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Participação e Comunicação: dilemas e desafios ao desenvolvimento

Rosane Steinbrenner
Jornalista, especialização em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas (FIPAM/UFPA),
mestranda em Planejamento do Desenvolvimento .Núcleo de Altos Estudos Amazônicos,
Universidade Federal do Pará, Brasil (PLADES/NAEA/UFPA).
E-mail: nanani@amazon.com.br ou nanani@ufpa.br

Thomas Hurtiènne
Sociólogo e economista, PhD, Professor e Pesquisador no Núcleo de Altos Estudos
Amazonicos (NAEA) da Universidade Federal do Para UFPA
E-mail:Thomas@nautilus.com.br

Benno Pokorny
Engenheiro florestal, PhD, Instituto de Silvicultura, Universidade de Freiburg, Tennenbacher
Strasse 4, 79106 Freiburg, Alemanha, associado ao Centro de Pesquisa International Florestal
(CIFOR), Bogor, Indonesia.
E-mail: bpokorny@cgiar.org ou benno.pokorny@waldbau.uni-freiburg.de

RESUMO
A importância da participação como princípio das ações de desenvolvimento é sem dúvida,
nos dias atuais consenso teórico e, na prática, dilema ainda insolúvel. Por um lado,
Inúmeros projetos, mesmo com as “melhores intenções”, ainda chegam para vender
soluções. Por outro lado, há quem afirme que a participação transformou-se numa nova
ortodoxia no campo do desenvolvimento. De qualquer forma, ambas as situações parecem
indicar uma ampla tendência de simplificação do tema. O objetivo deste artigo é justamente
problematizar a participação, buscando refletir sobre o que podem ser as principais barreiras
à sua implementação e sugerir alguns possíveis caminhos de superação. A hipótese central
é a de que a comunicação ocupa o lugar de desafio central e deve ser enfrentada como tal
nos processos de interação entre agentes de intervenção social (pesquisa ou
desenvolvimento) e atores locais.

Palavras-chaves: Participação, comunicação, informação, aprendizagem, desenvolvimento.

Introdução

Nos últimos 20 anos, o conceito de participação tem sido usado extensamente no


discurso do desenvolvimento (GAVENTA E VALDERRAMA, 1999). Pode-se afirmar que o
reconhecimento da participação como pré-condição para o desenvolvimento sustentável
tornou-se consensual a partir dos anos 90 (VIOLA; LEIS; 1995; SACHS,1999;
GUIMARÃES,1995; BORDENAVE, 1982; 1986; PETERSEN, 1999; BANDEIRA, 1999;
2

POKORNY ET ALII, 2001; BARBANTI, 2004), devido tanto ao avanço da democratização do


país quanto a uma nova abordagem no contexto internacional, que encara a participação de
atores locais como forma de assegurar a boa governança1 e a sustentabilidade de ações
relacionadas com a promoção do desenvolvimento (BANDEIRA,1999; ROUÉ,1997). Mas
apesar de todo consenso teórico, o que se constata na prática é que, inúmeras vezes, a
participação efetiva das comunidades na construção do seu desenvolvimento é algo ainda
raro ou insuficiente (PETERSEN, 1992; LEROY e SOARES, 1998; POKORNY et alii, 2001).
É preciso levar em conta que a participação, assim como a aprendizagem, reside
num espaço de experimentação e risco. Talvez devido a uma ansiedade de fugir das
incertezas, multiplicam-se proposições que procuram apresentar soluções prontas,
genéricas e simplificadoras (BRAGA e CALAZANS, 2001). Estão aí as plenárias e reuniões
em grandes grupos, utilizadas de forma generalizada como ferramentas-padrão de
mobilização social. Nesse caso, o risco é o da participação acabar convertida em
participacionismo, isto é, no próprio paradoxo da participação, que se revela meramente
formal ou funcional. Algumas iniciativas já manifestam a necessidade de uma reflexão crítica
sobre práticas chamadas participativas. Alguns estudiosos2 chegam a afirmar que a
participação transformou-se numa nova ortodoxia no campo do desenvolvimento (DFID,
ACTIONAID, IDS, 2004).
O que se pode afirmar, portanto, é que a participação, como princípio das ações de
desenvolvimento, ganha nos dias atuais status de dilema ainda insolúvel. Para avançar
nessa discussão torna-se importante tentar primeiro perceber quais são as barreiras mais
comuns à participação. O que impede ou dificulta que, mesmo “com a melhor das
intenções”, mesmo se dizendo “participativa”, na maioria das vezes ações desenvolvidas
não conseguem garantir de fato a participação dos atores locais nos processos de tomada
de decisão? Para refletir sobre o assunto usaremos como subisídio uma série de entrevistas
realizadas com peritos, na sua maioria pesquisadores, que atuam em média há 10 anos em
comunidades rurais na Amazônia3.

