13), para que uma estória realmente
prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida,
deve estimular-lhe a imaginação, ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções;
estar harmonizada com suas ansiedades e aspirações; reconhecer plenamente suas dificuldades; e, ao
mesmo tempo, sugerir soluções para os problemas que a perturbam. Resumindo, deve de uma só vez
relacionar-se com todos os aspectos da personalidade da criança e isso sem nunca menosprezá-la,
buscando dar inteiro crédito a seus predicamentos e simultaneamente promover a confiança nela
mesma e no seu futuro.
O herói em desenvolvimento
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O que salva o herói é seu grau de amadurecimento, e este é alcançado sempre fora da casa paterna. A
mensagem oculta é a de que precisamos de nossos pais, mas para crescer, temos de nos libertar da
dependência deles. Bettelheim (1980, p.16) destaca que:
A psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão ligados aos eternos
dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional. É durante essa fase que
surge a necessidade da criança em defender sua vontade e sua independência em relação ao poder dos
pais ou à rivalidade com os irmãos ou amigos. Lembra a psicanálise que a criança é levada a se
identificar com o herói bom e belo, não devido à sua bondade ou beleza, mas por sentir nele a própria
personificação de seus problemas infantis: seu inconsciente desejo de bondade e beleza e,
principalmente, sua necessidade de segurança e proteção. Pode assim superar o medo que a inibe e
enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta, podendo alcançar gradativamente o equilíbrio
adulto.
Logo, todos os contos de fadas apresentam histórias de príncipes e princesas – heróis – que vivem
situações terríveis criadas por seres malévolos – as bruxas - , mas, felizmente, contam com os seres
mágicos: fadas, magos, anões. Por isso, os conflitos são provados por uma intenção maldosa contra
uma pessoa de bem e só se resolve pelo encantamento. O herói sofre a perseguição do mal – a bruxa -,
o que faz aumentar o conflito até o final, quando a virtude triunfa e o ser malévolo é impiedosamente
castigado. Assim, tudo termina com final feliz.
Infelizmente, muitos pais desejam ver seus filhos com a cabeça funcionando racionalmente como a
deles, e acreditam que a sua maturidade depende exclusivamente do ensinamento oferecido pela
maioria das escolas que, via de regra, em nossa sociedade moderna, pouco fazem além de repassar um
conteúdo pedagógico desprovido de maiores significados para a vida. Esquecem-se de explorar os
sentimentos como integrante fundamental da formação do caráter e, ainda que bem alfabetizem,
algumas escolas desconsideram os contos de fadas como se esses só gerassem confusões quanto aos
conceitos sólidos de realidade que devem ser ensinados às crianças. A sabedoria, afinal, não é coisa que
nasça pronta como a deusa Palas Atena, que, inteiramente formada, pulou fora da cabeça de Zeus; é,
antes, algo delicado, que se constrói desde os tenros anos da infância e que passa necessariamente por
um estágio de extraordinário potencial, o qual só se desdobrará convenientemente num bem explorado
e maduro psiquismo. Obrigatoriamente, isso leva à necessidade de lidar com os sentimentos. O mundo
interior, desconhecido pela consciência intelectualizada, encerra segredos legítimos, guarda metade de
nós mesmos, e sua assimilação é imprescindível para todo aquele que deseje conhecer-se melhor ou
que esteja buscando respostas honestas para os enigmas da existência.
Nesse particular, os contos de fadas cumprem relevante papel. São expressão cristalina e simples de
nosso mundo psicológico profundo. De estruturas mais simples que os mitos e as lendas, mas de
conteúdo muito mais rico do que o mero teor moral encontrado na maioria das fábulas, são os contos de
fadas a fórmula mágica capaz de envolver a atenção das crianças e despertar-lhes sentimentos e valores
intuitivos que clamam por um desenvolvimento justo, tão pleno quanto possa vir a ser o do prestigiado
intelecto. Não fossem assim tão verdadeiros ao simbolizar nosso caminho pessoal de desenvolvimento,
apresentando-nos as situações críticas de escolha que invariavelmente enfrentamos, não despertariam
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nem sequer o interesse nas crianças que buscam neles, além da diversão, um aprendizado apropriado à
sua segurança. Nesse processo, cada criança depreende suas próprias lições dos contos de fadas que
ouve, sempre de acordo com seu momento de vida. Elas extraem das narrativas, ainda que
inconscientemente, o que de melhor possa aproveitar para ser aí aplicado. Oportunamente pedem que
seus pais lhe contem de novo esta ou aquela história, quando revivem sentimentos que vão sendo
trabalhados a cada repetição do drama, ampliando assim os significados aprendidos ou substituindo-os
por outros mais eficientes, conforme suas necessidades do momento.
