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TEXTO 1

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL


V - III - 14/Fev/2012

Professor: Zenóbio Pereira

“Sistemas de Informação são processos administrativos


que envolvem processos menores que interagem entre si.
O sistema é dividido em subsistemas que podem ser:
produção/serviço, venda, distribuição, materiais,
financeiro, recursos humanos e outros, dependendo
do tipo de empresa”.

Matsuda (2007)

Material produzido e formatado pelo Professor Zenóbio Pereira – Sistemas de Informação


Sistema
Com o desenvolvimento da humanidade, aumentou o grau de necessidade do desenvolvimento de
técnicas e informações para que as organizações pudessem planejar os métodos possíveis para
tratar de determinados assuntos, especificamente. Assim, surgiram os procedimentos
sequenciados chamados de sistemas.

Compreende-se por sistema a agremiação de determinadas funções ou informações que em


conjuntos realizam determinada tarefa. Nas organizações empresariais os sistemas são 2
interdependentes e formam um grupo de ações que compõem o sistema maior, a empresa.

No contexto organizacional os profissionais responsáveis por fazer o planejamento estratégico de


um sistema são chamados de “generalistas” ou desenhistas de sistemas e sua principal
competência é de sintetizar problemas.

Além do contexto das empresas, o conceito de sistema é aplicado nas diversas áreas de
conhecimento humano.

Todo sistema parte do princípio de que é necessário que haja a geração de resultados após o
processamento de determinados insumos

É possível se associar sistema ao conceito de processos, pois assim como o sistema, todo processo
requer uma sequência que compõe a entrada, o processamento e a saída.

Onde a ENTRADA representa o conjunto de


elementos diversos que entram no sistema
para serem processados

O PROCESSAMENTO envolve o processos de


transformação que convertem os insumos
(entrada) em produto(s) (saída)

A SAÍDA Representa o resultado da


transferência de elementos produzidos por
um processo de transformação.

Já o FEEDBACK representa o retorno de informação ou, simplesmente, “retorno”. É este


procedimento que consiste no provimento de informação a uma situação em atividade. Tem como
objetivo principal reorientar ou estimular resultados dentro do planejado.

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Um bom exemplo de sistema é uma fábrica (imagem a seguir), onde as entradas compreendem os
recursos mais variados possíveis, como por exemplo (recursos humanos, capital, materiais,
equipamentos, informação, dentre outros); o processamento é o processo de fabricação
propriamente dito; e a saída o produto acabado.

Desta forma, é possível se definir mais claramente o


conceito de processo.

Será através dele que iniciaremos a discussão


objetiva sobre a disciplina de SISTEMAS DE 3
INFORMAÇÃO de forma mais focada no que se
pretende como resultado, conforme descrito e
explicado durante a apresentação do Plano de
Ensino.

Vejamos o que dizem alguns autores sobre Sistemas.

“Podemos conceituar sistema como sendo um conjunto ordenado de ideias e atividades tendentes
a resultados pretendidos”.

Tadeu Cruz (1998)

“Sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta
comum recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de
transformação".

O'Brien (2004)

Algumas características precisam ser consideradas nos sistemas.

 Um sistema não existe em um vácuo


 É preciso que no ambiente contenha outros sistemas
 Todo sistema é composto de subsistemas
 Todo sistema é um componente de um sistema maior (seu ambiente).

Um sistema não existe em um vácuo – Todo sistema depende da existência de outro, ou outros,
sistemas. Esta situação não o coloca em um grau de maior ou menor de importância, apesar de
haver uma dependência efetiva.

É preciso que no ambiente contenha outros sistemas – No ambiente em que contém um sistema,
normalmente existem outros sistemas. Como exemplo, pode-se imaginar uma organização, a qual
é considerada um sistema maior, que é contido por diversos sistemas menores. Este mesmo

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exemplo pode ser considerado se compararmos a quantidade de sistemas existentes no corpo
humano.

Todo sistema é composto de subsistemas – São os subsistemas que formam o sistema maior.
Como já tratado no item anterior, os sistemas podem ser considerados um aglomerado de
subsistemas, porém não se deve considerar o grau de importância individual. Afinal, só existe
sistema quando há outros sistemas que o compõem.

Todo sistema é um componente de um sistema maior (seu ambiente)


– A existência de um sistema estará, sempre, acompanhada da 4
existência de outros sistemas. Nas organizações esta questão é mais
evidente, pois em uma empresa é possível se trabalhar cada sistema de
forma mais clara. Mas atenção. Não se deve, em nenhuma hipótese,
procurar desenvolver um sistema em detrimento de outro. O que pode
ocorrer, caso isto aconteça, é a deficiência do sistema maior, a
organização.

Tipos de Sistemas

Sabendo-se que o surgimento dos sistemas partiu da necessidade de se desenvolver sequências de


processos lógicos com o intuito de se atingir objetivos, usando-se para isto os subsistemas, pode-
se dizer que é possível classificá-los em dois tipos principais. Os sistemas podem ser: aberto e
fechado.

Sistema Aberto - entende-se por sistema aberto aquele que, na sua operacionalização, efetua
troca com o meio em que está inserido. Sendo assim, este tipo de sistema está em constante
transformação, pois está sempre conectado com seu ambiente pela troca através das suas
entradas e saídas.

Sistema Fechado - é o sistema que, durante a sua operacionalização, não realiza troca com o
ambiente em que existe, isto é, não necessita de entradas vindas de outros sistemas.
Consequentemente, a sua influência é por resultado e não por processo. Consiste em uma técnica
de análise de sistema que estuda os sistemas em isolamento. Tratando-se apenas de mecanismo
que sem entrada e saída de dados possibilita um resultado, normalmente por reação.

Exemplo: no estudo de física é necessário utilizar a técnica de sistema fechado para análise de
comportamento em estruturas para se conhecer a estabilidade de um átomo em um acelerador de
partículas.

Além dos sistemas aberto e fechados temos ainda a possibilidade de classificar um sistema como
simples ou complexos, estáveis ou dinâmicos, adaptativos ou não adaptativos, permanentes ou
temporários.

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Tipo de Sistema Descrição
Tem poucos componentes, e a relação ou interação entre os elementos é
Simples
descomplicada e direta.
Complexos Tem muitos elementos que são altamente relacionados e interconectados.
Estável Sofre poucas mudanças ao longo do tempo.
Dinâmico Sofre mudanças rápidas e constantes ao longo do tempo.
Adaptativo Pode mudar em resposta a mudanças no ambiente.
Não adaptativo Não pode mudar em resposta a mudanças no ambiente.
Permanente Existe por um período de tempo relativamente longo.
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Temporário Existe por um período de tempo relativamente curto.

