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Moldagem em Prótese Parcial Removível:


Modelos de Estudo, de Trabalho e Funcional

Chapter · January 2011

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5 authors, including:

Maria da Gloria Chiarello de Mattos Renata Cristina Silveira Rodrigues


University of São Paulo University of São Paulo
96 PUBLICATIONS 742 CITATIONS 82 PUBLICATIONS 497 CITATIONS

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Ricardo Faria Ribeiro Rodrigo Tiossi


University of São Paulo Universidade Estadual de Londrina
144 PUBLICATIONS 1,041 CITATIONS 73 PUBLICATIONS 215 CITATIONS

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Biomechanical analysis of fixed dentures implant mandibular "All-on-four" varying angle, length and
diameter of the implants View project

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MOLDAGEM EM PRÓTESE
PARCIAL REMOVÍVEL:
MODELOS DE ESTUDO, DE
TRABALHO E FUNCIONAL
Maria da Gloria Chiarello de Mattos
Rodrigo Tiossi
Adriana Cláudia Lapria Faria
Renata Cristina Silveira Rodrigues
Ricardo Faria Ribeiro

INTRODUÇÃO
A reabilitação oral de pacientes parcialmente desdentados, por meio de prótese parcial remo-
vível (PPR), requer a obtenção de diferentes modelos de gesso, que sejam cópias fiéis da
arcada dentária e dos tecidos adjacentes. Desde o início do tratamento, com os modelos
iniciais ou de estudo ou de diagnóstico, até na obtenção dos modelos de trabalho ou mestre
e o funcional.

Os modelos de estudo permitem avaliar:1


 o contorno dos dentes remanescentes;
 a indicação de restaurações fixas;
 a necessidade de correção cirúrgica de exostoses, frênulo proeminente e áreas de
retenção em tecidos moles.

Nos modelos serão realizados os desenhos das estruturas que constituem a PPR após o delinea-
mento, e que servirão como guia para o planejamento de restaurações, recontorno dos dentes,
preparação de nichos e criação de retenções adicionais. Além disso, facilitam a comunicação
entre o profissional e o paciente durante a apresentação do plano de tratamento.

Os modelos de trabalho, ou mestres, são obtidos após a realização do preparo de boca do


paciente, por intermédio de duas fases:

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 9


 fase pré-protética: periodontia, cirurgia, endodontia, dentística, etc.;
 fase protética: preparo de planos-guia, de nichos, de alterações de contorno, de re-
tenções adicionais, com a finalidade de confecção da PPR.

O modelo funcional é aquele obtido a partir de um modelo corrigido em que o


molde dos dentes é realizado com um material que captura suas posições anatômicas
e o molde dos tecidos moles é realizado com o material em sua forma funcional.

Para a obtenção dos modelos, de estudo, de trabalho e funcional, em PPR, é necessária a


realização da moldagem para a obtenção do molde e do modelo em gesso, um procedimento
crítico, como todos os passos do tratamento odontológico. Entre os procedimentos, estão a
correta seleção e o emprego dos materiais e das técnicas utilizadas.2

É necessário, para a confecção de modelos, o conhecimento de alguns conceitos,2 bem como


dos materiais empregados na confecção dos moldes:
 moldagem: é o ato técnico de obter-se o molde de uma estrutura ou superfície, que
compreende o ato de selecionar, manipular, inserir o material de moldagem em
moldeira, posicioná-la na boca do paciente e mantê-la imóvel até completa reação de
presa do material de impressão, e, em seguida, removê-la;
 molde: é a impressão ou cópia negativa de uma estrutura ou superfície que servirá
para reproduzir a estrutura moldada;
 modelo: é a reprodução de uma estrutura ou superfície a partir de um molde.

OBJETIVOS
Após a leitura deste artigo, espera-se que o leitor possa:
 identificar os diferentes tipos de materiais de moldagem utilizados em PPR;
 descrever a moldagem de arcos parcialmente desdentados;
 reconhecer a moldagem para a obtenção de modelos de estudo;
 reconhecer a moldagem para a obtenção de modelos de trabalho pelo uso de moldeiras
de estoque e individuais;
 reconhecer quando utilizar as técnicas para moldagem funcional dos arcos dentomu-
cossuportados.

10 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


ESQUEMA CONCEITUAL

MATERIAIS DE MOLDAGEM
Os materiais de moldagem utilizados na confecção de PPRs podem ser classificados em:
 rígidos;
 termoplásticos;
 elásticos.

Os materiais rígidos são principalmente utilizados para a moldagem de tecidos moles, uma
vez que dificultam sua remoção de áreas retentivas sem que ocorra uma deformação perma-
nente ou uma fratura do material.

Os materiais elásticos recuperam sua característica inicial sem apresentarem deformação


permanente após a remoção e são os mais utilizados para moldagens em próteses parciais
removíveis.

Os materiais termoplásticos são os que se tornam plásticos quando aquecidos e recuperam


sua consistência inicial quando resfriados. Esses materiais também podem ser utilizados para
moldagens em PPRs.3

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 11


MATERIAIS RÍGIDOS
Os materiais de moldagem rígidos apresentam baixa capacidade de deformação elástica
quando submetidos a tensões torcionais e tracionais. Eles ainda possuem a tendência de
fraturar, em vez de apresentarem deformação plástica, quando as tensões aplicadas superarem
sua capacidade de resistência à tração, cisalhamento ou compressão.

Dentre os materiais rígidos estão:


 gesso de Paris;
 godiva (Figura 1A), que também é um material termoplástico;
 pastas de óxidos metálicos, como a pasta de óxido de zinco e eugenol (Figura 1B).4

As Figuras 1A e 1B são de materiais de moldagem rígidos termoplásticos (godiva em bastão


e em pasta).

