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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO SUL – CAMPUS SERTÃO


CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

INFLUENCIA ALELOPATICA NA GERMINAÇÃO EM DIFERENTES


FORRAGEIRAS DE INVERNO

Autor: Mateus Costa Brunetto

Orientador: Maria Tereza Bolzon Soster

SERTÃO, RS
2017
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INTRODUÇÃO
A crotalária é originária da Índia e da Ásia tropical, pertence à família
Leguminosae e subfamília Papilionoideae, é subarbustiva, podendo atingir três metros de
altura e apresenta algumas características como relativa tolerância à seca, alta capacidade
de fixação de nitrogênio, taxa de decomposição mais lenta que outras leguminosas,
eficiência na absorção e acúmulo de nutrientes, principalmente magnésio e alta
velocidade de crescimento resultando em rápida cobertura do solo. Esses são fatores que
favoreceram esta espécie a difundir-se no país como planta condicionadora de solo
(Carvalho & Amabile, 2006).
As pastagens são as principais fontes de nutrientes na nutrição de ruminantes.
Além da proteína e energia, as forragens provêm a fibra necessária nas rações para
promover a mastigação, ruminação e saúde do rúmen. Na formulação de dietas para
bovinos, a qualidade e a quantidade de forragens é o primeiro fator a ser analisado no
atendimento das exigências nutricionais e de fibra (Teixeira e Andrade, 2001).
A aveia preta (Avena strigosa) é uma gramínea resistente a solos deficientes de
nutrientes e a baixas temperaturas, que vem sendo utilizada consorciada para cobertura
do solo ou como forragem, constituindo-se em uma das principais fontes de proteínas
para o gado no período de entressafra (VILELA, 2007). O período médio para a obtenção
da percentagem de germinação da aveia preta varia de cinco a 10 dias (MAPA, 1992).
O centeio (Secale cereale L.) destaca-se pelo crescimento inicial vigoroso, pela
rusticidade e pela resistência ao frio, à seca e à acidez do solo (BAIER, 1994).
A ervilhaca (Vicia sativa L.) é uma leguminosa anual do mediterrâneo da Ásia
Ocidental. É uma planta herbácea, com vagens castanhas contendo sementes pequenas; a
ervilhaca fornece uma boa cobertura do solo e excelente forrageira, em razão do seu alto
valor nutritivo. É uma forrageira de excelente qualidade, uma das leguminosas mais
cultivadas no Estado do Rio Grande do Sul, como forrageira hibernal e a ela deve-se a
melhor nutrição das vacas leiteiras na zona produtora de lacticínios (ARAÚJO, 1978).
Triticale (Triticosecale) é um grão produzido com o fruto de cruzamento do trigo
e o centeio. Este é usado, principalmente, na alimentação animal (suínos, aves e
ruminantes), em todas as suas formas: grãos, forragem, silagem, feno e palha. O uso do
cereal como pastagem pode ocorrer isolado ou em consórcio com outras forragens
(gramíneas ou leguminosas) para melhoria da palatabilidade e qualidade nutricional,
fornecendo forragem nos meses de junho e julho, época de baixa disponibilidade de
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alternativas forrageiras na região sul do país. No caso de silagem, sua qualidade


nutricional é função da matéria prima utilizada.
Segundo (Lima et al. 2001), silagem de planta inteira, em início de maturação,
tem rendimento elevado de energia e de proteína bruta, porém é de baixa digestibilidade;
silagem de planta jovem tem rendimento menor, alto teor de proteína bruta e boa
digestibilidade de matéria seca; e silagem do grão apresenta boa digestibilidade e maior
concentração de energia e de proteína bruta, podendo ser usada para alimentar suínos e
bovinos.
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REVISÃO DA LITERATURA

