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PROCEDIMENTO INTERNO PI.08.01/GCL_PPCIRA

PREVENÇÃO DA INFECÇÃO DO TRACTO URINÁRIO Edição n.º 01

ASSOCIADO A CATETERIZAÇÃO VESICAL Revisão: 25/05/2015

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO …………..……………………………………………………………………………1
2. DEFINIÇÕES ………………………………………………………………………………………….1
3. OBJECTIVOS …………………………………………………………………………………………2
4.SISTEMA DE CATEGORIZAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES …………………………………..2
5. ÁREAS DE INTERVENÇÃO ………………………………………………………………………...3
5.1. Avaliação da necessidade de cateterização vesical ………………………………………..3
5.2. Selecção do tipo de cateter vesical ……………………………………………………………4
5.3. Inserção asséptica do cateter vesical …………………………………………………………7
5.4. Manutenção da drenagem vesical ……………………………………………………………..9
5.5. Remoção do cateter vesical ………………………………………......................................10
6. COLHEITA DE URINA PARA ANÁLISE LABORATORIAL …………………………………..11
7. COLHEITA DE URINA PARA OUTROS DOSEAMENTOS ……………………………………12
8. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES ………………………………………………………….12
9. BIBLIOGRAFIA ……………………………………………………………………………………..14

1. INTRODUÇÃO
1
No Inquérito de Prevalência de 2012 verificou-se que as infecções urinárias são a segunda
infecção nosocomial mais frequente correspondendo a 21,1% do total de infecções associadas
aos cuidados de saúde. Verificou-se também que a infecção urinária deu origem à INCS
(infecção nosocomial da corrente sanguínea) secundária em 30,2% dos casos.

2. DEFINIÇÕES
2,3
Infecção nosocomial – situação sistémica ou localizada resultante de uma reacção adversa
à presença de um agente (ou agentes) infecioso(s) ou da(s) sua(s) toxina(s). Deve ser evidente
que a infecção não estava presente ou em incubação no momento da admissão na unidade
hospitalar.

Elaborado: Revisto: Aprovado:

André Jason
Ana Serrano
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Fátima Freire

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2,3
Infeção urinária nosocomial – aquisição de bacteriúria significativa no decurso do
internamento, independentemente das manifestações clínicas e do facto do utente ter ou não
cateter vesical.

2
Algaliação - Introdução de um cateter vesical através da uretra até à bexiga, para drenagem
de urina.

2
Infeção do trato urinário associada a cateterização vesical – ocorrência de sinais e
sintomas clínicos locais ou distantes, atribuídos à presença de bactérias tanto no trato urinário,
como na via sistémica. A presença de piúria não significa, por si só, infecção.

3. OBJECTIVOS
Prevenir a transmissão de agentes infecciosos ao utente através da cateterização vesical.

2
4. SISTEMAS DE CATEGORIZAÇÃO
Cada recomendação é categorizada segundo os critérios do CDC que são estabelecidas do
seguinte modo:
Categoria IA – Fortemente recomendado para implementação e de grande evidência baseada
em estudos experimentais bem conduzidos, clínicos, ou estudos epidemiológicos;
Categoria IB – Fortemente recomendado para implementação, baseada na racionalidade e
evidência sugestiva de alguns estudos experimentais, clínicos, ou estudos epidemiológicos;
Categoria IC – Recomendação sugerida por normas ou recomendações de outras federações
e associações;
Categoria II – Recomendação sugerida para implementação baseada na clínica sugestiva ou
estudos epidemiológicos, ou uma forte fundamentação teórica;
Questão não resolvida – Práticas para as quais não existe evidência ou consenso suficiente
quanto à sua eficácia.