Figura 1 – A) Godiva em bastão. B) Godiva em pasta.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O gesso de Paris tem sido utilizado há mais de duzentos anos na odontologia e já foi o único
material disponível para moldagens em próteses parciais removíveis. Atualmente, os materiais
elásticos substituíram completamente esse material nas moldagens, mas ele ainda é utilizado
no registro das relações maxilomandibulares.3

Dentre os materiais de moldagem rígidos estão as pastas de óxidos metálicos, comumente


encontradas numa combinação de óxido de zinco e eugenol, chamada pasta de óxido de
zinco e eugenol. A maioria das pastas é dispensada a partir de dois tubos, um com a pasta
base e outro com a pasta catalisadora, o que facilita a correta proporção e a mistura em uma
placa de vidro. A pasta base é formada por óxido de zinco e óleo mineral ou vegetal, e a
pasta catalisadora é formada por eugenol e resina.

12 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


As pastas de óxidos metálicos não devem ser utilizadas para moldagem de dentes,
e seu uso deve ser associado a moldeiras individuais. A moldagem periférica não é
recomendada, uma vez que rugas irão ocorrer caso os tecidos se movam durante a
moldagem.

Como em todas as técnicas de moldagem, a fidelidade da moldeira individual tem


grande influência no resultado final da moldagem. As pastas de óxidos metálicos,
por serem rígidas, podem ser utilizadas como materiais de moldagem secundários
para próteses totais e para o reembasamento distal de PPRs em extremidades livres.3

A reação de presa é principalmente controlada pelo fabricante, mas o clínico pode


encurtá-la adicionando maior quantidade da pasta catalisadora, gotas de água, ou
estendendo o tempo de mistura. Para prolongar o tempo de presa, o operador
pode resfriar a espátula e a placa, ou adicionar um plastificador inerte, como óleo
ou cera.

A estabilidade dimensional da pasta de óxido de zinco e eugenol é satisfatória, com uma


contração de presa insignificante (< 0,1%) e sem alteração posterior em pastas com boa
qualidade. O molde ainda pode ser preservado indefinidamente sem que ocorram alterações
em sua forma, devido ao relaxamento interno de tensões ou a outras causas de distorção.4

O método de desinfecção recomendado para a pasta de óxido de zinco e eugenol é a


imersão em solução de glutaraldeído a 2% ou em solução de hipoclorito de sódio a 1% por
10 minutos.5

MATERIAIS TERMOPLÁSTICOS
A godiva, ou o plástico de modelagem, é um dos materiais de moldagem mais antigos
usados na odontologia. É comumente utilizada em moldeiras individuais para moldagens
periféricas de cavidades orais classe I e II de Kennedy. A godiva é produzida nas cores vermelha,
cinza e verde.

Cada cor de godiva indica sua temperatura de plastificação e de trabalho. A de cor verde
possui o menor ponto de fusão, enquanto as de cores vermelha e cinza possuem maior
ponto de fusão. Esse material é comumente encontrado na forma de bastão (Figura 1A) e em
placas para moldagem completa de pacientes edêntulos (Figura 1B).3

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 13


Para a plastificação dos materiais termoplásticos, pode-se utilizar chama direta ou
imersão em água aquecida, quando houver necessidade de grandes quantidades.
Devido à sua baixa condutibilidade térmica, mais tempo sob calor constante é neces-
sário para a plastificação uniforme do material.

O uso de temperaturas elevadas na plastificação de mateiriais termoplásticos leva à


perda de algumas de suas características e torna-a quebradiça, podendo ferir o
paciente devido à alta temperatura do material no momento da moldagem. Jatos
de água fria podem ser utilizados para esfriar o molde e garantir o adequado endure-
cimento.4

Para desinfecção dos materiais termoplásticos, o molde deve ser imerso em solução
de glutaraldeído a 2% ou em solução de hipoclorito de sódio a 1%.5

MATERIAIS ELÁSTICOS
Dentre os materiais elásticos, encontram-se os hidrocoloides reversíveis, que são fluidos
quando aquecidos (70o a 100oC) e geleificam após seu esfriamento. Quando corretamente
utilizados, apresentam boa fidelidade de cópia. Contudo, os hidrocoloides reversíveis apresen-
tam poucas vantagens em relação aos hidrocoloides irreversíveis (alginato) (Figura 2) quando
usados para moldagens de PPRs.3

Na Figura 2, observa-se material de moldagem elástico (hidrocoloide irreversível ou alginato).

Figura 2 – Alginato para impressão.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

14 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Os hidrocoloides irreversíveis são utilizados para:
 moldagens de diagnóstico;
 tratamento ortodôntico;
 moldagem final de PPRs.

Os hidrocoloides irreversíveis não devem ser armazenados por muito tempo após a
moldagem, devem ser vazados imediatamente. A seleção da moldeira de estoque é
importante, uma vez que moldeiras muito pequenas irão produzir distorções pela
movimentação dos tecidos durante a moldagem; moldeiras excessivamente grandes
poderão levar à falta de material em algumas regiões, o que compromete o procedi-
mento de moldagem.6

Os hidrocoloides irreversíveis atualmente são os materiais de escolha para moldagem em


PPRs, e suas vantagens superam as vantagens dos outros materiais de moldagem para essa
finalidade, com poucas desvantagens.7

Entre as vantagens apresentadas pelos hidrocoloides irreversíveis, incluem-se:


 possibilidade de uso de moldeiras de estoque, sem a necessidade de equipamento
especial ou moldeiras individuais;
 facilidade em controlar o tempo de presa pelo controle da temperatura da água,
estendendo-se o tempo com temperaturas mais baixas;
 maior facilidade de limpeza do paciente quando comparados aos polissulfetos, além
de não mancharem as roupas como os materiais elastoméricos;
 facilidade maior de serem manipulados do que os materiais elastoméricos (devido à
sua maior elasticidade, sua remoção da boca após a moldagem é mais fácil);
 não são afetados tão facilmente pela saliva como alguns dos materiais elastoméricos
e como a pasta de óxido de zinco e eugenol;
 tempo de presa na boca menor que o de vários outros materiais;
 mais baratos do que outros materiais de moldagem.7

