Vous êtes sur la page 1sur 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA (EBA)


DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM I

Sistema de Informação em Enfermagem¹

DUTRA, Herica Silva²


BAHIA, Maria Tereza Ramos3

1. Objetivos:
 Identificar a importância do sistema de informação em saúde e na Enfermagem;
 Conhecer os recursos de informação que subsidiam a gerência em Enfermagem.

2. Introdução

“Informações epidemiológicas, financeiras,


orçamentárias, legais, normativas,
socioeconômicas, demográficas e sobre recursos
físicos e humanos, oriundas de dados de qualidade
são capazes de revelar a realidade de serviços e
ações de saúde e a situação de saúde da população,
evidenciando vantagens e problemas de prioridades
e investimentos definidos” (Brasil, 2016; p. 19).

Na área da saúde e em Enfermagem diariamente são veiculadas informações diversas relacionadas ao


processo de trabalho, às condições de saúde dos pacientes, ao gerenciamento do serviço de saúde, dentre outros.
Nesse sentido, cabe mencionar que a informação é essencial para o desenvolvimento da assistência em saúde de
forma segura e de qualidade.
As organizações dependem de um sistema que permite concentrar as informações necessárias ao seu
funcionamento. Tal sistema deve processar informações que possibilitem o planejamento, a organização, o
controle, e a avaliação. Esse sistema é conhecido como sistema de informação e é reconhecido como um dos
mais importantes processos administrativos. Tem na comunicação seu principal componente (Takahashi, 1991).
Tratando do mundo globalizado e informatizado, um sistema de informação torna-se vital para a
organização, já que a capacidade da instituição em obter, tratar, interpretar e utilizar a informação de maneira
eficaz pode ser um diferencial de competitividade diante de seus concorrentes. Nesse sentido, muito mais que
investimentos em tecnologia, implica em fazer uso racional da informação (Peres e Leite, 2016) para
transformações positivas e organização do processo de trabalho. A nova ordem da informação encontra-se
1
Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração da Assistência de Enfermagem I, para os acadêmicos do Curso
de Graduação em Enfermagem do 6º período da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora e atualizado em outubro de
2018. Pedimos que caso haja o interesse em utilizar este material para outro fim seja citada a referência, outras informações podem ser solicitadas
pelo seguinte e-mail: herica.dutra@ufjf.edu.br; mtbahia@uol.com.br;
2 Enfermeira, Doutora em Enfermagem, Professora Adjunta I do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da

Universidade Federal de Juiz de Fora.


3Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Professora Adjunta I do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de Enfermagem da Universidade

Federal de Juiz de Fora.


fundamentada na comunicação acelerada, globalizada e instantânea permitindo a socialização e democratização
da informação e do conhecimento científico (Peres e Leite, 2016).
Na Enfermagem é indiscutível sua importância, pois permite que todos os membros da equipe de
enfermagem possam ter informação suficiente e atualizada para desempenho da assistência qualificada. Além
disso, permite a integração com outros profissionais e também com a clientela (Takahashi, 1991). Assim,
sistema de informação pode ser definido como um conjunto de procedimentos organizados que fornecem
informação de apoio às organizações (Peres e Leite, 2016).