A literatura dirigida ao público infantil foi produzida a partir do século XVII, uma vez que antes desta
data, a sociedade feudal não reconhecia que as crianças possuíam características próprias da infância.
Com a queda do sistema feudal, a família tornou-se unicelular, ou seja, mais unida e privada, e a
criança é tida como frágil (biologicamente), distanciada dos meios produtivos; e então, como
conseqüência, é um ser dependente do adulto, de quem precisa ajuda para agir na sociedade. Segundo o
modelo familiar burguês que surgiu na Idade Moderna, a criança passou a ser valorizada, e juntamente
com as idéias para seu desenvolvimento intelectual surge a necessidade de manipulação de suas
emoções. É neste contexto que a escola e a literatura aparecem para atender a essas questões. Prova
disto é que os primeiros textos para as crianças são de caráter educativo. O cunho educativo é dotado
de um pragmatismo que não aceita a literatura como arte, mas como atividade de dominação da
criança, ou seja, de cunho exclusivamente moralista e ditadora de regras. Essa idéia de dominação é
incorporada pela escola como objetivo, uma vez que esta introduz a criança na vida adulta, mas ao
mesmo tempo, protege-a contra as agressões do mundo exterior, separando-a de seu coletivo (família,
sociedade) e a fazendo esquecer o que já sabe.
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adequação dos mesmos ao leitor. O mais importante que resta disso tudo é que nunca esqueçamos a
lição, crianças, jovens ou adultos no mundo das fadas, todos seguimos encantados e felizes para
sempre!
https://idiomus.com/blog/a-arte-
da-guerra/#comment-169
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analisados racionalmente, uma vez que, para ele, trata-se de
uma característica inerente à espécie humana.
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Para começar, damos uma ideia do que o livro cobre neste
breve resumo de seus capítulos. Em seguida, explicamos o
contexto cultural subjacente do trabalho e as raízes da ciência
chinesa, especialmente seus métodos de diagramação de
relações.
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Planejamento
O primeiro capítulo, “Planejamento”, explora os cinco
principais elementos que definem a posição competitiva
(missão, clima, solo, comando e métodos) e como avaliar seus
pontos fortes competitivos em relação aos de sua
concorrência.
Indo à guerra
O capítulo 2 “Indo à guerra”, define a natureza econômica da
concorrência. Explica como o sucesso exige a obtenção de
salários vencedores, o que, por sua vez, exige limitar o custo
da competição e do conflito.
Este capítulo é crítico para entender por que Sun Tzu ensina
“vencer sem conflito”. Por definição, o conflito é caro. Derrotar
oponentes e vencer batalhas pode satisfazer o ego, mas Sun
Tzu considera esse objetivo um tolo.
Planejando o Ataque
O Capítulo 3, “Planejando o Ataque” define a natureza da força.
É importante entender que, por “ataque”, Sun Tzu significa
especificamente a ideia de se mudar para um novo território,
não necessariamente de batalha ou conflito.
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as posições existentes, portanto, se não estiverem avançadas,
elas devem falhar.
Posicionamento
O Capítulo 4, “Posicionamento”, explica como você deve usar
posições competitivas. Suas habilidades para se defender e
avançar são ambas baseadas em sua posição atual. Para
chegar onde você quer ir, você deve começar de onde você
está.
Força
O capítulo 5, “Força”, explora a energia que impulsiona todos
os esforços humanos: a imaginação. Uma das razões pelas
quais os ambientes competitivos são caóticos é que a
criatividade torna a previsão impossível. A imaginação
humana é infinita. Sua capacidade infinita também torna
infinitas as possibilidades dariqueza e do progresso humano.
Fraqueza e força
O capítulo 6, “Fraqueza e força”, examina o “sistema
circulatório” de ambientes competitivos, o mecanismo
subjacente da mudança. Como a água flui a jusante, há um
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equilíbrio natural das forças na natureza. Vazios são
preenchidos.