1
A “boa governânça” , um conceito difundido pelo Banco Mundial nos anos 90, pode ser vista como
“o exercício da autoridade econõmica, política e administrativa para gerenciar um país em todos os
níveis”. Um dos aspectos centrais da boa governância é a orientação do Estado para a
democratização de suas ações e os elementos que contriubem para isso incluem a legitimidade e
responsabilidade do governo, a defesa dos direitos humanos, a autonomia local e a desconcentração
de poder e o controle civil das organizações militares ( BANDEIRA, 1999)
2
O projeto “Olhar Crítico” promovido e coordenado por ActionAid Brasil em parceria com DfID e IDS da
Universidade de Sussex (UK), envolve um conjunto de pesquisadores, técnicos e militantes de Universidades,
Ongs e movimentos sociais brasileiros e tem por objetivo criar espaços de intercâmbio e reflexão que permitam
aprimorar a percepção sobre questões relacionadas a poder, direitos e voz nos processos de participação em
políticas públicas. ( CD do projeto OLhar Crítico, 2004).
3
Foram realizadas no segundo semestre de 2003, como subisídios à monografia da autora,
entrevistas semi-estruturadas com 13 peritos que desenvolvem trabalhos com produtores familiares
rurais na Amazônia, em sua maioria há mais de 10 anos. A escolha dos entrevistados teve como
critério a notoriedade de suas atuações no campo da pesquisa e/ou desenvolvimento junto a
produtores rurais na Amazônia. – Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), Núcleo de Agricultural
3

Consideramos importante, antes de mais nada, buscar definir mais claramente os


conceitos das categorias centrais aqui trabalhadas: “participação”, “comunicação”,
“desenvolvimento” e de forma transversal, “aprendizagem”. São todas questões delicadas
porque complexas. Elementos presentes nas interações sociais, polissêmicos, permeiam
várias áreas do conhecimento, com lógicas distintas dependendo do contexto no qual se
inserem.
Na sequência pretende-se delinear o que pode ser considerado as principais
barreiras à participação, tentando entender os fatores que dificultam ou facilitam a
participação dentro do campo de forças do desenvolvimento. Com base na rica experiência
de campo dos peritos entrevistados, buscaremos então refletir sobre supostos caminhos
para superar tais barreiras.
Faz-se necessário alertar o leitor que não se tem nenhuma pretensão de dar conta,
em profundidade, das questões aqui tratadas. Ao contrário, reconhece-se de antemão o
tratamento inevitavelmente rápido dos assuntos abordados neste artigo. Ainda assim, em
última instância, formula-se a pretensão de convidá-lo a trilhar alguns caminhos de reflexão,
talvez ainda incertos, que podem contribuir para entender a real complexidade da
participação. Disso resulta o objetivo deste artigo que é o de promover um alerta ao que
parece ser uma ampla tendência de simplificação do tema participação em iniciativas de
promoção ou indução ao desenvolvimento.

“Escolha” - palavra-chave para participação, comunicação e desenvolvimento


O termo participar, de forma genérica, indo ao dicionário, designa tanto o ato de
comunicar, fazer saber ou informar quanto o de tomar parte em algo (MICHAELIS, 2000).
Pode-se dizer que também que, percebida através do seu inverso – a marginalidade –
participação é a condição de não estar à margem, é ter capacidade de intervir
(BORDENAVE, 1995). OU seja, é conquista, com caráter processual, “sempre se fazendo”
(DEMO, 1986). Mais recentemente surgiu a noção de participação plena ou participação
cidadã, vista como “um processo capaz de gerar uma nova dinâmica de organização social,
fomentando a intervenção da população nas políticas públicas” (LEROY e SOARES, 1998).
Enquanto fator transformador da realidade social, a participação em processos de
tomada de decisão que envolvem geração de bem comum implica conscientização e
aprendizagem. Consciência de si e do meio e aprendizagem das lições apreendidas em

