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Orientador:
Prof. Flávio Nassur Espinosa M. Sc.
II
EDILSON PEIXOTO SOBRINHO
Orientador:
Prof. Flávio Nassur Espinosa M. Sc.
Banca avaliadora:
.........................................................................................................................................................
Professor: Flávio Nassur Espinosa M. Sc. (Orientador)
..........................................................................................................................................................
Professor: Silas das Dores de Alvarenga – Especialista
..........................................................................................................................................................
Professor: Alberto Luiz de Luna Arruda - Especialista
III
AGRADECIMENTOS
IV
RESUMO
V
ABSTRACT
This paper describes the application of the borescope inspection or videoscope on critical
internal components of gas turbines. This inspection procedure is suitable to the verification of
the entire trajectory of the gas inside the turbine, from the compressor, through the combustion
chambers, gas generator turbine, power turbine and gas exhaust, with the objective of detecting
early signs of developing problems and diagnose symptoms of possible failures. The
bibliographic review describes the types of maintenance, the main parts of gas turbines and its
functioning principles, the various types of borescope equipment available today. The case study
illustrates the types of abnormalities likely to be found during borescope inspection inside in gas
turbine.
VI
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................01
2. TIPOS DE MANUTENÇÕES.................................................................................................03
2.1 – História da manutenção ......................................................................................................03
2.2 – Manutenção corretiva..........................................................................................................04
2.3 – Manutenção preventiva.......................................................................................................04
2.4 – Manutenção preditiva..........................................................................................................05
2.5 – Benefícios da manutenção preditiva....................................................................................06
3. – TURBINA A GÁS................................................................................................................10
3.1– Histórico...............................................................................................................................10
3.1– Partes principais de uma turbina a gás..................................................................................12
3.2.1 – Turbina.............................................................................................................................12
3.2.2 – Admissão de ar.................................................................................................................12
3.2.3 – Compressor de ar..............................................................................................................12
3.2.4 – Difusor de descarga do compressor axial.........................................................................15
3.2.5 – Câmara de combustão.......................................................................................................15
3.2.6 – Turbina geradora de gás...................................................................................................16
3.2.7 – Turbina de potência..........................................................................................................17
3.2.8 – Exaustão dos gases...........................................................................................................17
3.2.9 – Coletor de exaustão..........................................................................................................17
3.3 – O processo de fluxo de ar no interior da turbina.................................................................19
VII
4.3 – Videoscópios.......................................................................................................................24
4.4 – Benefícios da inspeção boroscópica...................................................................................28
4.5 – Aplicações da inspeção........................................................................................................28
4.6 – Laudos errados que uma inspeção causa.............................................................................28
4.7 – Cuidados e precauções na inspeção.....................................................................................29
4.8 – Características técnicas essenciais na especificação dos videoscópios...............................29
8.0 – CONCLUSÃO.....................................................................................................................44
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................................45
VIII
LISTA DE SIGLAS E TERMOS
GG – Geradora de gás
PT – Turbina de potência
NOZZLES – São as palhetas estatoras da parte quente da turbina.
BLADES – São as palhetas rotoras da parte fria da turbina (compressor axial).
VANES – São as palhetas estatoras da parte fria da turbina (compressor axial).
PDC – Pressão de descarga do compressor
DENT – Endentação na superfície de um componente.
FOD – É a abreviação em inglês do termo "Foreign Object Damage". Sua tradução fica
Danificação por objeto estranho.
SULFIDATION – Sulfetação ou Sulfuração.
SPREAD – Diferença entre valores ou medidas.