Considerando os tipos de sistemas descritos na tabela acima é possível associá-los diretamente a


algumas empresas, dependendo do seu segmento de atuação. Veja exemplos:

Exemplo 1
Uma empresa de limpeza que limpe escritórios fora do horário de expediente comercial provavelmente será
classificada como simples e estável, pois existe uma necessidade constante e bastante estável de seus
serviços.

Exemplo 2
Uma empresa fabricante de computadores é tipicamente complexa e dinâmica, pois como opera em um
mercado de constantes mudanças, e é uma empresa de alta tecnologia, se não for adaptativa, não
conseguirá acompanhar os avanços necessários ao ritmo do mercado da alta tecnologia.

Sistema de Informação
Se tivéssemos que definir um conceito convencional para os dias modernos, diríamos que todos
nós interagimos diariamente com sistemas de informação.

Quando usamos qualquer meio de sistema que possibilite o armazenamento e que este nos dê
uma resposta sobre o que desejamos. Existem vários exemplos: os caixas automáticos dos bancos,
os scanners de leitura de preços dos supermercados que identificam nossas compras usando o
código de barras, e ainda, os casos em que obtemos informação em quiosques por meio de telas
sensíveis ao toque.

Observem que tratamos sobre ações que normalmente podem estar atreladas à informática. Mas,
nem sempre sistema de informação está associado à TI.

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Conceito

Sistemas de informação são conjuntos de atividades de entrada, processamento, controle,


armazenamento que tem como finalidade a obtenção de produtos de informação (saídas).

Como se percebe claramente, o conceito de sistemas de informação tem muita familiaridade com
o conceito de sistemas, simplesmente.

Dispositivos que compreendem 6


sistemas de informação, porém
não estão sujeitos ao uso da
informática.

Como se pode perceber, nem sempre o conceito de Sistemas de Informação está necessariamente
ligado com a informática, ou melhor, a área de TI.

Armazenamento

Quando lidamos com dados e informações é comum a necessidade de registrar e guardar, pelo
menos temporariamente, esses dados para consulta ou uso futuros. Daí, a principal forma de se
diferenciar sistemas de informação, de sistemas de modo geral.

É através do armazenamento que os sistemas de informação podem satisfazer as necessidades


organizacionais, além de ser o principal meio de se gerenciar as informações atualmente.

Então, podemos dizer que existem sistemas de informação distintos em 3 modalidades:

1. Manuais - Funcionam com a participação somente do homem;


2. Semiautomáticos - Funcionam através do homem utilizando-se de máquinas;
3. Automáticos - Funcionam completamente através das máquinas.

Sistema de Informação - Informatizados


Neste momento é possível se ter a certeza de que a INFORMÁTICA (TI), deve ser utilizada para
automatizar os sistemas de informação manuais das organizações, tornando-os Sistemas de
Informação Informatizados. Esta operação é o que se classifica como processo de informatização.

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Classificam-se como sistemas de informação informatizados todos os sistemas que compreendem
os conceitos já estudados, os quais tratam sobre os sistemas em geral. Apenas é preciso inserir a
estes, o uso da TI (softwares) como ferramenta de desenvolvimento dos mesmos e o uso do
computador (hardwares), para sua utilização nas mais variadas operações, principalmente nas
empresas, pois este é o principal foco da nossa disciplina.

OBSERVAÇÃO:
A partir deste ponto do material de estudo, passaremos
a tratar os sistemas de informação informatizados,
simplesmente como “Sistemas de Informação”. 7

Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto de componentes


inter-relacionados que coletam (ou recuperam), processam, armazenam e distribuem informações
destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. Além
disto, os sistemas de informação também auxiliam os gerentes e trabalhadores diversos a analisar
problemas, visualizar assuntos complexos e criar novos produtos, por exemplo.

Os sistemas de informação são provedores de informações sobre pessoas (funcionários ou


clientes), locais e todos os demais itens significativos para a organização ou para o ambiente que a
cerca.

Para melhor entendermos o motivo pelo qual a existência dos sistemas de informação é de suma
importância dentro das organizações, vamos conhecer os conceitos de Dados e Informação:

Dados
Pode-se classificar como dados, a ocorrência ou descrição de quaisquer elementos, eventos,
transações e atividades registradas, classificadas e ou armazenadas, mas que não são organizados
a fim de transmitir qualquer significado.

Os dados podem ser classificados, também, como sequência de fatos brutos que representam
eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido organizados e
arranjados de forma que o ser humano possa entendê-los e usá-los satisfatoriamente.

Ex: o nome de um funcionário, a quantidade de horas trabalhadas, idade de um funcionário, etc.

Informação
Hoje em dia, existe o consenso de que na sociedade pós-industrial, cuja economia assume
tendências globais, a informação passou a ser considerada um capital precioso equiparando-se aos
recursos de produção, materiais e financeiros.

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O que tem sido relevante é a mudança fundamental no significado que a informação assume na
nova realidade mundial de uma sociedade globalizada: agora a informação não é apenas um
recurso, mas o recurso mais importante. A aceitação desta ideia a coloca como um dos principais
fatores na busca por resultados, o que torna a empresa diante da “chave de competitividade” e a
proporciona um efetivo diferencial no mercado em que a mesma esteja inserida.
Partindo deste princípio, a Informação passa a ser de importância primária para todas as empresas
que desejam manter-se nos mercados. Dentro da visão de sistemas, a INFORMAÇÃO quer dizer
dados apresentados em uma forma significativa e útil para os seres humanos.

Portanto, é imprescindível que os responsáveis pelo desenvolvimento e eficácia de um sistema de 8


informação projetem-no de maneira a garantir que suas “saídas de informação” realmente sejam
importantes para quem delas fará uso. É preciso que as saídas possuam significado e que sejam
úteis para os usuários.

Um exemplo que pode ser bastante útil são as caixas de supermercados registram milhões de
dados (tais como códigos de barras, que, ao serem lidos, descrevem produtos). Estes dados
podem ser somados e analisados no sentido de fornecer, ao gestor, números significativos e
relativamente importantes, pois podem revelar resultados satisfatórios de vendas de um
determinado produto, bem como a queda nas vendas de outros.

Resumindo: Na entrada estão os dados (códigos de barras), que em seguida são convertidos pelo
processamento do sistema, proporcionando saídas que podem satisfazer às necessidades de
operadores, gestores em geral, e mercado. Associado ao resultado, é preciso se considerar o
feedback, fator de relevância na busca pelos resultados esperados.