Familiar – NEAF /CA/UFPA; CIFOR – Centro Internacional de Pesquisa Florestal: DFID – Reino
Unido: EMBRAPA, PNUD -Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento; FASE - Federação
de Órgãos para Assistência Social e Educacional, IMAZON -Instituto do Homem e do Meio
Ambiente, COOPERAÇU -Cooperativa dos Produtores Rurais de Igarapé-Açú .
4

experiências anteriores de interação social. Tal combinação deve ser capaz de romper com
os padrões de dominação existente - com certas predisposições incorporadas (habitus)
como diria Bourdieu (apud COSTA, 2004) - e capacitar para a conquista da cidadania. O
que Maria Conceição D’Incao e Gérad Roy chamam de “processo de aprendizagem do
exercício da liberdade” (1995, p.20). Ou seja, poderíamos concluir que participação diz
respeito à capacidade de exercer a liberdade de escolha.
Desenvolvimento, em última instância seria nesse sentido, “o aumento da
capacidade de os indivíduos fazerem escolhas” (SEN, 2000 apud ABRAMOVAY, 2003).
Acrescido da noção de sustentabilidade, poderia se dizer então que desenvolvimento
sustentável diz respeito ao aumento da capacidade de fazer escolhas que resultem no ideal
de harmonizar o progresso econômico e social com a proteção ambiental, garantindo às
gerações futuras o acesso aos recursos naturais hoje existentes (BRUNDTLAND, apud
VIOLA; LEIS, 1995; GUIMARÃES, 1995). Para fazer escolhas é preciso ter informação, que
consiste justamente em dados relevantes para a tomada de decisões. Por tomada de
decisão considera-se ações propositadas e comportamento inteligente. Assim, tomar
decisões significaria reduzir incertezas. (JARDIM E FONSECA, 1995). Poderíamos afirmar
então que “a informação é o insumo básico ao desenvolvimento” (BORGES, 2000),
lembrando que “sem comunicação, não há informação” (BORDENAVE 1982).
Escolha é também palavra-chave no conceito de comunicação. Independente da
moldura teórica utilizada, entende-se que todo processo de comunicação, envolvendo
pessoas, máquinas ou células biológicas, tem início com a escolha de determinadas
informações, códigos ou sinais que irão compor o enunciado, a mensagem, a ser transmitida
ou partilhada (FISKE; MEYER-EPPLER;ROSNAY; SHANNON e WEAVER; DEVITO apud
SANTAELLA, 2001; BRAGA e CALAZANS, 2001; MATTELART, 2003). Para o sociólogo
alemão Niklas Luhmann, que radicalizou a teoria dos sistemas e colocou a comunicação no
centro do entendimento das dinâmicas de sociedades complexas, comunicação é sempre
“seleção” – um “processamento de seleções” (LUHMANN, 1998, p.142) que tem como
critério a categoria sentido, o entendimento comum.
A comunicação na verdade, assim como a educação, tem uma “ abrangência
avassaladora”. Não há tema na vida social que seja estranho à comunicação já que “não há
sociedade ou comunidade sem comunicação entre os homens” (BRAGA e CALAZANS,
2001, p.10). Da mesma forma, “nenhum assunto ou questão observada na sociedade pode-
se dizer inteiramente alheia à questão educacional, pois tudo pode ser objeto de ensino e
aprendizagem” (Idem).
Por sua vez, a aprendizagem é entendida como a aquisição de novos
conhecimentos, capacidades, comportamentos ou competências a partir da interpretações
de experiências vividas (BROOKFIELD apud MOURA, 2000). Reflete sempre um processo,
5

no qual “são utilizadas interpretações anteriores, com vistas a construir uma interpretação
nova, ou uma visão alterada acerca do sentido da experiência pessoal “, que servirá como
guia a uma ação futura (MEZIROW apud MOURA, 1998, p. xxx). O resultado da
aprendizagem seria então a mudança interna da consciência daquele que aprende.