Entre as desvantagens dos hidrocloroides irreversíveis, incluem-se:


 a necessidade de vazar o gesso em até 12 minutos após a remoção da boca, devido a
sua menor estabilidade dimensional e para a obtenção de melhores resultados;
 baixa resistência ao rasgamento;
 menor capacidade de cópia de pequenos detalhes quando comparados aos materiais
elastoméricos.3, 7

A desinfecção dos hidrocoloides irreversíveis deve ser feita por spray de solução de
glutaraldeído a 2% ou por hipoclorito de sódio a 1%, e os moldes devem ser armaze-
nados em ambiente com 100% de umidade.5

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 15


Os polissulfetos ou mercaptana (Figura 3) também podem ser utilizados para moldagens
em PPR. Para maior precisão, a moldagem deve possuir espessura uniforme e não exceder
3mm, o que torna necessária a confecção de uma moldeira individual em resina acrílica.
Como esse material não possui boa recuperação elástica, ele não deve ser utilizado para a
moldagem de áreas excessivamente retentivas. Sua estabilidade dimensional não é boa devido
à perda de água após a reação de polimerização. O tempo de trabalho e a polimerização
desse material é mais longo que a dos outros materiais elastoméricos, e ele deve ser mantido
adequadamente em posição durante a moldagem, até a sua completa polimerização. Após a
remoção da cavidade oral, é necessário um tempo de 7 a 15 minutos para a recuperação
dimensional do material.

Na Figura 3, visualizam-se os polissulfetos ou mercaptana utilizados para moldagens em PPR.

Figura 3 – Material de moldagem elástico – polissul-


feto ou mercaptana.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Materiais à base de mercaptanas possuem odor desagradável e podem manchar a roupa.


Seu custo é relativamente baixo, possuem alta resistência ao rasgamento e elevado tempo de
trabalho e de polimerização (8 a 10 minutos). Esse material proporciona uma superfície mais
lisa ao modelo de gesso, quando comparado aos hidrocoloides irreversíveis, provavelmente
por não ser capaz de aderir ao gesso ou de retardar sua reação de presa.3

A desinfecção dos materiais a base de mercaptanas deve ser feita por spray de
solução de glutaraldeído a 2%, ou por solução de hipoclorito de sódio a 1%, e,
posteriormente, o modelo deve ser recoberto por papel toalha encharcado pela
mesma solução e guardado em saco plástico selado por 10 minutos. Antes do vaza-
mento do modelo, deve-se lavar e secar o molde.4

16 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


A Figura 4 mostra o poliéter, que é outro material elastomérico de boa fidelidade de cópia e
que pode ser utilizado em moldagens periféricas.

Figura 4 – Material de moldagem elástico – poliéter.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O poliéter é incompatível com a reação de adição dos silicones, e seu uso em conjunto não é
recomendado. Os poliéteres possuem de baixa a moderada resistência ao rasgamento e
menor tempo de trabalho e de polimerização. A fluidez e a flexibilidade do poliéter são as
menores dos materiais elastoméricos, o que pode limitar seu uso para moldagens em PPR. Os
poliéteres são mais indicados para a moldagem periférica de próteses com extremida-
des livres.

A rigidez do poliéter pode levar à quebra do modelo quando removido da moldeira


individual e ainda apresenta maior deformação permanente que os silicones de
adição.

Devido à sua capacidade de absorção de água, o poliéter não deve ser armazenado
em alta umidade e não pode ser imerso em soluções desinfetantes, é necessário o
spray de glutaraldeído a 2% para desinfecção.

O modelo com poliéter deve ser vazado dentro de 2 horas; contudo, os fabricantes alegam
que modelos clinicamente aceitáveis podem ser obtidos até sete dias após a moldagem,
desde que mantidos em ambiente seco.3

Os materiais à base de silicone possuem maior fidelidade de cópia e são mais fáceis de
utilizar. Dois tipos de silicones são encontrados:
 polimerizados por reações de adição (Figura 5);
 polimerizados por reações de condensação (Figura 6).

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 17


Na Figura 5, visualiza-se material de moldagem elástico – silicone de adição.

Figura 5 – Material de moldagem elástico – silicone


de adição.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na Figura 6, visualiza-se material de moldagem elástico – silicone de condensação.

Figura 6 – Material de moldagem elástico – silicone


de condensação.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O tempo de trabalho do silicone é moderado (5 a 7 minutos) e pode ser controlado pela


quantidade do acelerador acrescentada à mistura. Tem como característica o odor agradável,
a resistência relativamente alta ao rasgamento e a excelente recuperação de deformação. Os
materiais à base de silicone são encontrados em diferentes consistências, desde bastante
fluida até em alta viscosidade, e formam uma massa densa (putty). Há a possibilidade de
combinação do material pesado (putty), que serve como moldeira individual, e do leve, para
refinamento do molde. Sua reação de polimerização pode ser inibida pelo enxofre presente
na composição das luvas de procedimento e também por soluções para afastamento gengival
compostas por sulfato férrico ou de alumínio.

18 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Para desinfecção do silicone, quaisquer dos métodos podem ser utilizados, sem
risco de alteração em sua estabilidade e fidelidade dimensional, e o modelo
idealmente deve ser vazado em até 1 hora.3

O silicone por adição é o material elastomérico que apresenta:


 maior precisão de cópia;
 menor contração de polimerização;
 baixa distorção;
 rápida recuperação de deformação;
 alta resistência ao rasgamento.

