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Relatório Anual

de Atividades
JUlho de 2017 -
junho de 2018
Conselheiros:
Governança Anglo American Níquel Brasil Ltda
Ruben Marcus Fernandes - Titular
José Flávio Gouveia – Suplente
Diretoria Executiva
Anglogold Ashanti Ltda
Diretor-Presidente Camilo de Lelis Farace - Titular
Walter Batista Alvarenga José Margalith – Suplente

Diretor de Assuntos Minerários Companhia Brasileira de


Marcelo Ribeiro Tunes Metalurgia e Mineração - CBMM
Eduardo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro – Titular
Marcos Alexandre Stuart Nogueira - Suplente
Diretor de Assuntos Ambientais
Rinaldo César Mancin Companhia Siderúrgica Nacional – CSN
Enéas Garcia Diniz - Titular
Diretor de Comunicação Luiz Paulo Teles Barreto - Suplente
Paulo Henrique Leal Soares
Copelmi Mineração Ltda
Conselho Diretor do IBRAM Cesar Weinschenck de Faria - Titular
Carlos Weinschenck de Faria – Suplente

Presidente do Conselho – Vale Embú S.A. Engenharia e Comércio


Luiz Eduardo Fróes do Amaral Osorio Luiz Eulálio Moraes Terra – Titular
Daniel Debiazzi Neto - Suplente
Vice-Presidente do Conselho – Gerdau Açominas S.A.
Wendel Gomes da Silva Gerdau Açominas S.A.
Francisco de Assis Lafetá Couto - Suplente

Kinross Brasil Mineração S.A.


Antonio Carlos Saldanha Marinho – Titular
Sílvio Tiago de Lima - Suplente

Mineração Rio do Norte S.A. – MRN


Guido Roberto Campos Germani - Titular
Paulo Henrique Gonçalves Monteiro – Suplente

Minerações Brasileiras Reunidas S.A. – MBR


ENDEREÇOS IBRAM: Edmundo Paes de Barros Mercer - Titular
Solange Maria Santos Costa - Suplente
IBRAM – SHIS QL 12 CONJUNTO 0 (ZERO) CASA Nexa Resources
04 – Lago Sul – CEP: 71.630-205 – Brasília/DF – (61) Jones Belther - Titular
3364-7272 / (61) 3364-7200 – ibram@ibram.org.br Guilherme Simões Ferreira – Suplente

IBRAM Minas Gerais – Rua Alagoas, 1270, 10º andar Samarco Mineração S.A.
– Funcionários – CEP: 30130-168 – Belo Horizonte/ Rodrigo Alvarenga Vilela - Titular
MG – (31) 3223-6751 – ibram.mg@ibram.org.br Juarez Lopes de Morais - Suplente

IBRAM Amazônia – Travessa Rui Barbosa, 1536 - B. Vale


Salma Torres Ferrari - Titular
Nazaré – CEP: 66035-220 - Belém/PA – (91) 3230-
Luiz Ricardo de Medeiros Santiago - Suplente
4066 – ibramamazonia@ibram.org.br Alberto Ninio - Titular
Silmar Magalhães Silva - Suplente
Lúcio Flavo Gallon Cavalli - Suplente
Relatório Anual de Atividades
JUlHO 2017 A JUNHO 2018
Apresentação
O
ano de 2017 representou um marco na história do Instituto
Brasileiro de Mineração. Para enfrentar um momento político
e econômico particular no País, o Instituto precisou se reinventar.

O IBRAM adotou novas formas de atuação, estabelecendo um


diálogo mais próximo e direto com as associadas e com a socieda-
de. Para definir as linhas de ação mais importantes, encomendou
ao Reputation Institute uma pesquisa sobre a reputação do setor.
Apesar dos números de alguns indicadores não apresentarem re-
sultados muito satisfatórios, a pesquisa mostrou que a indústria
mineral está no caminho certo para conseguir a ressignificação.

Em busca de revitalizar o papel do IBRAM e buscar construir uma en-


tidade que os associados esperam e contribuía para que o setor mine-
ral encontre as direções para um novo ciclo ascendente de produção
e vendas, o Instituto elaborou um novo planejamento estratégico e de
comunicação.

Vale destacar que o planejamento foi realizado por representantes


das associadas, diretores e empregados do IBRAM. Foi um resultado
da atuação mais próxima entre a entidade e suas associadas. Há muito
a ser feito. O caminho para ressignificar a mineração é longo.

Nosso compromisso, renovado diariamente, tem sido atuar para ampliar


a força da voz da mineração empresarial brasileira. Há ainda um exces-
so de burocracia em todos os processos; leis e regras que deveriam ser
revistas; tributos e encargos que poderiam ser eliminados e nossas em-
presas não podem suportar mais aumento em seus custos. Mas, só será
possível vislumbrar soluções para este conjunto de desafios se houver
harmonia, união e convergência entre as empresas de mineração.

Estamos satisfeitos com os resultados alcançados, registro meus agra-


decimentos às empresas associadas, aos membros do Conselho Diretor
que confiaram e contribuíram com ideias e pessoal para a reconstrução
do IBRAM. Também agradeço aos integrantes da Diretoria-Executiva,
empregados, parceiros de negócios e de outras associações empresa-
riais pela dedicação para que o IBRAM cumpra, cada vez melhor, seu
papel de atender aos interesses das empresas associadas.

Walter Batista Alvarenga


Diretor-Presidente do IBRAM
Sumário
1. Ações Institucionais............................................................................................................................................... 9
1.1 - Comitê de Planejamento Estratégico .................................................................................................. 9
1.2 - Comitê de Comunicação .................................................................................................................... 9
1.3 - Comitê de Sustentabilidade ...............................................................................................................10
1.4 - Comitê Jurídico .................................................................................................................................10
1.5 - Ações de fortalecimento da reputação ...............................................................................................10
1.6 - Comunicação do setor ....................................................................................................................... 11
1.7 - Reputação do setor ............................................................................................................................11
1.8 - Ações de apoio às mineradoras ........................................................................................................ 12
1.9 - Ações para fortalecer o setor por meio de segurança jurídica e legal ...............................................12

2. Assuntos Minerários ............................................................................................................................................ 15


2.1 - Investigação de processo de dumping .............................................................................................. 15
2.2 - Norma da ABNT sobre Elaboração de Projetos para Disposição de Rejeitos e Estéreis em Mineração ..... 15

3. IBRAM Minas Gerais e Amazônia ....................................................................................................................... 16

4. Assuntos Ambientais ........................................................................................................................................... 17


4.1 - Cavidades Naturais Subterrâneas .....................................................................................................17
4.2 - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Mineração ...................................................... 18
4.3 - Grandes Obras na Amazônia – Aprendizados e Diretrizes ............................................................... 18
4.4 - Iniciativa Diálogo Empresas e Povos Indígenas ................................................................................18
4.5 - Mudança Climática ............................................................................................................................ 18
4.6 - Marco Legal do Licenciamento Ambiental (PL 3729/2004) ............................................................... 20
4.7 - Projeto de Lei do Senado (PLS) Nº 224/2016 ................................................................................... 20

5. Programas .......................................................................................................................................................... 21
5.1 - Normas Técnicas (CONIM) .............................................................................................................. 21
5.2 - Recursos Hídricos ............................................................................................................................ 22
5.3 - Saúde e Segurança (MINERAÇÃO) ................................................................................................. 23
5.4 - Segurança de Barragens .................................................................................................................. 24

6. Entidades Parceiras ............................................................................................................................................ 25

7. Promoção de Eventos ........................................................................................................................................ 26


7.1 - Exposição Internacional de Mineração (EXPOSIBRAM 2017) ......................................................... 26
7.2 - CBMINA 2018 ................................................................................................................................... 27
7.3 - Presença do IBRAM em eventos da Mineração ............................................................................... 28

8. Publicações ........................................................................................................................................................ 29
8.1 - Eleições 2018: Políticas públicas para a indústria mineral ............................................................... 29
8.2 - Mineração e economia verde ............................................................................................................ 29
8.3 - Corredores Logísticos Estratégicos .................................................................................................. 29

9. Assuntos Financeiros ......................................................................................................................................... 31

10. Dados Setoriais ................................................................................................................................................ 33


10.1 - Produto Interno Bruto (PIB) ............................................................................................................. 34
10.2 - Balança Comercial .......................................................................................................................... 35
10.3 - Produção Mineral Brasileira ............................................................................................................ 37
10.4 - Empregos ........................................................................................................................................ 38
1. Ações institucionais
Responsabilidade e transparência. Essas são as palavras-chave da mi-
neração para recuperar a reputação do setor mineral e mostrar que sem
a indústria mineral a vida moderna simplesmente não seria possível.

