Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
São Leopoldo
2011
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA
São Leopoldo
2011
Autoria: Rafael Ayres Rodrigues
Os ensaios foram realizados objetivando a comparação entre o aço ao boro SAE 15B30
nas condições de temperado em água e revenido, temperado em óleo e temperado em água
sem revenimento, mantendo-se os mesmos padrões de dureza para a determinação das
propriedades mecânicas, tais como limite de escoamento, limite de resistência, alongamento,
redução de área e tenacidade ao impacto.
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1. Objetivos .......................................................................................................... 13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 14
2.1. Aços ao carbono ................................................................................................ 14
2.2. Aços de baixa liga ............................................................................................. 15
2.3. Aços Ligados ao Boro ....................................................................................... 16
2.3.1. Temperabilidade de Aços ao Boro........................................................................ 16
2.3.2. Mecanismo do Boro ................................................................................................ 17
2.3.3. Precipitação de constituintes de boro .................................................................. 19
2.3.4. Conteúdo de boro .................................................................................................... 21
2.4. Tratamentos Térmicos ...................................................................................... 22
2.4.1. Recozimento ............................................................................................................. 23
2.4.2. Normalização............................................................................................................ 25
2.4.3. Coalescimento.......................................................................................................... 26
2.4.4. Tratamento Térmico de Têmpera ......................................................................... 27
2.4.5. Tratamento Térmico de Revenido ........................................................................ 28
2.4.5.1. Primeiro Estágio do Revenido – Segregação de carbono e formação de
carbonetos metaestáveis ............................................................................................... 29
2.4.5.2. Segundo e Terceiro Estágios do Revenido – Transformação as austenita
retida e precipitação de cementita ............................................................................... 30
2.4.5.3. Quarto Estágio do Revenido – Precipitação de carbonetos de liga ......... 31
2.4.6. Influência do Revenido na Dureza e Tenacidade .............................................. 32
2.4.7. Endurecibilidade ou Temperabilidade .................................................................. 33
2.4.8. Medida da Temperabilidade .................................................................................. 34
2.4.8.1 Método de Grossmann ..................................................................................... 34
2.4.8.2 Método de Jominy ............................................................................................. 35
2.4.9. Faixas de Temperabilidade .................................................................................... 37
2.4.10. Fatores que Afetam a Temperabilidade ............................................................ 39
2.4.11. Tamanho de Grão Austenítico ............................................................................ 41
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL ....................................................................... 43
3.1. Estratégia Experimental – Determinação dos Parâmetros de Têmpera ....... 43
3.2. Caracterização do Material ............................................................................... 45
3.3. Procedimento Experimental ............................................................................. 46
3.3.1. Equipamentos Utilizados nos Ciclos Térmicos dos Experimentos .................. 46
3.3.1.1. Aquecimento para Austenitização ................................................................. 47
3.3.1.2. Meio de Resfriamento para Têmpera ........................................................... 47
3.3.1.3. Temperatura para o Revenido ....................................................................... 47
3.3.2. Corpos de Prova ...................................................................................................... 48
3.3.3. Análises Metalográficas .......................................................................................... 48
3.3.4. Ensaios de Dureza .................................................................................................. 49
3.3.5. Ensaios de Tração ................................................................................................... 50
3.3.6. Ensaio Charpy – Tenacidade ao Impacto............................................................ 51
3.3.7. Análise de Fraturas em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) ............ 54
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 55
4.1. Microestrutura .................................................................................................... 58
4.2. Propriedades Mecânicas de Tração ................................................................. 61
4.2.1. Temperado em Água e Revenido e Temperado em Óleo - Comparativo ...... 61
4.2.2. Temperado em Água sem Revenimento ............................................................. 64
4.3. Tenacidade ao Impacto ..................................................................................... 67
4.4. MEV – Microscopia eletrônica de varredura .................................................... 70
5. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 73
6. SUGESTÕES ......................................................................................................... 75
7. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 76
12
1. INTRODUÇÃO
1.1. Objetivos
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os aços de médio carbono são similares aos aços de baixo carbono, exceto que
as faixas de carbono variam de 0,30 a 0,60% e o manganês de 0,60 a 1,65%. O
aumento do teor de carbono para cerca de 0,5% com um aumento acompanhado do
15
manganês permite que os aços de médio carbono possam ser usados na condição
temperado e revenido. O uso de aços médio carbono incluem eixos, engates,
engrenagens e peças forjadas. Aços na faixa de 0,40% a 0,60% C também são
utilizados para rodas ferroviárias e eixos ferroviários.