3. Sistema de informação na área da saúde


Para melhor compreender o sistema de informação em saúde, é importante que possamos definir alguns
termos:
1) DADOS: são um conjunto de registros sobre determinados fatos, podendo ser organizados e analisados a fim
de se atingir uma conclusão. Os dados em si são desprovidos de significado, sendo este advindo da
interpretação de cada indivíduo;
2) INFORMAÇÃO: é o significado atribuído a um dado ou conjunto de dados. Proporciona um novo ponto de
vista para interpretação de eventos ou fenômenos. A informação em saúde sustenta a tomada de decisão clínica
e gerencial;
3) SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE: conjunto de procedimentos capazes de organizar a produção
de informações a fim de oferecer suporte às organizações, incluindo o processamento e disponibilização de
dados de maneira a contribuir para a tomada de decisão, otimizar resultados, favorecer o desenvolvimento
profissional, permitir um conhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica da
população e promover qualidade e resolutividade na assistência em saúde (Peres e Leite, 2016).
O sistema de informação na saúde representa diversos benefícios, dentre os quais podemos citar:
 Grande impacto na melhoria da gestão, da qualidade da assistência e da satisfação dos pacientes;
 Desenvolvimento de métodos de comparação de práticas (benchmarking) e de ferramentas para
assegurar a qualidade e a eficiência com redução de custos;
 Intercâmbio com instituições nacionais e internacionais;
 Possibilidade de gerar mudança nos padrões de conduta;
 Conhecimento da realidade socioeconômica, demográfica e epidemiológica;
 Facilita a formação continuada dos profissionais da saúde;
 Apoia a tomada de decisão gerencial (Peres e Leite, 2016).
No Brasil, temos uma história de sucesso no sistema de informação do Sistema Único de Saúde (SUS),
reconhecido nacional e internacionalmente. Apesar disso, reconhece-se que essa experiência ainda é insuficiente
para atender as demandas de gestores, trabalhadores e usuários, bem como comparar nossa realidade a sistemas
de informação mais avançados no âmbito internacional (Brasil, 2016). Identifica-se a existência de um excesso
de questionários, fichas e formulários que, frequentemente não retornam como informação consolidada para o
nível local que gerou os dados primários (Peres e Leite, 2016).
Nesse sentido, uma proposta de melhoria do sistema de informação do SUS foi estabelecida por meio da
criação da Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) por meio da Portaria nº 589, de 20
de maio de 2015 cuja finalidade é “definir os princípios e as diretrizes a serem observados pelas entidades
públicas e privadas de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e pelas entidades vinculadas ao
Ministério da Saúde, para a melhoria da governança no uso da informação e informática e dos recursos de
informática, visando à promoção do uso inovador, criativo e transformador da tecnologia da informação nos
processos de trabalho em saúde” (Brasil, 2015). A PNIIS ainda cita o prontuário eletrônico do paciente (PEP) e
o registro de eventos de saúde de forma unificada como meios para garantir esse propósito.
A PNIIS surgiu devido à necessidade de direcionar ações de tecnologia da informação e comunicação
(TIC) de todo o sistema de saúde brasileiro. Além disso, outros fatores presentes na realidade do Brasil
demonstraram a necessidade de investimento nessa área, tais como: “a falta de padronização dos
procedimentos para obtenção e tratamento dos dados em saúde; o elevado número de sistemas de informação
em saúde e sua heterogeneidade; a dificuldade de conectividade dos serviços de saúde à internet banda larga;
a insuficiência de estratégias de financiamento no campo da informação e informática em saúde; a deficiência
relativa de qualificação profissional nesse tema e a importância de alinhamento do Brasil às ações e
estratégias internacionais no campo das tecnologias da informação e comunicação em saúde” (Brasil, 2016; p.
7).
Como princípios e diretrizes dessa política podem ser mencionados: o avanço na qualidade e acesso à
informação em saúde; transparência aliada à segurança; acesso à informação em saúde como direito do cidadão,
profissionais de saúde e gestores ao mesmo tempo em que a confidencialidade de informações pessoais é
garantida; a produção de informação deve contemplar o controle social e a produção de conhecimento,
envolvendo as instâncias públicas e privadas e observando-se os princípios do SUS; a informação deve ser
utilizada para a tomada de decisão clínica e gerencial, bem como para favorecer o desenvolvimento institucional
do SUS com vistas a aumentar a eficiência e favorecer a simplificação dos sistemas de informação já existentes
(Brasil, 2016).
Para os profissionais de saúde, o uso de um sistema de informação padronizado e unificado poderá
contribuir para a organização dos registros, permitindo o acesso a dados brutos e relatórios. Além disso,
acredita-se que haverá melhoria nos sistemas de referência e contrarreferência por meio da adoção do Registro
Eletrônico de Saúde (RES). Soma-se ainda a implantação de protocolos clínicos e programáticos, notificações e
alertas, bem como a possibilidade de consulta assistida à distância por meio do Telessaúde promovendo
aprimoramento no atendimento ao cidadão envolvendo aspectos relacionados à atenção à saúde, vigilância em
saúde e gestão (Brasil, 2016).
Dentre os desafios para a concretização desse propósito identificam-se a falta de infra-estrutura do setor
saúde em tecnologia de informação, centralização dos dados e ausência de retorno ao nível local, ênfase em
informações de caráter biomédico com desvalorização de outras informações que podem impactar a saúde
individual e coletiva, participação insuficiente dos usuários na geração de informações e a falta de cultura de
informação.

