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TRIBUTÁRIO
Prof. Guilherme
Pedrozo e Prof. Max
Möller
1 - TRIBUTO
Lei Específica
Do Ente Competente
1 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 72.
forem oriundos de um ato ilícito, ou até criminoso, como a
corrupção, o tráfico ilícito de entorpecentes etc. A
Mas, importante dizer que os frutos oriundos da atividade ilícita poderão ser
tributados, visto que na forma do artigo 118, I do Códito Tributário Nacional vou
abstrair a validade dos fatos jurídicos praticados pelo contribuinte. Logo para o
direito tributário, aplicamos o princípio da pecunia non olet, ou seja, o dinheiro não
tem cheiro.
Diante disto muito embora não seja tributado o ato de comercializar drogas
ou apontar jogo do bicho, os frutos e/ou rendas auferidas com a realização de tais
atos, será tributada normalmente.
Por fim, vale ressaltar que nenhum tributo será pago, sem lei que o
estabeleça, atendendo ao princípio máximo da legalidade estrita na forma do artigo
150, I da Constituição Federal, bem como o administrador público deverá analisar
objetivamente o que contido na norma (vinculação total) para tributar o
contribuinte, não podendo assim realizar nenhum ato discricionário para à
cobrança do mesmo.
Depois de compreendermos o que é tributo, resta alertar sobre quais são as
espécies de tributo que os entes competentes poderão criar. Assim diante desta
análise, devemos compreender que tributo é um gênero onde apresentam-se 5
(cinco) espécies tributárias: impostos, taxas, contribuições de melhoria,
contribuições especiais e empréstimos compulsórios.
2 – COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
Antes de citar quais tipos de tributos os entes poderão criar, importante dizer
sobre as características da competência tributária.
2 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 106.
a) Indelegável: nenhum ente poderá transferir a sua competência de criar
e/ou majorar tributo para outro ente competente.
Imposto de Exportação
Imposto de Renda
União
Imposto Residual
Contribuições Sociais
Contribuição Previdenciária de
Contribuições Servidor
Especiais
Contribuição de Intervenção no
Empréstimo Domínio Econômico
Compulsório
Contribuição de Categoria
Profissional
Vale dizer que na forma do artigo 155 e 147 da Constituição Federal que o
Distrito Federal terá competência cumulativa dos Estados e dos Municípios.
3ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2014. Página 237.
Residuais A Constituição atribui à Novos impostos
União competência para e novas
criar tributos não contribuições
previstos ordinariamente para a
seguridade
social
Quanto à Fiscais Finalidade arrecadatória IR; IGF; IPVA;
finalidade ICMS; ITCMD;
IPTU; ITBI; ISS;
IEG;
empréstimos
compulsórios
Extrafiscais Finalidade interventiva II; IE; IPI, IOF;
ITR; CIDE
Parafiscais Finalidade de arrecadar Contribuições
para atividades sociais e
específicas corporativas
Quanto à Vinculados Cobrança depende de Taxas e
hipótese de atividade estatal contribuições de
incidência específica relativa ao melhoria
contribuinte
Não Cobrança independe de Impostos
vinculados atividade estatal
específica relativa ao
contribuinte
Quanto ao De Os recursos arrecadados Empréstimos
destino da arrecadação somente podem ser compulsórios;
arrecadação vinculada utilizados em atividades CPMF; custas e
determinadas emolumentos
De Os recursos arrecadados Impostos
arrecadação podem ser utilizados em
não qualquer despesa
vinculada prevista no orçamento
Quanto à Diretos Oneram diretamente a IR; ITR; IPTU
possibilidade de pessoa definida como
repercussão sujeito passivo (não
permitem a repercussão)
Indiretos Oneram pessoa diferente ICMS; ISS; IPI;
daquela definida como IOF
sujeito passivo
(permitem a
repercussão)
Quanto aos Reais Incidem objetivamente IPTU; ITR;
aspectos sobre coisas, ITCMD; IPI
subjetivos e desprezando aspectos
objetivos da subjetivos
hipótese de Pessoais Incidem de forma IR
incidência subjetiva, levando em
consideração aspectos
pessoais do sujeito
passivo
Quanto às bases Sobre o Incidem sobre as II e IE
econômicas comércio operações de importação
tributadas exterior e exportação
Sobre o Incidem sobre a ITR; IPTU; IPVA;
patrimônio e propriedade de bens IGF; IR
a renda móveis ou imóveis e
sobre o produto do
capital, do trabalho ou da
combinação de ambos
Sobre a Incidem sobre a ICMS; ISS; IPI;
produçã o e circulação de bens ou IOF
a circulação
valores e sobre a
produção de bens
3 – LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR - PRINCÍPIOS
Para que o ente público, através dos seus poderes constituídos, exerça a sua
competência tributária será necessário balizar suas atividades nas limitações ao
exercício do poder de tributar dispostos na Constituição Federal. Assim a nossa
Carta Magna acaba pode ser uma espécie de filtro para o exercício da instituição
e/ou majoração de tributos, servindo tais limitações assim precipuamente para a
defesa dos contribuintes de qualquer tipo de cobrança arbitrária.