Tal como acontece com os aços em geral, aços de baixa liga podem ser
classificados de acordo com: composição química - tais como aço ao níquel, aços
cromo-níquel, aços molibdênio, aço cromo molibdênio, aços ao boro e assim por diante;
tratamento térmico - como temperados e revenidos, normalizados, recozidos, etc; e
soldabilidade.
16
variação de conteúdo de
boro em aços comercial
Também vale destacar que carbonetos de boro [Fe23(CB)6] são fases mais
estáveis que fases de cementitas de boro [Fe3(CB)], o que explica porque os
constituintes de boro formados durante a transformação entre a faixa de 900 a 595°C
consistem-se de carbonetos de boro. Entretanto, em temperaturas abaixo de 595°C,
cementitas de boro podem formar uma fase metaestável intermediaria nos contornos de
grão (OHMORI, 1971).
Tabela 2.1 - Quantidade de boro ótima para aumentar a temperabilidade (KAPADIA, 1978).
Adicionado Calculado
Analisado
Não relatado
Figura 2.2 - Relação entre o efeito do boro na temperabilidade e o conteúdo de boro obtidas em diferentes estudos.
(curvas normalizadas para o mesmo efeito de boro) (KAPADIA, 1978).
Melhora da ductilidade;
Melhora da usinabilidade;
2.4.1. Recozimento
2.4.2. Normalização
2.4.3. Coalescimento
temperaturas de início e final das transformações das fases de acordo com a taxa de
resfriamento e a dureza indicando no final do resfriamento (SPECTRU, 2009)
Figura 2.6 - Diagrama CCT do aço SAE 15B30 - C=0,33% – Mn=1,30% – Si=0,15% – Cr=0,20% – Ti=0,025% – B=0,004%
(Carnino).
Figura 2.7 - Variação da dureza no revenido da martensita em ligas Fe-C (CHIAVERINI, 2002).
33
Uma queda acentuada da dureza ocorre na faixa entre 280 a 400ºC, causada
pela precipitação e crescimento de cementita, que está associada à redução do teor de
carbono de solução sólida. Este crescimento diminui a quantidade de precipitados na
matriz (Fe3C), aumentando a área sem barreira que impede o movimento das
discordâncias. A recuperação e a recristalização da matriz também diminuem a dureza
e resistência com o aumento da tenacidade e ductilidade (REED-HILL, 1982; MARDER
e GOLDSTEIN, 1984; WANG e ZHAO, 2004).
Outro ponto que deve também ficar claro é que, na realidade, o significado da
temperabilidade não deve ser tomado como menção à obtenção da máxima dureza, às
várias profundidades, em função da velocidade de esfriamento; temperabilidade deve
ser ligada igualmente à obtenção da máxima tenacidade, em função da microestrutura
34
produzida no esfriamento. As estruturas mais desejadas para esse fim são as bainíticas
obtidas na faixa de mais baixa temperatura e martensita revenida.
Figura 2.8 - Curvas de dureza para aço-carbono SAE 1040: a) resfriamento em óleo; b) resfriamento em água.
Chiaverini (2002).
que recebeu o jato d’água. Os valores obtidos são lançados num gráfico, resultando
numa curva cujo aspecto é o da figura 2.10. Essa curva permite também especificar a
distância da extremidade esfriada à zona de meia dureza (ou 59% de martensita) como
sendo a profundidade de endurecimento Jominy.
Figura 2.9 - Dispositivo Jominy para determinação da endurecibilidade dos aços. Chiaverini (2002).
Figura 2.10 - Curva da temperabilidade Jominy do aço SAE 15B30 (MORGAM, 1999).
37
Figura 2.11 - Faixas de temperabilidade para o aço SAE 15B30H. SAE J 1268 (1995).