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5. AREAS DE INTERVENÇÃO
As recomendações para a prevenção da infecção do trato urinário no utente com cateterização
vesical devem abranger 5 áreas de intervenção:

• 5.1. Avaliação da necessidade de cateterização vesical


• 5.2. Selecção do tipo de cateter vesical
• 5.3. Inserção asséptica do cateter vesical
• 5.4. Manutenção da cateterização vesical
• 5.5. Remoção do cateter vesical

2
5.1. Avaliação da necessidade de cateterização vesical
• A cateterização vesical só deve ser realizada por pessoas devidamente treinadas
(profissionais de saúde, familiares ou o próprio utente), que conheçam correctamente a
técnica asséptica de inserção do cateter vesical. Categoria IB
• Deve haver indicações clínicas muito específicas para a inserção de um cateter vesical
(não deve ser colocado apenas por uma situação de incontinência urinária), devendo ser
removido o quanto antes (ver Tabela 1). Categoria IB
• Inserir cateter vesical em utentes cirúrgicos, apenas se necessário, e não como rotina.
Categoria IB
• Em utentes operados que necessitaram de cateterização vesical, remover o cateter o mais
cedo possível (nas primeiras 24 horas se não houver contra-indicação). Categoria IB
• Ponderar alternativas à cateterização vesical de acordo com a situação clínica do utente.
Em utentes do sexo masculino ponderar cateteres externos (pen-rose), em utentes com
lesão medular ponderar cateterização intermitente em vez de cateterização vesical
prolongada. Categoria II

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Tabela 1. Indicações apropriadas e inapropriadas para cateterização vesical
B. Indicações inapropriadas para
A. Indicações para cateterização vesical
cateterização vesical
Situações agudas de obstrução e/ou retenção Como substituto dos cuidados de
urinária; enfermagem em lares/residências, em
utentes com incontinência urinária;
Necessidade de avaliação rigorosa do débito Como forma de obter uma colheita de
urinário em utentes críticos; urina asséptica num utente colaborante;
Peri-operatório de determinadas cirurgias: Num pós-operatório prolongado sem
- Cirurgias urológicas ou de estruturas adjacentes; indicações específicas.
- Cirurgia prolongada;
- Utentes que irão necessitar de grande volume de
soros ou diuréticos durante a cirurgia;
- Necessidade de monitorização do débito urinário
no intra-operatório;
Necessidade de auxiliar a cicatrização de
feridas/úlceras da região sagrada e/ou perineal em
utentes incontinentes;
Utentes com necessidade de imobilização
prolongada (lesões medulares instáveis, poli-
traumatizados).
Para aumentar/melhorar o conforto de um utente
em situação de fim de vida.
Necessidade de irrigação/ lavagem vesical (ex:
hematúria, piúria).
Necessidade de instilação de medicação
directamente na bexiga.

2
5.2. Selecção do tipo de cateter vesical
• O cateter vesical deve ser seleccionado de acordo com a duração prevista da algaliação
e a situação clínica do utente. Na escolha do tipo de algália, é necessário inquirir o
utente e/ou pessoas significativas, acerca de possível alergia ao látex. Categoria II
• Deve utilizar-se o calibre mais pequeno que permita uma boa drenagem. O calibre
recomendado é de 12-14 unidades de Charièrre (Ch)/French Gauge (FR) na mulher e
de 14-16 Ch/FR no homem. Categoria II
• Em utentes com disfunção de esvaziamento da bexiga preferir a cateterização vesical
intermitente à colocação de cateter supra-púbico. Categoria II
• Apenas em situações específicas, como por exemplo na obstrução cateter vesical, não
estão indicadas lavagens/irrigações/instilações. Categoria II

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Classificação de cateteres ureterais quanto à sua composição
• Latex
• Silicone
• PTFE (Politetrafluoretileno) ou Teflon
• Siliconados (revestidos de silicone)
• Revestidos de Hidrogel
• Revestidos de Prata
• Revestidos de Nitrofurazona

• Se estiver prevista a obstrução do cateter vesical, utilizar um cateter vesical (3 vias) que
permita a irrigação contínua, para prevenir a obstrução. Categoria II
• Nas situações de cateterização prolongada, os cateteres de silicone são preferíveis aos
cateteres de outro material, para reduzir o risco de incrustações, em utentes com
obstruções frequentes. Categoria II
• Excepto indicações clínicas específicas (ex. utentes com bacteriúria após a remoção de
cateter vesical de uma cirurgia urológica), não utilizar antibioterapia profiláctica em
utentes que requerem cateterização vesical por curto período ou prolongada. Categoria
IB
• Nas cateterizações intermitentes (utentes que necessitam de cateterização vesical
intermitente como por exemplo utentes com paraplegia), a técnica limpa de inserção do
cateter é uma alternativa aceitável e mais prática do que uma técnica estéril. Categoria
IA
• Nas situações em que é necessária a cateterização vesical intermitente, esta deve ser
efectuada com intervalos regulares, para evitar a distensão da bexiga. Categoria IB