Na busca por estabelecer ações para a ressignificação da mineração


brasileira, o Instituto criou grupos de trabalho para reformular seu pla-
nejamento estratégico e seu plano de comunicação. Esse estudo traça
diretrizes claras para a consolidação do IBRAM no papel de represen-
tante institucional e porta-voz da mineração para atender objetivos co-
muns dos associados.

1.1 - Comitê de Planejamento Estratégico


O IBRAM criou um comitê para desenvolver o planejamento estratégico
composto por representantes das associadas. Coordenado pela NEXA
Resources, com a participação da AngloAmerican, Vale, diretores e em-
pregados do IBRAM, o grupo realizou um diagnóstico da percepção de
todos as associadas em relação ao Instituto. A pesquisa realizada com
representantes de cada empresa apontou as diretrizes para atender me-
lhor às necessidades dos associados e corrigir os rumos da instituição.

Com base nos resultados da pesquisa, o Comitê Estratégico consolidou


cinco programas temáticos a serem trabalhados no Planejamento:

1- Representação do setor mineral


2- Reputação do setor mineral
3- Sustentabilidade
4- Troca de aprendizados e conhecimento
5- Competitividade

Para um maior engajamento e apropriação do processo de reformula-


ção do IBRAM foram realizadas oficinas conjuntas com os Comitês de
Comunicação e de Sustentabilidade com a finalidade de detalhar os
pacotes de trabalho componentes dos Programas Temáticos.

O documento do Planejamento encontra-se agora em consolidação pelo


Comitê para ser apresentado ao Conselho do IBRAM para aprovação.

1.2 - Comitê de Comunicação

Composto por representantes das mineradoras do País, o Comitê de


Comunicação tem trabalhado em conjunto com o Instituto em prol do
fortalecimento da imagem do setor. Portanto, teve participação efetiva
na construção das argumentações positivas e das ações estratégicas
de comunicação a serem incluídas no planejamento estratégico.
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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
O Comitê também tem trabalhado na revisão das mensagens-chave de
referência para o diálogo entre os representantes do IBRAM, associadas
e sociedade.

Seguindo a linha de uma relação de união e parceria entre as empresas


e o IBRAM para o fortalecimento do setor mineral, os integrantes do
Comitê também participaram ativamente de eventos promovidos pelo
Instituto, como a EXPOSIBRAM.

1.3 - Comitê de Sustentabilidade

Em conjunto com os Comitês de Planejamento Estratégico e de Comu-


nicação, o Comitê de Sustentabilidade contribuiu para a construção do
planejamento estratégico do IBRAM e de uma agenda positiva para o
setor. Coordenado por representantes da Vale e da NEXA Resources
e secretaria-executiva do IBRAM, o Comitê trabalha na construção de
posicionamentos e documentos estratégicos relacionados à temática
socioambiental, além de caminhos para a efetiva construção do “novo
IBRAM”, como legítimo representante do setor mineral em temas estra-
tégicos de sustentabilidade.

1.4 - Comitê Jurídico

Como o fortalecimento do setor mineral passa também por análise do


cenário jurídico, todas as propostas e questões de natureza legal e téc-
nica relacionadas às atividades de mineração são analisadas pelo Co-
mitê Jurídico do IBRAM. O grupo se reúne periodicamente para estudar
cada ponto e sugerir ações a serem apreciadas e decididas pelo Conse-
lho Diretor e pela Diretoria Executiva do Instituto.

Em 2017, o Comitê Jurídico do IBRAM formou dois grupos de traba-


lho para debaterem as medidas provisórias (MP) 789/2017, 790/2017 e
791/2017 e as emendas apresentadas pelos parlamentares.

1.5 - Ações de fortalecimento da reputação

O Instituto desenvolveu ações para reforçar o relacionamento com a


comunidade local, poder público, organizações da sociedade civil, mo-
vimentos sociais, imprensa, entre outros. A intenção é que o IBRAM crie
oportunidades para o setor ser ouvido e fortaleça o relacionamento com
a sociedade; a academia; os governos municipais, estaduais e federal;
comunidades mineradoras e empregados.

Como parte desse objetivo, o IBRAM tem adotado ações para estar
mais presente nos principais fóruns e buscar alianças com outros se-
tores. Para levar a discussão sobre o papel da mineração a um grupo
diversificado, o IBRAM em parceria com a Fundação Fernando Henrique
Cardoso, está organizando um fórum em agosto para debater questões
do setor mineral, como ambientalistas, mineradores, autoridades, jorna-
listas e sociedade. O IBRAM entende que quanto mais democrática e
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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
transparente for a discussão, maior será o retorno positivo para a ima-
gem da indústria.

1.6 - Comunicação do setor

O IBRAM também tem buscado incentivar a união das empresas em


prol de objetivos comuns por meio de programas estruturados de co-
municação de curto, médio e longo prazos. Entre os projetos de comu-
nicação que contaram com o envolvimento ativo das associadas está
a série de vídeos produzidos pelo IBRAM. Como forma de promover
a mineração responsável, o IBRAM criou quatro vídeos (“Eu sou a mi-
neração”; “Jogos da mineração”; “A mineração se reinventa e a série
Entendendo a mineração”), que evidenciam a importância da atividade
para a vida de todos.

Outro projeto de promoção da imagem do setor consolidado em 2017


foi o Portal da Mineração. Desenvolvido para ser uma ferramenta para
engajar a mineração com seu público-alvo e buscar a ressignificação do
setor, o Portal tem gerado valor e uma percepção positiva da indústria
mineral.

O Portal da Mineração traz notícias diárias, histórias de pessoas en-


volvidas com a indústria mineral, informações para pesquisa de es-
tudantes, conceitos complexos apresentados de forma simplificada,
dados setoriais que mostram o valor econômico da atividade, além de
entretenimento. Após um ano, a ferramenta já está sendo utilizada como
referência para informações sobre o setor mineral brasileiro, inclusive, O Portal da Mineração é
para veículos de comunicação que replicam reportagens veiculadas no utilizado como referência
Portal da Mineração em seus próprios sites.
para informações sobre o
1.7 - Reputação do setor setor mineral brasileiro.

Para analisar a imagem que a sociedade em geral tem do setor mine-


ral, o IBRAM encomendou, ao Reputation Institute, um diagnóstico de
reputação da indústria. Esta ação teve o objetivo de avaliar a imagem
do setor junto a alguns públicos de relacionamento, dentre eles impren-
sa, poder público e entidades. O resultado apresentado apontou alguns
caminhos a seguir no intuito de consolidar a imagem dessa atividade
fundamental para o desenvolvimento do País.

Para reforçar a imagem institucional do IBRAM como a principal fonte


de informação confiável sobre a atividade mineral empresarial no Brasil,
o Instituto tem procurado participar mais ativamente de reportagens po-
sitivas sobre o setor na imprensa especializada e nos grandes veículos
nacionais e internacionais. No período do relatório, foram mais de 100
matérias veiculadas, resultado do trabalho de relacionamento com a im-
prensa.

O Instituto ganhou exposição positiva em veículos de grande repercus-


são, como: Folha de São Paulo, Diário do Comércio, Indústria & Serviço,
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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Valor Econômico, Correio Braziliense, Estado de Minas, Brasil Mineral,
Mineração e Sustentabilidade, Notícias de Mineração Brasil, entre ou-
tros.

Além disso, o IBRAM articulou uma parceria com o jornal Valor Eco-
nômico para produção de publicação com informações relevantes da
mineração brasileira e sua importância para o cenário econômico brasi-
leiro. O material foi editado nas versões inglês e português e distribuído
na EXPOSIBRAM 2017. As sugestões de reportagens e as fontes das
entrevistas foram articuladas pelo IBRAM, inclusive a indicação de de-
poimentos de associados.

1.8 - Ações de apoio às mineradoras

O IBRAM recebeu demandas diversas dos seus associados durante o


período do relatório. O Instituto se empenhou em realizar vários atendi-
mentos com o objetivo de apoiar as necessidades individuais de cada
uma das empresas mineradoras com os diversos níveis do poder públi-
co. O IBRAM também promoveu suporte técnico nas questões ambien-
tais, jurídicas, sociais e de comunicação.