Imposto
Importação
Resolução Camex
Imposto
Exportação
Poder Executivo -
Alterar Alíquotas
Imposto sobre
Operações
Financeiras
Decreto/Portaria
Imposto sobre
Produtos
Industrializados
Por fim cabe dizer que tal possibilidade encontra-se respaldada em nosso
texto constitucional no seu artigo 153,§1º da Constituição Federal:
4 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 263.
aqui é importante ressaltar: trata-se de mera atualização, recomposição da base,
jamais podendo representar onerosidade ao contribuinte.
Por fim, vale dizer ainda que se para criar ou majorar tributos será necessário
norma legal, para sua extinção ou redução igualmente será necessário lei. Aplica-se
aqui portanto o paralelismo de formas, ou seja, preciso de norma de nível
hierárquico igual ou superior para extinguir ou reduzir os tributos.
Diante do que compreendido pelo inciso supra citado todos terão tratamento
igualitário perante a norma tributária, carecendo somente de um trato desigual
aqueles que se apresentam em uma situação de desigualdade.
Pós análise das exceções dispostas no artigo 150, §1º da Constituição Federal
cabe ainda dizer que conforme Informativo 757 do STF, revogação ou isenção de
benefício fiscal, mesmo que parcial, deverá observar os dois princípios da
anterioridade. Assim, se minha empresa goza de um benefício e este venha ser
revogado, o fisco deverá aguardar as duas anterioridades para exigir o tributo cujo
o qual minha empresa tinha benefício.
Súmula Vinculante 50
Norma legal que altera o prazo de recolhimento de
obrigação tributária não se sujeita ao princípio da
anterioridade.
3.4 – PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
E vale dizer ainda que a Constituição Federal não trás nenhuma mitigação ou
exceção. Entretanto o Código Tributário Nacional nos apresenta 3 exceções a este
princípio:
SÚMULA 70 STF
É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio
coercitivo para cobrança de tributo.
Sobre a presente espécie de imunidade genérica vale ressaltar que elas são
extensivas as autarquias e fundações públicas na forma do artigo 150, §2º da
Constituição Federal, desde que a renda, patrimônio e serviços sejam destinados
e/ou utilizados para o cumprimento da finalidade essencial das referidas entidades
públicas citadas.
Já a lista telefônica gozará desta imunidade? Sim, visto que ela tem caráter
informativo.
Vale ainda ressaltar que inclusive o papel fotográfico destinado (Súmula) a
impressão dos itens acima expostos gozará de imunidade, ao contrário da tinta
destinada a impressão que não terá imunidade.
Dica do Guigui
- Quem goza de imunidade genérica somente terá dispensa de impostos e não dos
demais tipos de tributos, como por exemplo taxas e contribuições de melhoria.
- Quem goza de imunidade terá dispensa apenas de pagar, ou seja, da obrigação
principal e não das obrigações acessórias (de fazer, como por exemplo, tirar nota
fiscal).
5 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 509.