Na imagem a seguir temos um exemplo relacionado à sequência entre os DADOS e as


INFORMAÇÕES, bem como ao que se deseja com a utilização dos sistemas de informação, nas
organizações:

DADOS INFORMAÇÕES
15245862 - Detergente Hilton - 1,29 Relatório de Vendas da
SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Região Nordeste
15245963 - Detergente OMO - 1,31
Produtos mais vendidos: 78%
15245966 - Detergente Sapólio - 1,28
Item Descrição Qt Total
15245867 - Detergente Sonho - 1,27 15245867 Detergente Sonho 1.214 1.541,78
15245963 Detergente OMO 8.111 10.625,41
15245769 - Detergente Sonico - 1,34 Total Geral - Detergente: 12.167,19

Dados e Informação

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Como se percebe, os dados que foram processados pela caixa do supermercado transformaram-se
em informações que podem ser utilizadas de maneira direta para vários setores, inclusive
operacional, de compras.

A informação no contexto das organizações

A aceitação, por parte dos gestores, de que a informação possui um valor significativo, da mesma
forma que outros recursos da organização é, ainda, um assunto polêmico. Lentamente esta
percepção tem sido colocada em pauta em reuniões nos mais variados setores da economia, mas
ainda há um trabalho muito árduo e um caminho muito longo a ser percorrido, até que esta seja a 9
visão da maioria dos empresários, principalmente no mercado local.

Para (King & Kraemer, 1988), esta crença de que a informação não é tão importante, em relação a
outros recursos, dificulta ou impossibilitam a sua categorização (mensuração) em termos
econômicos.

Corroborando com o pensamento, Barreto (1996) define o termo informação da seguinte maneira:
estruturas significantes com a competência de gerar conhecimento no indivíduo, em seu grupo, ou
na sociedade.

Mas, além do reconhecimento acerca do uso da informação como sendo uma importante
ferramenta na tomada de decisão, outro fator precisa ser considerado. Este fator é a forma como
usar a informação. Ou ainda, é preciso ter claro que, quando não se sabe usar a informação, ela
não tem significado concreto e, portanto, não gera resultados.

Se analisarmos o conceito de informação, é possível se perceber que o seu destino é bem claro.
Vejamos: Informação acontece quando os dados são organizados a fim de transmitir algum tipo de
significado ao seu operador.

Assim, é importante notar que o ambiente que envolve uma organização está em constante
mudança exigindo uma grande capacidade de adaptação por parte desta.

Pode-se dizer que as empresas estão sendo mais impulsionadas a desenvolverem mudanças pelos
seus próprios mercados.

Atualmente, é correto afirmar que a sociedade que está a constituir-se tem na veia a disseminação
da informação de maneira flexível e sem obstáculo. Nos dias atuais, as tecnologias são
amplamente utilizadas e a quantidade de recursos para armazenamento e transmissão das
informações, é cada vez mais, de baixo custo.

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Esta generalização da utilização da informação é acompanhada por inovações organizacionais,
comerciais, sociais e jurídicas que alterarão profundamente o modo de vida, tanto do mundo do
trabalho como na sociedade em geral.

Segundo Amaral, (1994), a classificação da informação é muito importante, segundo a sua


finalidade para uma organização.

Para o autor existem formas distintas para se classificar uma informação e esta capacidade precisa
ser desenvolvida por quaisquer empresas, pois assim, será possível planejar de forma mais
eficiente, as suas metas.
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A seguir, temos uma ilustração que demonstra o pensamento de Amaral (1994):

Informação sem Interesse

Informação Potencial

Informação Mínima

Informação Crítica
Sobrevivência da Organização

Gestão da Organização

Gestão Competitiva

Lixo

No contexto de uma organização, a informação deve atender às necessidades dos diversos níveis
administrativos.

Para Chiavenatto (1999), Em geral, as organizações diferenciam-se em três níveis organizacionais,


não importando a natureza ou tamanho da organização:

1 - Operacional - relacionado com os problemas de desempenho eficaz e dirigido para as


exigências impostas pela natureza da tarefa técnica;
O nível operacional, também denominado nível técnico ou núcleo técnico, está localizado nas
áreas inferiores da organização. Está relacionado com os problemas ligados à execução cotidiana e
eficiente das tarefas e operações da organização e orientado quase exclusivamente para as
exigências impostas pela natureza da tarefa técnica a ser executada, com os materiais a serem
processados e com a cooperação de numerosos especialistas necessários ao andamento dos
trabalhos. É o nível no qual as tarefas são executadas e as operações realizadas: envolve o

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trabalho básico relacionado diretamente com a produção dos produtos ou serviços da
organização.

2 – Intermediário ou gerencial - gerencia particularmente as atividades do nível operacional,


mediando as fronteiras ambientais e administrando as tarefas técnicas que devem ser
desempenhadas, escala de operações etc.;

O nível intermediário, também é chamado de nível mediador, nível gerencial ou nível


organizacional, até pela sua colocação (entre os demais), cuida da articulação interna entre eles.
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Trata-se da linha do meio de campo. Cuida também da escolha e captação dos recursos
necessários, bem como da distribuição e colocação do que foi produzido pela empresa nos
diversos segmentos do mercado. Este é o nível que lida com os problemas de adequação das
decisões tomadas em nível institucional (no topo) com as operações realizadas em nível
operacional (na base da organização). O nível intermediário é geralmente composto da média
administração da empresa, isto é, as pessoas ou órgãos que transformam as estratégias
elaboradas para atingir os objetivos empresariais em programas de ação. O nível institucional está
geralmente ligado ao nível operacional por uma cadeia de administradores de linha média com
autoridade formal.

3 – Institucional - constitui-se na fonte do significado e da legitimização que possibilita a


consecução dos objetivos organizacionais.

O institucional corresponde ao nível mais elevado da empresa, composto dos diretores, dos
proprietários ou acionistas e dos altos executivos. É o nível em que as decisões são tomadas e são
estabelecidos os objetivos da organização, bem como as estratégias para alcançá-los.

Mantém a interface com o ambiente, lidando com a incerteza, exatamente pelo fato de não ter
poder ou controle algum sobre os eventos ambientais presentes e muito menos capacidade de
prever com razoável precisão os eventos ambientais futuros.

Dimensões dos Sistemas de Informação


É possível se perceber que um processo de gestão se faz com uma visão muito mais abrangente de
resultados, pois, não se trata de negócio sem que se tenha em mente objetivos corporativos.
Desta forma, é preciso se analisar as três dimensões dos sistemas:

1 – As organizações
2 – As pessoas
3 – A tecnologia da Informação

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As organizações têm em suas estruturas diferentes níveis de especializações. Esta estrutura revela
uma clara divisão do trabalho. A autoridade e as responsabilidades são organizadas na forma de
uma hierarquia, ou uma estrutura piramidal, de responsabilidades e autoridades crescentes.