O IBRAM procurou estar mais próximo das associadas e dar suporte


também nos momentos de crise. O diretor Paulo Henrique Soares pres-
tou consultoria de comunicação à Anglo American no caso do vazamen-
to no mineroduto da empresa em Santo Antônio do Grama.

1.9 - Ações para fortalecer o setor por meio de segurança


jurídica e legal

O fortalecimento da indústria da mineração está diretamente relaciona-


do à retomada do desenvolvimento econômico e social, com geração de
emprego e renda. Para isso, as empresas precisam de mais segurança
jurídica para atuação.

Com a paralisação no Congresso da tramitação do Novo Marco Re-


gulatório da Mineração, o Governo em meados de 2016 deu início ao
Programa de Revitalização da Indústria Mineral. Com isso, o IBRAM
ampliou seu diálogo com o Ministério de Minas e Energia no sentido de
participar e efetivamente contribuir para a implementação do mesmo ao
longo do período deste relatório.

O Instituto também participou ativamente, junto às entidades empresa-


riais das discussões sobre as Reformas Estruturais em andamento no
Congresso Nacional, além de acompanhar as mais importantes (Lei
Kandir, Reforma da Previdência, Licenciamento Ambiental, Refor-
ma Trabalhista, Reforma Tributária e Barragens) proposições que
influenciam direta ou indiretamente a indústria mineral.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
1.9.1 - Medidas Provisórias relativas ao setor mineral

O que são?

Em 25 de julho de 2017, o Poder Executivo editou três Medidas Provisó-


rias relativas ao setor de mineração do país, a saber:

• MP nº. 789, que alterava a Lei no. 7.990, de 1989 e a Lei no. 8.001,
de 1990, sobre a Compensação Financeira pela Exploração de Re-
cursos Minerais (CFEM);

• MP nº. 790, que alterava o Decreto-Lei no. 227, de 1967, que dis-
põe sobre o Código de Mineração e a Lei no. 6.567 de 1978, que
dispõe sobre regime especial para exploração e aproveitamento
das substâncias minerais;

• MP nº. 791, que cria a Agência Nacional de Mineração (ANN) e


extingue o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Nossa posição

No período compreendido entre a data de emissão das Medidas Provi-


sórias (MP) 789, 790 e 791 e a apreciação delas pelo Congresso Na-
cional, o IBRAM atuou, com base técnica/jurídica fundamentada, sem-
pre em parceria com os seus conselheiros e associados, para propor
alterações que pudessem minimizar os impactos das medidas para as
mineradoras.

Em primeiro lugar é preciso avaliar o imenso desafio que foi interposto


pela iniciativa do governo federal ao emitir as três MP que, obviamente,
em virtude de seu conteúdo arrecadatório, motivaria os parlamentares
a buscarem ampliar as vantagens para os cofres dos municípios e dos
estados, ainda mais levando-se em consideração que 2018 seria um
ano eleitoral.

A ação deste Instituto junto aos poderes Executivo e Legislativo foi pau-
tada, sempre, por uma postura transparente e ética, enfrentando resis-
tências em um Congresso, onde exercem influência tanto parlamentares
de uma esquerda comprometida com ideologias ultrapassadas, quanto
os integrantes de correntes movidas pelo clientelismo e fisiologismo;
sem deixar de mencionar uma pequena parte que compreende as justas
reivindicações do setor produtivo.

No tocante à MP 789 (CFEM), já havia um compromisso político do


Executivo de não aceitar propostas que revertessem a base de cálculo
da CFEM, como desejava nosso setor. A orientação do Executivo era
manter a nova base de cálculo, ou seja, incidir sobre a receita bruta das
empresas.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Quanto às alíquotas da CFEM, conseguimos reduções em relação ao
que havia sido estipulado pelo relatório aprovado na Comissão Especial
do Congresso. Só não foram reduções mais significativas em razão da
postura adotada pelos parlamentares que apreciaram a questão.

Para conseguir as reduções, o IBRAM apresentou, seguidamente, aos


parlamentares e aos líderes de bancadas na Câmara dos Deputados e
no Senado Federal diversos argumentos e também dezenas de suges-
tões de emendas e destaques de bancada.

Em relação à MP 790 (Código Mineral), o IBRAM apresentou várias


sugestões de destaques para suprimir texto apresentado pelo relator
itens prejudiciais ao setor.

Sobre a MP 791 (Agência Reguladora), a articulação conduzida por este


Instituto resultou na supressão do artigo que criava a Taxa de Gestão
de Recursos Minerais, que era mais um ônus significativo a ser cobrado
do setor mineral. Sempre apoiamos a criação da agência reguladora,
porém, deixando bem claro que não haveria concordância em atribuir a
sustentação econômica da tal agência às empresas mineradoras.

Em que situação estão?

A MP nº. 789/2017 foi convertida na Lei Nº 13.540/2017, que passou a


utilizar a base de cálculo de arrecadação CFEM sobre o faturamento
bruto das mineradoras, proposta pela MP. A atuação do IBRAM na trami-
tação da MP redundou na alíquota de 3,5% da CFEM para o minério de
ferro, 1% para rochas, areias, cascalhos, saibros, substâncias minerais
destinadas ao uso na construção civil, águas minerais e termais e 1,5%
para o ouro.

Já a MP nº. 790/2017 não foi votada pelo Congresso Nacional, perden-


do, portanto, a sua validade. A expectativa é de que um Decreto Presi-
dencial consolide as mudanças necessárias ao Decreto-Lei no. 227, de
1967.

A MP nº. 791/2017 foi convertida na Lei no. 13.575/2017, que criou a


Agência Nacional Mineração (ANM), em substituição ao DNPM.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
2. Assuntos minerários
O IBRAM acompanha, analisa e elabora estudos para contribuir com a
indústria de mineração nos aspectos econômicos – produção, importa-
ção/exportação, investimentos e outros – e também com informações
de natureza técnica e legal que afetam o setor.

2.1 - Investigação de processo de dumping

Desde dezembro de 2017, o IBRAM tem trabalhado na pauta de inves-


tigação do processo de dumping para corpos moedores para mineração
e indústria cimenteira. Os corpos moedores são corpos metálicos, em
formato esférico, utilizados em moinhos para reduzir, por impacto, cisa-
lhamento e abrasão, o tamanho dos minérios. São produzidos a partir de
ferro-gusa, ferro-cromo de baixo carbono e ferro-cromo de alto carbono,
podendo ou não serem utilizadas sucatas ferrosas de aço inoxidável.
Os principais setores que utilizam os corpos moedores são extração de
minérios (processos produtivos de minérios de ferro, ouro, cobre, níquel,
fosfato, bauxita), moagem de calcário e indústria cimenteira.

O estudo técnico para levantamento do mercado de corpos moedores foi


realizado pela LCA Consultores e concluído no mês de março de 2018.
Foram marcadas audiências com os seguintes órgãos federais para
demonstração do mesmo: Secretaria Executiva – Casa Civil; Ministério
das Relações Exteriores – Divisão de Defesa Comercial e Salvaguar-
das; Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Secretaria de
Assuntos Internacionais; Ministério da Fazenda, Secretaria de Assun-
tos Internacionais; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
- Departamento de Acesso a Mercados e Competitividade; Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Departamento de Defesa Co-
mercial. O processo está em andamento pelo Departamento de Defesa
Comercial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

2.2 - Norma da ABNT sobre Elaboração de Projetos para Dis-


posição de Rejeitos e Estéreis em Mineração

Trata-se do processo de revisão e atualização das Normas Brasileiras


Regulamentadoras (NBR) nº 13.028 sobre “Elaboração e apresentação
de projetos de barragens para a disposição de rejeitos, contenção de
sedimentos e reservação de água” e nº 13.029 sobre “Elaboração e
apresentação de projeto de disposição em pilha”.

O IBRAM coordenou a Comissão de Estudo Especial de Elaboração de


Projetos para Disposição de Rejeitos e Estéreis em Mineração (ABNT/
CEE-220), que consolidou para consulta pública nacional, as revisões
das NBR/ABNT 13028/2006 (Elaboração e apresentação de projeto de
barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e re-
servação de água) e da NBR/ABNT 13029/2006 (Elaboração e apresen-
tação de projeto de disposição de estéril em pilha).
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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Tais Normas especificam os requisitos mínimos para a elaboração e
apresentação de projeto de pilha para disposição de estéril gerado por
lavra de mina a céu aberto ou de mina subterrânea, bem como, a dispo-
sição de rejeitos de beneficiamento, contenção de sedimentos gerados
por erosão e reservação de água.