Fundamento Objeto/Pessoa/Operação imunizados Tributos cuja
constitucional incidência é
impedida
Art. 5.º, XXXIV - Obtenção de certidões, exercício do Taxas em geral
direito de petição
Art. 5.º, LXXIII - Ação popular, salvo comprovada má-fé Custas judiciais
(consideradas
taxas pelo STF)
Art. 5.º, LXXVI - Registro civil de nascimento e certidão Emolumentos
de óbito, para os reconhecidamente (considerados
pobres taxas pelo STF)
Art. 5.º, LXXVII - Habeas corpus, habeas data e, na forma Custas judiciais e
da lei, atos necessários ao exercício da emolumentos
cidadania (considerados
taxas pelo STF)
Art. 149, § 2.º, I - Receitas decorrentes de exportação Contribuições
sociais e de
intervenção no
domínio
econômico
Art. 153, § 3.º, - Exportação de produtos industrializados IPI
III
Art. 153, § 4.º, - Pequenas glebas rurais, definidas em lei, ITR
II exploradas por proprietário que não
possua outro imóvel
Art. 153, § 5.º - Ouro definido em lei como ativo Tributos em
c/c ADCT, art. financeiro ou instrumento cambial geral, salvo
74, § 2.º CPMF e IOF
Art. 155, § 2.º, - Exportações de mercadorias e serviços; ICMS
X - Operações que destinem a outros
Estados petróleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica;
- Prestações de serviço de comunicação
nas modalidades de radiodifusão sonora e
de sons e imagens de recepção livre e
gratuita
Art. 155, § 3.º - Operações relativas a energia elétrica, Impostos em
serviços de telecomunicações, derivados geral, exceto II,
de petróleo, combustíveis e minerais do IE e ICMS
País
Art. 156, § 2.º, I - Transmissão de bens ou direitos ITBI
incorporados ao patrimônio de pessoa
jurídica em realização de capital;
- Transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante
do adquirente for a compra e venda
desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercantil
Art. 184, § 5.º - Operações de transferência de imóveis Impostos em
desapropriados para fins de reforma geral
agrária
Art. 195, II - Rendimentos de aposentadoria e pensão Contribuição
concedidas pelo regime geral de previdenciária
previdência social
Art. 195, § 7.º - Entidades beneficentes de assistência Contribuições
social que atendam às exigências para
estabelecidas em lei financiamento da
seguridade social
Art. 226, § 1.º - Celebração do casamento civil Taxas em geral
Art. 85 do - Contas-correntes de depósito CPMF
ADCT especialmente abertas e exclusivamente
utilizadas para operações de:
a) câmaras e prestadoras de serviços de
compensação e de liquidação de que trata
o parágrafo único do art. 2.º da Lei
10.214, de 27 de março de 2001;
b) companhias securitizadoras de que
trata a Lei 9.514, de 20 de novembro de
1997;
c) sociedades anônimas que tenham por
objeto exclusivo a aquisição de créditos
oriundos de operações praticadas no
mercado financeiro;
- Contas-correntes de depósito, relativos
a:
a) operações de compra e venda de ações,
realizadas em recintos ou sistemas de
negociação de bolsas de valores e no
mercado de balcão organizado;
b) contratos referenciados em ações ou
índices de ações, em suas diversas
modalidades, negociados em bolsas de
valores, de mercadorias e de futuros;
- Contas de investidores estrangeiros,
relativos a entradas no País e a remessas
para o exterior de recursos financeiros
empregados, exclusivamente, em
operações e contratos referidos nas letras
“a” e “b” do item anterior.
5 – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Entretanto para que sejam criados estes tributos, seja por meio de lei
ordinária ou complementar, o legislador terá que ater-se a uma série de requisitos
e imposições legais descritos em lei complementar. Portanto, via de regra, normas
gerais de direito tributário somente poderão ser realizadas mediante lei
complementar na forma do artigo 146 da Constituição Federal.
Importante ainda referir que tal temática tem vínculo com o princípio da
legalidade. Portanto, muito embora acima cita-se a possibilidade de criação ou
majoração de tributo mediante lei ordinária, não poderemos esquecer que Medida
Provisória também assim poderá fazer, uma vez obedecidos os requisitos do artigo
62, §2º da Constituição Federal.
6 – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Mas afinal de contas, quem poderá cobrar e quem irá pagar a obrigação
tributária? Serão respectivamente o sujeito ativo e passivo da relação tributária.
6.4 – DA SOLIDARIEDADE
Não basta a ocorrência do fato gerador para que o tributo possa ser
constituído e consequentemente exigido do contribuinte. Para que o mesmo possa
ser cobrado faz-se necessário a que ocorra o lançamento. Logo conclui-se que a
constituição do crédito tributário ocorrerá por meio do ato administrativo de
lançamento.
6 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 1005.
São formas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário na forma do
artigo 151 do CTN:
7 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 1037.
Apenas o depósito integral e em dinheiro irá suspender a exigibilidade do
crédito, bem como ele jamais poderá ser condição para ingresso de recurso
administrativo ou de ajuizamento de ação judicial (com exceção da Consignação em
Pagamento).
Por fim é importante lembrar que a concessão de tais medidas não impedirá
a fazenda pública de efetuar o lançamento.