Conflito armado
O capítulo 7, “Conflito armado”, explica os perigos do conflito
direto. Lutar contra pessoas por recursos é tentador se você
não entende a verdadeira natureza da oportunidade e da
criatividade.
Adaptando-se à situação
O Capítulo 8, “Adaptando-se à situação”, concentra-se na
necessidade de se adaptar às condições que você encontra.
Este capítulo serve como introdução aos próximos três longos
capítulos. Esses capítulos fornecem várias respostas
específicas para situações específicas. Este capítulo
apresenta a ideia de que cada situação é única, mas que
combina elementos familiares. Embora devamos ser criativos e
flexíveis, também devemos trabalhar dentro das regras das
“respostas padrão” e não reagir por ignorância.
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Marcha armada
O Capítulo 9, “Marcha Armada”, descreve as diferentes
situações em que você se encontra ao entrar em novas arenas
competitivas. É o primeiro dos três capítulos mais detalhados.
Explica o que essas situações significam e como você deve
responder a elas. Muito disso se concentra em avaliar as
intenções dos outros.
Posição de campo
O capítulo 10, “Posição de campo”, examina as três áreas
gerais de resistência (distância, perigos e barreiras) e os seis
tipos de posições de campo que surgem a partir deles. Este é
novamente um capítulo longo e detalhado, repleto de
respostas específicas que devem ser aprendidas. Cada uma
das seis posições de campo que ele discute oferece certas
vantagens e desvantagens, tanto em termos de defender
quanto de avançar posições futuras.
Nove fases
O Capítulo 11, “Nove fases”, descreve nove situações comuns
(ou estágios) em uma campanha competitiva e o
reconhecimento e a resposta exigidos em cada uma delas.
Este é o último e o mais longo dos capítulos detalhados. Essas
nove situações podem ser geralmente agrupadas em
condições precoces, intermediárias e finais, e variam de
dispersão a mortal. Em cada uma dessas situações, há uma e
apenas uma resposta apropriada.
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destruição na era de Sun Tzu, os ataques de fogo são o
arcabouço para discutir os movimentos de uso e sobrevivência
que visam à destruição de um oponente. O capítulo faz isso
sistematicamente, examinando os cinco alvos de ataque, os
cinco tipos de ataques ambientais e as respostas apropriadas
a esses ataques. No entanto, termina com um aviso sobre o
uso emocional de armas. Enquanto a concorrência pode ir
nessa direção, não deveria.
O uso de espiões
O Capítulo 13, “O Uso de Espiões”, abordasse a questão da
espionagem e contraespionagem durante a guerra. A única
maneira de adquirir conhecimento prévio é através de agentes
secretos. Existem cinco tipos de agentes secretos: nativos,
internos, duplicados, dispensáveis e vivos. Ninguém deve
saber um do outro.
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A Arte da Guerra é um verdadeiro tratado estratégico,
bastante útil até os dias atuais, sobre como proceder para que
seja possível se tornar vitorioso no contexto bélico. Nessa
obra, aborda-se desde táticas e elementos mais práticos,
pragmáticos, até itens de caráter mais “subjetivo”, aberto,
abrangendo dessa forma todos os ângulos e âmbitos possíveis
de um conflito.
"Toda empresa precisa de gente que cometeu erros - e tirou o máximo deles."
"Não culpo ninguém em particular por este problema. O que importa é nossa capacidade de
reorganização para apresentar uma nova abordagem e resolvê-lo"
Quando os empregados sabem que os erros não vão levar a castigos, cria-se uma atmosfera na qual as
pessoas se dispõem a apresentar idéias e a sugerir mudanças. Isso é importante para o sucesso de uma
companhia a longo prazo e extrair lições dos erros reduz a possibilidade de que eles se repitam, ou
sejam acobertados.
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Para ele, o homem não é um ser abstrato ou uma
substância, mas uma existência presente, um Dasein (do
alemão: Ser-aí).
O auge do pensamento existencialista ocorre na França,
com Jean-Paul Sartre (1905-1980), filósofo francês, e
Albert Camus (1913-1960), filósofo argelino, que
popularizaram o termo e as ideias escrevendo, além de
textos teóricos, romances e peças de teatro. Essa força
nos anos pós-guerra tem muito a ver com a recuperação
de conceitos como liberdade e individualidade.