Ao longo da vida, ainda mais nos dias de hoje, torna-se necessário que o indivíduo
seja capaz de “efetuar o desenvolvimento das capacidades de evoluir e agir num mundo
complexo, de “aprender a aprender”, de reconstruir permanentemente conhecimentos e
saberes." (COUCEIRO apud MOURA, 1998). Mas para que de fato a aprendizagem gere
alteração da consciência, envolvendo mudança de modelo mental (alteração dos
pressupostos do indivíduo acerca do mundo e acerca de si próprio), é necessária a
interação com os outros, que são fonte de visões e perspectivas alternativas (Moura, 2000).
Somente assim, por um processo de aprendizagem e reflexão, a partir da interação social,
são justificadas e validadas as idéias comunicadas.

Nesse sentido, o que se percebe é que não é possível dissociar aprendizagem de


informação, informação de comunicação, comunicação de participação, participação de
desenvolvimento. Essa dinâmica, que poderíamos chamar de ciclo do desenvolvimento, de
um indivíduo ou grupo de indivíduos, poderia ser visualizado (figura 1) como um ciclo
contínuo de espirais, que resultaria numa outra categoria, o empoderamento .
O termo “empoderamento” pode ser entendido genericamente como incremento de
poder, porém em geral refere-se não à indivíduos mas à comunidades. Estratégias de
"empoderamento" da comunidade supõem entre outras iniciativas, a educação para a
cidadania, a socialização de informações, o envolvimento na tomada de decisões dentro de
um processo participativo de gestão de iniciativas sociais (OPAS, 2004).
Mais uma vez verifica-se a imbricação de fatores no campo do desenvolvimento. Nesse
caso, evidencia-se que empoderamento depende pois, do nível de informação, da
capacidade de comunicação e da qualidade da participação na escolha dos caminhos do
desenvolvimento.
6

FIGURA 1: Associação de Conceitos: Ciclo do Desenvolvimento

CICLO DO
DESENVOLVIMENTO

Participação Participação

Aprendizagem Aprendizagem
Reflexão Comunicação Comunicação
Reflexão

EMPODERAMENTO EMPODERAMENTO

Informação Informação Informação

Barreiras à participação
A comunicação interna, interpessoal, existente entre os integrantes de um grupo em
dado território é considerada relevante e extremamente necessária aos processos de
desenvolvimento local. Isso é um consenso, assim como a importância da participação.
Ainda assim, projetos em áreas rurais amazônicas, de forma geral, não levam em conta o
saber local e os processos de comunicação endógenos, ou não o fazem de formam
adequada ou suficiente.
Esta é a opinião de inúmeros profissionais que trabalham com pesquisa e/ou
desenvolvimento em comunidades rurais amazônicas, Uma amostra dessa percepção foi
revelada numa série de entrevistas semi-estruturadas realizadas para um estudo sobre a
relevância das chamadas redes sociais de comunicação interpessoal- redes de pessoas que
interagem entre si - e mais especificamente as existentes em localidades rurais, para o
desenvolvimento local (STEINBRENNER, 2004). Entende-se que é justamente nas malhas
dessas redes submersas, ”formadas por parentes, vizinhos, compadres e comadres, é que o
saber local circula e são elas, muitas vezes, em regiões mais isoladas, a única fonte e forma
disponível de troca de informação” (STEINBRENNER, 2004, p.6)
Apesar de todo consenso teórico, especialmente a partir da Rio 92, inúmeros
projetos e iniciativas governamentais e não governamentais, mesmo que com boas
intenções, ainda chegam, na prática, para vender soluções. Nesses casos os grupos locais
não são vistos como agentes capazes de gerar ou buscar sua própria informação
7

(POKORNY et alli, 2001). Resta-lhes muitas vezes o papel passivo no processo de


comunicação, prevalecendo relações verticais que geram dependência.