Por fim finalizando o presente capítulo cai ao lanço informar que ocorrendo
qualquer uma das hipóteses de suspensão, suspenderá apenas a obrigação principal
(de pagar), devendo o contribuinte continuar a efetuar o cumprimento das
obrigações acessórias (de fazer ou não fazer).
8 – DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO
Acaso o pagamento do tributo devido não for feito no prazo legal os efeitos
moratórios serão automáticos na forma do artigo 161 do CTN.
8 ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2014. Página 1067.
Lembre-se que em Tributos Federais (âmbito federal), a correção monetária
e os juros de mora estão reunidos em único índice, a taxa SELIC. Sendo assim,
conforme orientação pacífica do STJ, não posso cumular SELIC com qualquer outro
índice de correção monetária.
Mas atenção nos casos de lançamento por homologação onde não houver
lançamento ou ele for realizado com dolo, fraude ou simulação, o prazo decadencial
passará para a regra geral (art. 173, I, do CTN, ou seja, 1º dia do exercício
subsequente.
Mas cuidado que não será com a notificação que o crédito estará
definitivamente constituído. Mas sim, não havendo pagamento ou impugnação (ou
após o processo administrativo), e ultrapassado o prazo para pagamento do crédito
tributário sem pagamento, é que começará a fluir o prazo prescricional.
Isenção
Logo conforme acima exposto a isenção, via de regra poderá ser revogada à
todo e qualquer tempo, com exceção da isenção onerosa, que é aquela realizada por
condição e tempo na forma do artigo 178 do CTN. Tal isenção onerosa é aquela
realizada na maioria das vezes quando uma empresa deseja instalar-se em
determinado local (condição) e deseja por certo período (tempo) não pagar tributo.
Esta em razão da segurança jurídica não poderá ser revogada à qualquer tempo.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e
em função de determinadas condições, pode ser revogada
ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o
disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 24, de 1975)
Ainda sobre isenções cabe dizer que a sua concessão, em razão de tratar-se
de um benefício para o contribuinte, não observará a anterioridade, bem como na
forma do artigo 177 do CTN, via de regra não se extenderá a taxas e contribuições
de melhoria, salvo previsão expressa em norma.
Por fim cai ao lanço colacionar questão recorrente em prova sobre isenção:
trata-se das isenções de ICMS. Estas somente poderão ser realizadas mediante
convênio e não por meio de lei, na forma do artigo 155, §2º, XII, G, CF combinado
com a Lei Complementar 24/75. Tudo isto à fim de evitar guerra fiscal entre os entes
federativos.
Anistia
Tal anistia poderia ser realizada inclusive sobre determinado território e/ou
região, sendo possível portanto a delimitação da extensão do referido instituto.
E, por fim, o referido instituto político poderá ser concedido em caráter geral
e individual obedecendo os mesmos critério da isenção.
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral,
é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade
administrativa, em requerimento com a qual o interessado
faça prova do preenchimento das condições e do
cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua
concessão.
Via de regra, todo tributo será satisfeito pela pessoa que realize o fato
gerador, ou seja, aquele que tem vínculo direto com a realização da hipótese descrita
em norma legal. Entretanto o artigo 121 do CTN afirma que serão igualmente sujeito
passivo da relação tributária, além do contribuinte, o responsável.
Mas afinal de contas quem é o responsável? É aquele que não tem vínculo
direto com à realização (fato) da hipótese prevista na norma, entretanto a lei lhe
atribuí responsabilidade para satisfazer o crédito tributário.
Como a presente obra não tem o condão de exaurir qualquer matéria exposta,
vamos trabalhar especificamente à responsabilidade por transferência (sucessão e
terceiros), que está disciplinada entre os artigos 130 até 135 do CTN.
Por fim, ainda sobre o referido artigo, cabe dizer que a mesma hipótese de
responsabilidade será do adquirente de bem móvel, na forma do artigo 131, I, do
CTN. Outrossim decidiu o STJ que as possibilidades de não pagamento dos débitos
para o presente caso pelo adquirente, aplicam-se as mesmas regras expostas para o
artigo 130 do CTN.
b. Inciso II e III:
a. Responsável é o Espólio.
Mas tenha cuidado visto que na própria lei 8.009/90 (art. 3º) temos uma
exceção a impenhorabilidade por dívida fiscal, visto que quando o crédito tributário
for oriundo do bem imóvel ele poderá ser penhorado para pagamento destes débitos
(exemplo, IPTU, Taxa, Cont. de Melhoria).