Um dos objetivos das normas é atender às condições de segurança,


operacionalidade, economia e desativação, minimizando os impactos
ao meio ambiente. As normas são referenciais mínimos. Esta normati-
zação não pretende abordar todos os aspectos das legislações federal,
estadual e local, associados a seu uso, sendo de responsabilidade dos
usuários, em caso de eventuais conflitos de procedimentos normativos,
estabelecer as práticas apropriadas para cada caso, em conformidade
com as legislações vigentes e com a boa prática da engenharia.

As normas revistas foram publicadas em 2017. A revisão incorporou di-


versas lições que foram aprendidas com o recente acidente de Mariana.

3. IBRAM Minas Gerais e


Amazônia
A relevância de Minas Gerais e do Pará para as atividades da indústria
de mineração e o protagonismo destes estados quanto às diferentes
temáticas que os influenciam fazem com que o IBRAM realize o acom-
panhamento sistemático da agenda política, ambiental e de sustentabi-
lidade nestes locais. Na busca pelo desenvolvimento da mineração em-
presarial e melhorias no processo de construção e implementação das
políticas públicas relativas ao setor, o IBRAM-MG e o IBRAM Amazônia
participam ativamente de fóruns de discussão com os principais atores
do setor mineral, inclusive de licenciamento ambiental e de outorga de
recursos hídricos. O Instituto também colabora para a construção de
uma agenda de articulação para ampliar a percepção da contribuição
do setor mineral para o desenvolvimento econômico, ambiental e so-
cial das regiões onde se dá a mineração. São parceiros do IBRAM nas
discussões o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais
(Sindiextra) e o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará
(Simineral).

O IBRAM tem buscado agilizar procedimentos na legislação ambiental


no Estado de Minas Gerais.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Ações de destaque:

• Participação direta na reestruturação das normas de licenciamento


ambiental de MG (DN 217/2017), que prevê medidas de controle
e possíveis mitigações e compensações a serem observadas, de
acordo com porte e potencial poluidor melhor identificado, acom-
panhamento de alteração e instruções normativas da legislação
vigente;

• Participação direta em processos de licenciamento ambiental, do


setor de mineração no Estado, desde audiências públicas a demais
etapas de licenciamento junto às SUPRAm´s Regionais e Câmaras
Técnicas Especializadas do COPAM, Câmara Normativa e Recur-
sal;

• Acompanhamento junto a Assembleia Legislativa de Minas Gerais


(ALMG) de propostas políticas, da retomada da Samarco e do pro-
jeto de lei 3676/2016, referente a barragens de rejeitos.

4. Assuntos Ambientais
O IBRAM acompanha regularmente a agenda ambiental nacional e de
estados estratégicos para a mineração brasileira, como Minas Gerais e
Pará, buscando, com sólida base técnica, contribuir nas discussões, de
modo a assegurar altos níveis de competitividade à indústria mineral.
No período refletido neste relatório, o Instituto atuou na articulação téc-
nica-institucional com diversos atores em questões fundamentais para a
atividade minerária que envolvem a temática ambiental como cavidades
naturais subterrâneas, licenciamento ambiental, mudança climática, en-
tre outros.

4.1 - Cavidades Naturais Subterrâneas

O IBRAM tem trilhado caminhos alternativos no campo regulatório para


o tema cavidades naturais subterrâneas e sua relação com a atividade
mineral. O Instituto trabalha na construção, junto à Sociedade Brasi-
leira de Espeleologia (SBE), sociedade civil, academia e outros atores
da Política Nacional de Proteção e de Uso Responsável do Patrimônio
Espeleológico Brasileiro. Este esforço conjunto faz parte do Termo de
Cooperação Técnica, assinado em 2015.

Os princípios gerais desta proposta de política foram debatidos no úl-


timo Congresso Brasileiro de Espeleologia, em junho, em Ouro Preto
(MG). Entre os pontos de maior relevância estiveram: a elevação da
estatura política da estratégia nacional de proteção de cavidades; a cria-
ção de um conselho gestor do patrimônio espeleológico; definição clara
das hipóteses legais de supressão de cavidades e a criminalização da
supressão não autorizada. 17
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
O IBRAM também coordenou os esforços junto ao Instituto Chico Men-
des de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para revisão da Instru-
ção Normativa nº 2/2009. O documento, que trata da análise do grau de
relevância das cavidades naturais subterrâneas, foi aprovado pelo Mi-
nistério do Meio Ambiente (MMA), em 1 de novembro de 2017. E resul-
tou na Instrução Normativa no. 2/2017, que trouxe avanços significativos
na classificação do patrimônio espeleológico brasileiro.

4.2 - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Mineração

A parceria do IBRAM com o Programa das Nações Unidas para o De-


senvolvimento (PNUD) para a implantação da Agenda 2030 para o De-
senvolvimento Sustentável e os Objetivos de Desenvolvimento Susten-
tável (ODS) vem se tornando cada vez mais profícua. A indústria mineral
foi incluída como atividade prioritária para a conquista das metas da
Agenda 2030, que representa um plano de ação mundial para a inclusão
social, a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico.

Para analisar as ações das empresas de mineração e como elas au-


xiliam na efetiva implantação dos ODS, o IBRAM está desenvolvendo
com o PNUD o estudo “Construindo Pontes entre os ODS e a minera-
ção”. A primeira reunião de mobilização ocorreu em junho de 2017 na
sede do Instituto e contou a participação de representantes do Progra-
ma da ONU e de mais de 30 associadas.

O estudo é um desdobramento do “Atlas: Mineração e Objetivos do De-


senvolvimento Sustentável (ODS)”, elaborado pela ONU.

Após a reunião de mobilização para o estudo “Construindo Pontes entre


os ODS e a mineração”, as empresas Anglo American, Grupo Votoran-
tim e Vale aderiram à parceria.

O projeto teve início em 2 de abril de 2018 e encontra-se na etapa de


elaboração dos termos de referência e contratação da consultoria espe-
cializada. O cronograma de execução do projeto é de 15 meses.

4.3 - Grandes Obras na Amazônia – Aprendizados e Diretrizes

Reunir as iniciativas dos setores de energia, transportes e mineração


para que se estabeleça um novo tipo de relação entre os grandes em-
preendimentos e os territórios alvos. Este é o fator que leva o IBRAM
a participar da iniciativa “Grandes Obras na Amazônia – Aprendizados
e Diretrizes”, liderada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da
Fundação Getúlio Vargas (GVCes) e pela International Finance Corpo-
ration (IFC) do Banco Mundial. O tema também foi abordado no último
Congresso Brasileiro de Mineração, em setembro de 2017, em Belo Ho-
rizonte (MG).

O estudo objetiva organizar e evidenciar lições aprendidas e recomen-


dações, seja no âmbito das políticas públicas, seja no das práticas em-
18
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
presariais. A abordagem proposta para as diretrizes tem como ponto
de partida a necessidade de se territorializar a gestão dos impactos,
riscos e oportunidades, observando-se a confluência de múltiplos inte-
resses e necessidades.

4.4 - Iniciativa Diálogo Empresas e Povos Indígenas

Merecem destaque os encaminhamentos da parceria com a organiza-


ção não governamental The Nature Conservancy (TNC), na Iniciativa
Diálogo Empresas e Povos Indígenas. A partir do desenvolvimento do
guia “Diretrizes Brasileiras de Boas Práticas Corporativas com Povos
Indígenas”, uma série de encaminhamentos estratégicos foi tomada.

O IBRAM, membro efetivo do Núcleo de Articulação Intersetorial (NAI),


que define as estratégias a serem desenvolvidas, tem promovido reu-
niões entre empresas do setor mineral e representantes dos povos
indígenas do Pará para aproximação e, principalmente, para a criação
de um espaço de diálogo mútuo e coletivo.

4.5 - Mudança Climática

A temática de clima faz parte da agenda estratégica do IBRAM desde


2011. Ações voltadas à promoção do conhecimento sobre os padrões
de emissão de GEE do setor de mineração e a participação política na
elaboração dos marcos regulatórios são parte desta estratégia.

No período de análise do presente relatório, o IBRAM fortaleceu sua


participação na rede CLIMA da CNI, composta pelas Federações de
Indústrias dos Estados e diversas associações setoriais do País.