O tempo de trabalho do silicone por adição é de 3 a 5 minutos e pode ser facilmente contro-
lado com alteração na temperatura de manipulação. Em sua grande maioria, estão disponíveis
em dispositivos automáticos de mistura, podem ser vazados em até uma semana após a
moldagem e são estáveis na maioria das soluções desinfetantes. É necessário o uso de adesivos
para adesão em moldeiras individuais e são mais caros que os outros materiais de moldagem
elastoméricos.3

1. Associe os termos moldagem, molde e modelo com suas respectivas definições e assinale
a alternativa cujas associações estão corretas.
I – Moldagem
II – Molde
III – Modelo
A – É a impressão ou cópia negativa de uma estrutura ou superfície que servirá para
reproduzir a estrutura moldada.
B – É o ato técnico de obter-se o molde de uma estrutura ou superfície, que compreen-
de o ato de selecionar, manipular, inserir o material de moldagem em moldeira,
posicioná-la na boca do paciente e mantê-la imóvel até completa reação de presa do
material de impressão, e em seguida removê-la.
C – É a reprodução de uma estrutura ou superfície, a partir de um molde.
A) IA, IIB, IIIC.
B) IC, IIA, IIIB.
C) IB, IIA, IIIC.
D) IA, IIC, IIIB.
Resposta no final do artigo

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 19


2. Como são classificados os materiais de moldagem utilizados na confecção de PPRs?

3. A godiva é utilizada na moldagem funcional de pacientes cuja classificação de Kennedy


é:
A) I e III.
B) I e IV.
C) I e II.
D) II e III.
Resposta no final do artigo

4. Quais são as vantagens do uso de silicone por adição?

5. Qual das alternativas abaixo apresenta apenas materiais de moldagem elásticos?


A) Poliéter, polissulfeto, alginato e godiva.
B) Alginato, silicone de adição, polissulfeto, e poliéter.
C) Godiva, silicone de condensação, silicone de adição e polissulfeto.
D) Alginato, pasta de óxido de zinco e eugenol, polissulfeto e poliéter.
Resposta no final do artigo

20 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


MOLDAGEM DO ARCO PARCIALMENTE DESDENTADO
Com relação à moldagem do arco parcialmente desdentado, serão analisados:
 a moldagem para obtenção dos modelos de estudo;
 a obtenção do modelo;
 a moldagem funcional;
 o método de reembasamento funcional;
 a técnica do modelo alterado.

USO DE MOLDEIRAS DE ESTOQUE


O material de escolha para obtenção do molde para a confecção dos modelos de estudo é o
hidrocoloide irreversível, também conhecido como alginato, principalmente pela facilidade
de manipulação, pelo conforto para o paciente e pelo baixo custo.7

Inicialmente, deve-se posicionar o paciente na cadeira odontológica de tal forma


que o arco dentário a ser moldado fique paralelo ao piso. Antes da moldagem,
fazer cuidadosa limpeza da boca. Selecionar a moldeira e tomar como referência
um espaço livre de 3 a 5mm entre ela e os tecidos do arco a ser moldado, para
assegurar que o material de moldagem seja espesso o suficiente para extravasar por
cima das retenções da moldeira, conforme pode ser observado na Figura 7.

Figura 7 – Seleção da moldeira.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Se a moldeira selecionada não envolver toda a superfície, ela deve ser conformada com cera
utilidade. Na maioria dos casos, a distância entre a moldeira e os tecidos do palato é maior
do que 5mm, o que possibilita que o alginato escoe antes da geleificação e o que resulta em
um molde mais preciso.1 Assim, é necessária a individualização da moldeira na área do palato
por meio de cera utilidade (Figuras 8, 9 e 10).

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 21


Na Figura 8 visualiza-se moldeira na região do fundo do saco do vestíbulo com cera utilidade.

Figura 8 – Individualização da moldeira na região do


fundo do saco do vestíbulo com cera utilidade.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na Figura 9, visualiza-se moldeira individualizada com cera utilidade na região do fundo do


saco do vestíbulo e do palato.

Figura 9 – Moldeira individualizada com cera utilidade


na região do fundo do saco do vestíbulo e do palato.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

22 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na Figura 10, visualiza-se moldeira individualizada e pronta para modelagem.

Figura 10 – Moldeira individualizada e pronta para a


moldagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Um número pequeno de pacientes apresenta desconforto na moldagem, principalmente


quando se realiza a do arco superior. Esse desconforto geralmente envolve náusea.

Alguns procedimentos podem diminuir ou prevenir a náusea durante a moldagem:1, 8


 o paciente deve sentar-se em posição vertical e apresentar o plano oclusal para-
lelo ao chão;
 acrescentar cera utilidade na margem posterior da moldeira superior para evitar
o escoamento do alginato naquela região;
 solicitar ao paciente que faça bochecho com água fria ou solução adstringente;
 preencher a moldeira com a quantidade correta de alginato, sem excesso;
 introduzir a moldeira com o alginato na boca do paciente, posicionar primeira-
mente a parte posterior e depois a anterior;
 instruir o paciente a manter os olhos abertos durante a moldagem, para desviar
sua atenção do processo de moldagem ou solicitar que ele levante sua perna,
mantendo-a suspensa da cadeira do dentista todo o tempo (Figura 11);
 orientar o paciente a respirar pelo nariz, com respirações rápidas e curtas.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 23


Na Figura 11, observa-se a correta posição do paciente durante a moldagem.

Figura 11 – Paciente sentado em posição vertical du-


rante a moldagem, com uma perna ligeiramente sus-
pensa, para que tenha sua atenção desviada do pro-
cesso de moldagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Selecionar o alginato e proporcionar água/pó de acordo com as instruções do fabrican-


te. Acrescentar o pó à água em uma cuba de borracha (Figura 12) e espatular
durante 45 segundos, até que a mistura fique uniforme, lisa, cremosa e livre de
bolhas.

Na Figura 12, visualiza-se o alginato dispensado em cuba com a água previamente dosada.

Figura 12 – Alginato dispensado em cuba contendo


água previamente dosada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Colocar pequenas quantidades de alginato espatulado na moldeira previamente


selecionada e forçar para baixo da margem (Figura 13). Grandes porções de material
podem aprisionar ar sob o alginato e levar à falha do molde. Preencher a moldeira
até seu nivelamento, evitando excesso de material.

24 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na Figura 13, visualiza-se o alginato sendo colocado na moldeira.

Figura 13 – Porções de alginato sendo colocadas na


moldeira.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Para a moldagem, passar alginato na superfície oclusal e nos espaços interproximais


dos dentes a serem moldados, com o auxílio do dedo indicador. Tal procedimento
evitará bolhas sobre essas superfícies.1,3,6,8,9,10 Levar, ainda, uma porção de alginato
na região do fundo do saco do vestíbulo, na região anterior (Figura 14), para evitar
o aprisionamento de grande quantidade de ar e impedir o escoamento do alginato
e, por consequência, tirar um molde correto dessa região.

