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Mímesis
Percorrem o trajeto do conceito:
- Enquanto platônica ou sobretudo Aristotélica
- Intuição de que a reflexão sobre ela não devia ser abandonada.
Para Luiz, o eixo de sua teorização sobre a mímesis mudou nesse percurso que começa com
Mimesis e Modernidade, 1980, Vida e mimesis e Mimesis: desafio ao pensamento.
Antes era vista como fenômeno enquanto social, houve então um refinamento e a terceira etapa com
a idéia kantiana de experiência estética (Mimesis: desafio ao pensamento)
Que o levou a pensar a mimesis como produção textual --> reflexão refinada sobre o social que fois
possível a partir da categoria estética
Fenômeno social --------->>>> experiência com o texto ---->> se dá enquanto experiência estética
(Produtor/ receptor) ----->>> Ainda é um fenômeno social só que visa um produto específico =
ARTE
O que Luiz vê como alternativa para o intelectual hoje: criar para si uma emulação interna ( Não se
trata da emulação de um modelo!). Ele fala sobre as c´riticas que fazia a si mesmo, sem ser
consciente, alternativa a se criar. (Então, ele estaria propondo a metacrítica, mas reconhecendo que
em seu caso fora mesmo excessiva!) Link com a tese!
Na adolescência Luiz estudava matemática e música. Adriana Lunardi fala que então a crítica
literária é filha da música e da matemática. Formou-se em direito.
Retrospecto das últimas aulas:
Primeira idéia de mimesis supõe concepção substancialista/ essencialista de mundo – cosmo
fechado dos gregos – empecilho para a reconsideração do conceito de mimesis.
Mas,...
outra versão de mundo, mais atual, é tão prejudicial quanto.
1980 – Mimesis e modernidade
1995- Vida e mimesis
2000- Mimesis: desafio ao pensamento
Mais dificuldades para uma compreensão justa da mimesis que vão além do que Luiz escreveuno
Vida e mimesis
- CHoque entre as concepções: substancialista e construtivista (anos 60 a 80) deste século.
Construção construtivista de sociedade, supõe que não há sociedade, esta não é criada pelo homem
para satisfazer necessidades naturais humanas. Próprio da sociedade é cosntruir as necessidades
humanas. (A concepção é “Bonitinha, mas ordinária” como diria Nélson Rodrigues).
Aristóteles
Para que o produto humano não seja reprodução, é necessário que ele explore as idealidades das
coisas, vazios que surgem no Cosmo fechado no caso grego. Brechas/ interstícios = exploração das
idealidades.
Dois princípios básicos aristotélicos: Necessidade e Verossimilhança
São apresentados como distintos, mas praticamente, em relação à obra, eles se relacionam.
Aristóteles tem a genialidade de descobrir esses 2 elementos como fundamentais.
Haveria de se distingüir:
Necessidade natural = afirmação de existência entre o texto e algo que observa
Meio – modo de aproximação com o texto, modus operandi, aparato cientificista do séc. XIX
Função da arte
É preciso falar. Pois só o reconhecimento da naõ função da arte não basta para tratar do problema.
Autonomia da arte
Séc. XIX essa autonomia se planifica. Começa em fins do XVIII. Por que a arte é intelectualmente
autônoma? Não presta contas à instituições, igrejas, como já prestara no passado.
Experiência estética – Kant
Lugar capital à autonomia da arte. Ao longo do XIX em Paris, essa autonomia se desenvolve,
independência do artista em relação aos mecenas. A isso irá se relacionar à autonomia intelectual da
arte o que dará lugar a independência da arte.
A resposta de Kant é válida mas não nos parece que baste como resposta. A presença da sociedade
industrial apresenta um outro obstáculo: esta apesar de reconhecer a necessidade da experiência
estética, a descarta, não “liga” para isso.
Pensar para pesquisas futuras: Questão das bienais. A que se prestam? Festivais... Adorno –
indústria cultural.
Idéia kantiana de gênio, e, também, de Diderot – são mais amplas que a de intencionalidade –
progressivamente vai caindo no senso comum.
Para eles, gênio era aquele capaz de fazer algo para o qual não estava preparado, pois teria um “algo
a mais”. Essa “mais valia”, no entanto, não é dominada e não pode, portanto, ser convertida em
intencionalidade.
Fim do XVIII até a metade do XIX é no francês que essa conversão é criada ---->>> a genialidade
convertida em intencionalidade. Seria interessante verificar isso – pesquisa
É impossível haver um parâmetro, um tipo de c´ritica nula, pois haverá alguém que preserve a
interpretação da época.
Próprio da obra é mudar internamente, ela muda por causa dos efeitos da mímesis, não porque é
feita de palavras!
Ótimo que se façã essa “retrospecto” – multiplicidade de visões que a obra tem ---> mas isso serve
para o prefácio, não para a análise da obra!
O que pareceu importante até agora é esse fluxo impulsionante, de transformação continuada, da
própria mimesis. Qual o fluxo dessa transformação? Para que ela diga respeito ao mesmo objeto é
necessário que algo dela permaneça.
Dinamicidade/ fluxo da mimesis.
Problema de passagem de culturas – existe pouca coisa escrita a respeito disto. Uma determinada
obra ao ser traduzida, dependerá do horizonte de expectativas em que ela está inserida...
Essa metamorfose se dá algo que se mante´m constante, se não seria a transformação da obra e não
da mimesis.
O fascínio exercido por uma obra da mimesis depende de ela obra desconhecer uma camada
semântica última.
(espiral---((((()))))--->>)
A vida da mimesis supõe uma transformação interna do objeto, todo oposto da linguagem
matemática (teorema só admite a exaustão semântica) teorema (Iser)
Outro problema:
Se a mimesis é uma manifestação do inconsciente, ter claro que ela não é exclusividade da arte o
que difere da concepção antiga que sempre à ligava com a obra de arte.
O aparato psicanalítico tem no caso da arte, o defeito de supor que o que etsá na obra tem a ver com
o autor consciente ou inconscientemente supor que o que se aplica ao sujeito, se aplica à sua obra.
Livro que Luiz escreveu sobre Os sertões (tem a ver com o “inconsciente do texto” que ele não se
lembra a fonte, Adriana fala que é da fenomenologia, Ingarden.
Parte literária é ornamento para a hipótese científica (Os sertões)Mas para Luiz, apesar disso, há um
“subtexto” – que é mais belo, escapa, vai além dessa “ilustração”.
Essa luta resulta que o caminho da linguagem se opera por duas vias:
- Mimesis
- Conceito (via antimimética, pois é tão mais conceito quanto mais abstrato ele seja). No caso, ele
fala do conceito duro, da história natural.
Quer a mimesis da arte ou do cotidiano, elas supõem uma correspondência entre objeto e não-
objeto. A partir dessa idéia de correspondência podemos pensá-las. Mimesis não artística = mimesis
do cotidiano, só que nesse caso, é o objeto mesmo que vai se transformando
Blumenberg- teoria da não-conceitualidade. É uma abertura. Mostrar quais são os limites do
conceito. Afinal, tomamos estes como auge da lingugaem, e ele vai ao avesso do conceito, ao que
ele chama meterafologia.
Conceito
Metáfora