O pensamento existencialista defende, em primeiro lugar,
que a existência vem antes da essência. Significa que
não existe uma essência humana que determine o
homem, mas que ele constitui a sua essência na sua
existência. Esta construção da essência se dá a partir
das escolhas feitas, visto que o homem é livre. Nessa
condição na qual o homem existe e sua vida é um projeto,
ele terá de escolher o que quer ser e efetivar sua vontade
agindo, isto é, escolhendo.
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Há dois tipos de existencialismos: o cristão, no qual se destacam
Jaspers, Gabriel Marcel e Kierkegaard; e o ateu, representado por
Heidegger (embora ele mesmo não o considere) e o próprio Sartre.
Tanto uma corrente como a outra comungam de um princípio
fundamental: a existência.
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leitura. Um ser Em-si não tem potencialidades nem consciência de si ou
do mundo. Apenas é. Já o ser Para-si, consciência humana, é um tipo
diferente de ser, por possuir conhecimento a seu próprio respeito e a
respeito do mundo, e é justamente isto o que o difere dos demais seres.
O Para-si não tem uma essência definida.
Angústia
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mas também um legislador, que ao escolher escolhe também toda a
humanidade. O indivíduo se angustia porque se vê numa situação em
que tem de escolher sua vida, seu destino, sem buscar apoio ou
orientação de ninguém (SARTRE, 1946: 8). Com isso, o homem percebe
o tamanho de sua responsabilidade e se angustia, pois ao mesmo tempo
ele está escolhendo só por si e também por toda a humanidade. Mesmo
aqueles que não mostram angústia ou dizem não sofrê-la,
experimentam tal condicionamento.
Desamparo
Sartre retoma Dostoievski, o qual dissera: “se deus não existisse, tudo
seria permitido” (apud SARTRE, 1946: 9), e é aí que se encontra o ponto
de partida para o existencialismo. Com efeito, tudo é permitido, se Deus
não existe, o homem fica abandonado, pois não encontra em si nem fora
de si um apoio, não tem a quem se apegar, e se vê obrigado a contar
apenas com seus próprios recursos. Nesta condição, o homem não pode
contar com nenhuma humanidade, nenhum partido, nenhum
companheiro que possa ajudá-lo, mas única e exclusivamente consigo
próprio, isto é, com suas próprias forças.
Desespero
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do que ao mundo’, queria significa a mesma coisa agir sem
esperança. (SARTRE, 1946: 12)
Conclusão
O homem sartreano é aquele que está por fazer-se, não tem valores que
o precedem. Ao mesmo tempo em que Sartre parte do pressuposto de
que Deus não existe, o homem é elevado de tal forma que se torna quase
um “semideus”, auto-suficiente, capaz de criar sua própria essência.
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Heidegger, assim como outros autores, definem a morte como
a única maneira de atingir a individuação, ou seja, conquistar a
totalidade de sua vida (pois antes da morte a individuação
existe apenas enquanto potencial); ele a chama de princípio de
individuação, uma vez que a morte é a única possibilidade que
determina a totalidade do ser, que o limita, e que lhe permite
ser completo.
Admite-se como igualmente evidente que a verdade tem o
contrário, e que a não verdade pode ser compreendida como
não estar de acordo.
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como ser de um ente. Aquilo que faz presente o ente e que o
ilumina, mas que também se faz presente e manifesta-se no
ente. A compreensão do ser está sempre incluída em tudo que
se apropria do ente; porém, o ser não é um ente. Vem daí a
confusão básica, e que precisamos tomar cuidado ao abordá-
la, entre ser e ente, e suas compreensões. O ente é um modo
de ser e é determinado por este. O ente é tudo aquilo de que
falamos / nos referimos; diz respeito a muitas coisas e em
sentidos diferentes (como um cachorro, um pássaro, e até
mesmo uma cama ou uma cadeira); é o que somos e como
somos.
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com Mondin (1977), “Heidegger chama existência a esta
característica do homem de ser fora de si, diante de si, por
seus ideais, por seus planos, por suas possibilidades”. Ele
afirmava que a existência é definida por esta característica do
homem que é denominada transcendência. Sempre nos
projetamos para além do que somos diante do mundo, somos
seres dinâmicos (pensamos no futuro, nos preocupamos com o
que nos acontece, escolhemos possibilidades,
fundamentalmente nos antecipamos, superamos o presente),
ou seja, transcendemos o que somos a cada momento. A
natureza do homem, ou seja, sua essência, consiste na sua
existência; esta precede e determina esta essência.