Projetos relevantes na Agenda Clima acompanhados pelo IBRAM:

• Projeto PMR (Partnership for Market Readiness) sobre precifica-


ção de carbono, liderado pelo Ministério da Fazenda;

• Proposta de Implementação da NDC Brasileira, que vem sendo


elaborada pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC);

• Estudo: “Mudança do clima e indústria brasileira: iniciativas e reco-


mendações estratégicas para implementação e financiamento da
NDC”, realizado pela Rede Clima/CNI em parceria com o Ministé-
rio de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC);

• Ações do Plano Nacional de Adaptação, liderado pelo Ministério


de Meio Ambiente (MMA);

• Agenda da Organização Marítima Internacional (IMO/ONU), que


trata da redução das emissões de GEE no setor de comércio ma-
rítimo.

19
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
4.6 - Marco Legal do Licenciamento Ambiental (PL 3729/2004)

A falta de uma lei nacional sobre licenciamento gera diferenças de en-


tendimento sobre os procedimentos e insegurança jurídica na interpreta-
ção e na aplicação das regulamentações do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA). O IBRAM tem participado dos debates para redu-
zir a burocracia e oferecer maior transparência e padronização adminis-
trativa aos processos de licenciamento ambiental. Entre as discussões
para o aperfeiçoamento do licenciamento ambiental, está a aprovação
do PL 3729/2004, do deputado Luciano Zica (PT-SP), em discussão na
Câmara dos Deputados. O PL “dispõe sobre o licenciamento ambiental,
regulamenta o inciso IV do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, e
dá outras providências”.

O Instituto concorda com as medidas previstas no texto, tais como: a)


previsão de ritos simplificados; b) compartilhamento de estudos por
empreendimentos da mesma natureza; c) estabelecimento de prazos
para manifestação dos órgãos licenciadores e autoridades envolvidas;
d) maior autonomia ao órgão licenciador em relação às autoridades en-
volvidas; e e) criação de mecanismos de incentivos à melhoria voluntá-
ria da gestão ambiental dos empreendimentos; pois entende que elas
reforçam a construção de um novo patamar de atração de investimentos
para o setor.

A matéria aguarda votação em plenário da Câmara dos Deputados.

4.7 - Projeto de Lei do Senado (PLS) Nº 224/2016 - Senador


Ricardo Ferraço (PSDB-ES)

O projeto propõe alteração na Lei nº 12.334, de 20 de setembro de


2010, para reforçar a efetividade da Política Nacional de Segurança de
Barragens (PNSB), e na Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para
dotar de novos instrumentos o Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH) no exercício de sua atribuição de zelar pela implementação da
PNSB.

Existe convergência relativa do IBRAM com o seu conteúdo e alguns


pontos de divergência. Mas, sem dúvida, é uma peça bem construída
que pode efetivamente trazer avanços importantes na gestão do tema
no plano nacional.

Projeto encontra-se com o relator, senador Jorge Viana (PT-AC), na Co-


missão de Meio Ambiente do Senado Federal.

20
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
5. Programas
5.1 - Normas Técnicas (CONIM)

O IBRAM, por meio do Comitê para a Normalização Internacional em


Mineração (CONIM), desenvolveu uma série de atividades para apoiar
o uso de normas técnicas na mineração. As ações fazem parte do Pro-
grama de Normalização Internacional, que promove novos trabalhos
mediante demanda das empresas. Criado em 1994, o IBRAM-CONIM
desenvolve um amplo programa de apoio à participação das empresas
brasileiras produtoras de minério de ferro, minérios e concentrados de Logo do Comitê para Normalização
cobre e níquel e produtos primários de níquel nos trabalhos de desen- Internacional em Mineração
volvimento de normas técnicas ISO e ABNT. Tais normas são usadas
para quantificar as características de qualidade daqueles bens minerais,
sobre os quais se faz o cálculo de faturamento, prêmios e multas de
cada carregamento na interface comercial. A sede do CONIM fica no
IBRAM-MG.

Principais ações realizadas:

• Manutenção da Secretaria do CB-41 – Minérios de Ferro (ABNT) e


apoio à Secretaria do SC 03 – ISO/TC 102 – Iron Ore and Direct Re-
duced Iron da International Organization for Standardization (ISO);

• Manteve a liderança do Brasil nos grupos internacionais da ISO de


Minérios de Ferro (ISO/TC 102);

• Assegurou a liderança em dois grupos internacionais da ISO de Ní-


quel e Ligas de Níquel (ISO/TC 155): SG 01 – Grupo de estudo para
desenvolvimento de norma internacional para análise de ferroníquel
por fluorescência de Raios-X, bem como o WG 7 – Grupo de traba-
lho para ferroníquel de requisitos de entrega;

• Proporcionou que o Brasil mantivesse a liderança nos grupos in-


ternacionais da ISO de Minérios e concentrados de cobre e níquel
(ISO/TC 183) no WG 10 (Estatística), WG 14 (determinação de mer-
cúrio em concentrados de cobre, chumbo e zinco) e WG 21 (deter-
minação de cloro em concentrados de cobre, chumbo e zinco);

• Possibilitou 11 reuniões das Comissões de Estudo de minérios de


ferro para discutir assuntos de amostragem, análise química e en-
saios físicos e metalúrgicos;

• Realizou sete reuniões da Comissão de Estudo Especial de miné-


rios e concentrados e produtos primários e cobre e níquel para dis-
cutir amostragem e análise química desses minérios;

• Proporcionou que a Comissão de Estudo Especial de Elaboração


de Projetos para Disposição de Rejeitos e Estéreis em Mineração
21
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
(CEE-220), coordenada por Rinaldo Mancin, Diretor de Assuntos
Ambientais do IBRAM, discutisse, revisasse e publicasse as nor-
mas da ABNT NBR 13028 (Mineração - Elaboração e Apresentação
de Projeto de Barragens para Disposição de Rejeitos, Contenção
de Sedimentos e Reservação de Água) e ABNT NBR 13029 (Mi-
neração - Elaboração e Apresentação de Projeto de Disposição de
Estéril em Pilha);

• Formou e treinou a delegação brasileira que participou da reunião


bienal do ISO/TC 155 – Nickel and nickel alloys, que ocorreu de 9
a 21 de setembro de 2017, em Paris, na França. O IBRAM enviou
uma delegação com três especialistas para discutir especialmente
os assuntos de amostragem e análise química de ferroníquel e ligas
de níquel, juntamente com delegados da França, China e Cana-
dá. A participação da Delegação Brasileira foi bem efetiva. Além de
confirmarem presença em cinco projetos, os brasileiros mantiveram
a liderança em dois projetos importantes. Outro fato relevante foi o
alinhamento com a delegação chinesa, que tem o mesmo interesse
do Brasil no desenvolvimento de metodologias analíticas por meio
de técnicas instrumentais multielementares, visando atualização
tecnológica, com ganhos de produtividade, por meio da redução de
tempo de preparação de amostras e de análise de ferroníquel.

• Está capacitando as delegações brasileiras que irão participar de


duas reuniões em 2018: ISO/TC 102 – Iron ores, de 27 a 31 de
agosto, em Shenyang, China; e ISO/TC 183– Copper, lead, zinc and
nickel ores and concentrates, em novembro, em Sydney, Austrália.
A participação do Brasil nas reuniões internacionais é fundamental
para o país manter a liderança estratégica, política e técnica e de-
fender os interesses da indústria brasileira.

• Elaborou mais de 50 votos para a revisão e elaboração de normas


ISO para os três Comitês Técnicos que o CONIM se relaciona: ISO/
TC 102 - Iron ore and Direct Reduced iron; ISO/TC 155 – Nickel and
Nickel alloys e ISO/TC 183 - Copper, lead, zinc and nickel ores and
concentrates.

5.2 - Recursos Hídricos

Por meio do Programa Especial de Recursos Hídricos (PERH), o IBRAM


viabilizou a participação do setor de mineração no 8º Fórum Mundial da
Água. O IBRAM esteve presente no maior evento global sobre o assun-
to, na elaboração de duas sessões técnicas e como representante da
mineração nas discussões sobre água. Promovido pelo Conselho Mun-
dial da Água, o fórum é realizado a cada três anos em um país diferente.
Ao todo, já ocorreram sete edições do evento em sete países de quatro
continentes: África, América, Ásia e Europa. Esta foi a primeira vez em
um país da América do Sul. O local escolhido foi Brasília (DF).

