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OPERAÇÕES COM

DUPLICATAS
Duplicatas Descontadas
• No desconto de duplicatas, a empresa transfere a
posse e a propriedade dos títulos para o banco.
• As duplicatas são endossadas e anexadas ao borderô
no ato da remessa ao banco.
• O banco como o novo proprietário dos títulos, paga
um valor descontado dos juros cobrados na operação,
pela antecipação do valor no tempo.
• Contudo, neste tipo de operação, a empresa
torna-se coobrigada, juntamente com os
devedores, ao pagamento das duplicatas, caso os
titulares da obrigação não paguem ao banco.

• Como corresponsável pelos devedores, a empresa


só poderá dar baixa nos títulos a receber
mediante aviso bancário de recebimento ou
quando o banco debitar da conta corrente da
empresa o valor dos títulos pelo não pagamento
dos devedores.
• Antes da padronização às normais internacionais
da contabilidade, a conta Duplicata Descontada
aparecia no Ativo Circulante ou Realizável a
Longo Prazo como conta retificadora das
Duplicatas a receber/Clientes e a apropriação dos
juros cobrados antecipadamente era feita pelo
método linear - juros simples e as despesas
bancárias vinculadas à operação apropriadas no
ato do desconto integralmente.
Para um melhor entendimento, vejamos uma
estrutura de Plano de Contas que era utilizado
pelas empresas antes dos Pronunciamentos
contábeis :

Conta Tipo Descrição

1 Sintética ATIVO

1.1 Sintética Circulante

1.1.02 Analítica Duplicatas a Receber

1.1.03 Analítica (-) Duplicatas Descontadas


Após as novas normas contábeis
impostas pelo CPC 38...
• Após as novas normas contábeis impostas pelo CPC 38,
a operação de desconto de duplicatas passou a ser
semelhante a uma espécie de empréstimo bancário,
onde as duplicatas são dadas ao banco em garantia e,
portanto, a conta duplicatas descontadas passou a
ser classificada no Passivo Circulante ou Não
Circulante.
• A conta de juros a vencer/ juros a transcorrer , assim
como as despesas bancárias a transcorrer passam a ser
contas retificadoras das duplicatas descontadas.
• Cabe ressaltar que o tratamento para apropriação dos
juros e das despesas deverá ser em base exponencial -
juros compostos.
Para um melhor entendimento, vejamos uma
estrutura de Plano de Contas que é utilizado após os
Pronunciamentos contábeis:

Conta Tipo Descrição

2 Sintética PASSIVO

2.1 Sintética Circulante

2.1.01 Analítica Duplicatas Descontadas

2.1.02 Analítica (-)Juros a Transcorrer


Resumo de DUPLICATAS
DESCONTADAS
• Visando suprir seu capital de giro, é comum as
empresas efetuarem o Desconto de Duplicatas que
tenham a receber em instituições financeiras,
objetivando, desta forma, recursos financeiros a
serem utilizados em suas atividades operacionais.

• Basicamente, a operação de Desconto de Duplicatas


ocorre quando um banco ou entidade assemelhada
compra à vista duplicatas, "descontando" no ato as
despesas bancárias/financeiras, IOF e os juros a que
tem direito pelo período a transcorrer entre a data
do desconto e a data do vencimento das duplicatas.
• Ocorrendo o não pagamento da duplicada pelo
devedor no prazo acordado, fica a empresa que
descontou a duplicata obrigada a reembolsar o
banco pelo valor do título, acrescido de novos
encargos financeiros.

• Desta forma, ocorre que enquanto a duplicata


não seja quitada, a empresa tem uma obrigação
para com o banco.
• Após a emissão dos novos Pronunciamentos
contábeis, a forma de contabilizar essa operação
mudou substancialmente.