“E o que é dharma?”, você deve estar se perguntando neste momento. Dharma é precisamente o que
você é, e orientar-se pelo dharma, pela sua essência mais íntima, é ser sensível à realidade, é ser
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solidário às suas próprias necessidades, consciente de sua integração com o mundo, atento à voz de sua
consciência mais profunda – respondendo a tudo isso sempre com naturalidade e equilíbrio. Depois de
muito tempo de uma vida dominada por uma mente descontrolada, sem referências e tendo como
auxílio apenas os palpites de pessoas que precisam de tanta ajuda como nós, é uma experiência
incrivelmente libertadora conhecer o caminho do dharma. É como estar em um carro desgovernado e,
então, ter novamente domínio do volante e dos pedais. É como ser escravo de um velho vício, para o
qual já demos muitas desculpas, e, então, darmos conosco sóbrios mais uma vez.
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As reações produzidas chegam na forma de objetos, fatos e
situações na vida. Tudo – tudo mesmo – acontecendo em sua
vida, como seu DNA, seu status social, sua conta bancária,
sua situação empregatícia, vizinhança, o planeta e a galáxia
onde você mora, saúde e tudo que você tem são resultados de
suas atividades passadas. Toda a configuração da realidade
externa em sua vida, em todos os momentos, é uma reação
cármica. A única exceção a essa regra é a intervenção divina.
Quanto mais você desenvolve sua espiritualidade, e sobretudo
sua devoção a Deus, mais seu karma pode ser ajustado por
Deus para estar em conformidade com sua elevação espiritual.
É como obter um perdão real ou presidencial. Você foi julgado
e condenado, mas o poder governamental do país perdoa seu
crime. Ou, para dar um exemplo ainda melhor, se você se
revela um aluno excepcional, isso pode despertar na escola
um interesse especial por sua educação, fazendo com que ela
ajuste sua grade para ajudar você a desenvolver plenamente
suas capacidades.
O yogi então vai seguir seu dharma, mas agora como uma
oferenda a Deus, sem desejo de resultado algum material. Esta
técnica predomina os ensinamentos de Krishna a Arjuna na
Bhagavad-gita e é chamada de karma-yoga. Três pontos chaves
para transformar uma ação comum numa ação transcendental
em karma-yoga: 1) estar alinhado com seu dharma, 2) fazer
como uma oferenda a Deus e 3) ficar no aqui e agora, sem
desejar o resultado futuro da ação. Assim, você não acumula
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karma algum na atividade e gradualmente se liberta da
existência material.
Aqui e Agora
Ansiedade, medo, depressão, ira, frustração e confusão são alguns dos sintomas naturais
experimentados como resultado de termos nossos pensamentos completamente fora de controle. O
principal truque que a mente está aplicando em você é a viagem do tempo mental. Olhamos para o
passado para nos lamentarmos de coisas ocorridas, conversas que aconteceram e escolhas feitas. Você
percorre relacionamentos fracassados, conversas que terminaram mal, más escolhas feitas na vida, etc.
Ou talvez você fique pensando em como a vida era boa naquele tempo, mas não é agora. Em qualquer
um dos casos, note que, por reviver uma experiência desprazerosa ou por focar no que você não tem
mais, o resultado final é o mesmo: sofrimento. Você se sujeita à sensação negativa mais uma vez,
reforçando e fortalecendo a mesma. Ainda mais comum, entretanto, é viajar para o futuro. Isso é feito
através da constante atualização de sua lista do que você precisa para ser feliz. Isso se chama
“felicidade condicional”, porque você está dizendo para si mesmo que você só será feliz sob certas
condições, todas as quais estão no futuro. Você será feliz quando entrar na faculdade, quando
conseguir um emprego, quando for promovido, quando se casar, quando tiver filhos, quando ficar em
forma, comprar uma tevê ou celular novo, conseguir um carro melhor e muitas outras coisas.