Durante a semana do 8º Fórum, o IBRAM também foi moderador da

22
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
sessão “Gestão responsável da água para o alcance dos ODS & cria-
ção de valor compartilhado”, promovida pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), o Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimen-
to Sustentável (CEBDS) e o Pacto Global. O evento teve por intenção
gerar um posicionamento da indústria, que foi apresentado durante as
sessões temáticas do 8º Fórum Mundial das Águas.

Desde 2000 o IBRAM se empenha em desenvolver ações para possibi-


litar uma visão estratégica quanto ao uso dos recursos hídricos. As as-
sociadas do Instituto podem participar de Fóruns Colegiados do Siste-
ma Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) que
discutem a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos
(PNRH).

O IBRAM também tem trabalhado em conjunto com a Rede de Recur-


sos Hídricos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que discute o
aperfeiçoamento da regulação de fontes alternativas de abastecimento
de água.

Por meio do PERH, o setor de mineração está representado nos princi-


pais comitês de bacias estaduais e federal, onde a atividade está pre-
sente, além das instâncias de construção de políticas públicas, como o
Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e Conselhos Esta-
duais. Salienta-se que a representação do IBRAM nesses colegiados
se dá por intermédio de representantes das empresas associadas, que
entendem a importância da participação de sua equipe na formulação
das políticas públicas relacionadas aos recursos hídricos.

5.3 - Saúde e Segurança (MINERAÇÃO)

Desenvolvido e coordenado pelo IBRAM, o Programa Especial de Se-


gurança e Saúde Ocupacional na Mineração (MINERAÇÃO) auxilia
as empresas do setor mineral na busca pela redução do número de
acidentes ocupacionais. Por meio de atividades desenvolvidas com as
associadas, o IBRAM constatou um maior engajamento das empresas
com o sistema de gestão da qualidade na área de Saúde e Segurança
no Trabalho (SST).
Logo do Programa MINERAÇÃO
Nos últimos meses, o programa também atuou bem próximo às empre-
sas para alinhar o segmento mineral em relação ao eSocial, implantado
pela Receita Federal em 2014, mas que entrou em vigor em janeiro de
2018. Foram realizadas reuniões sistemáticas para ajustar a área téc-
nica das empresas com as demandas do eSocial com relação à saúde
e segurança. Isto porque 31% dos eventos da área impactam sobre o
eSocial.

23
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Ações de destaque:

• Realização de palestra especial “Neurociências aplicadas para


estabelecer processos exitosos de SST”, na EXPOSIBRAM 2017;

• Reuniões do Comitê Indicadores para alinhamento dos conceitos


básicos sobre as taxas de acidentes e doenças do trabalho adota-
das pelas empresas;

• Realização do “III Seminário de Fadiga nas Operações de Trabalho”;

• Realização de mesa redonda “Reforma Trabalhista e suas implica-


ções em SST”.

5.4 - Segurança de Barragens

O IBRAM tem investido, por meio do Programa Especial de Segurança


em Barragens de Rejeitos, em projetos para capacitar profissionais de
mineração, bem como de governos e da sociedade civil em relação às
boas práticas de segurança em barragens de rejeitos, disponibilizando
modernas ferramentas e estratégias de gestão.

Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) desenvol-


veu um Guia de Gestão de Barragens para apresentar as principais
diretrizes do sistema de gestão de estruturas de disposição de resíduos
minerais e contenção de água e expor as melhores práticas em cada
fase do ciclo de vida do projeto.

Atualmente, o guia que o setor utiliza como referência sobre o tema


barragens de rejeitos é da Mining Association of Canada (MAC) e, em-
bora seja de excelente qualidade, não é completamente conectado à
realidade regulatória brasileira.

O Guia do IBRAM tem como principal objetivo abranger as legislações


brasileira e internacionais considerando especialmente determinações
do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Agência
Nacional de Águas (ANA) e do Plano Nacional de Barragens (PNB).

A publicação nacional, que deverá ser lançada ainda 2018, é um projeto


do Grupo de Trabalho (GT) de Barragens do Instituto que agrega repre-
sentantes de mineradoras, empresas de consultoria e pesquisadores.

24
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
6. entidades parceiras
6.1 - Comissão Brasileira de Recursos e Reservas

A Comissão Brasileira de Recursos e Reservas (CBRR) é uma organi-


zação fundada por meio de ação conjunta do IBRAM, da Agência para
o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (ADIMB)
e da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM).
A missão da CBRR é promover e desenvolver a indústria mineral bra-
sileira por meio de iniciativas que incluem as melhores práticas na ela-
boração de relatórios nos termos dos códigos do Comitê de Normas
Internacionais de Relato de Reservas Minerais (Committee for Mineral
Reserves International Reporting Standards – CRIRSCO), organização
do processo de certificação e manutenção do registro de Profissionais
Registrados no Brasil, dentre outras.

Ao longo do período deste relatório, a CBRR registrou 24 profissionais


(engenheiros de minas e geólogos). E realizou reuniões para organizar
as indicações das associações fundadoras para o Conselho Diretor e
respectiva eleição para presidente e vice da entidade, além de eleição
de integrantes para o Comitê de Ética e Comitê Técnico para o fim do
mês de junho.

25
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
7. PROMOÇÃO DE eventos
7.1 - EXPOSIBRAM 2017
NÚMEROS DA O IBRAM desempenhou com sucesso a missão de realizar a 17ª edição
EXPOSIBRAM da EXPOSIBRAM, que congrega a Exposição Internacional de Minera-
ção e o Congresso Brasileiro de Mineração.

Realizada de 18 a 21 de setembro, em Belo Horizonte (MG), a EXPOSI-


ÁREA DE BRAM 2017 reuniu centenas de empresários, representantes de orga-
EXPOSIÇÃO
12.000
nizações governamentais e privadas em um só lugar. O evento contou
com mais de 45 mil visitantes, 1 mil congressistas e 450 expositores.
VISITANTES
DA FEIRA
45.000 Considerada uma das maiores exposições de mineração da América
Latina, a EXPOSIBRAM teve 12 mil m² de estandes, nos quais esti-
veram representadas as principais mineradoras com atuação global e
grandes fornecedores de produtos e serviços. No espaço, foram apre-
CONGRESSISTAS 1.000 sentadas as principais novidades em tecnologia, equipamentos, softwa-
res e outros produtos ligados à indústria mineral, além de dados sobre
investimentos e gestão.
ESTANDES 450
Realizado em paralelo à Exposição, o Congresso Brasileiro de Minera-
ção atraiu mais de mil participantes entre especialistas, pesquisadores,
EXPOSITORES estudantes e representantes de empresas. A programação contou com
BRASILEIROS
343 palestras e debates sobre o contexto político e socioeconômico global,
bem como as perspectivas dos negócios para as próximas décadas
anunciadas pelas mineradoras.
EXPOSITORES
ESTRANGEIROS
107 Inovação

Na 17ª edição do evento, o IBRAM apresentou uma estratégia diferente


voltada para a aproximação do público jovem com a mineração. No ter-
ceiro dia, ocorreu o show do Authentic Games, personagem criado pelo
youtuber Marco Túlio. O momento foi exclusivo para os fãs de Minecraft,
jogo eletrônico que permite ao jogador construir ambien-
tes com blocos por meio da extração de minérios.

