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Laboratório de

Física Geral III Gerador de van der Graaf Pontifícia Universidade


Profª: Kelly Faêda Católica de Minas Gerais
1. Introdução

O carregamento elétrico de um corpo material A, ou de um dispositivo feito do mesmo material,


significa que o corpo material adquiriu a capacidade de exercer forças elétricas e magnéticas sobre outros
corpos materiais localizados no espaço da sua vizinhança sem que haja a necessidade de haver contato entre
eles. O carregamento elétrico de um corpo material pode ser de dois tipos: o negativo (−) e o positivo (+).
Dois corpos materiais com carregamento elétrico do mesmo tipo (+ + ou − −) exercem forças elétricas
repulsivas entre si. Quando o carregamento elétrico dos corpos materiais for de tipos diferentes (+ − ou − +)
as forças elétricas entre eles são atrativas.

Com o advento da teoria atômica no século XX, descobriu-se que o carregamento elétrico dos corpos
materiais deve-se a uma propriedade fundamental dos elétrons e dos prótons, as partículas materiais que
compõem o átomo. Ainda de acordo com a teoria atômica, os elétrons se movimentam em órbitas fechadas
em torno da região central imóvel chamada de núcleo. O núcleo contém os prótons e os nêutrons. Os
elétrons têm a unidade fundamental de carga elétrica negativa e os prótons a de carga elétrica positiva. Em
módulo, as duas unidades fundamentais de carga elétrica são iguais, cujo valor medido em coulombs é dado
por:

e  1,6 x1019 C .

O modelo atômico de órbitas foi proposto pelo físico dinamarquês Neils Bohr em 1912 e teve como
base os experimentos de J.J. Thompson, cujos resultados foram publicados em 1897, e os de Ernest
Rutherford publicados em 1910. Thompson mostrou com um tubo de raios catódicos a natureza corpuscular
da carga negativa da matéria, ou seja, a existência dos elétrons de carga negativa. Os experimentos de
Rutherford, medindo o espalhamento das partículas α que incidiam sobre finas lâminas de ouro,
evidenciaram a existência da carga positiva da matéria dentro de um caroço, o núcleo central do modelo de
Bohr. O modelo de Bohr, suportado por esses experimentos, é mostrado na Fig. 1.

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Figura 1 – O modelo atômico de Bohr.

Uma vez que qualquer corpo material (A) apresenta-se neutro, se ele não for submetido ao processo
de carregamento elétrico, então o número de elétrons e o de prótons da matéria ordinária deve ser igual: N e
= NP. Ou seja, o processo de carregamento elétrico consiste em alterar a igualdade no número de elétrons e
de prótons, transferindo elétrons do corpo material (A) para outro corpo material (B), ou vice-versa. Assim, o
carregamento elétrico positivo (+) do corpo material (A) significa que o processo de carregamento elétrico
transfere uma quantidade ne de elétrons dele para o outro corpo material (B) e que o corpo material (A) fica
com uma quantidade np (= ne) de prótons a mais que a de elétrons. O corpo material (B) recebendo a
quantidade adicional ne de elétrons fica carregado negativamente (−). O processo inverso, ou seja, o
carregamento elétrico negativo (−) do corpo material (A) também pode ocorrer. Veja na Fig. 2 as duas
situações possíveis para o carregamento elétrico do corpo material (A).

Figura 2 – Os dois tipos carregamento elétrico de um corpo material (A).

O Gerador de van der Graaf

No gerador de van der Graaf um motor elétrico movimenta a correia de borracha que está em
contato e atrita o cilindro de teflon ligado ao eixo da polia que gira por meio de outra correia ligada na polia
do motor. O teflon é o material da série triboelétrica (veja Fig. 3 abaixo) que tem a maior facilidade para
ganhar elétrons quando em contato com outro material. A borracha está vários níveis acima. Assim, quando
um pedaço de borracha é atritado a um pedaço de teflon, a borracha perde elétrons para o teflon. Em
consequência, a borracha adquire o carregamento elétrico com uma quantidade de carga elétrica + Q (
Q  ne ) e o teflon adquire o carregamento elétrico com uma quantidade de carga elétrica – Q.

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Figura 3 – Série triboelétrica mostrando os materiais que têm a maior tendência para perder
elétrons (positivos) e aqueles que têm maior tendência para ganhar elétrons. No topo dos
positivos encontra-se a pele humana seca e o mais negativo é o teflon. (imagem retirada do site
Só Física: www.sofisica.com.br).

Portanto, o cilindro de teflon (corpo B na Fig. 4) adquire o carregamento elétrico com carga elétrica –
Q devido ao atrito entre ele e a correia de borracha. A correia de borracha (corpo A na Fig. 4) adquire o
carregamento elétrico com carga elétrica + Q. Observe que apenas a parte externa da correia de borracha
adquire o carregamento elétrico. Devido ao contato entre a correia de borracha que está com o
carregamento elétrico de carga elétrica + Q e o cilindro metálico C, elétrons são transferidos da cúpula
metálica de alumínio (corpo D na Fig. 4) que se encontra na parte superior de uma coluna. A coluna se apóia
sobre a base onde está apoiado o motor elétrico que gira a correia de borracha. Como resultado da
transferência de elétrons da cúpula metálica de alumínio para a correia de borracha devido ao processo de
neutralização da correia de borracha no cilindro C, a cúpula adquire o carregamento elétrico + Q. A correia
de borracha neutralizada entra novamente em contato com o cilindro de teflon e o processo então se
repete.