Felicidade condicional é uma armadilha. É uma situação em que ninguém ganha. O grande problema é
que você está dizendo que, agora mesmo, você é incompleto, infeliz ou “ainda não chegou lá”. Muito
embora você não tenha a intenção de se deprimir com isso, o que acontece quando você diz que será
feliz quando isso ou aquilo aconteça ou obtenha isso ou aquilo, é que você está dizendo que você não é
feliz agora, que você não está satisfeito e que você não é completo. E a situação piora, pois, no mesmo
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instante em que você aposta em alguma coisa ou alguma situação externa e futura para ser feliz, você
certamente ficará ansioso. Consciente ou não, você ficará ansioso em relação a quando isso virá, ou se
virá. Também ficará frustrado em razão de ainda não ter o que deseja. Você ficará irado caso aconteça
algo que afaste essa realidade para um futuro ainda mais distante, ou que a torne improvável. E se
todos esses sentimentos de insatisfação, ansiedade, frustração, medo e ira não fossem o bastante para
estragar seu dia, aqui está o golpe final: quando você de fato obtém um desses itens de sua lista de
alegrias condicionais, o sentimento positivo dura pouquíssimo tempo, algumas vezes praticamente não
existindo. Talvez concluir o ensino médio tenha sido um item importante na sua lista. Porém, por
quantos dias você de fato se sentiu realizado e feliz depois do dia da formatura? Entrar na faculdade?
Por quanto tempo isso deu suporte ao seu bem-estar? Obter o primeiro emprego? Seu carro novo? Um
celular mais moderno? Pense nisso. Por quanto tempo você de fato se sentiu satisfeito, completo,
realizado e feliz ao alcançar essas metas? O que realmente aconteceu com você foi provavelmente o
que acontece com a maioria de nós: tão logo você obtém um item da sua lista, sua lista simplesmente se
atualiza e aquilo não foi tão incrível, afinal. Sua mente não lhe deu nenhum descanso, nenhuma
satisfação e nenhuma felicidade durável.
Estar na Zona
Dharma e o exercício de estar no aqui e agora andam lado a lado. Dharma é algo tão natural que o que
você precisa para estar cada vez mais afinado com ele é remover o que não é natural, em especial
egoísmo, medo e cobiça. Outra maneira de dizer o mesmo é que, se você for vítima de sua lista de
felicidades condicionais, ou simplesmente carecer de consciência suficiente de suas ações, você não
conseguirá ver o seu dharma. O foco perfeito no aqui e agora é centrar-se no seu dharma e colocar toda
a sua atenção em realizar seu dharma no máximo de sua capacidade. Isso, por si só, trará
uma felicidade imediata e sustentável.
A mente destreinada, portanto, passa muito tempo no futuro, no que chamo de “mundo de fantasia”,
sonhando acordada com o que parece um futuro melhor. Basicamente, esses desejos envolvem mudar o
futuro de três maneiras: 1) obtendo coisas (novo carro, telefone, casa, etc.), 2) fazendo pessoas
cooperarem com seus planos (como encontrando um esposo ou esposa, ou esperando que o patrão trate
você melhor), e 3) tendo a esperança de que situações favoráveis surgirão (como obter um emprego,
ficar em forma ou fechar um contrato) É frequente que { Conceito-Chave do Método 3T} A Mudança
de Paradigma: Vida vs. Fantasia 17 nada significativo aconteça quando alguém atinge uma dessas
metas. Desejos, uma vez que realizados, frequentemente satisfazem muito pouco, e logo outros desejos
começam a exercer pressão e assumirem o centro do palco da mente. Viver assim é um dos principais
componentes para se ter uma vida muito ruim. Quando a mente está no futuro, desejando resultados
futuros, ansiedades em relação a consequências futuras são inevitáveis. Nessa situação, igualmente
inevitável é a frustração com a vida como ela é hoje, a ira quando surgem obstáculos que
aparentemente adiam a realização desses desejos, e o medo de que tudo termine muito mal. Sejamos
honestos: todos nós já tentamos viver assim, e simplesmente não funciona. Nunca funcionou. Esse não
é um caminho para se obter paz, satisfação e felicidade. Então, a mudança de paradigma é necessária.