38
Figura 2.12 - Faixas de temperabilidade para o aço SAE 1045H. SAE J 1268 (1995).
Pode-se comparar então os gráficos nas figuras 2.11 e 2.12 que, em uma
distância de 6 mm da ponta temperada, os resultados de dureza do aço 1045H
variaram de 28 a 37 HRc, enquanto os resultados do aço 15B30H, na mesma distância,
variaram de 43 a 51HRc (Chiaverini, 2002).
Vale ressaltar que não se utilizam, contudo, esses gráficos para fins de
especificação e que em geral, com os gráficos são fornecidas tabelas que mostram os
valores máximo e mínimo de dureza HRc, às distâncias correspondentes da
extremidade resfriada.
39
De um modo geral, pode-se dizer que são os mesmos que influenciam sobre a
posição das curvas nos diagramas isotérmicos ou de transformação contínua, isto é,
tamanho de grão austenítico, homogeneidade da austenita e composição química
(SPECTRU, 2009).
40
Figura 2.13 – Fatores que afetam a temperabilidade dos aços (CHIAVERINI, 2002).
Tabela 2.2 - Efeito do tamanho de grão austenítico sobre certas características dos aços (CHIAVERINI,
2002)
3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
De acordo com o cálculo da linha Ac3 para esta composição química, foram
determinadas três temperaturas de austenitização para os experimentos. As
temperaturas determinadas foram 860, 880 e 900°C, sendo a primeira
aproximadamente 58°C acima da linha Ac3.
N2
C Mn Si S P Cu Cr Ni Mo Sn Ti B
(ppm)
0,30 1,20 0,15 - - - 0,15 - - - 0,015 0,0030 -
0,35 1,40 0,30 0,04 0,03 0,30 0,25 0,20 0,04 0,04 0,040 0,0055 90,00
Tabela 3.2 - Composição Química do aço SAE 15B30 utilizado nos experimentos.
C Mn Si S P Cu Cr Ni Mo Sn Ti B N2 (ppm)
0,315 1,254 0,275 0,008 0,02 0,195 0,175 0,056 0,013 0,015 0,027 0,003 90
Figura 3.2 - Microestrutura de recebimento do aço SAE 15B30 utilizado nos ensaios.
Figura 3.3 - Microestrutura de recebimento do aço SAE 15B30 utilizado nos ensaios (sentido da laminação).
O revenido dos corpos de prova foi realizado no mesmo forno utilizado para a
austenitização. Somente os corpos de prova temperados em água foram revenidos,
visto que há a necessidade de estudar o comportamento do material com e sem
revenimento. As temperaturas de revenimento foram de 200 e 300ºC para ambas as
temperaturas de austenitização, a não ser para a temperatura de 860ºC em que os
corpos de prova foram revenidos somente a 200ºC.
48
Para realizar uma análise qualitativa do aspecto da fratura dos corpos de prova
após o ensaio, tomou-se como auxílio a grade comparativa retirada da Norma ASTM E
23 – 01 (2001), mostrada na figura 3.10. Esta indica o percentual de fratura dúctil do
corpo de prova rompido, onde 0% caracteriza uma fratura completamente frágil, e 100%
corresponde a uma fratura completamente dúctil.
53
Figura 3.10 - Grade comparativa utilizada para caracterização qualitativa do aspecto superficial da região de fratura
dos corpos de prova rompidos no ensaio de Impacto Charpy ASTM E 23 – 01 (2001).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 4.1 - Durezas encontradas e suas médias do material em estado de recebimento e austenitizados a
860°C.
Tabela 4.2 - Durezas encontradas e suas médias do material austenitizados a 880 e 900°C.
