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AFINAÇÃO
Uma das principais preocupações do maestro é a afinação de seu grupo musical. Então
como fazer nosso grupo musical se apresentar afinado durante todo o processo
musical?
Depois de tocar alguns exercícios, ai sim ele pega seu afinador e ajusta a
afinação que será utilizada no ensaio ou no concerto.
2. Quando se trata de ensaio, cabe ao instrumento responsável pela afinação
promover a afinação por naipes até chegar ao conjunto como um todo.
Também cabe ao maestro controlar a afinação do conjunto e solicitar que o
instrumento ou o naipe em questão faça novamente a afinação. O maestro não
deve ser condescendente com a desafinação, cobrando sempre que precisar o
ajuste. Alguns instrumentos possuem outros dedilhados que poderão ajustar às
necessidades musicais em questão. Não há apenas uma maneira de tocar
determinada nota, ai estão na exceção os teclados que quando utilizados
deverão ser a referência base da afinação, já que estes não podem ser
alterados tão facilmente;
3. Mas quando se trata de uma apresentação pública eu sempre sugiro que seja
feita a afinação dos naipes no “bastidor”, deixando a conferencia da afinação
apenas para o palco e um pouco antes do regente entrar em ação. Não
precisamos martirizar o público com uma afinação interminável de naipe por
naipe. A afinação do palco, deve ser apenas um ajuste protocolar liderado pelo
Spalla com o intuito de conferir se a afinação do instrumento realizado no
“bastidor” se manteve.
Outro problema é manter a afinação do grupo musical por toda a apresentação e isso
fica a cargo de cada músico, ajustando-se constantemente. Quando não for mais
possível fazer esses micros ajustes, utiliza-se o espaço entre uma música e outra, ou
entre movimentos de uma mesma música para refazer a afinação. Preferível fazer isso
que continuar tocando totalmente desafinado, assim, o Spalla ou o chefe de naipe,
solicita ao maestro um pouco de tempo para refazer a afinação do conjunto
instrumental.
Tocar de maneira individual e sozinho na sua casa é uma coisa, mas tocar dentro de
um grupo instrumental é outra situação, torna-se um processo muito mais complexo,
que requer destreza na percepção e afinidade, no mínimo musical com seu colega do
lado, da frente, de traz, ou seja, com os demais músicos do grupo. Quando um músico
senta à frente a sua estante, além de tocar sua parte e ter ajustado seu instrumento à
Técnicas de Regência – Emanuel Martinez
Alguns instrumentos podem até disponibilizar diversas posições oferecendo para uma
mesma nota, alturas levemente mais agudas ou mais graves, assim como influenciar
no timbre, adequando seu instrumento ao grupo como um todo. Para isso o músico
deverá não só prestar atenção ao que ele está tocando, mas também ao que está
sendo tocado pelos demais músicos, observando cada frase, cada nota, ou seja,
ajustando seu instrumento permanentemente.
A afinação também pode depender de outros fatores externos aos musicais. Abaixo
apresento alguns exemplos, entre muitas possibilidades, que podem influenciar na
emissão sonora, como segue:
Além dos fatores já mencionados para os quais cada instrumentista ou cantor devem
prestar atenção, cabe ao maestro, já que ele está numa posição privilegiada e com a
concepção sonora da obra, exigir que cada músico ajuste a afinação ao que se está
realizando naquele momento. O maestro tem autoridade para solicitar ajustes na
afinação de determinada nora, por exemplo. O músico achará a forma de corrigir isso.