Na Figura 14, observa-se aplicação de alginato com dedo indicador na superfície oclusal e no
espaço interproximal dos dentes, e na região do fundo do saco do vestíbulo.

Figura 14 – Aplicação de alginato com dedo indicador


na superfície oclusal e no espaço interproximal dos
dentes, e na região do fundo do saco do vestíbulo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 25


Para a moldagem da arcada superior, levar uma porção de alginato no palato, caso
seja muito profundo. Posicionar a moldeira na boca do paciente entre o estágio de
escoamento e de viscosidade, alinhar a parte central de seu cabo com a linha média
da face do paciente e fazer ligeira compressão contra a superfície que se está moldan-
do, porém, sem permitir que a moldeira a toque (Figura 15). Manter a moldeira
imóvel até que ocorra a completa geleificação do alginato, quando, então, remove-
se a moldeira. Caso haja tolerância por parte do paciente, é recomendável aguardar
de 2 a 3 minutos após a geleificação, visando a maior resistência e,
consequentemente, a menor deformação e rasgamento do molde.

Na Figura 15, visualiza-se a moldeira sendo inserida na boca do paciente com os tecidos da
bochecha sendo afastados suavemente.

Figura 15 – Moldeira sendo inserida na boca do pa-


ciente com o afastamento suave dos tecidos da bo-
checha.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A remoção da moldeira é feita cuidadosamente, com pequenos movimentos para


evitar a indução de tensões ou o deslocamento do molde. Após removê-la da boca,
examina-se o molde cuidadosamente à procura de imperfeições ou de bolhas de ar
que possam inutilizá-lo, conforme pode ser observado na Figura 16.

26 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Figura 16 – Avaliação do molde.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A moldagem deve ser repetida caso haja dúvida sobre sua exatidão. Lavar o molde
em água corrente e remover a saliva da sua superfície, como se observa na Figura
17).

Figura 17 – Molde sendo lavado em água corrente


para a remoção de saliva em sua superfície.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Algumas razões para rejeitar um molde são:1


 formação de camadas distintas e irregulares de alginato;
 extensão inadequada;
 rompimento em áreas críticas;
 aderência do alginato aos dentes;
 separação do alginato da moldeira;
 molde áspero ou granular.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 27


Alguns pacientes possuem saliva grossa e viscosa, difícil de ser removida sob água
corrente. Nesses casos, é recomendado pulverizar uma fina camada de gesso sobre
o molde, a fim de aderir à saliva e, ao ser colocado sob água corrente, permitir que
a saliva possa ser removida com uma leve escovação.1

Uma vez finalizado o processo de limpeza do molde, o próximo passo é promover a sua
desinfecção com spray de solução de glutaraldeído a 2% ou de solução de hipoclorito de
sódio a 1% (Figura 18). Os moldes devem ser armazenados em ambiente com 100% de
umidade, 5,11 ou seja, deixando-os na cuba umidificadora (uma caixa plástica de tamanho
médio com tampa e esponjas de uso doméstico)11 por 10 minutos.

Na Figura 18, observa-se a desinfecção do molde feita com spray de solução de glutaraldeídeo
a 2% ou de solução de hipoclorito de sódio a 1%.

Figura 18 – Desinfecção do molde borrifando-se hi-


poclorito de sódio a 1%.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O vazamento do molde com gesso deve ser feito o mais rápido possível, após a
recuperação elástica (os 10 minutos utilizados para desinfecção), porque o alginato
pode sofrer alterações dimensionais denominadas embebição e evaporação,11
então são inadequadas, precárias e enganosas atitudes como manter o molde coberto
com um guardanapo ou um algodão embebido em água. Entretanto, se o modelo
não puder ser obtido imediatamente, o alginato fica mais estável quando o molde é
armazenado em recipiente com umidade relativa de 100%.

Outro fenômeno que ocorre com os hidrocoloides irreversíveis é a sinérese,11 processo onde
aflora do interior do gel um exsudato salino que interfere com a velocidade de presa do
gesso e a retarda. A quantidade de água para a cristalização do gesso mais superficial será
insuficiente e proporciona uma superfície porosa pouco resistente.

28 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


O banho por 3 minutos em sulfato de potássio a 2%,1,3,8,9,10 e posteriormente em água
gessada, ajuda no controle da sinérese.

6. Em quais situações um molde deve ser rejeitado?

7. Qual é o procedimento adotado para se obter o molde em casos de pacientes que têm
saliva grossa e viscosa?

8. Descreva os procedimentos necessários para a obtenção da moldeira de estoque.

9. Como se faz a remoção da moldeira?

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 29


10. Que procedimentos podem diminuir ou prevenir a náusea?

OBTENÇÃO DO MODELO

O modelo de estudo deverá apresentar uma superfície que resista ao desgaste durante
toda a fase de planejamento. O material de escolha é o gesso pedra tipo IV para a
região dos dentes, para o rebordo residual e o palato, e gesso pedra tipo III para a
base do modelo.2,4,12,13 Assim, a técnica de vazamento em duas etapas deve ser
empregada para todos os modelos utilizados em PPR, quer seja na fase de planeja-
mento quer seja na fase de confecção da estrutura metálica ou da prótese propria-
mente dita.

O gesso deve ser dosado obedecendo às recomendações do fabricante quanto à


relação água/pó (A/P), que é feita em peso (gramas) do pó e em volume (ml) da
água. Coloca-se primeiramente a água em uma cuba de borracha e em seguida o
pó. A espatulação deve ser vigorosa por aproximadamente 45 segundos, tempo
suficiente para incorporar todo o pó ao líquido e obter-se uma massa cremosa e
homogênea, conforme pode ser observado na Figura 19.2,4,12,13

Figura 19 - Gesso tipo IV sendo espatulado.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

30 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na obtenção do modelo de estudo, deve-se apoiar o cabo da moldeira em um
vibrador de gesso e inclinar a moldeira, para garantir que o gesso escoe de maneira
controlada. Com uma espátula pequena, adiciona-se primeiramente o gesso na
região posterior do molde, a fim de que essa primeira porção do material seja vibrada
ao longo do arco, dente a dente, até a parte anterior do molde, como mostra a
Figura 20.