IX
LISTA DE FIGURAS
X
FIGURA 28. Nozzle com trinca...................................................................................................36
FIGURA 29. Câmara de combustão com trincas.........................................................................36
FIGURA 29. Palheta do compressor axial com tip Curl..............................................................36
FIGURA 30. Blade com perda de material.....................................................................................36
FIGURA 31. Blade. com perda de material....................................................................................36
FIGURA 32. Vanes do compressor ar..........................................................................................38
FIGURA 33. Difusor do compressor axial...................................................................................38
FIGURA 34. Nozzles de uma GG................................................................................................39
FIGURA 35. Blades de PT...........................................................................................................39
FIGURA 36. Blades de PT...........................................................................................................39
FIGURA 37. Vanes de um compressor........................................................................................39
FIGURA 38. Blades.....................................................................................................................41
FIGURA 39. Blades.....................................................................................................................41
FIGURA 40. Conjunto de Blades.................................................................................................41
FIGURA 41. Conjunto de Blades.................................................................................................41
FIGURA 42. Nozzles de GG com erosão térmica...... .....................................................................42
FIGURA 43. Blades de GG com erosão térmica..............................................................................42
FIGURA 44. Seção fria da turbina Solar Mars............................................................................43
FIGURA 45. Seção quente da turbina Solar Mars.......................................................................43
XI
1. - INTRODUÇÃO
1.1 - APRESENTAÇÃO
1.2 - OBJETIVOS
1
1.3 - JUSTIFICATIVA
Este trabalho se justifica pela grande importância que este tipo de inspeção tem para a
avaliação das turbinas a gás. No caso especifico de plataformas de produção de óleo e gás, onde
são exigidos atributos de confiabilidade, disponibilidade e eficiência produtiva dos sistemas de
compressão de gás e geração de energia elétrica, a inspeção por boroscopia é extremamente
importante à operacionalidade das turbinas a gás com a necessária segurança e parâmetros de
desempenho. Além disso, há uma grande carência de bibliografia e de profissionais
especializados no assunto.
1.4 - METODOLOGIA
2
2.0 - TIPOS DE MANUTENÇÕES:
A história da manutenção contemporânea, de uma forma geral, pode ser dividida em três
períodos distintos (MOUBRAY, 1997) e (KARDEC, 1998).
3
2-2 - MANUTENÇÃO CORRETIVA
Segundo Alan Kardec Pinto é uma manutenção planejada que previne a ocorrência da
corretiva, ou seja, procura prevenir a falha antes que ela aconteça. Com a preventiva, é possível
reduzir ou evitar a falha ou queda do desempenho do equipamento ou sistema, obedecendo a um
plano previamente elaborado, baseado em intervalos pré-estabelecidos de tempo, ou baseadas nas
condições fornecidas pela preditiva. Na aviação, a manutenção preventiva é imperativa para
determinados sistemas ou componentes, pois o fator segurança é primordial.
Conforme Lourival Tavares (Engenheiro Mecânico), nas informações descritas no site da
UNESP, a Manutenção Preventiva é aquela que se conduz aos intervalos pré-determinados com o
objetivo de reduzir a possibilidade de o equipamento situar-se em uma condição abaixo do nível
requerido de aceitação. Esta manutenção pode tomar por base intervalos de tempo pré-
determinados e/ou condições preestabelecidas de funcionamento, podendo ainda requerer que,
para sua execução o equipamento seja retirado de operação.
4
2.4 - MANUTENÇÃO PREDITIVA
5
-Análise de vibrações.
-Análise de lubrificantes. (Propriedades físico-químicas, Espectrometria e Ferrografia).
- Análise de parâmetros elétricos em motores e geradores.
- Emissão acústica
- Captação de ultrassom
- Boroscopia.
6
2.5.2 - REDUÇÃO DE FALHAS NAS MÁQUINAS:
7
tempo médio entre falhas, TMEF. Esta estatística fornece os meios para se determinar o tempo
mais efetivo em termos de custo para substituir maquinário, ao invés de continuar a absorver
altos custos de manutenção.
As técnicas de manutenção preditiva podem ser usadas durante teste de aceite no local
(comissionamento de máquinas novas) para determinar a condição de instalação do maquinário,
equipamento, e sistemas da fábrica. Elas fornecem os meios para se verificar a condição do
equipamento novo comprado, antes do aceitá-lo. Os problemas detectados, antes do aceite,
podem ser resolvidos enquanto o sistema está na garantia (ou mesmo, antes da fatura ser paga)
para corrigir quaisquer deficiências. Muitas indústrias hoje exigem que todo equipamento novo
inclua uma assinatura de vibração de referência com a compra. Esta assinatura de referência é
comparada com tomada durante o teste de aceite. Qualquer desvio anormal da assinatura de
referência é base para rejeição. Sob este acordo, requer-se do vendedor corrigir ou substituir o
equipamento rejeitado.
