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Fisiopatologia:
A primeiro fenômeno que ocorre é a hemorragia decidual, que inicia o descolamento.
Como conseqüência ocorre hematoma retro placentário, que tende a invadir a placenta,
aumentando assim a área de descolamento, provocando maior extravasamento de
sangue e de volume de coágulo, fechando assim um circulo vicioso que caracteriza a
progressão e irreversibilidade. Quando há mais de 50% da placenta descolada é
inevitável a morte fetal.
Em 20% dos casos ocorre hemorragia oculta, ficando restrito ao espaço retroplacentário,
não havendo extravasamento. Mas na maioria dos casos, o sangue disseca o espaço
entre as membranas e decídua e se exterioriza como hemorragia transvaginal, com
sangue de coloração escura devido a ação enzimática durante o percurso.
Pode haver rotura das membranas com passagem de sangue pra cavidade amniótica, o
que constitui hemoamnio, apresentando coloração vermelho-acastanhada.
No DPP, em especial aqueles com hemorragia oculta, existe algum grau de discrasia
sanguinea clinicamente evidente. A medida da altura do fundo uterino pode contribuir
para o diagnostico uma vez que o seu aumento progressivo, em pequeno intervalo de
tempo, pode ser decorrente da formacao do coagulo retroplacentario.
O início da discrasia sanguinea é caracterizado pela hemorragia decidual e formação de
coagulo retroplacentário. Para a formação de tal coagulo, há consumo de fatores de
coagulação. Como o espaço intervilositário é banhado diretamente pelo sangue materno,
o fator tecidual liberado na decídua basal poderá passar para a circulação materna,
estimulando a liberação de toda a cascata de coagulação no interior dos capilares
maternos. Esta síndrome é conhecida como Coagulação Intravascular Disseminada
(CID), podendo levar a conseqüências graves ou letais.
Tanto o coagulo retroplacentário quanto o CID consomem fatores de coagulação. Esses
fatores, que na gravidez normal encontram se aumentados, na DP grave está
significativamente reduzida, ocorrendo em geral, redução no numero de plaquetas
(trombocitopenia). Alem disso, a exacerbação inicial da CID irá ativar o sistema
fibrinolítico. Como conseqüência, verifica-se aumento da hemorragia
ULTRA-SONOGRAFIA
A ultra-sonografia e mais util para identificar a localizagao placentaria e possibilitar o
diagnostico diferencial com a IBP do que para confirmar o DPP uma vez que o coagulo
retro placentario e evidenciado em apenas 1/4 dos casos.
EXAMES LABORATORIAIS:
erase sangiiinea como exame complementar para o diagnostico do descolamento da
placenta (contagem de plaquetas, tempo de protrombina, tempo parcial de
tromboplastina e dosagem do fibrinogenio).
O aumento da concentragao serica do dimero D, medido pelo metodo enzimático
(ELISA) pode ser empregado como marcador da fibrinolise.
Nos casos em que o feto ainda esta vivo devemos assumir que existe sofrimento fetal
ou, pelo menos, risco importante de sofrimento fetal. Desta forma, excetuando-se os
casos muito leves e de diagnostico duvidoso, parece-nos superflua a investigação do
bem estar fetal, com meios como CTG ou dopplerfluxometria, que nestes casos parecem
ter interesse apenas academico. Estabelecido o diagnostico de DPP, entendemos que se
deve ter como certo, o comprometimento do bem estar fetal.