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A palavra “Prescrição”, no sentido comum pode ser definida como “Ato ou efeito de
prescrever, de estabelecer claramente algo”, enquanto que no sentido jurídico, significa
a perda de um direito em face de seu não exercício dentro de um certo prazo de tempo.
Prescrição penal como um tipo específico pode ser descrita como “A perda da
pretensão punitiva do Estado pelo decurso do tempo sem o seu exercício”
Além disso, existe uma teoria eclética que diz que a prescrição possui caracteres
materiais e processuais. Onde a prescrição, por um lado, representa a perda do interesse
na perseguição e no castigo, porque, com o decurso do tempo, desaparecem as razões
que justifiquem a pena. E por outro lado, a prescrição impede o desenrolar do processo.
Fundamentos
Reconhecimento da prescrição
a) Se a condenação tiver transitado em julgado para a acusação, o
tribunal, antes de examinar o mérito do recurso da defesa, declara extinta a
punibilidade pela prescrição.
b) se a acusação tiver recorrido, o tribunal julga em primeiro lugar o seu recurso.
Se lhe negar provimento, antes de examinar o mérito do recurso da defesa,
reconhece a prescrição
Imprescritibilidade
Nos termos do Art 61 CPP, a prescrição pode ser declarada a qualquer momento do
processo mediante requerimento ou de ofício.
Obs: Com a prolação da sentença condenatória, o juiz que condenou não poderá
declarar a prescrição, uma vez que estará esgotada a sua competência.
O reconhecimento da prescrição impede o exame do mérito, uma vez que seus efeitos
são tão amplos quanto os de uma sentença absolutória.
A prescrição retroativa (art. 110, §§ 1º e 2º, CP) também concerne à pretensão punitiva
e se baseia na pena concretizada na sentença e no trânsito em julgado para a acusação,
mas seu prazo é contado para trás (ex-tunc), levando em conta as causas interruptivas do
artigo 117, do Código Penal.
Consoante com oque dispõe o Art 111 do CP, a prescrição da pretensão punitiva
começa a correr:
Ocorre quando o Estado perde o seu poder-dever de executar uma sanção penal já
definitivamente imposta pelo Poder Judiciário em razão de não ter agido nos prazos
previstos em lei.
São aquelas que sustam o prazo prescricional fazendo com que recomece a correr
apenas pelo que restar, aproveitando o tempo anteriormente decorrido, Ou seja, volta a
correr pelo tempo que faltar.
Obs: As causas suspensivas possuem o rol taxativo. É necessário frisar que o incidente
de insanidade mental previsto no Art 149 do CPP não é causa suspensiva da prescrição.