8
2.5.9 - VERIFICAÇÃO DOS REPAROS:
9
3 - TURBINAS A GÁS
3.1- HISTÓRICO
Em 1791 na Inglaterra o John Barber (1734-1801) tirou uma patente (UK patente n º 1833
- Obtenção e aplicação de força motriz, & c Um método de elevar ar inflamável para efeitos de
aquisição de movimento, e facilitar as operações metalúrgicas), que contém todas as
características importantes de uma turbina a gás com sucesso. Planejado como um método de
impulsionar uma "carruagem sem cavalo", design Barber incluía um produtor de gás, receptor,
uma câmara de combustão, compressor de gás de pistão e uma turbina.
O conceito Barber foi bom, mas dada tecnologia da época, não foi possível para o
dispositivo gerar energia suficiente tanto para comprimir o ar e do gás e produzir trabalho útil. No
entanto, o crédito para a idéia de que conduz a uma turbina a gás moderna pode claramente ser
dada a John Barber.
O engenheiro Ægidius Elling (1861-1949) era Norueguês inventor que é considerado ser
o pai do turbina de gás. Sua primeira patente da turbina a gás foi concedida em 1884. Em 1903
terminou a primeira turbina, sua máquina original usou ambos os compressores e turbinas
giratórias para produzir 11 cavalos-força. Em 1912 tinha desenvolvido um sistema da turbina de
gás com unidade separada da turbina e compressor em série. O principal desafio era encontrar
materiais que poderiam suportar as altas temperaturas para desenvolver na turbina uma boa
potência de saída. Sua turbina em 1903 podia suportar temperaturas da entrada até 400° Celsius.
Elling compreendeu que, se os materiais melhores poderiam ser encontrados, a turbina de gás
seria uma fonte de poder ideal para aviões. Após muitos anos, um estudante de
aeronáutica Frank Whittle (1907 - 1996), estudou o trabalho adiantado de Elling e conseguiu
construir um motor de turbina a gás para um avião.
Em 1929, Frank Whittle , encaminhou suas idéias sobre um motor turbo-jato para seus
superiores. Em 16 de janeiro de 1930, Whittle pediu sua primeira patente (concedida em 1932). A
patente exibia um compressor de dois estágios axial seguido por um compressor centrífugo
simples (single-sided). Mais tarde, Whittle concentrou-se apenas em simplificar o compressor
centrífugo, por conta de uma variedade de razões práticas. O primeiro motor desenvolvido por
Whittle funcionou em 1937 e pode ser visualizado na figura 01.
10
FIGURA 1 - Frank White demonstrando sua primeira turbina a gás. Retirado dia 02.08.2010 no site:
httpwww-g.eng.cam.ac.uk125achievementswhittletelgraph.htm
11
3.2 – PARTES PRINCIPAIS DE UMA TURBINA A GÁS
A turbina a gás é uma máquina projetada para utilizar os processos termodinâmicos a fim
de converter a energia térmica em energia mecânica na forma de movimento giratório, para
acionar outro equipamento ou produzir propulsão, no caso de uso aeronáutico em aviões a jato.
3.2.3 - COMPRESSOR DE AR
12
existem palhetas estatoras possuem variação angular elas são chamadas de IGV’s (palheta
estacionária guia de entrada com variação angular). Estas IGV’s ficam nos seus primeiros
estágios. A figura 02 é possível visualizar um conjunto rotor do compressor axial de uma turbina
em montagem.
O princípio do funcionamento do compressor axial é o da aceleração do ar com posterior
transformação em pressão. As pás do compressor e as palhetas dos estatores têm forma
semelhante a pequenos aerofólios. Quando o rotor do compressor é girado, primeiro pelo sistema
de partida e depois pela turbina da GG, a ação de aerofólio das pás produz uma área de baixa
pressão na garganta do conjunto de entrada de ar. A pressão diferencial criada entre a pressão de
entrada e a atmosfera força o ar a entrar na admissão da máquina. As palhetas-guia de entrada
orientam o ar com o ângulo adequado para entrada no rotor do primeiro estágio. O ar é
descarregado das pás do rotor com sua velocidade aumentada para os estatores onde a energia de
velocidade é convertida em pressão. O anel de aletas estatoras tem a finalidade de direcionar o ar
para incidir com um ângulo favorável sobre as aletas do próximo estágio rotor e promover a
desaceleração do fluxo de ar para ocorrer à transformação da energia de velocidade em pressão.
