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3x Não:

Um estudo sobre as negações clássica, paraconsistente


e paracompleta

Poderia haver um único sistema de lógica que permita trabalharmos si-


multaneamente com as negações clássica, paraconsistente e paracompleta?
Essas três negações foram separadamente estudadas em lógicas cujas nega-
ções levam seus nomes. Neste estudo inicial, restringiremos nossa análise às
lógicas proposicionais, analisando a negação clássica, c , tal como tratada
pela Lógica Proposicional Clássica (LPC); a negação paraconsistente, p ,
como tratada pelo Cálculo Proposicional Paraconsistente C1 ; e a negação
paracompleta, q , como tratada pelo Cálculo Proposicional Paracompleto
P1 .
Ainda que possamos chamar os três conectivos de “negações”, suas propri-
edades são distintas de acordo com cada sistema (que, por sua vez, também
preservam características metateóricas distintas). Não adentraremos aqui a
todas as suas especificidades, restringindo-nos a algumas das características
dessas negações.As ideias básicas são as seguintes.
A negação clássica (LPC) preserva dois princípios importantes, chamados
de “clássicos”:

(TE) Terceiro Excluído: α _ c α


(NC) Não-Contradição: c pα ^ c αq

Por outro lado, a negação paraconsistente (C1 ) preserva apenas (TE)


α _ p α, enquanto que (NC) é restrito às fórmulas ditas bem comportadas
em C1 , definidas como:
def
α˝ “ p pα ^ p αq
Por fim, a negação paracompleta (P1 ) satisfaz apenas (NC) q pα ^ q αq,
enquanto que (TE) é restrito às fórmulas ditas bem comportadas em P1 ,
definidas como:
def
α‚ “ α _ q α
Retornando à pergunta inicial, Newton da Costa, em “Logics that are both
paraconsistent and paracomplete” (1989) propôs um sistema com caracterís-
ticas aproximadas ao que buscamos. No Cálculo Proposicional Não-Alético
N1 , é introduzida apenas uma negação, chamada de “não-alética” ( n ), cujo
funcionamento pode preservar as propriedades da negação clássica, ou para-
consistente ou paracompleta – dependendo do bom ou mau comportamento
da fórmula a ela conectada. De modo idêntico aos cálculos C1 e P1 , da Costa
introduz também dois operadores de bom comportamento: ˝ e ‚ . Assim, se
uma fórmula α é α˝ , então ela preserva a (NC) e é dita “bem comportada
paraconsistentemente”; se é α‚ , então preserva o (TC) e é dita “bem compor-
tada paracompletamente”. Disso se segue, portanto, que se uma fórmula é
bem comportada em ambos os sentidos (α˝ e α‚ ), dizemos que α é uma “fór-
mula clássica” – cuja negação não-alética tem o funcionamento da negação
clássica. Se é apenas bem comportada paraconsistentemente (α˝ ), mas não
paracompletamente ( n pα‚ q), dizemos que é uma “fórmula paracompleta”,
cuja negação não-alética se comportará como a negação paracompleta. Por
fim, se for bem comportada paracompletamente (α‚ ), mas não paraconsis-
tentemente ( n pα˝ q), dizemos que é uma “fórmula paraconsistente”, cuja ne-
gação não-alética se comportará como a negação paraconsistente. Dada essas
características, no entanto, obtemos dois teoremas:

(1) α‚ Ñ p n αq

(2) α˝ Ñ p n αq
˝

Como consequência, nunca poderíamos reiterar negações diferentes em


uma mesma fórmula (e.g., p c α ou q c p α). Em vista desses proble-
mas, podemos realmente dizer que N1 nos permite compreender as relações
e interações dos três tipos de negações?
Para tratarmos disso, posto o problema inicial, apresentaremos um sis-
tema axiomático (KG) no qual, diferente de N1 , as três negações são dire-
tamente introduzidas – oferecendo também uma semântica e um método de
provas por tableaux analíticos. Através de KG mostraremos como as negações
interagem, obtendo teoremas não demonstráveis em LPC, C1 , P1 e N1 .

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