Abertura da 17ª edição da EXPOSIBRAM

Youtuber Marco Túlio apresentando o show do


Authentic Games na EXPOSIBRAM
26
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
7.2 - CBMINA 2018

Em 2017, o IBRAM também esteve envolvido com a preparação do


Congresso Brasileiro de Minas a Céu Aberto e Minas Subterrâneas
(CBMINA) agendado para agosto de 2018. Em parceria com o De-
partamento de Engenheira da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), o evento será constituído de conferência magna, plenárias,
sessões técnicas, workshop, debates, apresentação e premiação de
trabalhos técnicos relativos à mineração. Além disso, também será ofe-
recido um espaço para exposição de marcas, produtos e equipamentos
por parte dos patrocinadores. 9º Congresso Brasileiro de
Minas a Céu Aberto e
Minas Subterrâneas
A intenção é estimular o intercâmbio de ideias entre estudantes, profes-
sores, pesquisadores, autoridades, executivos e profissionais ligados 9th Brazilian Congress on
ao setor mineral para novas proposições e abordagens para evolução Open Pit Mines and
constante da atividade mineral brasileira. Underground Mines

Logomarca do 9º Congresso Brasileiro de


Minas a Céu Aberto e Minas Subterrâneas
CBMINA 2018

27
IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
7.3 - Presença do IBRAM em eventos da Mineração

O IBRAM esteve presente em diversos eventos no período de junho de 2017 a junho de 2018, seja como par-
ticipante, palestrante, parceiro institucional ou organizador. Destacam-se:

ANO DE 2017 ANO DE 2018


Junho
Janeiro
• Dia 6 - Projeto CoMciência – MMGerdau, no Museu das Minas e do
Metal, em Belo Horizonte (MG); • Dias 22 a 24 - Fertilizer Latino América 2018, em São Paulo (SP).
• Dia 21 - Reunião de Mobilização da Iniciativa “Construindo pontes
entre a mineração e os objetivos do desenvolvimento sustentável Fevereiro
(ODS)”, Brasília (DF);
• Dia 21 - Encontro sobre Áreas em Disponibilidade para Pesquisa • Dia 14 - Lançamento da Rota Estratégica do Alumínio pela Asso-
Mineral, no Ministério das Minas e Energia (MME), – Brasília (DF); ciação Brasileira do Alumínio (ABAL), em Brasília (DF).
• Dias 22 a 24 - Reunião do Projeto Indústrias Extrativas na América
Latina, no Banco Interarmericano do de Desenvolvimento (BID), Março
Washington (EUA);
• Dias 29 e 30 - , VII Encontro de Executivos de Exploração Mineral, • Dia 5 - Lançamento do Projeto Visão 2035 do BNDES e participa-
Brasília (DF). ção no workshop do grupo de trabalho Mineração e Metalurgia, Rio
de Janeiro (RJ);
Julho • Dia 15 - Lançamento do 7o. Anuário Mineral do Pará, em Belém
(PA)
• Dia 12 - Bahia Mineral 2017, em Salvador (BA); • Dia 20 - Conferência “Visão 2035: Brasil Desenvolvido”, no
• Dia 27 - Encontro sobre o “Programa de Revitalização da Indústria BNDES, Rio de Janeiro (RJ);
Mineral Brasileira”, Brasília (DF). • Dia 20 - Lançamento da Agenda Legislativa da CNI para 2018;
• Dia 22 - Conferência sobre Barragens de Mineração, em São Pau-
Agosto lo (SP).

• Dia 2 - Câmara Setorial da Cadeia Produtiva Mineral do Estado do Abril


Mato Grosso do Sul (CSCPM/MS), em Campo Grande (MS);
• Dia 10 - 2º Workshop em Resíduo de Mineração – Inovação com a • Dia 9 - Projeto “Desafios para o Desenvolvimento: Amazônia Sus-
EMBRAPII, Brasília (DF); tentável” com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
• Dia 10 - “Discussão das Medidas Provisórias do Programa de Revi- em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Belém
talização da Indústria Mineral Brasileira”, Brasília (DF); (PA);
• Dias 22 e 23 - Seminário sobre a Reforma da Legislação Mineral, • Dia 19 - Workshop Setorial VIEX, Regulação e Direto na Minera-
Belo Horizonte (MG). ção, Belo Horizonte (MG);
• Dia 25 - Palestra sobre “Os desafios da comunicação no setor mi-
Setembro neral brasileiro: indo além da narrativa para melhorar a reputação”,
na Universidade Urais na Rússia;
• Dias 18 a 21 - 17º Congresso Brasileiro de Mineração e EXPOSI- • Dia 25 - Assinatura de termo de cooperação com Universidade
BRAM 2017, Belo Horizonte (MG); Urais na Rússia;
• Dias 26 e 27 - Reunião do Projeto Indústrias Extrativas na América • Dias 23 a 27 - 15ª Exposição Internacional e Congresso para a
Latina, no Banco Interaarmericando de Desenvolvimento (BID), Mineração Latino-Americana (EXPOMIN), Santiago, Chile;.
Bogotá, na Colômbia. • Dia 26 e 27 - Reunião do Projeto Indústrias Extrativas na Améri-
ca Latina no Banco Interarmericando de Desenvolvimento (BID),
Outubro Santiago, no Chile.

• Dia 3 - Audiência Pública da Comissão Mista da Medida Provisória Maio


nº 789 (Senador Paulo Rocha), Senado Federal, Brasília (DF);
• Dia 4 - CNI Sustentabilidade de 2017 , Brasília (DF); • Dia 8 – Premiação Empresas do Ano do Setor Mineral, promovida
• Dias 16 e 17 - III Semana de Estudos de Mineração (SEMIN 2017), pela revista Brasil Mineral, em São Paulo (SP);
no Campus Cachoeiro do Itapemirim do Instituto Federal do Espíri- • Dia 20 a 23 - VIII Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral – Si-
to Santo, em Cachoeiro do Itapemirim (ES); mexmin 2018, Ouro Preto (MG).
• Dia 17 - Audiência Pública da Comissão Mista da Medida Provisó-
ria nº 791 (Senador Lasier Martins), Senado Federal, Brasília (DF);
• Dias 24 e 25 - II Seminário Mineração & Comunidades, Belém (PA);
• Dia 30 - Lançamento do Programa ODS/PNUD, no Ministério de
Minas e Energia, em Brasília (DF).

Dezembro

• Dia 1 - Reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono


(CTIBC), Brasília (DF);

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
8. Publicações
8.1 - Eleições 2018: Políticas Públicas para a Indústria Mineral

Em 2018 o Brasil elege mais uma vez seus representantes legais nos
estados e na esfera federal. O exercício democrático no País acelera
seu avanço rumo à consolidação de uma sociedade justa e uma econo-
mia forte, tendo como pano de fundo a sustentabilidade como motor de
desenvolvimento.

A indústria mineral brasileira formada pelos segmentos empresariais de


exploração, de mineração e de transformação mineral apresenta, por
meio desta publicação, um raio x do setor aos candidatos para que jun-
tos busquem um futuro mais promissor para a mineração nacional.

8.2 - Mineração e economia verde

Responsável por 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o setor


de mineração investe em práticas sustentáveis. Como forma de divulgar
os avanços e os desafios do setor de mineração no caminho da sus-
tentabilidade, o IBRAM apresentou, em outubro, o estudo “Mineração e
Economia Verde”, no evento “CNI Sustentabilidade de 2017”, realizado
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

A publicação mostra as conquistas alcançadas desde 2012 e as ten-


dências para os próximos anos. O destaque é o reuso de 85% da água
nos processos produtivos, segundo o estudo. O documento apresenta
A íntegra do estudo pode ser
também práticas que garantem a disposição adequada e segura dos
acessada pelo: https://goo.gl/G7bhPN
rejeitos gerados pelo setor de mineração.

8.3 - Corredores Logísticos Estratégicos

O minério de ferro é o segundo produto mais importante nas expor-


tações brasileiras. Está atrás apenas dos produtos da cadeia de soja
em valores de receita de exportação. Sua relevância estratégica para a
economia do país faz parte de um conjunto de commodities que exigem
atenção especial do Governo Federal. Com estudos técnicos feitos para
diagnosticar e melhorar o fluxo de cargas no país, o IBRAM, o Sinferba-
se e o Ministério dos Transportes, desenvolveram uma publicação que
mapeia toda a cadeia produtiva e escoamento do complexo de minério
de ferro (pelotas e ferro gusa), tanto para exportação como para con-
sumo interno, além de avaliar a infraestrutura desses corredores e as
necessidades de intervenção para os trechos viários identificados.

A íntegra do estudo pode ser


acessada pelo: https://goo.gl/JuJCf5

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Principais fluxos de escoamento da produção de minério de ferro e gusa (em toneladas - Ano: 2015)

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
9. Assuntos financeiros
Mesmo com o cenário econômico um pouco mais otimista, o IBRAM
manteve o rigor no trato das contas da Instituição na busca por redução
dos gastos e otimização da receita.

O acompanhamento rotineiro das cobranças promovidas pela área de


Atendimento ao Associado tem possibilitado um estreito relacionamento
com as empresas e a queda na inadimplência.

O IBRAM também participou efetivamente na organização, nas negocia-


ções e na comercialização de patrocínios e espaços nos eventos pro-
movidos pelo Instituto como forma de aumentar suas receitas. Em 2017,
a EXPOSIBRAM teve um alto índice de ocupação da área de estandes
e a maioria dos expositores afirmou o desejo de participar de outros
eventos do IBRAM.