Classificação de cateteres ureterais quanto ao número de vias

• Uma via (sem balão)


• Duas vias (com balão)
• Três vias (com balão e canal de irrigação)

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Cores internacionais de tamanho de cateter

verde violeta preta branca verde


clara

laranja vermelha amarela magenta azul


escura

O diâmetro dos cateteres é medido em Charièrre (Ch ou CH) que indica o diâmetro externo.
1mm=3Ch

Classificação de cateteres uretrais quanto à ponta

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5.3 Inserção asséptica do cateter vesical
• O balão deve ser dilatado com a quantidade correcta de água estéril (volume mais
pequeno necessário – 5 a 10 ml no adulto) a não ser que haja indicação específica do
Médico (ex: em utentes do foro urológico). Categoria II
• Proceder à higienização das mãos antes e depois de manipular o cateter vesical e/ou
sistema de drenagem e antes de calçar luvas esterilizadas para realizar a inserção do
cateter. Categoria IB
• Utilizar luvas estéreis, para manipulação de produtos esterilizados. Categoria IB
• Lubrificar o cateter e a uretra com gel anestésico, em embalagem individual. Categoria
IB
• Aguardar cerca de 5 minutos de acordo com recomendações do fabricante.
• Inserir o cateter vesical com técnica asséptica e manter o sistema de drenagem em
circuito fechado. Categoria IB

Material: - Cateter vesical ou algália de tipo e finalidade adequada ao utente;


- Seringa de 10cc;
- Água destilada 10cc;
- Luvas não estéreis;
- Manápula, água e sabão;
- Compressas estéreis;
- Luvas esterilizadas;
- Campo estéril;
- Gel lubrificante e anestésico em embalagem individual;
- Saco colector estéril, com válvula anti-refluxo e torneira de despejo;
- Suporte para saco colector.

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Tabela 2. Inserção asséptica do cateter vesical

Procedimento Justificação
1.Explicar o procedimento ao utente e/ou pessoa 1.Envolve o consentimento do utente na
significativa. realização da técnica, diminuindo a ansiedade e
obtendo a sua colaboração.
2.Proporcionar privacidade. 2. Respeita a intimidade do utente.
3.Posicionar o utente em decúbito dorsal expondo a 3. Facilita a execução da técnica.
região genital.
4.Higienizar as mãos (lavagem higiénica 4.Previne a infecção associada aos cuidados de
ou desinfecção com solução alcoólica) e saúde.
calçar luvas não estéreis.
5.Fazer a lavagem dos genitais com água e sabão. 5. Reduz a flora microbiana.
6.Remover as luvas e higienizar as mãos (lavagem 6.Previne a infecção associada aos cuidados de
higiénica ou desinfecção com solução alcoólica). saúde.
7. Calçar luvas estéreis. 7. Manter técnica asséptica.
8. Colocar campo estéril. 8. Manter técnica asséptica.
9.Instilar dentro da uretra o gel lubrificante e 9. Permite a completa acção antisséptica e
analgésico (6cc na mulher e 11cc no homem) anestésica e facilita a introdução do cateter
aguardando cerca de 5 minutos. vesical.
10.Com a mão dominante segurar o cateter vesical 10.Diminui o traumatismo da mucosa, previne
e introduzi-lo, lentamente e de forma consequente falsos trajectos e facilita a progressão do
na uretra. No homem, desfazer o ângulo peniano e cateter.
recobrir a glande com o prepúcio.
11.Conectar o cateter vesical ao saco colector. 11.Evita derramamento de urina e
institui circuito fechado.
12.Verificar o funcionamento da drenagem através 12.Permite certificar o correcto posicionamento
do refluxo de urina para o saco colector em sistema do cateter.
fechado.
13.Encher o balão até 10cc (adulto), certificando-se 13.Assegura a correcta colocação do cateter na
do seu correcto posicionamento através de uma bexiga.
suave fricção.
14.Providenciar o posicionamento adequado do 14.Assegura o adequado posicionamento e
cateter vesical fixando-o com adesivo (consoante fixação do cateter vesical, evitando o
o estado de consciência do utente). Homem – traumatismo do meato e favorece a drenagem e
região superior da coxa; Mulher – face interna da mobilização do utente.
coxa.
15.Colocar o saco no suporte sem dobragens do 15.Facilita a drenagem e a mobilização do
sistema ou tracções. utente.
16.Explicar ao utente (caso o seu estado permita) 16. Promove o autocuidado e diminui a
os cuidados a ter com o cateter vesical, tais como: ansiedade do utente, obtendo a sua
higiene, manutenção e evitar complicações (ex. colaboração e favorece a eficiência do
tracções do cateter, dobragens do sistema, etc.). procedimento.
17.Retirar as luvas e proceder à higienização das 17.Previne a infecção associada aos cuidados
mãos. de saúde.
18.Registar data, hora, calibre do cateter, 18.Documentar as intervenções de enfermagem
características da urina e intercorrências em notas realizadas.
de evolução e folha de planificação.

