Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Resumo
Este artigo propõe um roteiro de ensino com o uso do software Geogebra para
complementar a Situação de Aprendizagem 2, disponível no material de apoio ao Currículo do
Estado de São Paulo – Volume 2 para as turmas de 3ª Série do Ensino Médio. O objetivo é
aplicar essa metodologia com o uso de recursos computacionais para a construção de gráficos,
análise de conceitos e identificar as principais características das funções linear, afim,
quadrática, racionais, trigonométricas, exponencial e logarítmica.
1 Apresentação
1
Artigo elaborado para o curso de Licenciatura em Matemática na FALC.
2
Professor de Matemática da rede estadual de São Paulo. E-mail: daniel_ocj@hotmail.com
3
Orientadora Pós-Graduada em Gestão e Docência do Ensino Superior.
2
2 Fundamentação Teórica
Afinal, o que são funções? Uma função descreve as mudanças sofridas por uma
grandeza provocadas pela variação de outra. Quando conhecemos uma função, temos algum
tipo de descrição da maneira como uma grandeza varia dependendo da variação de outra.
Matematicamente, dizemos que uma função é uma relação entre os elementos de dois
conjuntos, em que para cada elemento de um conjunto é associado apenas um elemento do outro
conjunto.
2.1 Funções
Há várias formas de descrever como essa correspondência é feita. Essa descrição pode
ser verbal, feita por meio de um texto que explica como as variáveis se relacionam, ou por meio
de uma tabela, mostrando alguns valores significativos que a variável dependente assume
conforme o valor da variável independente. Além disso, uma função pode ser representada por
meio de uma fórmula matemática, ou então por meio de um desenho ou gráfico.
Com o uso dessa representação, passou-se a utilizar um plano com duas retas graduadas
ortogonais destacadas, uma para representar os valores de x e outra os valores de y. Ou seja,
para cada ponto P, precisamos ter um par de números indicando sua posição: o número x, que
inicialmente era chamado de “corte” do ponto P, e depois ficou conhecido como abscissa (do
latim “cortar”); e um segundo número y (conhecido como ordenada). Os termos abscissa,
ordenada e coordenadas foram usados pela primeira vez por Leibniz em 1692.
Uma função real f associa, a cada número x de um subconjunto D⊂R um único número
real y. Representamos essa associação por y = f (x). Lemos assim: “y é igual a f de x”, ou “y é
função de x”.
a) Registro verbal:
Uma formiga se move sobre uma régua em linha reta na direção crescente dos
centímetros, com velocidade constante de 2 cm por segundo. Supondo que, quando começamos
a observar a formiga, ela se encontra a 4 cm da origem, onde ela estará após 5 segundos?
b) Tabela:
c) Fórmula algébrica:
d) Gráfico:
No caso, podemos obter o valor desejado: após 5s de passeio a formiga está na posição
12 cm.
Observe que a linguagem gráfica às vezes pode trazer informação adicional. No caso da
formiga, não foi informado o que ocorria antes de começarmos a observar, ou seja, no tempo
“negativo” que veio antes do início da observação (ou o que viria depois da observação). Além
disso, se a informação fosse só a fornecida pela tabela, não teríamos condições de saber
exatamente qual é a função. Existem situações em que não é possível obter determinada
representação para uma dada função. Em outras situações, pode ocorrer que uma certa
representação seja muito mais útil que as demais. Por isso é importante conhecer todas.
Dizemos que o gráfico de uma função é o conjunto definido por todos os pares
ordenados (x, f (x)) tais que x está no domínio de f. Ao escrever, por exemplo, f: R→R
queremos dizer que a função f relaciona elementos do conjunto dos números reais R.
Encontramos vários exemplos de figuras simétricas na natureza. Muitos seres vivos têm
uma configuração simétrica. Uma ideia de figuras simétricas é a encontrada nas gravuras
abaixo. Se dobrarmos a folha de papel ao longo das retas tracejadas, a figura se sobrepõe. Estas
retas são chamadas de eixos de simetria. Muitas vezes nem percebemos, mas há várias figuras
simétricas na natureza. Veja os eixos de simetria indicados abaixo.
6
Reflexão em relação a alguma reta m, que pode ser chamada de eixo de reflexão ou de
simetria, é a transformação que a cada ponto P associa o seu simétrico P’ em relação a m, isto
é, m é a mediatriz do segmento PP’. Se dobrarmos a folha de papel ao longo de m, os pontos P
e P’ se sobrepõe.
Esses movimentos, bem como suas combinações, geram padrões que são muito
utilizados na arte, na arquitetura e na decoração. Considerar esses movimentos no plano pode
ser útil para compreendermos as funções matemáticas.