Figura 20 – Gesso sendo vertido na região posterior


do molde, sob vibração, para que preencha todo o
molde na região dos dentes e do palato e para que
as bolhas sejam eliminadas.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Deve-se continuar a adicionar pequenas porções de gesso na mesma área para


impedir o aprisionamento de ar. Preencher o molde com pequenas quantidades
para que o peso do gesso não cause deformações no molde. Pequenos incrementos
irregulares de gesso devem ser adicionados a essa superfície, a fim de se criar reten-
ções para o gesso da base do modelo, como pode ser visto na Figura 21.

Figura 21 – Pequenas porções de gesso sendo adicio-


nadas para funcionarem como retenções para o gesso
pedra utilizado na base do modelo.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 31


Após a presa inicial da camada de gesso (perda de brilho), conservando o conjunto
molde-modelo em cuba umidificadora, uma segunda mistura de gesso (tipo III) é
preparada e irá completar o modelo, com uma base de 2,5 a 4cm de altura, importan-
te para as fases de delineamento e duplicação, conforme se observa na Figura 22.

Figura 22 – Molde após adição do gesso pedra.


Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Deixar o conjunto molde/modelo descansar até a presa final do gesso; remover o


modelo do molde entre 30 a 60 minutos após o término do vazamento do gesso da
base do modelo, com movimento no sentido do longo eixo dos dentes, para evitar
fratura. Recortar o modelo e nivelar a base, recortar os excessos nas margens vesti-
bulares e posteriores do modelo.

11. Que materiais são utilizados para a confecção do modelo de estudo?

32 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


12. Faça um resumo das etapas necessárias à obtenção do modelo estudo.

MODELOS DE TRABALHO

Após efetuado o preparo de boca para a PPR, com a confecção de planos-guia, de


nichos, de alteração de contorno e de retenções adicionais, um novo modelo deve
ser obtido, com vistas à confecção da estrutura metálica da PPR, bem como da PPR
propriamente dita, denominado modelo de trabalho ou mestre.

O material de moldagem de escolha para o modelo de trabalho é o alginato, pois é relativa-


mente barato, de fácil aquisição e manuseio, além de possuir boa estabilidade dimensional.
No entanto, possui tempo de armazenamento pequeno em ambiente úmido. Uma vanta-
gem do alginato é que na maioria dos casos não há necessidade de confeccionar moldeira
individual, que só é feita quando a moldeira de estoque não se adapta à arcada dentária.1,3,6,8,9,10

Os procedimentos para obtenção dos modelos de trabalho são os mesmos descritos


para a obtenção dos modelos de estudo ou de diagnóstico, exceto pelo cuidado em
copiar-se os preparos dos nichos confeccionados nos dentes pilares:
 certificar-se da posição do paciente;
 selecionar a moldeira de estoque;
 individualizar a moldeira com cera utilidade;
 solicitar que o paciente bocheche água;
 proporcionar corretamente a quantidade de alginato (pó)/água (líquido) em cuba
de borracha e misturar vigorosamente;
 carregar a moldeira com pequenos incrementos da massa, evitando aprisionar
ar;
 solicitar ao paciente para cuspir a água. Com o dedo indicador, levar pequenas
porções do alginato na oclusal dos dentes e nas regiões críticas (fundo de saco
do vestíbulo superior anterior, posterior, tuberosidade esquerda e direita para o
superior – Figura 14) e assentar a moldeira. Manipular os lábios e as bochechas.
Na mandíbula, solicitar que o paciente levante e protrue ligeiramente a língua;

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 33


 remover o molde com movimento rápido após a geleificação do material na
direção do longo eixo do dente;
 lavar o molde em água corrente;
 examinar o molde para verificar se todas as áreas foram copiadas;
 borrifar o molde com o desinfetante indicado;
 vazar o gesso tipo IV e, em seguida, o gesso tipo III;
 remover o modelo do molde;
 recortar os excessos de gesso.

USO DE MOLDEIRAS INDIVIDUAIS


A moldeira individual deve ser confeccionada para aqueles casos em que a moldeira de
estoque não se adapta à arcada dentária, o que pode ser visto na Figura 23.

Figura 23 – Modeira individual confeccionada em


resina acrílica autopolimerizável.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

O material para a confecção da moldeira individual deve ser rígido, de tal maneira que não
deforme no momento da moldagem, e a resina acrílica o material mais indicado para esse
fim.

Para que o molde copie adequadamente as áreas críticas, é necessário que a moldeira
seja confeccionada com alívio suficiente para promover um espaço de 5 a 6mm
(espessura de 2 lâminas de cera 7) para o alginato ao redor dos dentes remanescentes,
e de 2 a 3mm (espessura de uma lâmina de cera 7) nas áreas desdentadas.

Deve-se eliminar uma porção de cera em três pontos equidistantes nos dentes, em áreas que
não receberam preparo, para criar, assim, um plano de parada para a moldeira na moldagem
e garantir a espessura ideal do alginato para a obtenção do molde (Figura 24).

34 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na Figura 24, visualiza-se alívio sobre o modelo com lâminas de cera 7.

Figura 24 – Realização de alívio sobre o modelo com


lâminas de cera 7, com recorte da cera em três pontos
que funcionarão como ponto de parada da moldeira
durante a moldagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Deve-se manipular a resina acrílica quimicamente ativada seguindo as instruções do


fabricante quanto à relação pó/líquido em pote para resina. Deve-se aguardar a
fase plástica e colocá-la entre duas placas de vidro com uma lâmina de cera inter-
posta entre elas.

Coloca-se o lençol de resina assim obtido sobre o modelo de gesso aliviado, para garantir
que a resina penetre nas perfurações feitas. Devem-se recortar os excessos. Após a
polimerização da resina, remove-se a moldeira do modelo, elimina-se a cera, recortam-se os
excessos (Figura 25).