Existe entre as pás do rotor e as aletas estatoras adjacentes um caminho de expansão por onde o
ar deve passar este caminho que é chamado de difusor, a finalidade do efeito difusor é produzir
uma pequena queda de velocidade e um pequeno aumento de pressão. Este processo é repetido
nos estágios subsequentes sendo que cada estágio promove um pequeno aumento de pressão. É
possível visualizar este processo na figura 03. O fluxo de ar no compressor se dá paralelo ao eixo
(axial) numa trajetória helicoidal, e a seção de passagem é reduzida da admissão para descarga,
com o propósito de se manter a velocidade do ar constante dentro da faixa de operação, uma vez
que a pressão sobe a cada estágio e há uma redução do volume específico do ar.
13
FIGURA 2 - Conjunto rotor do compressor axial de uma turbina Alstom. Retirado dia 25.07.2010 no site:
httpwww.power.alstom.comhomenewplantsgasproductsgas turbinesgt8c2 filesfile 39938 84743.jpg
FIGURA-3 - O caminho do ar pelo compressor axial de uma turbina a gás. Retirado dia 28.11.2011 no site
http://dc400.4shared.com/doc/alHEUL0r/preview.html
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3.2.4 - DIFUSOR DE DESCARGA DO COMPRESSOR AXIAL
Ele consiste de uma passagem com formato de difusor, cônico e divergente situada
imediatamente a montante do compressor e a jusante da câmara de combustão permitindo que o
ar proveniente do último estágio do compressor axial seja direcionado para a seção de combustão.
No difusor há aumento adicional de pressão que ocorre devido a sua forma com isso é nele que a
pressão é a mais elevada da turbina que é chamada de pressão de descarga do compressor (PCD).
Na figura 4 mostra o difusor circulado em vermelho que fica no final do compressor axial.
15
FIGURA 4 – Uma turbina em corte mostrando a região do difusor circulado em vermelho e as câmaras de
combustão do tipo tubo anular marcada em azul. Retirado no dia 10.05.2012 do site:
http://www.wix.com/rofer_br/zok27-1
16
3.2.7 - TURBINA DE POTÊNCIA.
Também é existente somente nas turbinas industriais. Serve para coletar os gases de
exaustão e direcioná-los para o duto de descarga.
17
FIGURA 5 Seções de uma turbina a gás para uso aeronáutico. Retirado dia 04.08.2012 no site:
httpen.wikipedia.orgwikiFileJet_engine.svg...Turbina a gás.bmp
FIGURA 6 – Seções da turbina a gás do fabricante Solar modelo Mars de uso industrial. Retirado dia
25.07.2010 no site. httpwww.gsgnet.netimagescompaniesmainimage SOL001 main_
190509144109130CM(576).jpg
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3.3 – O PROCESSO DE FLUXO DE AR NO INTERIOR DA TURBINA
Na partida da máquina o compressor é movido pelo sistema de partida (que pode ser
elétrico, eletro-hidráulico, a gás ou pneumático) em seguida, depois da combustão e uma
determinada velocidade, a própria potência produzida na seção da geradora de gás fica
responsável a mover o compressor.
O ar que foi comprimido pelo compressor passa através do difusor e vai para a câmara de
combustão, onde o combustível é injetado e misturado com parte do ar comprimido.
O rápido aumento de temperatura dentro da câmara de combustão produz um aumento
considerável do volume e da velocidade do fluxo dos gases de combustão, não havendo, no
entanto mudança de pressão (isobárico).
Como resultado, Os gases gerados na combustão a alta temperatura são expandidos a uma
alta velocidade através de estágios da turbina geradora de gás que promovem o efeito bocal e
direcionam os gases de uma maneira a proporcionar um melhor ângulo de ataque nas palhetas das
rodas da turbina, convertendo a energia dos gases em potência no eixo, fazendo acionar o
compressor axial de ar e a turbina de potência. No caso das aeronaves estes gases quando saem
da seção da GG vão para um tubo propulsor gerando a propulsão.
Na carga e velocidade nominais aproximadamente dois terços da energia fornecida à
seção da turbina são utilizados para acionar o compressor e os acessórios.
Os gases em expansão, cuja pressão diminui à medida que acionam os rotores da turbina,
saem através do difusor de escapamento e são expulsos para a atmosfera através do coletor de
exaustão (no caso das turbinas industriais). Em alguns casos a energia dos gases é aproveitada
para equipamento de recuperação de calor. Nas figuras 07,08 e 09 a seguir demonstram o
caminho do ar na turbina.
