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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS VERTEBRADOS

Os fósseis mais antigos de vertebrados datam do Meso-Ordoviciano, estando


representados por restos de peixes primitivos. O conhecimento acerca da origem
dos vertebrados é bastante fragmentado, e se baseia em evidências indiretas. Uma
das mais interessantes dessas evidências é a presença de alguns animais marinhos
atuais de corpo mole, que parecem relacionar-se aos ancestrais dos vertebrados.
Estes animais possuem quatro características distintivas que juntas, separam os
cordados de todos os demais filos: tubo nervoso dorsal, bolsas faríngeas, cauda
pós-anal e uma estrutura semelhante à coluna vertebral, denominada notocorda ou
notocórdio, encontrada no embrião de alguns vertebrados. Mais tarde, esta é
substituído pelas vértebras ósseas verdadeiras, nos cordados. A notocorda é um
bastão cartilaginoso inteiriço, não segmentado, semi-rígido de células envolvidas por
uma bainha fibrosa, que se estende, em muitos casos, por todo o comprimento do
corpo entre o sistema nervoso central e o tubo digestivo. É um eixo onde os
músculos se prendem e, devido poder dobrar-se sem encurtar-se, permite
movimentos ondulatórios do corpo. Sua principal função é dar rigidez ao corpo, ou
seja, atuar como um esqueleto axial.
Os animais com notocórdio são praticamente ausentes no registro fossilífero, apesar
de haver três tipos diferentes nos mares modernos. Esses animais são
denominados de Protocordados ou Cordados Invertebrados, considerados grupo-
irmão do agrupamento hemicordado-equinoderma, compartilham características de
muitos invertebrados, principalmente no tocante ao plano estrutural tais como
simetria bilateral, eixo ântero-posterior, celoma, organização de um tubo dentro de
outro tubo, metamerismo e cefalização.
Os dois grupos de protocordados são:

Sub Phyllum UROCHORDATA (= TUNICATA) (notocorda na cauda)


As ascídias são os principais representantes deste subfilo. São importantes
membros da comunidade bentônica marinha. Podem ser encontradas desde as
regiões polares até as regiões tropicais, desde as regiões litorâneas até as grandes
profundidades, com maior densidade populacional nas áreas costeiras.
Na fase jovem possuem o aspecto de um girino microscópico e nadam livremente.
Ao final desta fase, a larva fixa-se em um substrato, tornando-se séssil e sofrendo
grande metamorfose. O tubo neural degenera, a cauda e o notocórdio desaparecem
e a ascídia adulta fica com uma forma totalmente diferente da larva.
Na fase adulta apresentam um tegumento espesso, semelhante a uma túnica, que
dá sustentação ao organismo, resultando daí a denominação de tunicados também
dada a este subfilo. São animais solitários ou coloniais, fixos a um substrato, que
alimentam-se por filtragem da água do mar. Não possuem notocórdio, a não ser no
estado larval, onde localiza-se na sua porção posterior.

No Brasil foram registradas espículas de ascídeas em amostras de testemunhos


provenientes da base da Formação Pirabas, Bacia Pará- Maranhão. Ocorrem em
rochas datadas do Burdigaliano, e foram atribuídas aos gêneros Micrascidites e
Bonnetia (Shimabukuro & Ferreira, 1996).
Sub Phyllum CEPHALOCHORDATA
São animais de corpo alongado, comprimido lateralmente e quase transparente,
com tamanho variando entre 7 e 10cm. Vivem parcialmente enterrados sugando a
matéria orgânica do substrato, em fundos arenosos não consolidados de águas
costeiras dos mares tropicais e temperados de todo o mundo. Além do notocórdio,
que persiste até a fase adulta e ocupa toda a região dorsal do organismo,
apresentam fendas branquiais bem desenvolvidas, posteriores à boca.
Três fósseis são atribuídos aos cefalocordados: Pikaia gracilens (corpo lateralmente
comprimido, em forma de fita, medindo cerca de 5cm de comprimento com um par
de antenas na parte anterior do corpo) ,encontrado no Folhelho Burgess,
Mesocambriano do Canadá; Yunnanozoon, um pouco mais antigo, descrito do
Eocambriano da China e um terceiro, Paleobhanchiostoma, do Eopermiano da
África do Sul.

ANCESTRAL DOS VERTEBRADOS


Há muito tempo os cientistas procuram entender como se deu a transição entre os
diversos subfilos de cordados. Algumas hipóteses tem sido levantadas para explicar
esta transição, já que faltam no registro geológico fósseis que possam indicar como
ela ocorreu.
O ancestral hipotético dos vertebrados tem sido idealizado como sendo u animal de
pequeno porte, com corpo fusiforme, flácido e as extremidades definidas em cabeça
e cauda. Não teria mandíbula e nem nadadeiras pares. Na parte anterior do cordão
dorsal apresentaria um cérebro rudimentar, associado a estruturas eletrossensoras,
com órgãos sensoriais pares, para olfato, visão e equilíbrio. Os sistemas circulatório,
digestivo e excretor também refletiriam a condição primitiva do grupo.
Uma das teorias, tenta explicar a origem dos vertebrado através do fenômeno da
pedomorfose- quando um organismo torna-se reprodutivamente maduro, mas
ainda retém caracteres larvais. Acredita-se que por este fenômeno algumas larvas
de urocordados transformaram-se em um “peixe” primitivo, sem ossos (Long, 1995).
Para o estabelecimento das relações filogenéticas dos cordados tem sido levados
em conta aspectos da embriologia, fisiologia e anatomia dos vários subfilos. O
formato do corpo, a circulação do sangue e o mecanismo de filtração da água para
obtenção de alimento são alguns destes aspectos.
A anatomia e o circuito geral do sangue (embora sem coração, possuem vasos
sangüíneos definitivos, chegando inclusive a formar uma aorta dorsal, que envia
sangue para o corpo e intestino) dos cefalocordados são muito semelhantes aos
dos craniados.
Um outro aspecto importante que aproxima os hemicordados e equinodermas dos
cordados é o desenvolvimento embrionário do tipo deuterostômio. Quando o
blastóporo (cavidade da fase blástula do embrião) origina primeiro o ânus e depois a
boca. Em todos os outros filos ocorre o contrário.
O esqueleto interno dos vertebrados funciona no sentido de fortalecer o sistema de
suporte. Por não ser exposto e não precisar cobrir o corpo do animal por completo,
pode ser relativamente leve e flexível. O esqueleto interno, junto ao sistema nervoso
e musculatura, permitiu o desenvolvimento dos enormes vertebrados de grande
mobilidade, sem paralelo no mundo dos invertebrados.

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