Tabela 4.3 - Durezas encontradas e suas médias do material austenitizados a 880 e 900°C com
revenimento
T H2O 880°C R 200°C T H2O 900°C R 200°C T H2O 880°C R 300°C T H2O 900°C R 300°C
HRC HV HRC HV HRC HV HRC HV
48 484 46 458 44 434 43 423
45 446 48 484 42 412 41 402
46 458 47 471 44 434 44 434
48 484 48 484 43 423 43 423
47 471 46 458 44 434 44 434
Média 46,8 468,6 47 471 43,4 427,4 43 423,2
Desv Pad 1,3 16,6 1,0 13,0 0,9 9,8 1,2 13,1
57
A partir das tabelas 4.1, 4.2 e 4.3, foi criado um gráfico (figura 4.1) para a melhor
visualização dos resultados médios de dureza.
50
Dureza (HRc)
Tágua
40
Tágua e rev. 200°C
30
Tóleo
20 Tágua e rev. 300°C
860°C 880°C 900°C
Austenitização
Figura 4.1 – Valores médios de dureza para diferentes temperaturas de austenitização. T água (Temperado
em água), T água e rev. 200ºC (Temperado em água e revenido a 200ºC), T óleo (Temperado em óleo), T água e
rev. 300ºC (Temperado em água e revenido a 300ºC).
4.1. Microestrutura
Figura 4.3 – Microestrutura das amostras austenitizadas a 860°C (a), (b) e (c) e revenida a 200°C (b).
Figura 4.4 – Micrografia revelando os contornos de grãos austeníticos para a temperatura de austenitização de
860°C (a), (b) e (c) e revenimento a 200°C (b).
Curva força x deslocamento (CP temperado em óleo) Curva força x deslocam. (CP temp. em água e revenido)
11000 11000
10000 10000
9000 9000
8000 8000
7000 7000
Força (Kgf)
Força (Kgf)
6000 6000
5000 5000
4000 4000
3000 3000
2000 2000
1000 1000
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
Curva tensão x deformação (CP temperado em óleo) Curva tensão x deformação (CP temp. em água e rev.)
225 225
200 200
175 175
Tensão (Kgf/mm²)
Tensão (Kgf/mm²)
150 150
125 125
100 100
75 75
50 50
25 25
0 0
0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5 0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5
Deformação (%) Deformação (%)
Através das figuras 4.5 e 4.6 é possível perceber que para a condição de
temperado em óleo o limite de resistência do material é maior que na condição de
temperado em água e revenido.
Tabela 4.4 - Valores de LE, LR, redução de área e alongamento encontrados nas duas condições
ensaiadas.
Limite de Limite de
Condição dos corpos Redução de Alongamento
escoamento resistência
de prova Área (%) (%)
(Kgf/mm²) (Kgf/mm²)
157 193 31,9 10
Temperados em Óleo 160 193,8 36,6 10
sem revenimento 158 192,3 44,9 11,5
153 191,7 44 11,3
Média 157,0 192,7 39,4 10,7
166 185,9 44,9 11,8
Temperados em água
170 184,4 48,6 12
e revenido
175 183,7 50,4 11,9
Média 170,3 184,7 48,0 11,9
Diferença de
7,65% -4,15% 17,90% 10,08%
percentual
250
200
150
Kgf/mm²
Tóleo
100 Tágua e rev.
50
0
Limite de escoamento Limite de resistência
Figura 4.7 – Média de LE e LR dos corpos de prova temperados em óleo (T óleo) e temperados em água e
revenido (T água e rev.).
T óleo
20,0 T água e rev.
10,0
0,0
Redução de área Alongamento
a b
Figura 4.9 – Aparência da fratura do CP temperado em óleo (a) e temperado em água e revenido (b).
As figuras 4.10 e 4.11 apresentam as curvas para os dois corpos de prova (CP)
ensaiados na condição de temperado em água sem revenimento.
65
Curva força x deslocam. (CP temperado em água 1) Curva força x deslocam. (CP temperado em água 2)
11000 11000
10000 10000
9000 9000
8000 8000
7000 7000
Força (Kgf)
Força (Kgf)
6000 6000
5000 5000
4000 4000 OBS.: Este corpo de prova não
3000 3000 rompeu, pois a máquina chegou
2000 2000
no limite máx. de carga.