Em vez de focar no futuro, na crença ilusória de que alguma combinação de realidade externa (estas
coisas, com aquelas pessoas, naquela situação) será a chave para a sua felicidade, o foco está em
simplesmente viver bem a vida, aqui e agora, centrado no seu dharma. Vida vs. fantasia. A vida está
acontecendo a todo momento. É um fluxo, uma constante corRENTE de eventos. O desafio é estar
completamente presente conforme acontece. A felicidade surge de cumprir o seu dharma bem, aqui e
agora, indo de um dharma a outro, ao longo do seu dia. Sendo a melhor pessoa que você pode ser hoje,
neste exato momento, sincero consigo. É simples assim. Não há necessidade (e, francamente,
pouquíssima utilidade) em ficar sonhando acordado com um futuro. A realidade é mais bela do que
qualquer sonho, se você simplesmente aprender a acessar isso por completo. Eventos futuros se
descortinarão sob a força todo-poderosa do tempo. A vida, em sua maior parte, acontece de maneira
muito diferente do que qualquer coisa que você imaginou anteriormente. E isso não é algo ruim, nem
algo bom. Apenas é. Tratase da realidade. Quanto mais conseguimos nos sintonizar com a realidade,
mais felizes ficamos. Em vez de imaginar que certa combinação de coisas, pessoas e situações trará paz
e felicidade para você no futuro, você deve buscar paz e felicidade na vida como ela é, na bênção
maravilhosa de estar ativo em seu dharma, de estar vivo, agora mesmo
.
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O foco deve ser a ação em si, não o dia como um todo, nem a carreira, nem o salário ou outra meta no
futuro.
Então, traga seu foco de volta para uma ação por vez. Se é hora de se sentar em uma reunião ou sala de
aula, esteja ali, presente, sendo a melhor pessoa que você pode ser naquele momento. Se é hora de
preparar uma apresentação, para vender papel ou qualquer outra coisa, então faça isso somente, faça o
melhor que pode fazer e não fique se desgastando com pensamentos do que virá depois, não fique
percorrendo as postagens de redes sociais ou respondendo a e-mails. Mantenha sua completa atenção
em uma coisa de cada vez
Seu dharma ocupacional é um excelente teste para seu desenvolvimento pessoal e amadurecimento no
mindfulness. As múltiplas demandas de dirigir um negócio, manter um emprego ou obter um diploma
testarão suas habilidades de manter sua mente focada no aqui e agora, em fazer o que é necessário com
sua atenção plena e presença igualmente plena. Você será constantemente testado em sua habilidade de
distinguir entre planejar e fantasiar. Quando se acostumar a isso, porém, você adorará. Chega um lindo
momento em que você finalmente compreende a diferença entre tentar uma venda por causa de uma 31
bonificação, e tentar uma venda porque isso é a expressão de quem você é naquele momento. A
diferença é entre dar o seu melhor porque você acha que terá alguma recompensa futura, e dar o seu
melhor porque isso é como você pode maximizar sua experiência aqui e agora. Quando você está
fazendo isso por alguma recompensa futura, você experimentará ansiedade ao longo de todo o
processo, ira caso fracasse, frustração caso haja obstáculos, ou seja, menos do que o esperado, e você
não estará completamente presente. Quando você está dando o seu melhor como expressão do seu
dharma, de quem você é, você se sente maravilhoso do começo ao fim, você está completamente
presente na ação e você aceita o resultado que venha com naturalidade, independente de qual seja.
Estresse é um indicador de que você ou está ansiando por algum future positivo ou está temendo algum
acontecimento negativo. Em outras palavras, sua mente o está arrastando para o futuro e o
enlouquecendo.
Então, traga seu foco de volta para uma ação por vez. Se é hora de se sentar em uma reunião ou sala de
aula, esteja ali, presente, sendo a melhor pessoa que você pode ser naquele momento.
A diferença é entre dar o seu melhor porque você acha que terá alguma recompensa futura, e dar o seu
melhor porque isso é como você pode maximizar sua experiência aqui e agora. Quando você está
fazendo isso por alguma recompensa futura, você experimentará ansiedade ao longo de todo o
processo, ira caso fracasse, frustração caso haja obstáculos, ou seja, menos do que o esperado, e você
não estará completamente presente. Quando você está dando o seu melhor como expressão do seu
dharma, de quem você é, você se sente maravilhoso do começo ao fim, você está completamente
presente na ação e você aceita o resultado que venha com naturalidade, independente de qual seja.
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