A alelopátia pode ser entendida como a interferência positiva ou negativa de


compostos metabólicos secundários produzidos por uma planta (aleloquímicos) e
lançados no meio (GLIESSMAM, 2009). Esta interferência sobre o desenvolvimento de
outra planta pode ser indireta, por meio de transformações destas substancias no solo pela
atividade de microrganismos (FERREIRA; BORGHETTI, 2004) ou direta, quando o
aleloquímico liga-se as membranas da planta receptora ou penetra nas células,
interferindo diretamente no metabolismo vegetal (FERREIRA; ÁQUILA, 2000).
Os compostos liberados por uma planta podem afetar o crescimento, prejudicar o
desenvolvimento normal e até mesmo inibir a germinação das sementes de outras espécies
vegetais (MANO, 2006). Essa inibição química exercida por uma planta sobre a
germinação ou desenvolvimento de outra, representa uma importante ferramenta para o
manejo de plantas espontâneas em sistemas de base ecológica (FERREIRA; ÁQUILA,
2000).
Essas substâncias alelopáticas estão implicadas numa grande diversidade de
efeitos nas plantas. Esses efeitos incluem atraso ou inibição completa da germinação de
sementes, crescimento paralisado, injúria no sistema radicular, clorose, murcha e morte
das plantas (CORREIA, 2002).
A avaliação do potencial fisiológico das sementes é um componente essencial de
programas de controle de qualidade adotados pelas empresas, pois quando efetuada
corretamente permite a identificação adequadas de lote com maior probabilidade de
apresentar desempenho adequado em campo, fornecendo o retorno esperado. Essa análise
é realizada rotineiramente através de testes de germinação, realizado em laboratório, sob
condições artificiais altamente favoráveis, que possibilitam a obtenção da máxima
porcentagem de germinação que o lote pode oferecer. No entanto, o teste somente é
concluído após vários dias, semanas e até meses, dependendo da espécie, especialmente
para aquelas que apresentam dormência. Tal situação não é desejável, uma vez que
frequentemente é necessário a identificação de problemas, a diagnoses e a rápida tomada
de decisão, tentando evitar prejuízos consideráveis (Marcos Filho, 2005).
A autotoxicidade e a heterotoxicidade são tipos de ação alelopática.
Na autotoxicidade, a planta libera substâncias tóxicas que inibem a germinação e o
crescimento das plantas da mesma espécie. Na heterotoxicidade, substâncias fitotóxicas
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são liberadas pela lixiviação, pela exsudação das raízes e pela decomposição de resíduos
que atuam na germinação e no crescimento de outras plantas.

MATERIAL E MÉTODOS
O experimento que compõe o estudo foi conduzido no Laboratório de Defesa
Sanitária Vegetal do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Sertão no ano de
2017.
Foram utilizadas 5 cultivares entre elas, aveia preta, ervilhaca, triticale, centeio
Pontão, centeio Progresso, provenientes de empresas públicas, privadas e de agricultores,
sementes oriundas da safra 2016 e 2017. O estudo constituiu-se de um delineamento
inteiramente casualizado DIC, com 2 repetições, utilizou-se como substrato o papel
germitest em dobradura tipo sanfona, qual foi condicionado em Câmaras BOD
temperatura e fotoperíodo controlados, 20°C e 12h luz/12h escuro, os 5 testes foram
colocados em béqueres com 4cm de água destilada. As unidades experimentais contarão
com 50 sementes da cultura e mais 50 sementes de crotálaria por papel germitest,
totalizando 100 sementes por tratamento.
Serão avaliados a porcentagem de germinação em 3 contagens. As plântulas
germinadas foram avaliadas aos 7 dias após o início do teste, considerando a porcentagem
de emergência normal e atípica. A segunda contagem aos 14 dias após a primeira e
encerando as contagens com uma terceira aos 21 dias, assim através das contagens
verificando porcentagem de germinação de cada cultura, será comparando os testes com
a crotálaria e sem a mesma para assim verificarmos se a influência no processo de
germinação entre os períodos estipulados para a avaliação.

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