• Entende o Pronunciamento Técnico CPC 38 que,


a empresa deve, primeiramente, avaliar até que
ponto ela retém os riscos e benefícios da
propriedade do ativo financeiro, para só então
decidir qual a melhor forma de contabilização
da operação.
Assim, os lançamentos contábeis da operação de
desconto de duplicatas deverão ser feitos, tendo
em vista:
• a) A transferência dos riscos e benefícios da
propriedade das duplicatas; ou

• b) A retenção de todos os riscos e benefícios da


propriedade das duplicatas.
O que diz o CPC 38?
O item 20 do Pronunciamento Técnico CPC 38
estabelece o seguinte:

• Quando a entidade transfere um ativo


financeiro, deve avaliar até que ponto ela
retém os riscos e benefícios da propriedade
do ativo financeiro.
Nesse caso:

• a) se a entidade transferir todos os riscos e


benefícios da propriedade do ativo financeiro, a
entidade deve “desreconhecer” o ativo
financeiro e reconhecer separadamente como
ativos ou passivos quaisquer direitos e
obrigações criados ou retidos com a
transferência;

• b) se a entidade retiver (Tornar para si) todos os


riscos e benefícios da propriedade do ativo
financeiro, a entidade deve continuar a
reconhecer o ativo financeiro;
• Assim, de acordo com o Pronunciamento
Técnico CPC 38, quando a entidade vende,
desconta ou transfere um ativo financeiro
(venda ou desconto de carteira de recebíveis,
por exemplo), ela somente poderá baixá-lo se
transferir todos os riscos e benefícios da
propriedade desse ativo e se não mantiver
envolvimento continuado com ele.

• Caso contrário, a entidade deve manter os


instrumentos financeiros no ativo e tratar o
valor recebido como empréstimo.
• Dessa forma, reconhecemos que a essência da
transação é que deve ser retratada
contabilmente.

• Assim, as duplicatas descontadas (parcela


recebida do desconto), quando não há
transferência dos riscos e benefícios da
propriedade, devem ser classificadas como
passivo, sendo que a duplicata a receber
continua a ser mantida no ativo até o seu
efetivo recebimento.
QUANDO A EMPRESA NÃO TRANSFERE
OS RISCOS E BENEFÍCIOS DO ATIVO AO
BANCO

• Para exemplificar essa condição, vamos


considerar uma operação de desconto de
duplicata, onde a empresa oferece seus
recebíveis vencíveis em 30, 60, 90 dias ao banco
no valor total de R$ 90.000,00, com juros
bancários de R$ 15.000,00.

• Com base nos dados acima, temos o seguinte


lançamento contábil:
• Registro do “desconto” (agora, “empréstimo”,
segundo o Pronunciamento Técnico CPC 38):

• D – Bancos (AC -Disponibilidades) R$ 90.000,00


• C – Duplicatas Descontadas (PC) R$ 90.000,00

• Note: Que a Duplicata Descontada funciona com uma


conta de Empréstimos a Pagar, alocando-se no Passivo
Circulante!
• Observe que a empresa não transferiu os riscos
e benefícios do ativo.

• Portanto, ao mantê-los, a empresa conservou o


ativo e reconheceu um passivo, que é o
empréstimo a pagar.
Os encargos financeiros incidentes

• A operação de desconto veio acompanhada de


cobrança de juros pelo banco.
• A boa prática contábil requer que a apropriação
dos encargos financeiros seja feita de acordo
com o princípio da competência.
• Portanto, recomenda-se que a apropriação dos
juros seja mensal, tendo em vista que muitas
empresas geram balanços e balancetes, para fins
gerenciais, todos os meses.
• Este, porém, não é único motivo para se
reconhecer as despesas mensalmente. Não
devemos esquecer que esse procedimento é
muito importante para as empresas tributadas
com base no Lucro Real Anual, que levantam
balanços de suspensão ou redução do Imposto
de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro (CSL).
Dessa forma, teremos os seguintes
lançamentos:

• Registro dos juros a apropriar/ a transcorrer:

• D – Juros a apropriar/Juros a transcorrer (Conta


Redutora do PC) R$ 15.000,00

• C – Bancos (Ativo Circulante – Disponibilidades)


R$ 15.000,00
Apropriação mensal dos encargos
financeiros:

• D – Despesas financeiras (Conta de Resultado) R$


5.000,00

• C – Juros a apropriar/a transcorrer (Conta Redutora


do Passivo Circulante) R$ 5.000,00

• Obs.: Prazo de recebimento das duplicatas é de três


meses (dados do exemplo), por isso o valor mensal
da apropriação é R$ 5.000,00.
Liquidação das duplicatas
“descontadas”
• A empresa deve contabilizar a baixa das
duplicatas na data da liquidação.