Por outro lado, as funções podem nos ajudar a compreender e representar melhor essas
e outras transformações
A função polinomial do segundo grau, ou função quadrática, mais simples, é dada pela
expressão y = x² e tem por gráfico uma curva denominada parábola. Como sempre, x é a
variável independente e y é a variável dependente.
O ponto dado pelo par ordenado (0,0) denomina- se vértice da parábola y = x².
Entretanto, como veremos a seguir, precisamos escrever a função num outro formato:
y = a (x + m)², onde a, m e k são constantes, a ≠ 0, que se relacionam com a, b e c, dados
inicialmente, o que também será detalhado mais adiante.
Como fizemos no caso das funções de primeiro grau, vamos entender primeiro qual é a
ação do coeficiente a. Para tanto, vamos examinar o caso das funções do tipo y = ax², com a ≠
0.
Primeiramente, se a > 0, observe na figura 7: para cada valor não nulo da abscissa x, o
valor da ordenada correspondente é, respectivamente, x², 2x², 1/2x², 1/3x². Além disso, para x
= 0 temos sempre x = 0, o que significa que todas as curvas passam pela origem.
Dessa maneira, o coeficiente a > 0 em y = ax² faz mudar o ângulo de inclinação da curva:
se a > 1, o ângulo aumenta (a parábola fica mais “fechada”), se 0 < a < 1, o ângulo diminui (a
parábola fica mais “aberta”).
Também agora, se a < 0, observe na figura 9: para cada valor não nulo da abscissa x, o
valor da ordenada correspondente é, respectivamente, –x², –2x², –1/2 x², – 1/3x². Além disso,
como antes, para x = 0 temos sempre y = 0, o que significa que todas as curvas passam pela
origem.
Dessa maneira, o coeficiente a < 0 em y = ax², como antes, faz mudar o ângulo de
inclinação da curva: se a < – 1, a parábola fica mais “fechada”, se –1 < a < 0, a parábola fica
mais “aberta”.
O ponto dado pelo par ordenado (0, 0) é o vértice da parábola y = ax2, para todo a < 0.
Vamos agora analisar o caso de funções do tipo y = ax² + k, a ≠ 0. Para tanto, na figura
10 estão os gráficos de funções desse tipo para alguns possíveis valores de k.
Para qualquer outro valor do coeficiente k acontece algo análogo: se k > 0 há uma
translação vertical para cima; se k < 0 há uma translação vertical para baixo.
Figura 11. Gráfico de funções do tipo y = a(x + m)² para alguns valores de m.
2.4 O Geogebra
Não é de hoje que a tecnologia vem invadindo as salas de aula, desde tablets ao invés
de livros, até softwares educativos. Essas ferramentas podem auxiliar e muito, desde que bem
utilizadas, no processo de ensino e aprendizagem, permitindo que o aluno perceba aplicações
no mundo que ele vive, daquelas disciplinas que está estudando. Mas para que esse processo se
dê de maneira eficiente os professores devem estar aptos e bem capacitados para tal,
conhecendo profundamente essas ferramentas e conseguindo utilizá-las de maneira eficiente no
ensino. Na Matemática, disciplina culturalmente temida por muitos alunos, o uso de tais
softwares pode desempenhar papel crucial no entendimento de alguns conceitos, podendo até
mesmo despertar o interesse em alguns desses alunos.
O software GeoGebra, que é um software livre, com finalidades didáticas para ser
utilizado em situações de ensino e aprendizagem de matemática e até outras disciplinas de
exatas é compatível com diferentes sistemas operacionais, pode ser considerado fácil sua
manipulação, permite visualizar e relacionar a geometria, a álgebra, tabelas, gráficos,
probabilidade, estatística e cálculos, tudo em um único ambiente.
11
Com o recurso desse software no ensino de funções o aluno poderá construir, visualizar,
interpretar, manipular os gráficos, permitindo uma melhor compreensão das relações neles
existentes. Conforme Villardi e Oliveira:
3 Desenvolvimento
Portanto a sugestão é que sigam um roteiro modelo, onde contenha uma sequência de
criação e análise do gráfico com sua respectiva função. O uso de referências e partir de funções
consideradas simples à mais complexa, facilitará o entendimento do aluno.
Citar a Função;
Função de 2° (quadrática);
Função de Racional;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Trigonométricas.
Figura 17. Gráfico da Variação dos coeficientes da função: y=x² (concavidade para cima)
Figura 18. Gráfico da Variação dos coeficientes da função: y=x² (concavidade para baixo)
16
y=2sen(x) e y=4sen(x)
4.1 Referências