Os níveis superiores da hierarquia são compostos por setores da administração, estratégico e


técnico. Ao passo que o nível inferior é ocupado pelo pessoal operacional. Com a finalidade de
manter os setores funcionando de forma que possam se comunicar para gerar resultados, a
empresa desenvolve sistemas de informação para atender as mais diferentes especializações.
Através deste sistemas é possível a empresa desenvolver novos produtos, preencher um pedido
ou contratar um novo funcionário. Com estas atividades, diz-se que a empresa está 12
desenvolvendo os seus processos organizacionais. Processos estes que foram definidos
anteriormente e que fazem da empresa o diferencial competitivo, no qual o mercado pode
usufruir dos seus produtos e serviços.

A utilidade e a necessidade do sistema


serão percebidas, se estes benefícios
puderem ser quantificados e
considerados relevantes (Fitzgerald,
1998).
Caso contrário, o sistema deverá ser
revisto e modificado, de modo a atender
às expectativas da organização.

A figura acima mostra as dimensões organizacionais dos sistemas. Um Sistema de Informação é


muito mais do que o uso de computadores. Para usar os sistemas de informação com eficiência, é
preciso entender as dimensões: organizacional, humana e tecnológica que os formam. Um sistema
de informação oferece soluções para importantes problemas ou desafios organizacionais que a
empresa enfrenta.

No que se refere às pessoas, é possível afirmar que uma empresa é tão boa quanto as pessoas que
a formam. O mesmo se aplica ao sistema de informação por ela utilizado. Mas, sem as pessoas
capazes de desenvolver todas as suas operacionalidades, o sistema não tem a menor chance de
ser eficiente.

Como exemplo, é possível citar uma situação em que a empresa contrata um sistema de alto nível
para um determinado setor, porém mantém os mesmos funcionários (e com os mesmos costumes
e dificuldades) que já apresentavam antes do sistema.

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Para Laundon (2007), a tecnologia, atualmente, é relativamente barata e de acesso fácil para todas
as organizações, porém, as pessoas são muito mais caras. Como apenas o ser humano é capaz de
resolver os problemas organizacionais e converter a tecnologia da informação em soluções úteis,
as empresas precisam estar, a cada dia, mais preocupadas com os recursos humanos disponíveis
em seus quadros de funcionários.

A Tecnologia de informação é uma das muitas ferramentas que os gestores utilizam para enfrentar
as mudanças organizacionais. Na sua composição é possível compreender a lista de itens
conforme a seguir:
Hardware – é o equipamento físico usado para atividades de entrada, processamento e 13
saída. Consiste dos computadores (de vários tipos), diversos dispositivos de entrada e
saída, além do meio físico que interliga todos estes elementos.

Software – consiste em instruções detalhadas e pré-programadas que controlam e


coordenam os componentes de hardware de um sistema de informação.

Tecnologia de armazenamento de dados – este é um meio (software) que coordena e


comanda a organização dos dados em meio capazes de fazer armazenagem.

Tecnologia de comunicação e de redes – composta por dispositivos físicos e softwares,


interliga os diversos equipamentos de computação e transfere dados de uma localização
física para outra.

É através das redes que os equipamentos são conectados em rede para compartilhar voz, dados,
imagem, som e vídeo. É através das redes que os computadores são interligados.

Cabe ressaltar que trataremos com mais ênfase sobre estes assuntos em outros textos, pois os
mesmos são parte do processo de aprendizagem futura.

Uso dos diversos Sistemas de Informação


Conforme descreveu Eleutério (2011), em seu livro “Controladoria Corporativa”, os sistemas de
informação são empregados nos mais variados tipos e segmentos de empresas. Isto se justifica
pelo fato de que uma das principais funções dos sistemas de informação é dar o suporte
necessário para a tomada de decisões pela Gestão Empresarial.

Para o autor, os sistemas de informações podem ser conceituados com uma rede de informações
cujos fluxos alimentam o processo de tomada de decisões, não apenas da empresa como um todo,
mas também de cada área de responsabilidade.

O conjunto de recursos humanos, físicos e tecnológicos que o compõe transforma os dados


captados em informações com a observância dos limites impostos pelos usuários quanto ao tipo
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de informação necessária às suas decisões, condicionando, portanto, a relação dos dados de
entrada.

Tais limites evidenciam a intenção dos usuários quanto à determinação dos sacrifícios que devem
ser feitos para se obter um retorno esperado de suas decisões, tomadas em condições de
incertezas.

Ainda conforme Eleutério (2011), há uma questão que precisa estar bem evidente na visão dos
gestores, a quantidade de informações geradas nas empresas.
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É neste contexto que a equipe de gestão das empresas precisa ter o máximo de atenção, pois, a
informação precisa ser trabalhada para proporcionar os resultados que se espera, ou melhor, que
foram planejados.

Para tanto, os sistemas de informação podem, e devem, ser direcionados para as áreas específicas
das empresas, mas atenção que isso não quer dizer que os sistemas não devem ser “linkados”, ou
alinhados entre si. Apenas cabe a cada área ter definida de forma bastante clara, a sua parcela de
utilização do software de gestão da companhia.

Desta forma, aborda o autor, os sistemas podem ser classificados – lembrando que os sistemas
não devem ser independentes, pois, esta decisão pode gerar muito retrabalho – de diversas
formas, vejamos:

Sistema de Informações Contábeis (SIC) – Para Moscove, Sinkim e Bagranof, (2002, p. 24), este é
o sistema de informações que, dentro de uma organização, acumula informações de vários
subsistemas e procede com a comunicação aos devidos setores interessados”.

Alguns subsistemas que atendem a manutenção dos SIC


Sistemas de Informação e Apoio à Gestão
Sistemas de Informação e Apoio às Operações
(SIAG) – auxilia nos processos decisórios,
(SIAO) – processa transações operacionais,
gerando relatórios e informações e apoiando os
como compras, contas a pagar, estoque,
gestores quando das necessidades na tomada
faturamento e contas a receber. Este sistema
de decisões. Estes sistemas tem uma forte
trata do planejamento e controle das diversas
influência nas decisões estratégicas das
áreas operacionais da empresa.
organizações.

Subsistemas
Os subsistemas são as partes em que se divide um determinado sistema. Um sistema de
informações será composto de tantos subsistemas quantos sejam necessários para cumprir os
seus objetivos propostos.