19
FIGURA 7 – A entrada e o fluxo de ar passando pelo compressor axial da turbina.
Retirado no dia 24.07.2010 no site: http://mysolar.cat.com/cda/layout?m=35442&x=7
FIGURA 8 - O ar saindo do compressor passando pelo difusor se misturando com o combustível (em
verde) na câmara de combustão (o vermelhado significa a queima do ar mais combustível).
Retirado no dia 24.07.2010 no site: http://mysolar.cat.com/cda/layout?m=35442&x=7
20
FIGURA 9 - Nesta etapa já é a exaustão dos gases para as rodas da geradora de gás e a turbina de
potência. Retirado no dia 24.07.2010 no site: http://mysolar.cat.com/cda/layout?m=35442&x=7
21
4.0 – INSPEÇÃO BOROSCÓPIA
Fazendo parte da manutenção preditiva, a boroscopia é uma inspeção não destrutiva que,
com auxílio de equipamentos especiais comercialmente chamados de “boroscópios, fibroscópios
ou videoscópios,” permite avaliar as condições internas de um equipamento, com o mínimo de
desmontagem requerida, podendo definir a continuidade operacional ou não deste equipamento.
Existem diversos modelos destes equipamentos com uma gama de variações nas lentes,
diâmetros, direções de visão e ângulos de visão. Estão disponíveis para diferentes aplicações,
com ótima iluminação com recursos de luz guia especial para eliminar perdas de luz e dar ao
usuário uma definição mais clara e precisa, para que a inspeção possa ser feita mais facilmente
com grande acuracidade.
Existem três tipos de equipamentos para realizar a inspeção boroscópica. São os
boroscópios que foram os primeiros a serem utilizados, possuem haste rígida para introduzir no
equipamento, o fibroscópio surgiu depois com sua haste flexível. Por último, e mais moderno,
temos o videoscópio que possui recursos de fotografia e filmagem, são os mais utilizados
atualmente. A seguir estão descritos com mais detalhes cada tipo.
4.1 - BOROSCÓPIOS.
O boroscópio (figura 10) é um instrumento usado para fazer inspeções visuais remotas e é
composto de duas partes principais:
1- Um longo e fino tubo que é inserido no interior do equipamento inspecionado através
de uma pequena abertura. Esse tubo pode ser rígido ou flexível.
2- Um conjunto de lentes e controle manual que ficam fora do equipamento e mostra
imagens do seu interior.
A ponta (figura 11) ilumina a área que vai ser inspecionada no interior escuro do
equipamento e transporta a imagem para a lente (ou monitor) que está do lado de fora.
22
FIGURA 10- Modelos de boroscópios. Retirado dia 26.07.2010 no site:
httpwww.olympus-ims.comenborescope
FIGURA 11- Tipos de pontas dos boroscópios. Retirado dia 26.07.2010 no site
httpwww.olympus-ims.comenstandard-rigid-borescopes
4.2 – FIBROSCÓPIOS
Os fibroscópios, transmitem a imagem através de uma fibra ótica. Com ele é possível um
aumento da imagem , com zoom ótico. A imagem é transmitida a um olho por meio de uma lente
ocular. Na figura 12 é possível ver um controle de um fibroscópio e na figura 13 um tipo de
fibroscópio.
23
FIGURA 12- Um controle de fibroscópio. Retirado dia 26.07.2010 no site
http://www.pilotopolicial.com.br/?p=5090
4.3 – VIDEOSCÓPIOS
24
FIGURA 14- Videoscópio do fabricante Olympus modelo IPLEX FX. Retirado dia 26.07.2010 no site
httpwww.olympus-ims.comptrvi-productsiplex-fx
FIGURA 15- Videoscópio do fabricante Olympus modelo IPLEX 20SA2R. Retirado dia 26.07.2010
no site httpwww.olympus-ims.comptrvi-productsiplex-sa-ii-r
25
FIGURA 16 - Videoscópio do fabricante GE modelo XL Go. Retirado dia 11.05.2012 do site:
http://pdf.directindustry.com/pdf/ge-inspection-technologies/xl-go-videoprobe-remote-visual-
inspection/9257-138822.html
FIGURA 17- Videoscópio do fabricante Extech modelo HDV610. Retirado dia 11.05.2012 do site:
http://www.agriculturesolutions.com/components/com_virtuemart/shop_image/product/Extech_HD_
Video__4f1f1d587c9ee.jpg
26
FIGURA 18 - Videoscópio do fabricante Ridgid modelo micro CA-100. Retirado dia 11.05.2012 do
site: http://www.ridgid.com/Tools/micro-CA100
FIGURA 19 - Tipos de pontas para videoscópios do fabricante Olympus. Retirado dia 26.07.2010 no
site httpwww.olympus-ims.comenrvi-productsiplex-mxii
27
4.4 - BENEFÍCIOS DA INSPEÇÃO BOROSCÓPICA:
Inspeção não destrutiva em equipamentos diversos com aplicação nos ramos da:
• Energia Eólica (Aerogerador, caixa de transmissão e outros).