Figura 25 – Moldeira individual removida do modelo


após a polimerização da resina acrílica, eliminação
da cera e recorte dos excessos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 35


Na etapa de retirada da moldeira individual do modelo, é necessário criar um meio de retenção
entre o alginato e a resina da moldeira, com:
 aplicação de adesivo para alginato;
 adesivo para mercaptana com fibras de algodão (Figura 26);
 perfuração da moldeira.

Figura 26 – Moldeira individual após a aplicação de


adesivo e de fibras de algodão que funcionarão como
meio de retenção do material de moldagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A moldagem segue os mesmos passos descritos anteriormente, até a obtenção do modelo.

13. Qual é o material utilizado para obtenção do molde e dos modelos de estudo em PPR?

Resposta no final do artigo

36 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


14. O Sr. JSN, de 60 anos de idade, deixou de comparecer ao dentista por vários anos. Ele o
procurou recentemente para tratamento. Após o exame clínico, verificou-se que ele neces-
sita de tratamento reabilitador com PPR. Após a profilaxia da cavidade oral, o primeiro
passo é realizar a moldagem das arcadas superior e inferior do paciente, para a obtenção
dos modelos de estudo ou de diagnóstico. O material de moldagem de escolha é:
A) polissulfeto.
B) alginato.
C) pasta de óxido de zinco e eugenol.
D) silicone por adição.
Resposta no final do artigo

15. Em que situações uma moldeira individual deve ser confeccionada para moldagem em
PPR?

Resposta no final do artigo

16. Por que a resina acrílica é o material mais indicado para a confecção das moldeiras
individuais?

MOLDAGEM FUNCIONAL
Nos casos de PPR dentossuportadas, o modelo de trabalho é suficiente para a confecção da
base da prótese, uma vez que as forças oclusais são dirigidas ao longo eixo dos dentes
pilares. Assim, a base da prótese manterá uma relação de contato com a mucosa do rebordo
residual.14

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 37


Quando a PPR inclui área de extremidade livre uni ou bilateral, em que parte da
carga oclusal é distribuída aos dentes pilares e ao rebordo residual, somente a
moldagem anatômica do rebordo residual não é suficiente para preservar todos os
tecidos de suporte da PPR (dentes, osso e mucosa) saudáveis.15,16 Nesses casos, é
importante moldar os tecidos do rebordo residual em função, enquanto os dentes
nos moldes devem ser em suas posições anatômicas.

A decisão pelo uso da técnica de moldagem fisiológica pode ser determinada pelos seguintes
testes:
 adicione bases de resina acrílica (base de registro) à estrutura metálica;
 posicione a estrutura metálica com a base de registro na boca do paciente e exerça
pressão digital sobre a(s) base(s).

Se, ao ser(em) comprimida(s) a(s) base(s), os retentores indiretos ou a barra lingual


se deslocam dos dentes, deve-se utilizar a técnica da dupla moldagem. Nos casos
em que o movimento é imperceptível, o modelo de trabalho obtido é suficiente
para o térmico da PPR, e basta a prótese ser prensada sobre o modelo de trabalho.

A maioria dos métodos de obtenção da moldagem fisiológica para as PPRs de extremidade


livre pode ser realizada após a sua finalização (método de reembasamento funcional), como
também antes da finalização da peça (técnica do modelo alterado).1,17,18,19,20,21,22,23

MÉTODO DE REEMBASAMENTO FUNCIONAL


A técnica de reembasamento funcional consiste na adição de uma nova camada de material
à superfície interna da base da prótese, a qual proporciona o perfeito assentamento desta
sobre a mucosa do rebordo residual.

Na técnica de reembasamento funcional, primeiramente, deve-se recortar a mar-


gem da prótese e criar espaço para o material de moldagem copiar os tecidos mó-
veis da região do fundo de saco do vestíbulo e do assoalho da boca para o arco
inferior. Deve-se aquecer godiva em bastão e acrescentá-la na margem da base da
prótese, levar a prótese à cavidade oral do paciente e guiar o posicionamento das
bochechas e da língua.

Uma vez obtido o molde do selado periférico (Figura 27), deve-se desgastar o interior
da base da prótese para fornecer espaço ao material de moldagem, que deve ser
uma pasta de óxido de zinco e eugenol ou uma pasta de polissulfeto, de acordo
com as características de resiliência da fibromucosa de revestimento do rebordo
residual.

38 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na Figura 27, observa-se molde do selado periférico.

Figura 27 – PPR cuja região do selado periférico foi


moldada com godiva em bastão, e a parte interna
pronta para desgaste, a fim de criar espaço para o
material de moldagem utilizado na moldagem funcio-
nal.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Deve-se manipular o material selecionado para a moldagem funcional com o cuidado


em utilizar a relação pasta/catalisador recomendada pelo fabricante. Inserir o material
no interior da base da prótese em pequenas camadas para não aprisionar ar no
interior da massa do material. Inserir a prótese na boca do paciente, conforme se vê
na Figura 28.

Figura 28 – PPR com material de moldagem sendo


levada à boca do paciente.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Solicitar que o paciente mantenha a boca aberta enquanto o profissional realiza as


movimentações para moldagem funcional, conforme se observa na Figura 29.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 39


Figura 29 – Tracionamento da bochecha do pacien-
te para moldagem funcional.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Após a presa do material, na moldagem funcional, deve-se remover a prótese da


boca do paciente, conforme mostra a Figura 30.

Figura 30 – Vista interna do molde obtido após a


moldagem funcional.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Deve-se avaliar bem o molde obtido para PPR, e qualquer causa de rejeição deve ser
considerada com cuidado.

As Figuras 31 a 38 ilustram o procedimento para a produção do modelo corrigido num caso


de prótese superior em que o paciente queixava-se de que ela não parava ao falar e deslocava
(intruía) ao mastigar alimentos mais duros. Essa técnica é mais utilizada para os casos de PPR
de extremidade livre inferior que requeiram correção.