1000 1000
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
Figura 4.10 - Curva força x deslocamento para os corpos de prova temperados em água
Curva tensão x deformação (CP temperado em água 1) Curva tensão x deformação (CP temp. em água 2)
225 225
200 200
175 175
Tensão (Kgf/mm²)
Tensão (Kgf/mm²)
150 150
125 125
100 100
OBS.: Este corpo de prova não
75 75
rompeu, pois a máquina chegou
50 50
no limite máx. de carga.
25 25
0 0
0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5 0 2,5 5 7,5 10 12,5 15 17,5 20 22,5
Deformação (%) Deformação (%)
Figura 4.11 - Curva tensão x deformação para os corpos de prova temperados em água
50,0
40,0
T óleo
30,0
%
T água e rev.
20,0
T água
10,0
0,0
Redução de área Alongamento
Figura 4.12 - Comparativo de redução de área e alongamento para as três condições ensaiadas. T óleo (temperado
em óleo), T água e rev. (temperado em água e revenido), T água (temperado em água).
A tabela 4.5 apresenta os valores obtidos para cada corpo de prova e suas
médias e na figura 4.14 é possível observar o gráfico que representa as médias de
energia absorvida para cada condição ensaiada.
Condições Ensaiadas
Temperado em
Teperado em Temperado em
água sem
óleo água e revenido
revenimento
CP1 37 35 56
CP2 40 38 86
Energia
CP3 35 28 95
Absorvida
CP4 37 42 45
(J)
CP5 73* 24 67
Média 37 33 70
*Este CP não foi considerado para o calculo das médias devido ao alto desvio.
68
Ensaio Charpy
80
70
Figura 4.15 - Aparência da fratura do CP temperado em água e revenido (a); temperado em água (b); temperado em
óleo (c).
A figura 4.16 mostra a superfície de fratura dos corpos de prova Charpy nas três
condições ensaiadas.
Nas três figuras, (a), (b) e (c), verifica-se que a superfície é composta de
“dimples”, com maior tendência de clivagem no material temperado em água sem
revenimento. É visível que para o material temperado em água e revenido os “dimples”
formados são menores, caracterizando assim este material como o mais dúctil entre os
três. O material temperado em água e sem revenimento, devido à formação de
“dimples” maiores e tendência de maior clivagem, mostra que o mesmo nesta condição
de ensaio tem a menor ductilidade dentre as três condições ensaiadas.
71
Figura 4.16 - Superfície da fratura dos corpos de prova Charpy temperado em água e revenido (a); temperado em
óleo (b); temperado em água (c).
A figura 4.19 mostra a superfície de fratura dos corpos de prova dos ensaios de
tração nas três condições ensaiadas.
72
Figura 4.17 - Superfície da fratura dos corpos de prova tração temperado em água e revenido (a); temperado em
óleo (b); temperado em água (c).
73
5. CONCLUSÕES
1. Quanto à microestrutura:
2. Quanto à dureza:
6. SUGESTÕES
- Realizar o mesmo estudo, porém com níveis de dureza mais baixos e outras
temperaturas de revenimento, diferentes daquelas avaliadas neste trabalho buscando
maiores dados das propriedades mecânicas e metalúrgicas dos aços ao Boro;
7. BIBLIOGRAFIA
ARAIN, A. Heat Treatment and Toughness Behavior of Tool Steels (D2 and
H13) for Cutting Blades, University of Toronto, National Library of Canada, Code:0-
612- 45596-3, 1999
NORMA ASTM E 23-01. Standard Test Methods for Notched Bar Impact Testing of
Metallic Materials. 2003.
NORMA SAE J 1268. Hardenability Bands for Carbon and Alloy H Steels. Revisão:
1995.
78
NOVIKOV, I.; Teoria dos Tratamentos Térmicos dos Metais, Editora UFRJ, p
439 – 457, 1994.
PORTER, L. F. The present Status and Future of boron steels, AIME, 1979.
WANG. S.Y., WANG. C.Y. and ZHAO. D.L.; Effect of Double Boron Impurities
on the α-Iron Grain Boundary Cohesion. Journal of Alloy and Compounds, n 368, p
308-311, 2004.
WANG, X. M.; HE, X. L., Effect of Boron Addition on Structure and Properties
of ow Carbon Bainitic Steels, ISIJ International, Vol. 42, 2002