As contas do IBRAM foram analisadas por auditoria externa e aprova-


das sem qualquer ressalva.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JUNHO 2016 A JUNHO 2017
10. dados setoriais
A indústria mineral se destaca por contribuir decisivamente para gerar
superávits à balança comercial brasileira. O Brasil exportou em 2017
um volume de mais de 403 milhões de toneladas de bens minerais, e
gerou divisas de US$ FOB 28,3 bilhões. Este valor representou 13%
das exportações totais do Brasil, e 30,5% do saldo comercial. (Figura 1)

Figura 1 - Comparativo de Saldos do Setor Mineral X Brasil1

Fonte: MDIC Sistema AliceWeb - Elaboração IBRAM 2018

1
Disponivel em: http://portaldamineracao.com.br/wp-content/uploads/2017/05/metodologia-pa-
ra-balanca-mineral.pdf?x73853

A Economia Mineral Brasileira é formada por recursos minerais nacio-


nais e importados (Figura 2). O Instituto Brasileiro de Mineração apu-
ra os números para o segmento extrativo (extração da matéria-prima)
e que não contempla a transformação mineral. No entanto, isto não
significa que toda a cadeia produtiva esteja toda integrada e que este
Instituto tenha entre seus associados empresas que contemplem todo o
processo da chamada indústria da mineração.
Figura 2 - Fluxograma Economia Mineral Brasileira

Fonte: ANM, IBGE, MME/SGM, adaptações IBRAM

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
10.1 - Produto Interno Bruto (PIB)

A indústria extrativa mineral também tem participação fundamental no


Produto Interno Bruto (PIB) e representa 1,4% de todo o PIB Brasil,
segundo o IBGE, empregando cerca de 180 mil trabalhadores direta-
mente.

O Produto Interno Bruto é formado predominantemente pelo setor de


serviços, com 71,2%, seguido do setor industrial com 23,8% e por fim, o
setor agropecuário com 5%, dados IBGE 2014 (Figura 4). A indústria ex-
trativa representa 3,7% de todo PIB Brasil, sendo que somente a extrati-
va mineral representa 1,4% do PIB Brasil. É um importante fomentador
da indústria nacional, pois é o segmento fornecedor de matéria-prima
para todos os tipos de indústrias existentes no país.

Figura 4 - Gráfico do PIB brasileiro indicativo em percentual

AGROPECUÁRIA

INDÚSTRIA

SERVIÇOS

Fonte: IBGE, Participação no valor adicionado bruto a preços básicos, segundo os grupos de atividades -
2010-2014 Elaboração IBRAM Abr/2018

O gráfico a seguir mostra a evolução trimestral da contribuição da in-


dústria extrativa para o PIB com relação ao trimestre anterior, a partir de
dados IBGE do período 2010 a 2017. Pode-se observar que o segmento
indústria extrativa teve melhor desempenho econômico se comparado
ao PIB do setor industrial e até mesmo sobre o crescimento do PIB total
Brasil.

PIB Industrial x PIB Ind. Extrativa Mineral

Fonte: IBGE, taxa acumulada em quatro trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior %) -
Elaboração IBRAM Abr/2018

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
PIB Brasil x PIB Industrial x PIB Ind. Extrativa Mineral

Fonte: IBGE, TAXA ACUMULADA EM QUATRO TRIMESTRES (em relação ao mesmo período do ano
anterior % ) - Elaboração IBRAM Abr/2018

10.2 - Balança Comercial

A pauta dos bens minerais exportados pelo Brasil no ano de 2017 atingiu
um volume de 403 milhões de toneladas e representou em dólares, US$
FOB 28,3 bilhões. Os principais produtos exportados foram: minério de
ferro, ouro, ferronióbio, cobre, bauxita, manganês, pedras naturais e de
revestimentos, caulim e outros. (Figura 5)

Exportações 2016 2016


Figura 5 - Distribuição percentual das substâncias minerais nas
Exportações
exportações brasileiras 2017 em dólares (US$ FOB)

1% 1% Ferro
1% Ferro
2% 1%
5% 5% 2% Ouro Ouro
1% 1%
9% 9% Ferronióbio Ferronióbio
Cobre Cobre
6% 6%
Bauxita Bauxita

62% Manganês Manganês


13% 13% 62%
Pedras Nat. Pedras Nat.Ornamentais
e Revest. e Revest. Ornamentais

Caulim Caulim
Outros
Outros

Fonte: MDIC Sistema AliceWeb - Elaboração IBRAM 2018

Esta tabela acompanha nota metodológica disponível no Portal da Mineração/Dados e Leis/


Dados:
http://portaldamineracao.com.br/wp-content/uploads/2017/05/metodologia-para-balanca-mine-
ral.pdf?x73853

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Já a importação movimentou US$ FOB 7,9 bilhões e cerca de 42,8 mi-
lhões de toneladas. Enquanto os principais produtos importados foram:
potássio, carvão, cobre, enxofre, zinco, rocha fosfática, pedras naturais
e de revestimentos e outros.
Importações
Importações 20162016
Distribuição percentual das substâncias minerais nas
importações brasileiras 2017 em dólores (US$ FOB)

1% 5% 1% 5%
Potássio Potássio
3% 3%
3% 3% 3%
3% Carvão Carvão

37% 37% Cobre Cobre


12% 12% Enxofre Enxofre

Zinco Zinco

Rocha Fosfática
Rocha Fosfática

Pedras
Pedras Nat. Nat. eOrnamentais
e Revest. Revest. Ornamentais

36% 36% Outros Outros

Fonte: MDIC Sistema AliceWeb - Elaboração IBRAM 2018


Esta tabela acompanha nota metodológica disponível no Portal da Mineração/Dados e Leis/
Dados:
http://portaldamineracao.com.br/wp-content/uploads/2017/05/metodologia-para-balanca-mine-
ral.pdf?x73853

As exportações do setor mineral em 2017 subiram 31,2% e o saldo


mineral cresceu 27% em relação a 2016.

COMÉRCIO EXTERNO SETOR MINERAL


Exportações x Importações x Saldo do Setor Mineral

Fonte: MDIC Sistema AliceWeb - Elaboração IBRAM 2018

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
Comparativo de Saldos do Setor Mineral X Brasil

Fonte: MDIC Sistema AliceWeb - Elaboração IBRAM 2018

10.3 - Produção Mineral Brasileira

A Produção Mineral Brasileira (PMB) apurada pelo IBRAM para o ano de


2017 ficou em US$ 32 bilhões. Este número superou a projeção realiza-
da pelo Instituto no início de 2017, quando estimou em US$ 25 bilhões.
A PMB apurada em 2017 foi 33% maior do que em 2016, US$ 32 bilhões
contra US$ 24 bilhões, respectivamente. Observou-se que os volumes
de produção das empresas de mineração no Brasil mantiveram-se es-
táveis em sua grande maioria, no entanto, a variação positiva do preço
internacional das principais commodities, ao longo do ano de 2017, fez
com que o indicador apresentasse melhor desempenho. Para 2018, o
IBRAM acredita numa ligeira recuperação deste número, estimado em
US$ 34 bilhões.

Ainda sobre Produção Mineral Brasileira (PMB), ao longo de 2018, o


IBRAM pretende revisar a metodologia para este índice de forma a co-
brir o maior número de substâncias minerais e captar melhor a movi-
mentação no mercado interno de bens minerais.

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IBRAM | RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES | JULHO 2017 A JUNHO 2018
10.4 - Empregos

A indústria de mineração empregou até 2017 cerca de 180 mil trabalha-


dores diretamente, segundo dados do Ministério do Trabalho. Em 2017
houve redução de 3,5 mil postos de trabalho. Este movimento ainda é
reflexo da crise econômica e política que o Brasil enfrentou entre 2015
e 2017.

Estoque final do período

Fonte: CAGED Estabelecimento, Ministério do Trabalho

Segundo a Agência Nacional de Mineração (antigo DNPM), o fator mul-


tiplicador para a indústria extrativa mineral com a indústria de transfor-
mação mineral é de 1 para 3,6 postos de trabalho, ou seja, ao final de
2017 este setor empregava 651 mil trabalhadores diretamente. E ao
longo da cadeira industrial o segmento extrativo mineral representa o
fator multiplicador de 1 para 11 postos de trabalho. Sendo assim, o setor
gerou gerou quase 2 milhões de vagas de emprego de forma direta,
indireta ou induzida.

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/InstitutoBrasileirodeMineracao

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