4. Sistema de informação em Enfermagem


A enfermagem tem um papel essencial no sistema de informação em saúde, devido a sua contribuição na
produção de informações nos aspectos técnicos, de qualidade da assistência em saúde e de registros clínicos e
administrativos dos serviços prestados. Além disso, a enfermagem é consumidora de informações sobre o
avanço científico, de recursos disponíveis na organização e relacionadas às demandas dos pacientes para a
tomada de decisões. Dessa forma, é importante para o enfermeiro acessar informações sobre planejamento de
programas de saúde, sua execução, supervisão das intervenções de saúde, gestão e avaliação dos resultados da
atenção à saúde (OMS, 2001 apud Peres e Leite, 2016).
Na Enfermagem, o sistema de informação é fundamental para subsidiar a assistência direta ao paciente e
a gerência dos serviços de saúde. Seus dados servem de base para planejar, fornecer, avaliar e documentar o
cuidado prestado ao paciente, apoiar a assistência prestada pela equipe e controlar os custos dos serviços de
saúde. Além disso, poderá apoiar as atividades do enfermeiro quanto ao processo de enfermagem, permitindo
maior aproximação com o cliente e melhora da qualidade da assistência prestada (Peres e Leite, 2016).
O uso de um sistema informatizado pode aumentar ainda mais os benefícios do sistema de informação
para a Enfermagem: (Peres e Leite, 2016)
 Minimiza o tempo gasto em documentar as informações do paciente;
 Elimina redundâncias;
 Melhora o tempo de comunicação entre a equipe;
 Otimiza o acesso à informação;
 Oferece informações à equipe multidisciplinar;
 Auxilia no processo de trabalho;
 Flexibiliza a visualização e obtenção das informações necessárias;
 Disponibiliza informações on-line sobre medicamentos, guias de conduta e protocolos da prática;
 Otimiza o tempo dos enfermeiros para o cuidado direto;
 Melhora a qualidade da documentação;
 Pode contribuir para aumento da produtividade;
 Pode minimizar os riscos de erros e eventos adversos;
 Favorece a satisfação no trabalho;
 Desenvolve uma base de dados clínica comum aos profissionais envolvidos na assistência.
Outra discussão importante refere-se ao processo de tomada de decisão na gerência em Enfermagem,
pois somente com um sistema de informação adequadamente estruturado e em constante atividade e
atualização, o Enfermeiro poderá tomar decisões adequadas à realidade de sua unidade e clientela. Na gestão e
coordenação de equipes de enfermagem, a informação em tempo real e precisa é necessária para a tomada de
decisão efetiva e eficaz, permitindo uma abordagem completa da situação vivenciada (Guimarães e Évora,
2004).