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Figura 4 – Desenho esquemático mostrando o processo de carregamento elétrico


da cúpula metálica de alumínio (corpo D). O atrito da correia de borracha (corpo
A) com o cilindro de teflon (corpo B) transfere a quantidade de carga elétrica – Q
para o cilindro de teflon.

2. Objetivos

 Verificar a existência das cargas elétricas através do carregamento elétrico de uma cúpula metálica
de alumínio com a quantidade de carga elétrica + Q. O carregamento elétrico da cúpula metálica de
alumínio com + Q será obtido utilizando o gerador de van der Graaf.
 Estudar a força devido à interação elétrica entre os corpos materiais carregados eletricamente com
os carregamentos elétricos + Q e – Q. Utilizam-se corpos materiais simples como esferas de isopor,
fios de lã, etc.
 Estudar as linhas de campo elétrico que emanam dos corpos materiais carregados eletricamente.
Verificar o fenômeno da blindagem eletrostática.
 Entender o fenômeno do rompimento da rigidez dielétrica do ar. A rigidez dielétrica é o campo
elétrico máximo que pode ser aplicado a um material isolante antes de ele se tornar um material
condutor de corrente elétrica.

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3. PROCEDIMENTOS
1. Repulsão

Material utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Fios de lã.
 Durex.
Experimento:

1) Prenda os fios de lã na cúpula do gerador de Van der Graaf


2) Ligue o gerador de van der Graaf e descreva o que acontece.
3) Explique o fenômeno observado.

2. Repulsão e atração

Material a ser utilizado:


 Gerador de Van der Graaf.
 Bolinha de isopor.
 Cordão.
Experimento:

1) Prenda uma bolinha de isopor a um cordão. Ligue o gerador van der Graaf.
2) Aproxime a bolinha de isopor com o gerador de Van der Graaf em funcionamento. Descreva
e explique o que ocorre.
3) Deixe a bolinha de isopor encostar no gerador. O que ocorre? Explique o fenômeno.

3. Descarga elétrica

Material a ser utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Objetos metálicos pontiagudos.
Experimento:

1) Aproxime do gerador de van der Graaf ligado o objeto metálico pontiagudo.


2) Explique o que você observa.
3) Aproximar a mão fechada ou a esfera auxiliar, aterrada, da esfera metálica do gerador até
uma distancia em que ocorra descarga elétrica, como mostra a Figura 5. Nessa descarga
que tipo de carga está se deslocando? O deslocamento da carga elétrica é da mão para a
esfera ou da esfera para a mão?

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Figura 5 – Descargas elétricas da esfera para um corpo eletricamente neutro.

4. Blindagem eletrostática

Material a ser utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Lata de metal.
 Papel de seda cortado em franjinhas.
Experimento:

1) Dentro e fora de uma lata de metal prenda com fita adesiva “uma franjinha” de papel de
seda.
2) Ligue a lata ao gerador de van der Graaf com um fio com ponta de jacaré.
3) Observe e descreva o que acontece com as franjas do papel de seda dentro e fora da lata.
4) Explique e dê outros exemplos deste fenômeno.

5. Eletrização por atrito.

Material a ser utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Pedaço de lã.
 Barra de plástico (pente/régua).
Experimento:

1) Esfregue uma barra de material isolante em um pedaço de lã.


2) Aproxime a barra de pedaços de papel de seda.
3) Observe o fenômeno e explique porque ele ocorre.

6. Eletroscópio de folhas, torniquete e lâmpada.

Material a ser utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Eletroscópio de folhas.
 Torniquete.
Experimento:

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1) Conectar na esfera o eletroscópio de folha (Figura 6), ligar o gerador, observar, e
descrever o comportamento das lâminas de alumínio.

Figura 6 – Observando o comportamento do eletroscópio de folhas

2) Colocar o torniquete ligado à esfera do gerador (Figura 7), ligar o gerador (usar uma
velocidade de média a alta). Observar o que ocorre e explicar a causa do movimento do
torniquete.

Figura 7 – Observação do comportamento do torniquete

3) Aproximar uma lâmpada fluorescente da esfera do gerador eletrostático em funcionamento,


segurando-a com uma mão. Justificar o que é observado na lâmpada.

7. Poder das pontas.

Material a ser utilizado:

 Gerador de Van der Graaf.


 Base isolante.
 Esfera de prova.
Experimento:

1) Desligar o gerador e posicionar uma pessoa, que esteja com os cabelos finos e bem secos,
em pé sobre a base isolante de madeira e com as duas mãos em contato com a esfera.
2) Ligar o gerador observando o que acontece com os cabelos da pessoa. Explicar o
fenômeno.
3) Ligar a esfera de prova no ponto de terra e fixá-la no tripé. Posicioná-la a uma pequena
distância (aproximadamente 4,0 cm da esfera do gerador).
4) Ligar o gerador e verificar a ocorrência de descargas elétricas entre as duas esferas. O que
acontece?
5) Com base no que foi observado no experimento, pesquisar na literatura apropriada e
explicar o funcionamento do para-raios.

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