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5.4. Manutenção da drenagem vesical
• Utilizar as precauções básicas durante qualquer manipulação do cateter e sistema de
drenagem. Categoria IB
• Manter o saco de drenagem abaixo do nível da bexiga e colocar o saco em suporte que
previna o contacto com o chão e a contaminação da válvula de despejo. Categoria IB
• Despejar o saco de drenagem para um recipiente limpo e individualizado, evitando a
fuga de urina durante o esvaziamento. Categoria IB
• Não há vantagem de utilizar antissépicos/soluções antimicrobianas nos sacos de
drenagem, nem irrigar a bexiga com antimicrobianos (por rotina), para prevenir
infecção urinária. Categoria II
• Não substituir o saco de drenagem por rotina. Substituir apenas em situações de
infecção, obstrução ou se o sistema de circuito fechado estiver comprometido.
Categoria II
• Se técnica asséptica não respeitada ou desconexão entre cateter-saco de drenagem,
este deve ser substituído com técnica asséptica. Categoria IB
• Não usar antissépticos para higienizar a região peri-uretral com para prevenir a
infecção, enquanto o utente tiver cateter vesical. Os cuidados de higiene pessoal
diários (com sabão líquído) são suficientes. Categoria IB
• Se ocorrer obstrução do cateter e se a causa possível for o tipo de cateter utilizado,
substituí-lo. Categoria IB
• Para colheitas de urina de grande volume, utilizar o saco de drenagem. Categoria IB
• O saco de drenagem não deve ser substituído por rotina mas sim na altura de
substituição do cateter vesical; quando estiver danificado ou com fugas; quando se
verificar acumulação de sedimento e/ou coágulos; quando se verificar cheiro
desagradável; se houver saída acidental do saco e/ou sistema. Descartar o saco de
drenagem no lixo branco. Categoria II

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Tabela 3. Manutenção da drenagem vesical


Procedimento Justificação
1. Efectuar a higienização das mãos. 1. Prevenir a infecção associada aos cuidados
de saúde.
2. Calçar luvas não estéreis. 2. Cumprir as precauções básicas.
3. Higienizar os órgãos genitais do utente, 3. Reduz a flora microbiana e previne
sempre que necessário utilizando sabão infecções.
neutro, enxugar e secar bem.
4. Manter o saco colector abaixo do nível 4. Facilita o fluxo urinário.
da bexiga.
5. Retirar as luvas e proceder à 5. Previne a infecção associada aos cuidados
higienização das mãos. de saúde.
6. Registar data, hora, características da 6. Documentar as intervenções de
urina e intercorrências em notas de enfermagem realizadas.
evolução.