5. O prontuário do paciente
“Prontuário do paciente é todo acervo documental padronizado, organizado e conciso, referente ao
registro dos cuidados prestados ao paciente por todos os profissionais envolvidos na assistência” (Coren – SP,
2010: p.5). As informações contidas nesse documento poderão proporcionar a continuidade da assistência bem
como a segurança ao cliente e atendimento às suas necessidades.
O prontuário tem funções diferentes: clínica, administrativa, legal, ensino e pesquisa. Para garantir que
todas essas funções serão atendidas, o registro efetuado no prontuário deverá garantir a possibilidade de
recuperação dos dados a qualquer momento para qualquer uma das funções acima citadas.
Embora as informações contidas no prontuário sejam do paciente, é de responsabilidade da instituição
sua manutenção e guarda. Para que o paciente tenha acesso ao seu prontuário, é necessário um procedimento
burocrático que varia de uma instituição para outra (Possari, 2005). Entretanto, na maioria das vezes essa
demanda decorre da falta de confiança do cliente na equipe ou falta de informações adequadas. Em ambos os
casos, o enfermeiro pode valer-se da dimensão do cuidar EDUCAR para reforçar uma relação franca e de
confiança com o paciente e sua família. “Uma documentação completa e feita com atenção constitui evidência
contra comunicação ineficaz e compreensão falha, podendo ainda proteger contra um longo processo
litigioso” (Resnick, 2005 apud Marquis e Huston, 2010: p. 127).
Concluído o atendimento ao paciente e finalizado o uso do prontuário no serviço de saúde, o mesmo
deverá ser encaminhado ao Setor de Faturamento e, posteriormente, ao Serviço de Prontuário do Paciente (SPP)
ou Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) onde será arquivado, quando se tratar de prontuário em
papel. O SAME é responsável pela guarda permanente dos prontuários no serviço de saúde, bem como sua
conservação e utilização.
Atualmente há uma busca pela informatização das informações nos serviços de saúde, ganhando
destaque o prontuário eletrônico do paciente (PEP). O Prontuário Eletrônico do Paciente é um registro
informatizado, clínico e administrativo do indivíduo. Armazena um conjunto de informações, alertas, sistemas
de apoio à decisão e links objetivando o conhecimento médico (Cukierman, 2010: p. 86). O PEP permite o
acesso de diferentes profissionais em cenários distintos, reunindo informações atuais e passadas, que podem ser
contrastadas e melhor analisadas.
Há que considerar aspectos legais das informações digitalizadas como assinatura digitalizada, sigilo,
individualidade e privacidade e não adulteração das informações contidas no PEP (CFM, 2012). Atualmente
está vigente a resolução CFM nº 1821/2007 que “Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso
dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes,
autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde”. As normas que
regulamentam a eliminação do uso de papel nos serviços de saúde estão descritas no Manual de Certificação
para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde.
Como vantagens do PEP podemos destacar (Possari, 2005):
 Acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais;
 Acesso a conhecimento científico atualizado com melhora na tomada de decisão terapêutica;
 Melhoria na efetividade dos cuidados, com consequente melhora nos resultados e impacto nos
custos do atendimento;
 Facilidade para realização de pesquisas e agrupamento de informações;
 Permite melhor controle dos procedimentos, itens e serviços oferecidos pela instituição;
 Legibilidade;
 Inclusão de alertas;
 Dados incluídos e acessados em diferentes formatos;
 Diminuição do espaço de armazenamento das informações dos pacientes.
Entretanto, a implantação do PEP exigirá da instituição grandes investimentos em hardware e software,
podendo significar custos importantes. Outro investimento essencial será em capacitação dos usuários, que
deverão apropriar-se da tecnologia utilizada para manter atualizadas as informações pertinentes ao paciente. O
risco de adulteração e perda das informações deverá ser criteriosamente avaliado a fim de garantir que o sigilo e
a segurança dos dados serão continuamente preservados.
No âmbito do SUS o sistema e-sus prevê a utilização de prontuário eletrônico para todos os pacientes
atendidos nos diferentes serviços e níveis que compõem o sistema, além da inclusão e cruzamento de
informações gerenciais com vistas a dinamizar o atendimento e promover qualidade da assistência em saúde
(Brasil, 2017). Além disso, por meio desse sistema será possível: identificar o cidadão-usuário vinculando-o
com sua família; agilizar e melhorar a regulação; melhorar parâmetros de financiamento e os sistemas de
controle e avaliação; aumentar a confiabilidade do faturamento do SUS com consequente melhora na
efetividade do sistema de saúde; gerar indicadores mais confiáveis; agilizar o atendimento com foco na atenção
integral do indivíduo; aperfeiçoar o ressarcimento junto a Agência Nacional de Saúde (ANS) e reduzir os custos
da saúde.