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Visão Sistêmica ou Holística
A Visão Sistêmica deve ser desenvolvida por parte dos gestores, pois é através dela que se pode
desenvolver um modelo de gestão que possa tornar a organização cada vez mais competitiva. E
isto só ocorre quanto há conhecimento, o que se consegue através do uso correto da informação.

Portanto, para que a informação possa transitar dentro dos processos internos de uma empresa, é
preciso haver um alinhamento com muita afinidade entre os setores. E a ferramenta correta a ser
usada neste sentido é um Sistema de Informação Gerencial – SIG.
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Os gestores, por meio do SIG, têm condições de fazer projeções quanto a eventos que possam
ocorrer e – por ventura – prejudicar os resultados esperados. É através desta análise que os
gestores podem proceder com possíveis ajustes fazendo com que o curso das atividades possa se
manter alinhado com o que foi realmente planejado.

Ainda conforme aborda Eleutério (2011), este alinhamento deve ser perseguido de forma
continuada e focada nos resultados. Por ser este o principal papel da controladoria, reforça o
autor: “é necessário que as empresas disponham de uma boa base de tecnologia da informação
(hardware e software) combinada com um SIG adequado, possibilitando a mensuração da eficácia
e da eficiência dos processos”.

Gestão acima de tudo


Além dos meios capazes de fazer com que haja maiores resultados com o uso da tecnologia, nos
quais tratou-se no tópico anterior, eleva-se o a partir deste tópico a responsabilidade,
profissionalismo e comprometimento do profissional enquanto operador do sistema de
informação. É este o maior bem se comparado o resultado que a empresa pode obter a partir da
adoção de uma mão de obra qualificada. E o mais importante é que esta qualificação começa pela
cúpula organizacional.

Assim, para uma organização bem-sucedida alcançar seus objetivos e satisfazer suas
responsabilidades sociais, é preciso que esta tenha bons gestores. Se os administradores fazem
bem seu trabalho, a instituição atingirá suas metas. E se as grandes corporações de uma nação
realizam seus objetivos, a nação como um todo irá prosperar. O sucesso econômico do Japão foi e
ainda é uma evidência clara deste fato.

Para sobreviver na atualidade, pensando no futuro e, não ser expulsa do mercado, uma empresa
precisa fornecer valor superior aos seus clientes. Fornecer valor é dar aos clientes tudo o que eles
querem e nada do que não querem; a melhor qualidade e os melhores preços, a rapidez no
atendimento e a simpatia ao servir! Os clientes atuais, sofisticados e atentos, fazem quatro

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julgamentos quando decidem fazer negócio com uma organização: (1) qualidade, (2) serviço, (3)
custos e (4) tempo (Band, 1997).
A avaliação dos gestores (desempenho gerencial) e o desempenho organizacional (trabalho das
organizações) são temas de muitos debates e análises. Desta forma, é possível se ter vários
critérios e concepções diferentes para se avaliar os administradores e as organizações. Servindo de
base a muitas dessas discussões, é possível se analisar quatro conceitos sugeridos por autores
peritos no assunto de (gerenciamento – management) que escrevem sobre administração: a
Teoria dos 4E’s, ou seja, eficiência, eficácia, economicidade e efetividade.

EFICIÊNCIA - A capacidade de fazer certo as coisas, ou seja, refere-se ao


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desempenho, ao processo ou gerenciamento harmônico do personagem
frente ao empreendimento.

EFICÁCIA - Em contraste, implica escolher os objetivos certos. Refere-se ao


resultado satisfatório do empreendimento, comparativamente com os
objetivos fixados na fase do planejamento.

EFETIVIDADE - Refere-se à razão lógica de existir e de manter-se uma ideia ou empreendimento


no mercado.

ECONOMICIDADE - Refere-se à ausência de desperdício significativo de recursos investidos, enfim,


a real necessidade dos dispêndios realizados.

No intuito de fortalecer o conhecimento acerca do que se propõe um sistema de informação


gerencial, é possível ilustrar todos os atores do processo organizacional, que é o maior e mais
complexo processo.

Através da imagem a seguir, pode-se ter uma visão mais abrangente da dimensão organizacional
que os sistemas são submetidos. Vejamos:

Fornecedores Clientes
AMBIENTE - ORGANIZAÇÃO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Processar
Entrada Classificar
Saída
Organizar
Calcular

Feedback

Agências Acionistas Concorrentes


Reguladora
s
O sistema aqui representado contém informações sobre uma organização e o ambiente que a cerca.

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As três atividades básicas – as entradas, o processamento e as saídas – produzem as informações
que a organização necessita. Através do feedback tem-se a resposta que retorna sobre forma
capaz de revelar a qualidade da informação que está sendo gerada através do processamento.
Esta ação reflete a necessidade de refino, caso haja, das entradas do referido sistema.

Outro ponto bastante visível na imagem é a força com que os fatores ambientais, como cliente,
fornecedores, concorrentes, acionistas e agências reguladoras, podem ser considerados e quais as
suas importâncias desde a implementação até o uso dos sistemas de informação organizacionais.

A “competitividade” como diferencial 17

As informações e o conhecimento compõem recursos estratégicos essenciais para o sucesso de


uma empresa. Porém, há a necessidade de adaptação da empresa no ambiente de grande ou
pequena concorrência. Assim, há uma necessidade de o gestor ter claramente elucidados alguns
conceitos de gestão para poder compartilhar, efetivamente, com os demais recursos da sua
empresa na busca de maiores possibilidades de mantê-la por um longo período, bastante
competitiva.

Primeiramente, tratando sobre a palavra competitividade. Há muita ambiguidade com relação a


ela. Normalmente é utilizada de maneira imprecisa pelos meios de comunicação. O grande
enfoque está em tratar a competitividade com uma visão “global”. E isto está diretamente
relacionado à empresa.

ATENÇÃO: Quando se trata de competitividade global afirmando a necessidade de se


considerar uma visão empresarial, é importante perceber que o enfoque é a
competitividade de um segmento e não de um produto ou serviço em particular.

Para conseguir ser competitiva de forma durável, em contexto de concorrência mundial crescente,
a empresa deve aproveitar o surgimento de qualquer oportunidade. E isto só se consegue com
informação. Neste contexto, cabe ressaltar que em muitos momentos existem oportunidades que
são desconsideradas ou pelo menos subestimada pelas empresas. Então, para que se invista com
maior certeza de retorno, aproveitando todas as oportunidades que surgirem, fica evidente que o
principal instrumento é a informação e o conhecimento.