2
5.5. Remoção do cateter vesical
• Não é necessário clampar o cateter antes de remover. Categoria II
• A remoção do cateter vesical deve ser feita logo que a sua permanência deixe de ser
uma indicação clínica. Categoria IA

Material: - Seringa de 10cc;


- Luvas não estéreis;
- Manápula;
- Soro fisiológico.
Tabela 4. Remoção do cateter vesical
Procedimento Justificação
1. Efetuar a higienização das mãos. 1. Prevenir a infecção associada aos cuidados
de saúde.
2. Calçar luvas não estéreis. 2. Cumprir as precauções básicas.
3. Desinsuflar o balão 3. Assegurar a mobilização do cateter vesical.
4. Retirar a algália suavemente. 4. Evitar o traumatismo.
5. Limpar o meato urinário e a região peri- 5. Reduzir a flora microbiana.
uretral.
6. Remover as luvas e efectuar a 6. Cumprir as precauções básicas.
higienização das mãos.
7. Colocar nos resíduos grupo III. 7. Efectuar a gestão de resíduos perigosos.
8. Registar a data e o motivo de remoção 8. Documentar as intervenções de
do cateter vesical. enfermagem realizadas.
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9. Vigiar a eliminação vesical 9. Assegurar a manutenção da eliminação


espontânea e promover o reforço da vesical espontânea.
ingestão e/ou aporte hídrico.

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6. COLHEITA DE URINA PARA ANÁLISE LABORATORIAL
A colheita de urina para exame microbiológico deve ser feita por aspiração no local
referenciado do sistema para o efeito, ou por punção do cateter vesical.
Deve ser usado material estéril e técnica asséptica.

Material: - Seringa de 10cc;


- Luvas estéreis;
- Agulha;
- Frasco esterilizado.
Tabela 5. Colheita de urina para análise laboratorial
Procedimento Justificação
1. Efectuar a higienização das mãos. 1.Prevenir a infecção associada aos cuidados
de saúde.
2. Calçar luvas estéreis. 2. Manter técnica asséptica.
3. Clampar a algália (cerca de 10 minutos). 3. Reter a urina na bexiga.
4.Desinfetar com álcool a 70º, a zona do 4.Prevenir a infecção associada aos cuidados
tubo do cateter vesical e puncionar de saúde.
(extremidade inferior da algália e antes da
bifurcação utilizada para o enchimento do
balão).
5. Puncionar com agulha 21G e seringa 5. Evitar a contaminação do produto.
esterilizadas em ângulo agudo, em relação
ao eixo longitudinal do cateter.
6. Aspirar e transferir a urina para o frasco 6.Colher o produto para realização de exame.
esterilizado.
7. Desclampar a algália. 7. Repor o fluxo de urina para o saco colector
8. Limpar o local de punção após a 8.Prevenir a infecção associada aos cuidados
colheita. de saúde.
9. Remover as luvas e higienizar as mãos. 9. Cumprir as precauções básicas.
10.Identificar devidamente o produto 10.Assegurar a identificação correcta do
recolhido e enviar ao laboratório. produto e realização do exame.
11.Registar data, hora, características e 11.Documentar as intervenções de
procedimento em notas de evolução. enfermagem realizadas.

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7. COLHEITA DE URINA PARA OUTROS DOSEAMENTOS
Utilizar técnica limpa sem quebrar o circuito fechado
Tabela 6. Colheita de urina para outros doseamentos
Procedimento Justificação
1. Higienizar as mãos. 1. Prevenir a infecção associada aos
cuidados de saúde.
2. Calçar luvas não estéreis. 2. Cumprir as precauções básicas.
3. Colocar um recipiente individualizado 3. Prevenir a contaminação do produto.
debaixo do saco colector de urina, sem tocar
na parte terminal da torneira.
4. Abrir a torneira e derramar a quantidade de 4. Recolher o produto.
urina pretendida.
5. Encerrar a torneira, limpando a última gota 5. Evitar o derramamento e contaminação
com papel absorvente descartável. do meio ambiente.
6. Remover as luvas utilizadas e proceder à 6. Cumprir as precauções básicas.
higienização das mãos.
7. Identificar o produto e enviá-lo para o 7. Assegurar a identificação correcta do
laboratório. produto e realização do exame.
8. Registar data, hora, características e 8. Documentar as intervenções de
procedimento em notas de evolução. enfermagem realizadas.