• Aeronáutica (turbinas de aviões e helicópteros e outros).
• Automotiva (Motores e caixa de engrenagens e outros).
• Industriais (Motores, turbinas industriais, geradores, vasos, válvulas e outros).
• Outros.
28
4.7 - CUIDADOS E PRECAUÇÕES NA INSPEÇÃO
29
5.0 - O USO DA BOROSCOPIA EM TURBINAS A GÁS
O inspetor tem que ser muito bem qualificado, pois possui uma grande responsabilidade.
Isso porque a inspeção boroscópia requer um nível de atenção e detalhamento que não permitem
qualquer erro, pois, o erro pode acarretar um motor destruído (no caso de erro de avaliação) ou
um motor removido sem necessidade (erro de sobre avaliação). Daí a necessidade de treinamento
constante. As figuras 20 e 21 mostram os técnicos efetuando inspeção em turbinas a gás.
FIGURA 20 - Técnico executando uma inspeção em uma turbina a gás com um fibroscópio.
Retirado dia 26.07.2010 no site http://www.pilotopolicial.com.br/?p=5090
30
FIGURA 21 - Técnico executando uma inspeção em uma turbina a gás com um videoscópio.
Retirado dia 26.07.2010 no site: httpwww.olympus-ims.comptrvi-productsiplex-lxfunctionality
Em uma turbina a gás a câmara de combustão é um dos lugares mais difíceis de analisar
os danos, depois vem a inspeção das palhetas, e temos que saber o significado de cada parte
delas, já que cada parte possui um limite diferente de tolerância aos danos.
O técnico deve conhecer bem o equipamento que irá inspecionar e como usar
corretamente o boroscópio. No caso do uso do boroscópio, é preciso saber configurar o tipo de
lente, a iluminação adequada na visualização do que está inspecionado, ou seja, utilizar todos os
seus recursos para obter uma inspeção de boa qualidade. Na inspeção de uma turbina a gás o
ideal é ter um roteiro para auxiliá-lo durante o serviço para que não se esqueça de inspecionar
algum ponto. Este roteiro deverá ter os pontos de acessos ao interior da turbina que será
inspecionada, as partes a serem verificadas por cada ponto, qual o melhor tipo de lente para
aquela posição e os cuidados no trajeto, com cantos vivos de difícil penetração da haste, rotação e
inclinação da haste para que ela não fique presa e danifique o boroscópio ou o equipamento que
está sendo inspecionado.
31
6 - TIPOS DE ANORMALIDADES ENCONTRADAS EM TURBINAS A GÁS:
Existem inúmeras anormalidades que podem ocorrer em uma turbina a gás, que são vistas
na inspeção boroscópia. O critério de aceitação ou condenação de cada anormalidade tem como
referência o fabricante do equipamento e a experiência do inspetor. A seguir serão ilustradas
algumas anormalidades encontradas durante a inspeção por boroscopia, apresentando ainda as
suas respectivas definições. As figuras 22 a 42 são fotos tiradas por mim, com o videoscópio do
fabricante Olympus modelo IPLEX 20SA2R, nas inspeções boroscópias em turbinas a gás do
fabricante Solar Mars. Estas turbinas pertencem à empresa Petróleo Brasileiro S.A. elas estão
instaladas na plataforma de Namorado I da Bacia de Campos RJ.
6.1 – DENT
Uma cavidade (amassado) usualmente causada por impacto de um objeto estranho (FOD).
O material de origem é deslocado (raramente separado). Na figura 22 mostra um dent na palheta
rotora do compressor axial.
O FOD é a abreviação em inglês "Foreign Object Damage". É a designação que se atribui
aos danos identificados em qualquer parte do motor causados por objetos desconhecidos.