Comunicação: principal desafio


Para a maior parte dos peritos entrevistados a comunicação é justamente o principal
“nó”, o “gargalo”, “o maior desafio” a ser enfrentado por quem “chega de fora” afim de
promover geração de novos conhecimentos (seja pesquisa e/ou desenvolvimento) E um dos
maiores problemas de comunicação é a decodificação, a linguagem (Regina Oliveira 4, i.v.
STEINBRENNER, 2004).
A gente tem viso que um dos principais gargalos, tanto nas capacitações como nos
projetos de desenvolvimento, projetos experimentais, de tecnologias alternativas ou
na discussão de propostas é como você sai do nível das lideranças chegando até a
comunidade; ou seja, até que ponto aquilo que agente transmite da liderança chega
até eles. Às vezes é difícil você entender qual é a melhor forma de transmitir aquilo
5
que você está querendo colocar.(Letícia Tura /FASE, i.v. STEINBRENNER; 2004)

Uma das causas dessas dificuldades de comunicação reside na formas como os


agentes externos estabelecem interação com os grupos locais. Entre as principais
dificuldades dessa relação entre grupos endógenos e exógenos, foi a falta de preparo dos
agentes de intervenção para colocar em prática projetos de cunho participativo. Em
comunidades rurais este é um desafio ainda mais complexo.
Além da disparidade cultural existente muitas vezes entre os agentes da intervenção
e as populações locais, permanece no mundo rural a dificuldade de superação do velho
paradigma agronômico, baseado no “modelo clássico” de extensão rural (FONSECA apud
SCHMITZ, 2001). Diversos estudos revelam que até hoje o modelo dominante de assistência
técnica e extensão rural, bem como a comunicação utilizada pela extensão como
instrumento para induzir mudanças, têm sua ênfase nas abordagens “de cima para baixo” e
no entusiasmo com a difusão de tecnologias (RIFFEL e FURTADO, 2001).

Eu posso falar um pouco mais dessa questão do chamado extensionista, que pode
ser agente de desenvolvimento externo. O que se observa nesse caso é que falta
muitas vezes o diálogo com o agricultor. A maioria dessas pessoas externas chega
mais com uma certa missão do que com interesse de dialogar e isso tem a ver com
a orientação, com o referencial, com o papel dessa pessoa externa, que está

4
Regina Oliveira, bióloga e ecóloga (Museu Paraense Emilio Goeldi-MPEG) atua em projetos de pesquisa,
cooperação técnica e desenvolvimento que têm como foco a Etnoecologia e Etnobiologia, Ecologia Humana e
especialmente o Desenvolvimento Sustentável Comunitário.
5
Letícia Tura, socióloga, atua na FASE - Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – no
Estado do Pará, desde 1996, em projetos voltados à Políticas de desenvolvimento rural e gênero.
8

definido na organização e também se reflete na identidade do próprio extensionista.


6
(Heribert Schmitz /NEAF/CA/UFPA, i.v. STEINBRENNER, 2004)

É importante lembrar que o comportamento dos profissionais que atuam no campo


do desenvolvimento rural – assim como em qualquer outro campo de atuação - suas ações
e estratégias estão diretamente vinculadas às práticas, rotinas e normas institucionais já
interiorizadas por eles em suas condutas (COSTA, 2004). É o que Bourdieu chama de
habitus ou pressupostos incorporados (Idem), que se revelam, por exemplo, em um certo
modo tradicional de agir e pensar o desenvolvimento que reforça relações paternalistas. ” O
que se pensa não é uma ação de parceria, um encontro de saberes, mas levar
conhecimento ao encontro de suposto desconhecimento” (James Johnson7/DFID- Pró-
UFRA8, i.v. STEINBRENNER, 2004). Tal postura acaba por comprometer o componente
participação dos projetos de intervenção social.
A maioria das experiências que vem sendo implementada no município parte do
principio que a gestão e as idéias têm que emanar das instituições externas para a
localidade e isso é um indício de que não está sendo privilegiado o saber local, as
9
inter-relações locais.” (Tonildes Ataíde / Cooperaçu, i.v., STEINBRENNER, 2004)

Os depoimentos de quem trabalha a prática da interação com grupos locais no


interior da Amazônia ajuda a refletir sobre o que talvez seja uma das principais barreiras à
participação : a própria simplificação das práticas participativas.