8. ORIENTAÇÕES COMPLEMENTARES
Duração/períodos de cateterização:
• Curta duração – 7-10 dias;
• Longa duração – até 28-30 dias;
Quanto ao tempo de permanência do cateter vesical, podemos considerar vários tipos de
cateteres, consoante as diferentes situações assim deve ser escolhido o cateter vesical mais
adequado.

5
As bactérias podem entrar na via urinária pelas vias :
• Extra-luminal – através da inoculação directa das bactérias na bexiga, aquando da
inserção do cateter vesical ou, posteriormente, ascendendo do períneo por acção
capilar na mucosa contígua à parede externa do cateter vesical;

• Intra-luminal – os microrganismos ascendem no lúmen do cateter vesical devido a:


falhas na manutenção do circuito fechado de drenagem da urina; não cumprimento das
normas no despejo dos sacos colectores ou contaminação dos mesmos.

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Tabela 6. Factores de risco para infecção urinária no utente com cateter vesical
Fatores de risco Intrínseco Fatores de risco Extrínseco
• Idade avançada • Técnica asséptica não respeitada na
• Sexo (diferenças anatómicas) introdução do cateter
• Diabetes • Duração da cateterização
• Imunodeficiência • Falha na manutenção do circuito fechado
• Desnutrição de drenagem
• Insuficiência Renal • Tempo de internamento

Questões não resolvidas:


Tem-se assistido a várias modificações nas recomendações emanadas pelo CDC, no que
respeita a cateterização vesical. As recomendações de 2003 sugeriam a lavagem dos genitais
com água e sabão seguido da limpeza do meato urinário com água. Já as recomendações
emanadas em 2009 sugerem a limpeza da região peri-uretral com soluto estéril ou soluto
antissético. No entanto, permanecem ainda muitas questões não resolvidas que necessitam de
evidência científica. São algumas delas:
• Benefício do uso de um stent uretral, como alternativa a um cateter vesical, em
determinados utentes com obstrução;
• Riscos e benefícios do cateter supra-púbico, como alternativa ao cateter vesical, em
utentes que requerem cateterização, por curtos ou longos períodos, mas já com
complicações relacionadas com a cateterização vesical;
• Efeito dos cateteres impregnados com agentes antisséticos/antimicrobianos na redução
do risco de infecção do trato urinário.
• Uso de soluções antissépticas vs água estéril ou soro fisiológico estéril na limpeza da
região perineal, antes da inserção do cateter.
• Benefício da separação dos utentes com cateterização vesical para prevenir a
colonização dos sistemas de drenagem de urina.

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9. BIBLIOGRAFIA
1 – DGS (Abril, 2013), “Prevalência de Infeção Adquirida no Hospital e do Uso de
Antimcrobianos nos Hospitais Portugueses - Inquérito 2012”;
2 – Centers for Disease Control and Prevention (CDC, 2009) – HICPAC,
“Guideline for Prevention of Catheter-Associated urinary Tract Infections”
http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/CAUTI/CAUTIguideline2009final.pdf
3 – European Centre For Desease Prevention and Control (Abril, 2012), “Inquérito de
Prevalência de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde e Utilização de
Antimicrobianos nos Hospitais de Agudos na Europa – Protocolo 4.2 – Manual de
códigos”;
4 – European Association of Urology Nurse (2006), “ Practices in Health Care Urethral
Catheterization Setion 2 Male, Female and Paediatric Intermittent Catheterization”;
5 – Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge – Programa Nacional de
Controlo de Infecção (2004), “Recomendações para a Prevenção da Infecção do Trato
Urinário – Algaliação de curta duração”.

Elaborado: Revisto: Aprovado:

André Jason
Ana Serrano
GCL_PPCIRA
Fátima Freire

ULSCB-GCL_PPCIRA-PI.08.01 Pg. 14/14

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