“Trabalhando corretamente com as informações do seu segmento, a empresa caminhará


para a excelência administrativa, mesmo que isto signifique que ela tenha que buscar a
melhoria constantemente. Partindo do princípio de que o ótimo não existe, este princípio
(o da busca incessante pela melhoria) deve ser encarado como meta e como tal, esta
meta será sempre modificada”.

Pensando desta forma é possível se chegar a seguinte conclusão:

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A informação é fundamental para a empresa moderna. É por meio dela que se consegue ter uma
situação de vantagem diante da concorrência.
Trabalhando a informação de forma correta, a empresa consegue direcionar seus colaboradores
para atender da melhor maneira possível os clientes.

Particularidade: Na pequena empresa familiar, o dono conhece todo o


processo para atender ao cliente da melhor forma possível. Quando a
empresa cresce, o dono precisa delegar essas funções a terceiros. Muitas
vezes, ele não transmite corretamente a forma adequada para este
atendimento, isto é como ele deve ser feito, mas normalmente cobra que o 18
façam como ele faria.

Em se tratando de informação ou até de comunicação, é preciso mudar a cabeça da alta cúpula


empresarial, criando um sistema de informação capaz de definir claramente quais informações
que devem girar dentro da empresa. É preciso identificar o que coletar, analisar, guardar e ter no
momento certo para tomar decisões. O processo informacional só tem validade se fizer parte do
processo decisório, isto é, se for utilizado para tomada de decisões.

Um sistema de informação corretamente delineado dentro de uma empresa permite mostrar em


que ponto devem ser tomadas as decisões. Esta operação irá permitir maior agilidade e
flexibilidade da empresa tornando-a cada vez mais competitiva diante da concorrência. Outra
situação que será mais evidente com a implementação de um sistema adequado é a capacidade
de se detectar a existência de oportunidades no mercado, além de possibilitar uma análise
avançada demonstrando que uma decisão de não investir em uma determinada oportunidade
dará ao concorrente a possibilidade de ultrapassar seus negócios. Quanto mais informações
corretas, no momento certo, mais chances a empresa tem de acertar.

Atualmente as empresas estão cada vez mais enxutas em termos de quantidade de funcionários.
Com isso as atividades rotineiras, as quais estão associadas ao seu objetivo de mercado são, cada
dia mais, programadas sequenciadamente para que as máquinas possam desenvolver. Assim,
estas empresas passaram a absorver a computação e as telecomunicações com mais frequência e,
com elas, todas as tecnologias multiplicadas e apropriadas para que se tenha o resultado
desejado. Este é o modelo de empresa que tem se tornado mais comum.

No caso da informática, tem-se cada vez maior dependência, porém com uma série de pontos em
estágios diferentes. Os computadores, cada vez mais potentes, servem como centralizadores de
informações e são capazes de fornecê-las a cada consulta feita pelo usuário, não importando em
qual setor ou filial ele esteja.

Com isto, administrar a informática ganha conotações diferentes. É preciso saber administrar os
recursos como eles são e serão. Por exemplo, os CPD's e os CI's a cada dia são mais pulverizados
nos tipos de informações, assim como em suas funções. Nesta linha, tornou-se comum as

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empresas contratarem terceirizados para atender as necessidades essencialmente de organizar e
armazenar suas informações, o que faz com que seus funcionários possam direcionar suas forças
no negócio da empresa.

Desta forma, nas empresas, os usuários do sistema informatizado (funcionários) ganham


sustentação de conhecimentos para absorver uma série de atividades, antes direcionadas
somente ao setor de informática. Estas novas atividades acabam sendo muito mais importantes,
pois cada vez mais passam a gerenciar os projetos de informática de sua área. A gestão conceitual,
aquela que permite a visão abrangente da empresa e do mercado, a cada dia é mais desenvolvida
de forma inteligente e estratégica. 19

Para refletir. A realidade do mercado.

A disseminação da informática, resultado do uso intenso do microcomputador nas empresas, chegou a tal
ponto que hoje é impossível viver sem estar em contato com a tecnologia da informação. Das coisas mais
sofisticadas às mais simples, vamos sempre encontrar um dos dois tipos da tecnologia da informação
existentes: a aplicação ao produto e a aplicação ao processo. Entretanto, tratando-se de sistemas de
informações, ainda persiste a discussão entre a necessidade que pretensamente gerou o projeto de
desenvolvimento do sistema e a solução final implantada. Ou seja, ainda é muito comum termos sistema de
um lado e processos do outro, quando na verdade o sistema deveria ter sido desenvolvido para apoiar os
processos, tornando-os mais organizados, documentados, ágeis e produtivos, o que faria da organização
uma excelência em resultados.

É comum se utilizar profissionais que são classificados como “o Homem da Inteligência” ou até “o
Gerente da Informação”. Esta nomenclatura fica a critério da empresa, mas, com certeza, este
profissional deverá ter uma visão e um conhecimento da realidade tecnológica, de mercado e de
processos empresariais.

A gestão de processos empresariais


O gerenciamento de qualquer atividade empresarial inclui, de fato, a incumbência de um indivíduo
como pessoa, totalmente disponível e focado na gestão de processos, cujos grandes objetivos são
atingidos quando as necessidades de desempenho são atendidas.

Só é possível alcançar o sucesso do gerenciamento se conseguir, num determinado processo,


envolver todos os recursos necessários, de maneira voluntária, dirigindo-os rumo ao atendimento
das necessidades do cliente, que pode ser intermediário, nesse mesmo processo, ou final, quando
corresponde ao consumidor do produto ou serviço apresentado.

Quando uma determinada organização tem uma visão tradicional é possível se reconhecer
facilmente pela forma como ela apresenta suas funções. Cabe ressaltar que esta forma de
gerenciar, caso seja longe daquilo que o mercado deseja, pode tornar essa mesma organização
muito limitada no que se refere aos resultados esperados.

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A organização, tradicionalmente sem o foco no desenvolvimento, não consegue mostrar como
pode agregar valor, pois, suas funções acabam tornando-se mais importantes que os clientes e
algumas responsabilidades se perdem entre as diversas áreas de sua estrutura.

Se tivermos a necessidade de gerenciar um processo empresarial, é importante destacar três


passos:

1 - Definição, aprimoramento e implementação da direção estratégica;


2 - Correção dos processos críticos interfuncionais;
3 - Aprimoramento contínuo do desempenho de indivíduos e de equipes para atender às
20
expectativas dos clientes e usuários.

Com este pensamento é possível se perceber que os processos, que envolvem todas as funções,
permitem seus cruzamentos e estão focalizados no cliente.