6. Os registros de enfermagem
“Os registros efetuados pela equipe de enfermagem têm a finalidade essencial de fornecer informações
sobre a assistência prestada, assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garantir a
continuidade das informações nas 24 horas, condição indispensável para a compreensão do paciente de modo
global” (Coren – SP, 2010: p. 4). Considerando que a equipe de enfermagem está presente nas 24h e presta
assistência contínua ao cliente, grande parte das informações contidas no prontuário são de responsabilidade
desta.
Assim, é importante observar que as informações contidas no prontuário deverão ser: corretas,
organizadas, seguras, completas e disponíveis. Os registros nos prontuários dos pacientes devem ser feitos de
forma legível, com caneta azul ou preta. O uso de abreviaturas no cabeçalho deve ser evitado a fim de garantir a
segurança do paciente quanto à sua identificação. O cabeçalho completamente preenchido com nome por
extenso, número do prontuário, número do leito / apartamento / enfermaria são exigidos para evitar enganos nos
cuidados e registros entre clientes. Não é permitido uso de carbono, canetas com tinta de outra cor, com ponta
porosa ou marcadores. Os registros feitos em qualquer tipo de documento do prontuário devem: ter assinatura
do profissional responsável, nome legível, número do registro profissional, data e hora. É vedado: rasura,
destruição de documentos do prontuário, colocação de observações em documentos pré-existentes, uso de
borracha, uso de corretivo e similares, riscar o documento por cima várias vezes. Se forem verificados erros ou
enganos, estes devem ser apontados e corrigidos em um registro posterior, que faça referência aos problemas
encontrados. Outro dado fundamental, a lembrar, é o sigilo das informações contidas no prontuário.
Em âmbito nacional temos a Resolução Cofen 429/2012 que “Dispõe sobre o registro das ações
profissionais no prontuário do paciente, e em outros documentos próprios da enfermagem, independente do
meio de suporte - tradicional ou eletrônico”. Destaca-se a importância e necessidade de registros clínicos
(conforme as etapas da SAE listadas na Resolução Cofen 358/2009) e administrativos em documentos próprios
da Enfermagem que incluam informações sobre as condições dos usuários/pacientes e sua evolução durante o
processo assistencial bem como relativas às condições da unidade e equipe de enfermagem para realização da
assistência de enfermagem planejada. Ressalta-se também a Resolução 514/2016 que “Aprova o Guia de
Recomendações para os registros de enfermagem no prontuário do paciente, com a finalidade de nortear os
profissionais de Enfermagem”.
De acordo com o Cofen (2016; p. 8-9), os registros de enfermagem têm por finalidade:
 Partilha de informações: estabelece uma efetiva comunicação entre a equipe de enfermagem e demais
profissionais envolvidos na assistência ao paciente;
 Garantia de qualidade: serve como fonte de subsídios para a avaliação da assistência prestada (comitê
interno hospitalar);
 Relatório permanente: registro escrito em ordem cronológica da enfermidade de um paciente e dos
cuidados oferecidos, desde o surgimento do problema até a alta / óbito /transferência hospitalar;
 Evidência legal: documento legal tanto para o paciente quanto para a equipe médica e de enfermagem
(e outros), referente à assistência prestada. Cada pessoa que escreve no prontuário de um paciente é
responsável pela informação ali anotada;
 Ensino e pesquisa: os registros do paciente contêm um grande número de informações e podem
constituir uma fonte alternativa de dados;
 Auditoria: refere-se à análise das atividades realizadas pela equipe de enfermagem por meio do
prontuário do paciente.
Não podemos esquecer-nos de relembrar a importante distinção entre anotação de enfermagem e
evolução de enfermagem. Gonçalves (2001) aponta que essa dificuldade em distinguir evolução de anotação
provavelmente deve-se a duas razões: a anotação tem sido um registro mais frequente por não ter sido um
hábito ou uma exigência a realização da evolução de enfermagem; e pela semelhança do conteúdo desses dois
tipos de registro, embora essa semelhança se limite apenas nos dados listados e não na profundidade de
investigação e análise.
A principal característica da anotação de enfermagem é que ela pode ser realizada por todos os membros
da equipe de enfermagem, enquanto que a evolução é privativa do enfermeiro. Na anotação de enfermagem os
dados são pontuais, com registro exato do que foi observado ou executado, sem comparações dos dados. Já a
evolução exige reflexão para comparar e contextualizar os dados.

Quadro 1: Comparativo entre anotação e evolução de enfermagem.

Fonte: Coren – SP, 2010: p. 22

Os registros de Enfermagem também devem ser norteados por seis diretrizes (Ito et al., 2011 apud
Cofen, 2016; p. 16-17) (Quadro 2).

Quadro 2: Diretrizes norteadoras para os registros de Enfermagem

Precisão A informação deve ser exata, com dados subjetivos ou objetivos claramente
discriminados. Além disso, é imprescindível fazer a distinção se a informação registrada
foi observada no paciente ou relatada por ele. Usar grafia correta, bem como somente
abreviações e símbolos aceitos pela instituição, de modo a garantir a interpretação precisa
e adequada da informação.
Concisão Fornecer as informações reais e essenciais em uma anotação. Uma anotação curta e bem
redigida é mais facilmente assimilada do que uma longa e irrelevante.
Eficácia Os registros devem conter informações completas e pertinentes para a continuidade da
assistência ou para condutas a serem tomadas.
Atualização A demora na anotação de uma informação importante pode resultar em omissões graves e
atrasos no atendimento ao paciente. As decisões e condutas sobre a assistência e os
cuidados de um paciente são baseadas em informações atuais. Sempre anotar em
prontuário, logo após a realização do procedimento, atendimento, observação ou
encaminhamento.
Organização Registrar todas as informações em formato adequado e em ordem cronológica.
Confidencialidade As informações sobre um cliente só deverão ser transmitidas mediante o entendimento de
que tais dados não serão divulgados a pessoas não autorizadas. A lei protege as
informações sobre um cliente que esteja sob cuidados profissionais de saúde. O
profissional de enfermagem é obrigado por lei e pela ética a manter confidencialidade de
qualquer informação relacionada à doença e ao tratamento do cliente.