Participacionismo: risco à participação

A partir dos anos 90, diante de um novo contexto interno, com a consolidação da
democratização do país e o consequente surgimento de novos sujeitos políticos
reivindicantes (Movimentos sociais, ONGs), a participação, por um apelo consensual, é de
certa forma elevada à condição de fator essencial ao processo de desenvolvimento.
Diversos financiadores passam a condicionar o desembolso de recursos à comprovação do
cunho participativo dos projetos (BANDEIRA, 1999).

Heribert Schimitz - um dos peritos entrevistados no estudo que serve de base à este artigo – é PHD em Ciências
Agrárias Extensão Rural e Teoria da Comunicação (Univ. de Berlim), e tem como principal tema de pesquisa
sobre participação e parceria na pesquisa e extensão.
James Jonhson foi um dos peritos entrevistados pela pesquisa sobre redes sociais de comunicação, que serve
de base à este artigo. Engenhreiro Florestal com mestrado em Desenvolvimento Agrícola e Economia Rural
(Oxford), desenvolve há duas décadas trabalhos voltados ao Desenvolvimento Local e Políticas
PúblicasFortalecimento municipale Descentralização Administrativa, África, América Latina e Brasil.
8
DFID/Pró-UFRA– Department of International Development do Reino Unido, apoiador do Projeto de
Fortalecimento Institucional da Universidade Federal Rural da Amazônia (200-2004)
9
Tonildes Araújo é capaz de refletir a relação entre atores externos e locais com uma dupla visão: como uma
autêntica lidrança local, integrante da Cooperativa de produtores rurais de Igarapé-Açú, um pequeno município
no interior do Pará – por onde já passaram diversas iniciativas de promoção ao desenvolvimento – e ao mesmo
tempo como pesquisador. Sociólogo, ele está em fase final do curso de mestrado do NEAF – Nícleo de Estudos
sobre Agricultura Familiar – Centro Agropecuário-UFPA.
9

Ações realizadas na busca de colaboração e participação provaram, sem dúvida, que


são de fato importantes para promover a articulação entre os atores sociais, fortalecer a
coesão da comunidade e melhorar a qualidade das decisões, tornando mais fácil alcançar
objetivos de interêsse comum. A tendência, no entanto, de incluir todos os atores em
qualquer iniciativa local acabou gerando o risco de abordagens generalistas sob uma
espécie de ortodoxia da participação, um certo “participacionismo”, que “naturalizado”, não
problematiza a questão, mas, ao contrário, parece tentar se livrar do enfrentamento
inevitável das contradições e conflitos específicos do desenvolvimento. Falseada a
participação, comprometida estará também a comunicação, como demonstra o depoimento
a seguir.
O que tem acontecido? O que eu tenho observado? Muitas vezes , nas propostas, se afirma –
“ vai ser um projeto participativo” e esse “participativo” se tornou um jargão, porque todo
mundo pensa que participar é você colocar um bando de pessoas numa sala, fazer uma
apresentação, todo mundo concordar e sair de lá dizendo – “Olha, o pessoal participou”. Isso
não é participação, porque às vezes, o líder comunitário está sacudindo a cabeça, ele está
concordando mas isso não significa que ele esteja entendendo, que ele esteja de fato
10
concordando. (Paulo Amaral/Imazon , i.v. STEINBRENNER, 2004)

A situação acima relatada evidencia um conjunto de dificuldades de interação


entre grupos externos e grupos locais e acaba revelando uma espécie de síntese das
principais barreiras à participação:
1. a comunicação existentes entre os atores locais não é considerada ou não
o é de forma suficiente;
2. os riscos e a improbabilidade da comunicação (compreensão e aceitação
das mensagens) entre agentes externos e atores locais não é levada em
conta;
3. há uma ampla tendência à simplificação das práticas ditas participativas,
com isso,
4. as assimetrias das relações de poder e interesses na comunidade não são
percebidas adequadamente;
5. a superação desses problemas depende muito da capacitação de agentes
de desenvolvimento para colocar em prática projetos de fato participativos.