Para que se possa desenhar um processo organizacional de maneira


Cada processo, coerente, é preciso se levar em consideração essencialmente:
dentro da
organização, 1 - Como agregar valor na organização;
possibilita, a partir 2 - Como se fazem as coisas atualmente; e
de uma cadeia de 3 - Como é o fluxo de informação e materiais.
atividades, que se
alcancem os A organização deve ser vista como um sistema, cujo processo
objetivos. administrativo mais amplo envolve processos menores que
interagem entre si e operacionalizam as entradas, transformando-
as em saídas.

Como exemplo, temos:

 Num processo sistêmico, a entrada de Capital que pode alimentar a organização via um
processo financeiro, assim como o faturamento.

 Desse subprocesso costumam sair orçamentos que se dirigem para o processo de


marketing e vendas, que alimenta ideias de produtos para pesquisa e desenvolvimento e
promoções junto ao mercado que por sua vez encaminha-lhe as tendências.

 Um processo de vendas gera pedidos para um processo de produção que é alimentado por
matérias primas e projetos, que nascem no processo de pesquisa e desenvolvimento
alimentado por tecnologia desenvolvida ou adquirida.

 O produto desenvolvido pelo processo de produção gera o processo de distribuição que


alimenta o mercado.

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 Para fechar o processo maior, falta o processo de recursos humanos que nasce com a
aquisição desses recursos no ambiente externo, treinando-os no ambiente interno e
fazendo com que essas pessoas atuem nos processos anteriormente descritos.

O movimento constante das empresas para buscar melhoria é uma atividade intrínseca ao
complexo processo de gerenciamento. Às vezes, o maior potencial de melhoria está nas próprias
interfaces das funções da organização.

Normalmente, basta procurar e se encontram situações como as que se podem perceber a seguir:

1 - Os "feudos" reduzem o desempenho a partir de seus efeitos; 21


2 - A otimização das funções específicas gera a subotimização do todo;
3 - Ninguém gerencia o que está entre funções;
4 - A reestruturação, pura e simples, não resolve os problemas, salvo em raras vezes.

Quando se consegue conhecer os processos organizacionais, tem-se a possibilidade de estabelecer


objetivos caracterizados por busca de melhorias amplas, radicalmente grandes e diferentes. Por
exemplo:

Em relação à redução de custo – (Ex. Reduzir o custo operacional em 20% – estabelecer período).

Em relação à melhoria de qualidade – (Ex. Eliminar ou minimizar reclamações dos clientes por
atraso nas entregas – especificar período).

Em relação ao aumento de velocidade – (Ex. Fazer o lançamento de novos produtos na metade do


tempo atual, ou ainda, entregar nosso produto na
metade do tempo atual).

Portanto, não se pode esquecer que:


O PROCESSO É UM CONJUNTO DE FASES QUE CONVERTEM UMA ENTRADA NUMA SAÍDA. O U SEJA, UMA
ENTRADA VINDO DE UM FORNECEDOR EM UMA SAÍDA ENVIADA A UM CLIENTE .

O gerenciamento dos processos busca estabelecer a melhoria contínua, não esquecendo a


liderança do processo organizacional geral, sob a aplicação de uma metodologia (que inclusive
pode ser própria) sempre interfuncional, participativa e com ênfase voltada para o atingimento
dos objetivos comuns da organização. Atenção para se considerar, também, o nível decisão da
organização quanto os seus produtos e serviços no que se refere a estratégia empresarial com
relação a competitividade.

Neste sentido será necessário:

I. Identificar quais os processos-chaves e orientá-los para os requisitos dos clientes e da


organização.

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II. Ter total atenção aos cargos, cada colaborador tem um cargo que deve fazer parte do
processo. Os resultados dos cargos precisam ter padrões ligados entre si e principalmente
aos requisitos do processo geral.

Os processos-chaves da organização precisam estar alinhados com a sua missão e visão

Sintetizando, temos que gerenciar a partir da:

 Identificação dos processos-chaves da organização;


 Aplicação de abordagens simples e estruturadas no que tange aos processos, identificando
suas “não conexões” (ou não conformidades) e resolvendo os possíveis problemas, sempre
22
com medidas de controle para o processo;
 Consideração sobre os cargos, trabalhando sobre os fatores que podem afetar o
desempenho humano;
 Orientação e implantação de planos de ação específicos, nos quais as perguntas-chaves
devem ser amplamente analisadas, discutidas e respondidas.

ASSIM, SERÁ NECESSÁRIO SE CONHECER RESPOSTAS PARA AS QUESTÕES A SEGUIR , NO SENTIDO DE RESPONDER:

O que? Quem? Como? Quando? Por quê?

Do plano estratégico ao operacional


Durante muito tempo a Tecnologia da Informação foi tratada e operacionalizada pelas empresas
com base em uma visão muito estreita e mesquinha, que a situava apenas no pequeno mundo
(normalmente um espaço pequeno da empresa e muitas vezes, apenas aquele local tinha ar
condicionado em toda a estrutura). A este espaço se dava o nome de CPD. Foram tempos em que
a informática servia muito mais aos propósitos do próprio setor ou ao “gestor da tecnologia” que
aos objetivos da empresa. Afinal, nesta época o CPD era o local da empresa onde as coisas
aconteciam de forma sigilosa e nem todos os funcionários podiam ter acesso a este espaço.
Muitos erros foram cometidos por conta do caráter elitista que a informática tinha.

Criou-se um modelo de uso da informática, no qual o profissional que atuava nesta área era
conhecido como o comandante do cofre da empresa e com isto se mantinha em um nível superior
aos demais funcionários, principalmente pelo distanciamento que era exigido por parte dos outros
setores ao setor de informática, ao CPD.

No início da utilização da informática pelas empresas, esse caráter elitista era quase justificável.
Primeiro porque a tecnologia era caríssima, problemática para manter, difícil de usar e causava
muita dor de cabeça aos usuários.

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Assim, era natural que os usuários olhassem para aquelas máquinas e seus técnicos com um misto
de respeito e revolta, afinal, era um pessoal caro e especializado, que tanto podia resolver os
problemas operacionais dele, usuário, como podia causar mais problemas. Aliás, essa segunda
hipótese era a mais comum nas mentes destes outros funcionários.

Tecnologia da Informação não se chamava assim no início de sua utilização nas organizações. A
tecnologia que começava a invadir as empresas tinha outros nomes, conforme segue:
computadores, sistemas de tratamento da informação, máquina de processamento de dados; o
pior deles talvez tenha sido cérebro eletrônico.
23

Com o passar dos tempos, e com a evolução de tais sistemas, foi acontecendo uma conjunção de
várias especialidades na utilização do computador. Por isso essa mesma tecnologia já foi chamada
de telemática, informática e outras denominações, até adquirir a que tem hoje: Tecnologia da
Informação.