7. Passagem de plantão
A passagem de plantão, entrega de turno ou troca de turno é uma atividade da equipe de enfermagem
que tem por finalidade comunicar de maneira objetiva, clara e concisa informações sobre um período de
trabalho a respeito da assistência direta e/ou indireta ao paciente, além de incluir aspectos de interesse do
serviço de saúde. O principal objetivo da passagem de plantão é a continuidade da assistência, podendo ser
realizada de forma oral e/ou escrita. A passagem de plantão também possui caráter administrativo, visto que
pode impactar no planejamento da assistência de enfermagem e sua qualidade, bem como na organização do
processo de trabalho em enfermagem (Silva et al., 2017; Oliveira e Rocha, 2016; Silva e Campos, 2007).
É fundamental a troca de informações adequadas e abrangentes sobre os pacientes e sobre as questões de
cuidados indiretos, pois somente de posse dessas informações, a continuidade da assistência se dará com
qualidade. Entretanto, a passagem de plantão tem sido banalizada e realizada apenas como mais uma rotina. A
utilização de dinâmicas demoradas e desgastantes e, ao mesmo tempo vazias de conteúdo, minimizam sua
importância e impedem o desenvolvimento do pensamento crítico bem como o aproveitamento dessa atividade
como momento adequado à discussão e reflexão (Silva e Campos, 2007).
Algumas das principais informações a serem transmitidas na passagem de plantão incluem (Silva e
Campos, 2007):
 Realização de exames ou não e a necessidade de preparo para exames;
 Condições do paciente, alteração e conduta proposta;
 Presença de dispositivos (sonda, soro, drenos, etc.);
 Modo de transporte;
 Informações sobre o material usado e a ser reposto;
 Condições dos equipamentos da unidade.
De acordo com o tamanho da unidade, número e perfil de pacientes, tempo de permanência destes e
número de componentes da equipe, a passagem de plantão poderá ser feita por relatório oral ou escrito,
individualmente ou em grupos, à beira do leito ou no posto de enfermagem (Silva e Campos, 2007). De
qualquer forma, cada equipe deverá decidir qual será a melhor forma para garantir que a passagem de plantão
seja adequada e efetiva à realidade da unidade.
Fatores que podem dificultar a passagem de plantão incluem: a desvalorização da passagem de plantão,
sobrecarga de trabalho, superlotação das unidades assistenciais, sobreposição dos horários e entrada/saída dos
profissionais da equipe de enfermagem, atrasos, documentação insuficiente, conversas paralelas, interrupções
telefônicas, local inapropriado, campainha de chamada de pacientes, trânsito de profissionais externos à
unidade, solicitações médicas, presença de pacientes e familiares, dentre outros (Silva e Campos, 2007). O
tempo limitado para a passagem de plantão tem sido apontado como um dos principais problemas, pois os
profissionais que estão iniciando seu turno não podem ficar muito tempo afastados da assistência aos pacientes,
e aqueles que estão finalizando o turno não podem prolongar seu horário de trabalho, podendo inclusive ter
implicações legais.
Por outro lado, aspectos como cumprimento dos horários, direcionamento e qualidade das informações e
dos registros de enfermagem são pontos positivos para agilizar a passagem de plantão. Cabe mencionar a
importância da participação da equipe, seja tirando dúvidas ou validando as informações, que devem ser claras,
sucintas, completas e objetivas, minimizando excessos e repetições (Silva e Campos, 2007). Ferramentas como
o uso de bottons coloridos, lousa, planilhas, protocolos institucionais (Silva et al., 2017), quadros ilustrativos
(Arreguy-Sena et al., 2001) e investimentos em informatização (Oliveira e Rocha, 2017) podem facilitar a
passagem de plantão e contribuir para a transmissão segura de informações completas e atualizadas.
É necessário destacar que a responsabilidade da passagem de plantão é sempre do enfermeiro, que
deverá coordenar a atividade e assegurar que as informações serão transmitidas corretamente; bem como
promover condições ambientais e orientações a todos os membros da equipe de enfermagem na realização desta
atividade.