Reza o artigo acima que será presumida fraude toda vez que ocorrer
alienação (venda) de bens com a finalidade de não pagar tributo. O lapso temporal
para definição da referida fraude é a inscrição em dívida ativa. Ainda afirma o
parágrafo único do referido artigo que apenas não será considerado fraude se o
devedor conservar bens suficientes para à satisfação do crédito tributário.
Sobre o artigo ainda é importante lecionar que não aplicamos para efeitos de
Execução Fiscal a Súmula 375 do STJ, visto que aqui trata-se de norma especial.
Taxa
Competência Comum
Tributo Vinculado
Por fim vale ressaltar que as custas judiciais são espécies de taxa, podendo
assim ser criadas somente mediante lei ordinária do ente competente. Ademais
sofrem limitações e deverão observar todos os demais princípios e limitações
impostas ao poder de tributar.
13 – DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
Mas tenha cuidado: uma nova Contribuição Social Residual, ou seja, que não
existe ainda, somente poderá ser criada pela mesma União, mediante Lei
Complementar na forma do artigo 195, §4º da Constituição Federal. Vale ressaltar
ainda que tal contribuição residual obedecerá os requisitos do artigo 154, I, da
Constituição Federal, ou seja: não poderá ser cumulativa e deverá de fato
gerador/base de cálculo diversa das demais contribuições.
Portanto fique atento: Contribuição Social Residual jamais poderá ser criada
por Medida Provisória na forma do artigo 62, §1º, III, da Constituição Federal.
Assim, mais precisamente sobre o item B, cai ao lanço afirmar que diferente
dos impostos que irão para um caixa geral, as contribuições (todas) terão finalidade
e destino especial para determinado órgão.
14 – DOS EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Por fim é importante ressaltar sobre a presente espécie tributária que trata-
se de tributo vinculado, ou seja, a arrecadação deverá ir diretamente para o caixa
que gerou sua criação, bem como será temporário e restituível. Tal restituição,
conforme STF, deverá ser em dinheiro observando a regra do artigo 3º do CTN e não
em títulos de dívida pública.
15 – DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
IMPOSTOS FEDERAIS
ITR
COMPETÊNCIA
• Unia o;
• Decreto 4.382/2002.
SUJEITO PASSIVO:
• Proprieta rio;
FATO GERADOR
• Propriedade;
propriedade.
ELEMENTO TEMPORAL
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
• Sera o proporcionais;
• Sera o progressivas;
LEGITIMIDADE PROCESSUAL
• Municí pio que exerce capacidade ativa tributa ria devera compor polo no
processo.
• Se na o existir sede = municí pio que fica maior parte do imo vel.
IOF
COMPETÊNCIA
• Unia o;
• Bancos;
• Caixas econo micas;
• Corretoras;
• Lojas de ca mbio;
SUJEITO PASSIVO
FATO GERADOR
QUESTÕES DE PROVA
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
COMPETÊNCIA
• Unia o;
SUJEITO PASSIVO
FATO GERADOR
• Momento da apresentaça o;
para impressa o.
CUIDADO!
Circuito da fo rmula 1;
SALVO:
BASE DE CÁLCULO
• Quantidade de mercadorias;
ALÍQUOTAS
• ESPECI FICA
• AD VALOREM
• Drawback;
Imposto de Exportação
COMPETÊNCIA
• Unia o;
SUJEITO PASSIVO
O exportador: qualquer pessoa que promova a saí da de produtos nacionais
FATO GERADOR
CUIDADO: A guia podera ser exigida pela Receita Federal antes mesmo da saí da do
produto.
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
• REGRAS DE DESONERAÇÃO
COMPETÊNCIA
• Unia o;
SUJEITO PASSIVO:
• Importador;
• Industrial;
FATO GERADOR:
• Importaça o;
• Aquisiça o em leila o;
CUIDADO: O STJ entende que na o incide IPI de veí culo importado para uso pro prio.
CONCEITO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
BASE DE CÁLCULO
+ encargos cambiais.
+ tarifas aduaneiras.
• Preço da arremataça o.
ALÍQUOTAS
• Proporcional;
• Sera conforme grandeza econo mica tributada;
Imposto de Renda
COMPETÊNCIA
• Unia o;
SUJEITO PASSIVO
Empregado = contribuinte.
FATO GERADOR
• Arbitrado (na o epossí vel apurar lucro real, em raza o da omissa o).
acesso ria.
ALÍQUOTAS
QUESTÕES DE PROVA
• Su mula 125, STJ – Na o incide IR sobre renda auferida por fe rias na o gozadas.