Tecnologia da Informação
Conforme descreve Cruz (2003), tecnologia da informação é todo e qualquer dispositivo que tenha
capacidade para tratar e ou processar dados e ou informações, tanto de forma sistêmica como
esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo.

Ainda segundo o mesmo autor, a definição de Tecnologia da Informação deve ser compreendida
tanto para a tecnologia usada no processo produtivo quanto para a tecnologia que faz parte do
produto, bem ou serviço.

Alguns especialistas, principalmente da área de produção, costumam diferenciar a tecnologia


utilizada no processo produtivo, como sendo Tecnologia de Processo, já nos casos da tecnologia
usada nos bens ou serviços resultante desse processo, chamam de Tecnologia do Produto ou
Serviço. Dessa forma, máquinas, equipamentos e dispositivos que ajudam a produção a
transformar insumos em produto são compreendidos pelos profissionais da produção como
tecnologia de processo. No que se refere a tecnologia de produto, pode-se citar: a tecnologia que
faz um forno de microondas, na hora exata, parar de dourar um prato, a máquina de lavar louças
deixar de usar o sabão para utilizar a centrifugação, ou ainda a tecnologia que controla as funções
vitais de um paciente numa UTI.

Partindo para uma análise de toda a evolução pela qual passou a Tecnologia da Informação, em
todos esses anos, conclui-se que o principal motivo de tantos erros, desmandos, irritações, brigas
com usuários (de outras áreas) e demais problemas no uso das tecnologias eletrônicas foi a falta
de uma metodologia que colocasse as necessidades do usuário em primeiro lugar.

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A diferença entre o que se via antes e o que se tem atualmente é a certeza de que a informática
tem o papel de transformar de forma positiva o “modus operandi” (modo de operacionalização)
das organizações o que reforça o entendimento de que a principal razão para qualquer tecnologia
existir é a necessidade da sua utilidade. Em outras palavras, tecnologia só é boa se for útil, se tiver
utilidade para as pessoas. Esse caráter utilitário aparece à medida que as pessoas aceitam a
tecnologia e passam a utilizá-la.

Qualquer Tecnologia da Informação deve dar ao usuário o controle efetivo da informação, além de
simplificar a operacionalidade de sua atividade; caso contrário, todos perdem. Esses são princípios
que permanecerão válidos indefinidamente. 24

Para que isso aconteça são necessários alguns cuidados na hora de planejar e desenvolver
sistemas de qualquer tipo, em qualquer empresa.

Princípio da motivação estratégica


É o elo que liga o plano de investimentos em TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ao plano estratégico
da empresa. Agindo com base nesse princípio, a empresa, sempre que comprar qualquer
tecnologia, estará investindo naquela que estiver alinhada com seus objetivos e não, como ainda
acontece, simplesmente comprando um "monte de tecnologia" com pouco ou nenhum
alinhamento estratégico e, por conseguinte, com pouca ou nenhuma garantia de utilização destes
equipamentos ou sistemas.

Assim, o “Princípio da Motivação Estratégica” é o motivo pelo qual a Tecnologia da Informação


adquirida foi escolhida (quando se trata de um sistema pronto) ou desenvolvida (quando se trata
de um sistema desenvolvido de forma personalizada para a organização que o adquire). Agindo
assim, a empresa estará alinhando a tecnologia adquirida com os seus objetivos.
Uma Tecnologia da Informação escolhida sob o ponto de vista da Motivação Estratégica tem dois
dos principais predicados, que qualquer tecnologia utilitária deveria ter:

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A primeira diz respeito à possibilidade de uso. É
preciso saber se a tecnologia que vai ser adquirida
Como o próprio termo

TEM DUAS CONOTAÇÕES:


OPORTUNIDADE, AQUI,
pode ser utilizada pela atividade para a qual está
define, está dentro das
sendo comprada; se as pessoas estão preparadas para
OPORTUNIDADE

possibilidades de uso por


usá-la corretamente e, se não estão, qual o esforço e
ser apropriada à atividade
investimento necessários para prepará-la.
para a qual se destina, ou,
A segunda diz respeito ao ato de convencer a pessoa
em outras palavras, por
ou as pessoas que têm o poder de mando em relação
estar ligada aos objetivos
à aquisição de uma tecnologia. É preciso saber a hora
que a empresa espera
e a forma de vender uma nova ideia dentro da
alcançar por meio dela.
empresa; mesmo que esta ideia venha a salvá-la. É
preciso saber ser oportuno! 25

Neste princípio, se avalia o funcionamento da tecnologia que já foi adquirida como sendo
FUNCIONALIDADE

oportuna. O que se busca é a pura e simples funcionalidade! E esse princípio serve tanto
para o hardware (parte física da TI) quanto para o software (parte abstrata da TI –
programas).

Segundo Cruz (2003), o que se deve observar é que a simplicidade deve ser a primeira
preocupação de um bom analista. Somente as ideias simples funcionam corretamente, sem
sobressaltos, sem incidentes, fazendo exatamente aquilo para o que tenham sido
projetadas para realizar.

Resumindo: é preciso que se tenha em mente que nem sempre o que está em evidência pelos
meios de comunicação de marketing ou até pelo modelo apresentado, é realmente uma boa
oportunidade para ser adquirido, pois cabe a avaliação sobre a sua funcionalidade. Em caso de
uma avaliação positiva, o custo de oportunidade deve ser usado como diferencial competitivo.

Para que se tenha este alinhamento entre a oportunidade e a funcionalidade da tecnologia, o que
deve sempre ser levado em consideração quando da sua aquisição, é preciso se desenvolver um
plano que possa alinhar a Tecnologia da Informação aos objetivos da empresa.

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Queremos saber a sua opinião:
1 - Que conceito você desenvolve para Tecnologia da Informação?

2 - Qual a sua percepção sobre o conceito de Sistemas de Informação?

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3 - Como você vê o papel da Tecnologia da Informação na influência estratégica das organizações?

4 - A aquisição de uma determinada tecnologia deve ser observada conforme que princípios?
Justifique cada um deles.

5 - O gerenciamento dos processos busca estabelecer a melhoria contínua. Com esta


determinação quais os pontos que a empresa precisa desenvolver para que possa alinhar os
processos-chaves com a sua missão e visão?

6 - Quais os critérios que podem nos permitir avaliar a capacidade de competitividade de uma
empresa, sabendo que estes podem proporcionar sua suficiência e independência financeira e os
meios necessários à sua adaptação ao mercado concorrente?

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