8. Racionalização de impressos
O custo operacional dos serviços de saúde inclui diferentes componentes, dentre eles o custo com papel,
impressos, formulários e documentos para registro do atendimento feito aos pacientes. Porém, o que se verifica
na prática é que existem vários impressos que poderiam ser dispensados se um estudo de conjunto fosse
implementado para evitar informações duplicadas ou formulários desnecessários (Mezzomo, 1982).
Para elaborar ou avaliar um impresso é preciso considerar: quem vai utilizar, para quem será enviado,
prazo de arquivamento, quantas manipulações terá, qual seu uso e o que deve registrar. Além disso, devem ser
considerados formato, medidas, gramatura (peso), tipo de papel, cor do papel, cor da tinta, letras gráficas,
número de vias, conteúdo (Mezzomo, 1982).
Os impressos devem apresentar o nome da instituição, aproveitar todo o espaço do impresso, os campos
devem ser preenchidos corretamente e de modo completo. O uso de impresso para outros fins, como rascunho,
por exemplo, deve ser evitado, pois influencia diretamente nos custos da organização.

Considerações finais
O sistema de informação em Enfermagem apresenta um conjunto de informações indispensáveis ao
adequado assistir. Sem tais informações, corremos o risco de prestar uma assistência pouco consistente e de
baixa eficácia, o que resultaria em insatisfação do paciente e família, desvalorização da profissão de
enfermagem e prejuízos para as organizações de saúde.
O prontuário do paciente e os registros de enfermagem são parte significativa desse sistema de
informação e devem ser valorizados pelo enfermeiro enquanto líder da equipe de enfermagem, no sentido de
orientar, supervisionar e sensibilizar toda a equipe quanto à importância dessa ação.

Referências:

ARREGUY-SENA, C. et al. Construção e utilização de um painel informativo para passagem de plantão: relato
de experiência. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 3, n. 1, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Informação e Informática em Saúde. – Brasília:


Ministério da Saúde, 2016. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_infor_informatica_saude_2016.pdf. Acesso em: 28
mai. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. e-sus Atenção Básica. Disponível em:
http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php. Acesso em: 28 mai. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 589, de 20 de maio de 2015. Institui a Política Nacional de
Informação e Informática em Saúde (PNIIS). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt0589_20_05_2015.html. Acesso em 28 mai 2018.

CFM. Resolução nº 1821 de 23 de novembro de 2007. Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização
e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes,
autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde. Disponível em:
http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2007/1821_2007.htm. Acesso em 28 mai 2018.
CFM. SBIS. Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde. Nov, 2007.
Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2061290.PDF. Acesso em 28 mai 2018.

CFM. Cartilha sobre Prontuário Eletrônico - A Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico de Saúde.
Brasília, 2012. Disponível em:
https://portal.cfm.org.br/crmdigital/Cartilha_SBIS_CFM_Prontuario_Eletronico_fev_2012.pdf. Acesso em: 28
mai 2018.

COREN-MG. Deliberação 135 de 10 de outubro de 2000. Normatiza no Estado de Minas Gerais os princípios
gerais para ações que constituem a Documentação da Enfermagem. Disponível em
http://www.corenmg.gov.br/enfermagem/manual_de_legislacao_e_normas.pdf. Acesso em 28 mai 2018.

COREN-SP. Anotações de Enfermagem. 2010. Disponível em:


http://www.sobecc.org.br/programacao/coren/anotacoes_enfermagem.pdf. Acesso em: 28 mai 2018.

CUKIERMAN, E. Ética e prontuário eletrônico. Educ Contin Saúde. 2010; 8(2 Pt 2): 86-8. Disponível em:
http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1616-ECv8n2p86-8.pdf . Acesso em 22 nov 2011.

GONÇALVES, V.L.M. Anotação de Enfermagem. In: CIANCIARULLO, T. I. et al (Orgs.) Sistema de


assistência de enfermagem: evolução e tendências. São Paulo: Ícone, 2001.

GUIMARÃES, E.M.P.; ÉVORA, Y.D.M. Sistema de informação: instrumento para tomada de decisão no
exercício da gerência. Ci. Inf., Brasília, v. 33, n.1, p. 72-80, jan/abril 2004. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ci/v33n1/v33n1a09.pdf. Acesso em: 28 mai 2018.

MARQUIS, B.L.; HUSTON, C.J. Administração e Liderança em Enfermagem. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MEZZOMO, A.A. Serviço do prontuário do paciente: organização e técnica. São Paulo: Centro São Camilo
de Desenvolvimento em Administração da Saúde, 1982.

OLIVEIRA, M.C.; ROCHA, R.G.M. Reflexão acerca da passagem de plantão: implicações na continuidade da
assistência de enfermagem. Enfermagem Revista, v. 19, n. 2, p. 191-198, 2016.