40 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


Na Figura 31, visualiza-se o profissional recortando o modelo de trabalho.

Figura 31 – Modelo de trabalho sendo recortado no


sentido anteroposterior até a região adjacente ao úl-
timo pilar, na área de extremidade livre.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na Figura 32, visualiza-se o modelo de trabalho já recortado.

Figura 32 – Modelo de trabalho já recortado, com


área de extremidade livre a ser reembasada destacada.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A Figura 33 mostra a vista lateral do modelo de trabalho alterado com sulcos de retenção.

Figura 33 – Vista lateral do modelo de trabalho alte-


rado com sulcos de retenção.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 41


A Figura 34 mostra a PPR após a moldagem funcional assentada sobre o modelo de trabalho
alterado.

Figura 34 – PPR após a moldagem funcional assen-


tada sobre o modelo de trabalho alterado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na Figura 35, observa-se o gesso tipo III sendo vertido no modelo de trabalho alterado.

Figura 35 – Gesso tipo III sendo vertido no modelo


de trabalho alterado.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

Na Figura 36, visualiza-se o modelo de trabalho alterado antes da inclusão e da prensagem.

Figura 36 – Modelo de trabalho alterado antes da


inclusão e prensagem.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

42 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


A Figura 37 mostra vista oclusal externa da PPR após reembasamento.

Figura 37 – Vista oclusal externa da PPR após reemba-


samento.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

A Figura 38 mostra vista interna da PPR após reembasamento.

Figura 38 – Vista interna da PPR após reembasamen-


to.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.

TÉCNICA DO MODELO ALTERADO


Após a obtenção da estrutura metálica da PPR, confeccionam-se bases de registro em resina
acrílica sobre a estrutura metálica, nas áreas de extremidade livre. Após a polimerização da
resina, a base da prótese é recortada na margem. A técnica de moldagem e obtenção do
modelo alterado segue os passos descritos nas demais técnicas.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 43


17. Como se estabelece a decisão pelo uso da técnica de moldagem fisiológica?

18. Conhecer os tipos de materiais dentários e sua função pode facilitar e tornar mais produ-
tivo o trabalho odontológico a quatro mãos. Assinale a alternativa que melhor corresponde
ao material de moldagem e seu uso.
A) Pasta de óxido de zinco e eugenol – confecção da prótese em resina.
B) Pasta óxido de zinco e eugenol – moldagem anatômica.
C) Alginato – moldagem anatômica.
D) Alginato – moldagem funcional.
Resposta no final do artigo

19. Em que consiste a técnica de reembasamento funcional?

20. Descreva a técnica do modelo alterado.

44 MOLDAGEM EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL: MODELOS DE ESTUDO, DE TRABALHO E FUNCIONAL


CONCLUSÃO
De tudo que foi apresentado neste artigo, fica uma observação importantíssima: a de que,
para a reabilitação oral do paciente com próteses, é necessária a obtenção de modelos de
diagnóstico, de trabalho e funcional que sejam a cópia fiel da cavidade oral do paciente.

Pode-se concluir que apenas um modelo não é suficiente para confecção da PPR, uma vez
que é imperativo o planejamento das estruturas que compõem a prótese (sistema de suporte,
retenção, conexão, sela e dentes artificiais) e o preparo adequado da boca para receber a
estrutura planejada.

A moldagem em PPR deve registrar com precisão tecidos moles, mucosa bucal, ao mesmo
tempo em que registra tecidos duros (dentes).

Aliado à boa técnica, é importante que o cirurgião-dentista conheça os materiais envolvidos


no processo de obtenção dos modelos para garantir a qualidade do trabalho reabilitador. A
melhor combinação entre os materiais e as técnicas de moldagem contribui para o resultado
final da reabilitação oral do paciente. O material de moldagem de escolha é o alginato, por
ser relativamente barato, de fácil aquisição e manuseio, além de possuir boa estabilidade
dimensional. Para a confecção dos moldelos, utiliza-se o gesso pedra tipo IV para a região
dos dentes, do rebordo residual e do palato, e gesso pedra tipo III para a base do modelo.
Assim, a técnica de vazamento em duas etapas deve ser empregada para todos os modelos
utilizados em PPR, quer seja na fase de planejamento quer seja na fase de confecção da
estrutura metálica ou da prótese propriamente dita.

RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS


Atividade 1
Resposta: C

Atividade 3
Resposta: C
Comentário: A moldagem funcional com godiva é utilizada em pacientes de extremidade
livre, ou seja, classificação I (duas extremidades livres ou bilaterais) e II (uma extremidade livre
ou unilateral) de Kennedy.

Atividade 5
Resposta: B
Comentário: São considerados materiais de moldagem elásticos, porque possuem flexibilidade.

PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 45


Atividade 13
Resposta: Alginato, por ser um material de fácil manipulação, ter baixo custo e dar conforto
para o paciente.

Atividade 14
Resposta: B
Comentário: O alginato é um material elástico, pois recupera sua característica inicial sem
apresentar deformação permanente após a remoção, e é o mais utilizado para moldagens
em PPRs. As vantagens apresentadas pelos hidrocoloides irreversíveis são: possibilidade de
uso de moldeiras de estoque, sem a necessidade de equipamento especial ou de moldeiras
individuais; facilidade em controlar o tempo de presa pelo controle da temperatura da água,
estendendo-se o tempo com temperaturas mais baixas; maior facilidade de limpeza do paciente
quando comparados aos polissulfetos, além de não mancharem as roupas como os materiais
elastoméricos; maior facilidade de serem manipulados do que os materiais elastoméricos;
devido à sua maior elasticidade, sua remoção da boca após a moldagem é mais fácil; não são
afetados tão facilmente pela saliva como alguns dos materiais elastoméricos; seu tempo de
presa na boca é menor que o de vários outros materiais; por fim, são mais baratos do que
outros materiais de moldagem.

Atividade 15
Resposta: Nos casos em que uma moldeira de estoque não se adaptar à arcada dentária.

Atividade 18
Resposta: C

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PRO-ODONTO | PRÓTESE | SESCAD 47


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