Outras barreiras : tempo e êxito

10
Paulo Amaral, Eng. Agrônomo, especialista em desenvolvimento rural (NAEA)~
Mestrado em manejo e conservação de florestas e meio ambiente (CAT –Costa Rica), é um dos
diretores do IMAZON – Insituto do Homem e Meio Ambiente, hoje uma referência em pesquisas
sobre cobertura florestal na Amazônia e práticas de manejo florestal comunitário.
10

É possível pensar também em outras barreiras à participação, como por exemplo o


fator tempo e também indicadores de êxito. Existe uma dessintonia entre os prazos
estabelecidos para a execução de projetos de desenvolvimento e o ritmo necessário à
mobilização e consolidação das transformações sociais de forma participativa
(STEINBRENNER, 2004). O resultado é que participam aqueles que já estão aptos,
capacitados pelo aprendizado de experiências anteriores, ou seja, “sempre os mesmos
atores”.

Projetos de forma geral trabalham com pessoas que já podem articular-se e


tem a tendência de excluir as pessoas que não tem esse jeito, que já não
estão ligadas (à determinada rede social) Eles (os responsáveis pelos
projetos) chegam à liderança e ficam na liderança e o passo possível é
apenas a plenária, ou seja, trabalham com grupos grandes, o que
necessariamente exclui as pessoas que não são bem articuladas.
(Pokorny11, iv, STEINBRENNER, 2004).

O que se pode constatar portanto, é que dentro dos moldes convencionais dos
projetos e ações voltados ao desenvolvimento local, participa quem já está apto, capaz ou
qualificado ao processo de comunicação (POKORNY, STEINBRENNER, 2004). Fica de fora
justamente quem mais deveria ser atraído para o contexto dialógico local, ou seja, os
extremos do cenário social – por um lado os atores afastados por fatores de escassez, como
exclusão social (pobreza, isolamento) e por outro lado os atores distanciados pelo inverso-
concentração de poder econômico (ex: madeireiro, grande proprietário rural).
É possível imaginar então, uma espécie de “régua social” (figura 2), onde o centro
seria ocupado pelos elos fortes da rede social de comunicação, formado pelo grupo mais
homogêneo, com níveis mais acentuados de participação. Nas duas extremidades,
posicionariam-se os elos mais fracos da rede social, constituídos por atores mais
distanciados do processo de comunicação.

11
Benno Pokorny, co-autor deste artigo, foi um dos peritos entrevistados na pesquisa que serve de
base para as discussão aqui propostas neste artigo, em função de sua atuação como pesquisador
associado ao Centro de Pesquisa International Florestal (CIFOR), através do qual tem desenvolvido
na Amazônia pesquisas sobre a Viabilidade do manejo florestal sustentável e as possibilidades de
novas formas de desenvolvimento participativo, designado como Desenvolvimento Autônomo.
11

FIGURA 2
Relação entre poder e participação

Atores Atores com níveis Atores


isolados mais acentuados de isolados
(escassez) participação (concentração)
de poder)

Caminhos da superação

Para superar esse dilema, antes de mais nada, seria importante identificar quem está
isolado na rede social local. Para isso, consideramos que observar os fluxos de informação
entre os indivíduos do grupo local serviria como ferramenta para ajudar a entender o
gradiente de participação local, as assimetrias das relações de poder vigente na
comunidade e, dessa forma, auxiliar no planejamento de políticas públicas que visem a
inclusão social12. Isso porque nas malhas dessas redes submersas, formadas por parentes,
vizinhos, compadres e comadres, é que o saber local circula e são elas, muitas vezes, em
regiões mais isoladas, a única fonte e forma disponível de troca de informação.
A idéia é que para promover um processo de transformação social mais duradouro, é
preciso aproximar os níveis de capacidade/habilidade de participação entre os diversos
atores locais. Para mobilizar estes grupos extremos são necessários esforços específicos
de mobilização, apoiados numa proposta de ação direcionada cuja dinâmica aconteceria por
etapas, a exemplo da concepção pedagógica das “classes de aceleração” e “progressão”,
baseada na pedagogia da autonomia de Paulo Freire13.
Segundo este conceito, numa primeira etapa os atores que promovem a intervenção
social, como ONGs por exemplo, devem trabalhar isoladamente com os diferentes grupos
em contextos diferenciados. O grupo dos excluídos deve ser preparado para as negociações
e a comunicação com os grupos mais poderosos. Nesse caso, muitas vezes está se