• A empresa consegue essa informação através


dos “avisos bancários” (borderôs, etc.) da
instituição financeira, já que é ela que recebe o
valor do cliente.
Dessa forma, teremos o seguinte
lançamento:

• Baixa das duplicatas pelo


recebimento/quitação do empréstimo por
conta dos avisos bancários:

• D – Duplicatas Descontadas/ Empréstimos a


Pagar – (Passivo Circulante) R$ 30.000,00

• C – Clientes (Ativo Circulante – Contas a


receber) R$ 30.000,00
Quando a duplicata não é liquidada

• Caso a duplicata não seja paga pelo cliente, o


banco devolverá o título à empresa. Em geral, o
contrato de desconto/empréstimo prevê que o
valor não recebido seja debitado da conta
corrente da empresa.

• Assim, caso alguma duplicata não seja paga no


vencimento, o Banco devolverá o título à
empresa, procedendo o débito em sua conta
corrente do valor correspondente ao título não
pago.
Débito na conta corrente da
duplicata não paga:

• D – Duplicata Descontada/ Empréstimos a


Pagar (Passivo Circulante) R$ 30.000,00

• C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)


R$ 30.000,00

• Obs.: A parcela de juros descontadas na


operação não é devolvida à empresa.
QUANDO A EMPRESA TRANSFERE OS
RISCOS E BENEFÍCIOS DO ATIVO AO
BANCO
• Considerando o mesmo exemplo, vamos supor
que a empresa transfira todos os riscos e
benefícios do ativo à instituição financeira.
• Naturalmente, nesse tipo de operação, os juros
cobrados são maiores, já que a responsabilidade é
do banco. Vamos admitir que os juros cobrados
sejam de R$ 24.000,00.

• Atente que, nesse caso, não existe a figura do


empréstimo. A empresa entregou
definitivamente o título ao banco.
• Em atendimento ao Pronunciamento Técnico
CPC 38 (letra “a” do item 20), a empresa deve
“desreconhecer” o ativo financeiro e reconhecer
separadamente como passivo qualquer
obrigação criada ou retida com a transferência.

• Portanto, a empresa deve baixar


imediatamente as duplicatas e,
simultaneamente, reconhecer como despesa o
valor dos juros cobrados.
Desse modo, teremos os seguintes
registros contábeis:
• Reconhecimento da “venda” das duplicatas:

• D – Bancos (A Circulante –
Disponibilidades) R$ 90.000,00

• C – Clientes (Ativo Circulante – Contas a


receber) R$ 90.000,00
Reconhecimento dos encargos
financeiros:

• D – Despesas Financeiras (Conta de


Resultado) R$ 24.000,00

• C – Bancos (Ativo Circulante) ou Juros a


Pagar (Passivo Circulante) R$ 24.000,00
Exemplo Prático: Quando não há a
transferência dos riscos e benefícios
• A título de exemplificação, imaginemos que a empresa
fictícia Vivax Indústria e Comércio de Eletrônicos Ltda.
tenha em 01/02/2016, descontado no Banco
Econômico S/A. 06 (seis) duplicatas de sua emissão no
valor total de R$ 175.000,00, ambas com vencimento
em 30/06/2016. Consideremos também que, foi
descontado da empresa R$ 17.500,00 referente aos
juros da operação, R$ 550,00 de Despesas Bancárias e
R$ 1.000,00 de IOF.
• Com base nesses valores, segue exemplo de
contabilização da operação de desconto de duplicatas:

•Pelo desconto das duplicatas:


• D - Banco. c/Movto. (AC)_____________R$ 155.950,00
• D - IOF (CR) ________________________ R$ 1.000,00
• D - Despesas Bancárias (CR) ___________ R$ 550,00
• D - Juros a Transcorrer (PC) ___________ R$ 17.500,00
• C - Duplicatas Descontadas (PC) ______ R$ 175.000,00
•Pela liquidação de 4 duplicatas,
conforme Aviso de Recebimento:
• D - Duplicatas Descontadas (PC) ______ R$ 52.500,00
• C - Duplicatas a Receber (AC) ________ R$ 52.500,00
•Pelo regresso do título por falta de
pagamento:

• D - Duplicatas Descontadas (PC) ______ R$ 13.000,00


• C - Banco. c/ Movto. (AC) _____________ R$
13.000,00
•Pela apropriação dos juros mensais
incorridos:
• D - Juros Passivo (CR) ________________ R$ 3.500,00
• C - Juros a Transcorrer (PC) ___________ R$ 3.500,00

Nota:
• R$ 17.500,00 / 5 meses = R$ 3.500,00, sendo os 5 meses
correspondente ao período de 01/02/2016 à 30/06/2016
Duplicatas não quitadas pelo
Sacado:
• Ocorrendo de o sacado não liquidar no prazo a
duplicata transferida, o banco procederá à
devolução do título a empresa que os cedeu. Na
prática, o contrato de desconto já prevê que o
valor não recebido seja debitado da conta
corrente do cedente.
• Supondo que a duplicata emitida pela Vivax no
valor de R$ 175.000,00 não tenha sido paga no
prazo estabelecido, teríamos o seguinte
lançamento contábil:
Pela baixa das duplicatas não
quitadas:

• D – Duplicatas Descontada (PC) ---R$ 175.000,00

• C - Bco. c/ Mvto. (AC) -------- R$ 175.000,00


Exemplo Prático (Quando há a
transferência dos riscos e benefícios):
• Como já dissemos, a empresa (Cedente) pode
descontar duplicatas com transferência de todos
os riscos e benefícios para a instituição
financeira (Cessionária). Nesta situação não
existe a figura do empréstimo, pois o cedente
vende o título sem que haja a possibilidade do
direito de regresso do mesmo, até por isso, diga-
se de passagem, os juros praticados pela
instituição financeira acabam sendo mais
elevadas (Por conta do risco de inadimplemento
do sacado).
• Admitamos que a empresa Vivax tenha em
01/04/2016, descontado no Banco Econômico S/A.
uma duplicata de sua emissão no valor total de R$
100.000,00 e vencimento para 30/05/2016, cujos
riscos do não adimplemento do sacado, seu cliente,
sejam transferidos para o banco. Consideremos
também que, foi descontado da empresa R$
20.000,00 referente aos juros da operação, R$
400,00 de Despesas Bancárias e R$ 700,00 de IOF.

• Considerando esses valores, teremos os seguintes


lançamentos contábeis:
Pela venda das duplicatas:

• D - Bco. c/ Mvto. (AC) _____ R$ 100.000,00


• C - Clientes (AC) __________R$ 100.000,00
Pelo reconhecimento dos
encargos financeiros:

• D - IOF (CR) ______________R$ 700,00


• D - Despesas Bancárias (CR) _ R$ 400,00
• D - Juros a transcorrer (PC) _ R$ 20.000,00
• C - Bco. c/ Mvto. (AC) _____ R$ 21.100,00
Pela apropriação dos juros mensais
pagos antecipadamente:
Dia 30/04/2016- Regime de competência
• D - Juros Passivos (CR) _____________ R$ 10.000,00
• C - Juros a transcorrer (PC) __________R$ 10.000,00

Dia 30/05/2016- Regime de competência


• D - Juros Passivos (CR) _____________ R$ 10.000,00
• C - Juros a transcorrer (PC) __________R$ 10.000,00

Nota:
• R$ 20.000,00 / 2 meses = R$ 10.000,00, sendo os 2 meses
correspondente ao período de 01/04/2016 à 30/05/2016

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