PERES, H.H.C.; LEITE, M.M.J. Sistemas de Informação em Saúde. In: KURCGANT, P. (coord).
Gerenciamento em Enfermagem. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

PINHEIRO, Alba Lúcia Santos et al. Gestão da saúde: o uso de sistemas de informação e partilha de
conhecimento para o processo de decisão. Texto contexto -
enferm. Florianópolis,v.25,n. 3,e3440015,2016. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=
sci_arttext&pid=S0104- 07072016000300305&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 30 out. 2018.

POSSARI, J. F. Prontuário do Paciente e os Registros de Enfermagem. Iátria. 1ª edição, 2005.

SILVA, E.E.; CAMPOS, L.F. Passagem de plantão na enfermagem: revisão da literatura. Cogitare
Enfermagem, v. 12, n. 4, p. 502-507, 2007.

SILVA, M.R. et al. Passagem de plantão em enfermagem hospitalar: uma revisão integrativa. CuidArte,
Enferm, v. 11, n. 1, p. 122-130, 2017.

TAKAHASHI, R.T. Sistema de informação em Enfermagem. In: KURCGANT, P. (coord). Administração em


Enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.
ANEXOS
O texto abaixo foi extraído da apostila de aula “Sistema de informação na Enfermagem” de autoria da
Enfermeira Mestre Denise Cristina Alves de Moura (2016).

Correspondência Oficial

A Correspondência Oficial ou Redação oficial é o meio pelo qual se procura estabelecer relações de
serviço na administração de organizações. Para que tais relações obtenham efetividade, traçam-se normas de
linguagem e padronização no uso de fórmulas e estética para as comunicações escritas (MEDEIROS, 2000).
Tipos de Correspondência oficial são: oficio, memorando, correio eletrônico, requerimento, parecer e
ata.
A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade. Não se concebe que um ato normativo de qualquer natureza seja redigido
de forma obscura, que dificulte ou impossibilite sua compreensão.
As comunicações oficiais são necessariamente uniformes, pois há sempre um único comunicador e o
receptor dessas comunicações ou é o próprio serviço (no caso de expedientes dirigidos por um órgão a outro) ou
o conjunto dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogênea (o público).
A finalidade básica da redação oficial é comunicar com impessoalidade e máxima clareza, o que impõe
certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalístico, da
correspondência particular, etc.
Oficio é uma correspondência oficial destinada a alguma autoridade. Em geral é utilizada para solicitar
ou reivindicar algo. Deve ser redigido de maneira formal e conter argumentos que justifiquem o pedido. Como,
geralmente, é dirigido a autoridades, é necessário observar o tratamento que cada cargo exige.
De acordo com o Manual de redação da Presidência da República (BRASIL, 2002), o ofício deve conter
os seguintes itens:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo:
Brasília, 15 de março de 2013.
c) assunto: resumo do teor do documento
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2015.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser
incluído também o endereço.
e) texto: o expediente deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a
comunicação. Evite o uso das formas: "Tenho a honra de", "Tenho o prazer de", "Cumpre-me informar que",
empregue a forma direta;
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto,
elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens
ou títulos e subtítulos.
f) fecho;
g) assinatura do autor da comunicação; e
h) identificação do signatário.

Para os chefes de Poder usa-se Excelentíssimo Senhor, seguido do respectivo cargo, por exemplo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República. As demais autoridades serão tratadas pelo vocativo Senhor,
seguido do respectivo cargo, como: Senhor Senador; Senhor Juiz; Senhor Ministro, etc.
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência
terá a seguinte forma:
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Ministro da Justiça
70.064 - Brasília/DF

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares, sendo o vocativo adequado:
Senhor (cargo).
O endereçamento a ser colocado no final do texto do ofício para chefes do poder e demais autoridades:

Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal
Presidente do Congresso Nacional
Brasília/DF

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a de saudar o
destinatário. Para autoridades superiores utiliza-se “respeitosamente”; para autoridades de mesma hierarquia ou
inferior utiliza-se “atenciosamente”. As comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que
as expede, abaixo do local de sua assinatura.
A ata é o documento que objetiva registrar os fatos transcorridos em uma reunião. Deve ser iniciada pela
identificação da reunião (a que se refere), data e horário de realização. Segue-se a lista dos presentes e relato
dos fatos discutidos. A assinatura dos presentes à reunião ou pelo menos do presidente e secretário é importante
para validação deste documento.

Referência:
Moura, D.C.A. Sistema de informação na Enfermagem. Apostila de curso. Universidade Federal de Juiz de
Fora. Faculdade de Enfermagem, 2016.

Vous aimerez peut-être aussi