12
Entendemos inclusão como o reverso da exclusão social, definida como a “negação da cidadania”
Segundo a professora Adaisla Sposati, coordenadora do projeto de Estudos Territoriais de
Desigualdades Sociais nas cidades brasileiras, são configuradas quatro grandes utopias de inclusão
social: autonomia, qualidade de vida, desenvolvimento humano e eqüidade (Sposati ,"Exclusão
Social Abaixo da Linha do Equador" - Seminário sobre Exclusão Social, PUC/SP, Maio de 1998)
http://www.dpi.inpe.br/geopro/exclusao/exclusao.pdf ( acessado em 27.04.2004)
13
A idéia destas classes de aceleração é permitir que todos os alunos atores avancem, supondo,
também, que eles podem apresentar desempenhos diversos de acordo com os conhecimentos que
detêm, as habilidades desenvolvidas e o grau de autonomia conquistado. O professor desempenha o
papel do mediador. Esta mediação é entendida enquanto um processo de intervenção de um
elemento intermediário em uma relação, criando situações para que os alunos construam seus
próprios pensamentos e conhecimentos (SCHINDWEIN; PETRI, 2001)
12

trabalhando a auto-estima14 dos indivíduos do grupo, despertando sua capacidade de


mobilização. Esta estratégia é bem conhecida nas iniciativas de fortalecimento da posição
de mulheres na comunidade. Já o grupo dos desinteressados precisaria ser atraído por
potenciais vantagens de uma colaboração.
Deve ficar claro também que esse movimento para atenuar os desníveis na
capacidade/habilidade de participação dos diferentes atores sociais não é garantia de
redução de conflitos, às vezes pelo contrário, a inclusão dos excluídos pode acirrar
confrontos ausentes anteriormente no período de alienação. É necessário também levar em
conta que, ao buscar um certo nivelamento dos diferentes ritmos de participação, poderia se
estar provocando um eventual risco de padronização das diversidade locais e consequente
homogeneização cultural.
Além disso, e talvez o mais importante, é que, ao reconhecer os fluxos de informação
endógenos existentes e levar em conta o saber local, respeita-se o ator local não só como
receptor passivo mas como fonte de informação, um passo essencial no processo de
empoderamente da comunidade e de conquista da cidadania.

Notas Conclusivas
Nesse sentido, podemos concluir que é importante levar em conta quatro fatores
como pré-requisitos à qualidade das ações participativas: a) o reconhecimento das
assimetrias (níveis de poder e interesses) existentes na comunidade; b) a graduação das
ações e abordagem à comunidade de acordo com as assimetrias detectadas; c) a
qualificação dos atores locais bem como de facilitadores para a aplicação de métodos
participativos e d) o reconhecimento, da comunicação como fator intrínsico da participação
para o desenvolvimento, levando em conta seu caráter contingente (incerto quanto à
compreensão e aceitação das mensagens partilhadas). A identificação e consideração
consciente destes pontos críticos poderia auxiliar na adequação e otimização de ações
voltadas ao desenvolvimento local.
Por outro lado é importante não esquecer que a superação das barreiras à
participação passa inevitavelmente pelo empoderamento dos grupos locais e que nesse
caminho, os fatores dinamizadores do desenvolvimento - como informação, comunicação,
participação e aprendizagem - precisam ser tratados de forma integrada, sob pena de se
comprometer a sustentabilidade das ações desenvolvidas.
Por fim, é importante ressaltar que nas intervenções sociais, especialmente em
localidades rurais amazônicas, com acentuada especificidade cultural, é preciso levar em

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“Auto-estima é a vivência de termos apropriados à vida e às exigências que ela coloca. Mais
especificamente, auto-estima é a confiança em nossa capacidade de pensar e enfrentar os desafios
básicos da vida. A confiança em nosso direito de ser feliz, a sensação que temos de valor, de que
somos merecedores, de que temos o direito de expressar nossas necessidades e desejos e de
desfrutar os resultados de nossos esforços” (BRANDER, 1994, P.28)
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conta, de forma ainda mais rigorosa as dificuldades da comunicação entre os diversos


atores sociais, principalmente no que diz respeito ao processo de ajustamento de
expectativas quanto aos resultados pretendidos com a comunicação. Fracassos e
frustações seriam mais facilmente evitados e/ou superados.

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