32
6.2 – NICK
Uma penetração afiada na superfície causada por impacto de objeto estranho (FOD). A
figura 23 mostra o Nick em uma palheta do compressor axial da turbina.
33
6.3 - TIP CURL
O roçamento pode ser provocado no inicio ou no decorrer da operação. Por isso no inicio
de operação existe um procedimento de amaciamento da máquina que previne um possível
roçamento e outros problemas. No decorrer de operação esta anormalidade pode ser provocada
por alguma instabilidade, como por exemplo um surge no compressor de ar.
34
6.4 – CARBONIZAÇÃO
35
6.5 – TRINCAS
Separação parcial visível de material que pode progredir para uma quebra completa; não é
necessário L.P (inspeção por líquido penetrante) para visualizar. A figura 28 mostra uma trinca
em uma nozzle e a figura 29 trincas na parede de uma câmara de combustão.
FIGURA 30 – Blade com perda de material FIGURA 31 – Blade com perda de material
36
As trincas e as perdas de material são provocadas normalmente por falhas no processo de
fabricação dos componentes, fadiga, ou operação da máquina de modo indevido.
Suspeita de falhas no processo de fabricação quando um ou vários componentes
apresentam trincas ou perda de material quando a máquina está com poucas horas de operação.
A Fadiga acontece já no final de vida útil estabelecida do equipamento.
Com a máquina operando em condições anormais por um período tem como consequência
o desgaste acelerado dos componentes internos e aparecimento de trincas ou perdas
principalmente na parte quente. Estas falhas provocam a redução da vida útil da máquina.
Dependendo do seu grau e posição da perda de material, pode ocasionar vibração na
máquina.
37
FIGURA 32 – Vanes do compressor de ar FIGURA 33 – Difusor do compressor axial
Uma das formas de combater a corrosão é efetuar da lavagem interna para eliminar as
substâncias químicas, substâncias ácidas e outros elementos químicos que aceleram o processo de
corrosão.
38
6.8 - PERDA DE REVESTIMENTO
Materiais adequados para as partes frias e quentes da turbina são um compromisso entre a
performance mecânica e a resistência à corrosão. Uso de materiais resistentes capazes de suportar
temperaturas elevadas, tais como níquel e ligas de cobalto, são para aumentar a resistência à
corrosão para trabalho em ambientes agressivos, com os revestimentos protetores ("blindagem"
para as palhetas). A perda de revestimento ocorre quando há desprendimento deste revestimento
protetor. O objetivo deste é tentar estender os intervalos de funcionamento da turbina e manter os
custos baixos. A figura 34 mostra as nozzles de GG, a 35 e 36 blades de uma PT e a 37 são vanes
de um compressor axial, todas com perda de revestimento. As perdas de revestimento acontecem
no decorrer da operação do equipamento e são provocadas normalmente pelos processos de
corrosão
39
6.9 – SULFIDAÇÃO (CORROSÃO A QUENTE).
Em inglês designada por "Sulfidation" que pode ser também traduzido para sulfetação ou
sulfuração. É um processo químico que ocorre em ambientes de alta temperatura.
Uma definição de sulfidação é uma reação de um metal ou liga com alguma forma de
enxofre que se forma sobre ou sob a superfície de um metal ou liga.
40
. FIGURA 38 – Blades FIGURA 39 – Blades
41
6.10 - EROSÃO TÉRMICA
FIGURA 42 – Nozzles de GG com erosão térmica FIGURA 43 – Blades de GG com erosão térmica
42
7.0 - PONTOS DE BOROSCOPIA EM UMA TURBINA A GÁS.
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4
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8.0 - CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
ALAN, Kardec Pinto e JÚLIO Nascif Xavier. Manutenção Função Estratégica, 1a edição 1998,
editora Quality Mark - Rio de Janeiro – RJ.
Manual de treinamento, fabricante Solar Turbines. “Curso de manutenção de rotina e operação.”
Manual de treinamento “Turbinas a gás princípio de funcionamento e construção” de 2005
Elaborado pelo engenheiro da Petrobrás Manoel Queiroz.
Manual do videscópio do fabricante Olympus modelo IPLEX 20SA2R
Anthony Giampaolo. Gas Turbine Handbook: Principles and Practices, Third Edition 2006,
publishing house The Fairmont Press.
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