• Su mula 215, STJ – Na o incide sobre indenizaça o – programa de demissa o
volunta ria.
• Su mula 447, STJ – Entes que fazem retença o sera o partes nas aço es.
IPTU
COMPETÊNCIA
• Artigos156, I, da CF;
CUIDADO: Em caso de IPTU de hipote tico territo rio, a compete ncia sera da Unia o.
CUIDADO:
Impugnar lançamento;
FATO GERADOR
• Propriedade;
urbana.
CUIDADO: Imo vel situado em zona urbana, mas que explore atividade de zona rural,
como plantaça o, criaça o de galinha, sera cobrado ITR, com fundamento no artigo 15,
dl 57/66.
• Temporal: anual.
ALÍQUOTAS DO IPTU
• Sera progressiva;
ISSQN
COMPETÊNCIA
FATO GERADOR
• Ea prestaça o do serviço;
• Pela empresa ou profissional auto nomo;
• Com ou sem estabelecimento fixo;
• De serviços constantes na lista anexa da LC 16/03.
BASE DE CÁLCULO
• Preço bruto do serviço.
Serviços gratuitos na o podera o ser cobrados.
• Atença o: eventuais descontos devera o ser computados.
Juros, multas e indenizaça o = na o entram para ca lculo.
ALÍQUOTAS
• Sera fixa (profissional liberal) ou proporcional (serviço);
• A depender do sujeito passivo;
Alí quota mí nima = 2% - artigo 88 da ADCT;
Alí quota ma xima = 5% - artigo 8º da LC 16/03.
ATENÇÃO:
• Einconstitucional a cobrança de ISSQN sobre locaça o de bens mo veis.
Súmula vinculante nº 31 do STF.
Exceto os de garantia.
COMPETÊNCIA
SUJEITO PASSIVO
• Podera ser:
Transmitente;
ELEMENTO ESPACIAL
ELEMENTO TEMPORAL
FATO GERADOR
Anticrese: entrega de bem imo vel para outro usar ate quitar.
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
pessoa jurí dica para realizaça o de capital, nem sobre operaço es societa rias, salvo
RECEBIDOS
• Em raza o de sucessa o causa mortis.
• Em raza o de doaça o.
ATENÇÃO: No inventa rio por morte presumida, que voce na o sabe o fato gerador,
COMPETÊNCIA
BASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTAS
IPVA
COMPETÊNCIA
• Estados e DF.
• Paga-se anualmente.
SUJEITO PASSIVO
• Proprieta rio;
• Adquirente;
BASE DE CÁLCULO
Valor venal dos veí culos;
para mí nima.
ICMS
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:
Comunicaça o.
COMPETÊNCIA
• Estados e DF;
SUJEITO PASSIVO
• Serviços de comunicaça o.
CONCEITO DE CIRCULAÇÃO
CONCEITO DE MERCADORIA
Sobre mercadorias que sejam para consumo pro prio empresa rio.
• Empresa do setor fumageiro decide vender seus carros para adquirir novos
ALÍQUOTA DO ICMS
A depender do produto.
• Teremos Interestaduais (Resoluça o 22 do Senado Federal).
ALÍQUOTA INTERESTADUAL
• A partir de 1990:
ALÍQUOTA INTERESTADUAL
Sudeste pagara 12% de ICMS. Ja se vender para o Norte, Nordeste, Centro Oeste ou
MAS ATENÇÃO: Se a empresa estiver situada em Natal – RN, sempre pagara 12% de
ICMS, eis que estara na regia o Norte, Nordeste, Centro Oeste, ES. Assim, na o
A empresa Nini macha o, situada em POA-RS, acaba por vender bolachas para
NATAL – RN. Nesse caso, a empresa Nini macha o pagara 7% para o Estado do
RS, conforme o art. 155, §2º, IV, CF. Pore m, quando a bolacha chegar em Natal
Logo, para calcular, epreciso saber a alí quota interna - cada Estado tera a sua.
Vamos imaginar que em Natal – RN a alí quota interna seja de 17%. O DIFAL,
• DEPENDE!
ICMS, sera ela que tera que recolher (art. 155, §2º, VIII, a, da CF).
Agora, se o destinata rio, em Natal – RN, for algue m que na o seja contribuinte
devera o recolher:
Tanto as alí quotas do envio.
• Voce , pessoa fí sica, resolve importar roupas dos EUA. Voce estara diante do
pagamento de ICMS?