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Técnicas de Regência – Emanuel Martinez

AFINAÇÃO

Uma das principais preocupações do maestro é a afinação de seu grupo musical. Então
como fazer nosso grupo musical se apresentar afinado durante todo o processo
musical?

A formação musical de um músico passa obrigatoriamente pela música de câmara. É


neste momento que se aprende a ouvir os colegas, adaptar a afinação e o timbre,
ajustando-se constantemente ao meio.

Há vários meios de afinação disponíveis e cabe aos músicos utilizar o melhor.

1. O procedimento mais importante é o músico desenvolver a sua capacidade de


discernimento e ouvir com atenção o próprio som e ajustar o seu instrumento
ao contexto daquele momento;
2. Antes de iniciar o processo musical, obrigatoriamente o instrumentista precisa
ajustar o seu instrumento a uma determinada afinação pré estabelecida e para
isso utiliza-se algum dispositivo que auxilie no ajuste, como o diapasão, seja ele
de garfo ou de sopro, ou até aos afinadores eletrônicos, aparelhos estes de alta
precisão.
3. Ao participar de um grupo instrumental, a afinação individual não é todo o
processo, como disse acima, o músico precisa se ajustar a cada instante às
variações da afinação, assim o músico além de ler a partitura, interpretar o seu
conteúdo, aplicar a técnica na execução, observar o maestro, ainda precisa
ouvir seus colegas e se adaptar constantemente à sonoridade do grupo, se
preocupando não só com a melhor afinação, mas também com o timbre de seu
instrumentos, porque o timbre também contribuirá para a sensação de
afinação do conjunto. Os ensaios são o melhor momento de testar diferentes
posições de dedilhado que poderão propiciar a melhor afinação do
instrumento.

Já para os concertos – apresentações públicas, eu sugiro um procedimento muito


importante que poderá facilitar a afinação do conjunto:

1. O instrumentista nunca deverá chegar em cima da hora tanto para o ensaio


quanto para a apresentação. O motivo é simples, o instrumento e o músico
precisam de aquecimento, assim se o instrumentista chegar na hora “H” ele
não terá tempo para aquecer sua musculatura e nem aquecer seu instrumento.
Todos nós sabemos que um instrumento musical precisa estar em uma
temperatura adequada para manter a afinação. Assim quando o músico chega
com tempo, o primeiro processo após viabilizar seu instrumento para ser
tocado, ele começa afinando o instrumento. Tem alguns profissionais que
ajustam a afinação apenas num primeiro instante, como é o caso dos
instrumentos de corda de arco, sem se preocupar com a afinação definitiva.
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Depois de tocar alguns exercícios, ai sim ele pega seu afinador e ajusta a
afinação que será utilizada no ensaio ou no concerto.
2. Quando se trata de ensaio, cabe ao instrumento responsável pela afinação
promover a afinação por naipes até chegar ao conjunto como um todo.
Também cabe ao maestro controlar a afinação do conjunto e solicitar que o
instrumento ou o naipe em questão faça novamente a afinação. O maestro não
deve ser condescendente com a desafinação, cobrando sempre que precisar o
ajuste. Alguns instrumentos possuem outros dedilhados que poderão ajustar às
necessidades musicais em questão. Não há apenas uma maneira de tocar
determinada nota, ai estão na exceção os teclados que quando utilizados
deverão ser a referência base da afinação, já que estes não podem ser
alterados tão facilmente;
3. Mas quando se trata de uma apresentação pública eu sempre sugiro que seja
feita a afinação dos naipes no “bastidor”, deixando a conferencia da afinação
apenas para o palco e um pouco antes do regente entrar em ação. Não
precisamos martirizar o público com uma afinação interminável de naipe por
naipe. A afinação do palco, deve ser apenas um ajuste protocolar liderado pelo
Spalla com o intuito de conferir se a afinação do instrumento realizado no
“bastidor” se manteve.

Por que apenas um ajuste? Simples: no “bastidor” há uma série de interferências,


como por exemplo, diversos instrumentos tocando ao mesmo tempo para aquecer, e a
temperatura do bastidor pode ser bem diferente do palco, assim quando o músico
chega no palco este, sobre o comando de um único instrumento, deverá apenas fazer
um pequeno ajuste se necessário for. Alguns grupos, resolvem fazer a afinação
completa no palco. Acho desnecessário esse procedimento desde que se faça essa
afinação antes da entrada no palco, poupando o público desse processo.

Outro problema é manter a afinação do grupo musical por toda a apresentação e isso
fica a cargo de cada músico, ajustando-se constantemente. Quando não for mais
possível fazer esses micros ajustes, utiliza-se o espaço entre uma música e outra, ou
entre movimentos de uma mesma música para refazer a afinação. Preferível fazer isso
que continuar tocando totalmente desafinado, assim, o Spalla ou o chefe de naipe,
solicita ao maestro um pouco de tempo para refazer a afinação do conjunto
instrumental.

Tocar de maneira individual e sozinho na sua casa é uma coisa, mas tocar dentro de
um grupo instrumental é outra situação, torna-se um processo muito mais complexo,
que requer destreza na percepção e afinidade, no mínimo musical com seu colega do
lado, da frente, de traz, ou seja, com os demais músicos do grupo. Quando um músico
senta à frente a sua estante, além de tocar sua parte e ter ajustado seu instrumento à
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afinação padrão utilizada pelo conjunto, deve ajustar seu instrumento


permanentemente, o tempo todo, a cada momento dentro da execução da obra.

Alguns instrumentos podem até disponibilizar diversas posições oferecendo para uma
mesma nota, alturas levemente mais agudas ou mais graves, assim como influenciar
no timbre, adequando seu instrumento ao grupo como um todo. Para isso o músico
deverá não só prestar atenção ao que ele está tocando, mas também ao que está
sendo tocado pelos demais músicos, observando cada frase, cada nota, ou seja,
ajustando seu instrumento permanentemente.

A afinação também pode depender de outros fatores externos aos musicais. Abaixo
apresento alguns exemplos, entre muitas possibilidades, que podem influenciar na
emissão sonora, como segue:

 A regulagem dos ajustes de chaves e tubos do instrumento de sopro,


 A pressão da coluna de ar no instrumento e/ou na embocadura,
 O tipo de palheta ou bocal utilizado no instrumento de sopro,
 A tensão das cordas, por exemplo, quando são trocadas por cordas novas,
 A qualidade das cordas,
 A região sonora, o registro do instrumento (aguda, média ou grave),
 A dinâmica,
 A temperatura e o grau de umidade do ambiente,
 A acústica do local,

Às vezes o problema de afinação é mais uma questão de diferenciação timbrística


provocada pela combinação de diversos instrumentos e/ou de vozes que pode
oferecer no mínimo uma sensação sonora complexa, como por exemplo: a
combinação de uma Flauta Piccolo com um Violino, ou também a combinação de um
Oboé com um Clarinete, ou a combinação de instrumentos de sopro de madeira entre
si ou com os instrumentos de cordas, ou a combinação de instrumentos com vozes, e
por ai vai.

Além dos fatores já mencionados para os quais cada instrumentista ou cantor devem
prestar atenção, cabe ao maestro, já que ele está numa posição privilegiada e com a
concepção sonora da obra, exigir que cada músico ajuste a afinação ao que se está
realizando naquele momento. O maestro tem autoridade para solicitar ajustes na
afinação de determinada nora, por exemplo. O músico achará a forma de corrigir isso.

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