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AO JUÍZO DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA

COMARCA DE XXXXXXX - SANTA CATARINA.


XXXXXX, brasileira, solteira, estagiária, portadora do RG nº
XXXXXXXXX e CPF nº XXXXXXXX, detentora do endereço
eletrônico XXXXXXXX@hotmail.com, residente e domiciliada
à Rua XXX, nº XXX, Bairro XXXXXX, na cidade de XXXXXX–
SC, CEP: XXXXXXXXX, e
XXXXXXX, brasileira, solteira, profissão, portadora do RG
nº XXXXXXXXX e CPF nº XXXXXXXX, detentora do
endereço eletrônico XXXXXXXX@hotmail.com, residente e
domiciliada à Rua XXX, nº XXX, Bairro XXXXXX, na cidade
de XXXXXX– SC, CEP: XXXXXXXXX, neste ato representadas
pelo advogado que esta subscreve, com procuração anexa,
endereço profissional à Rua XXXXXX, nº XXXXXX, na cidade
de XXXXXXXXX – SC, vêm, perante Vossa Excelência, com o
devido respeito e vênia, embasando-se nos
arts. 186 e 927 do Código Civil, bem como no
art. 5º, X, CRFB/88 e demais dispositivos legais previstos
no Código de Defesa do Consumidor, propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS
em face de XXXXXXXX AIRLINES, pessoa jurídica de
direito privado, inscrita sob o CNPJ XXXXXXXXXXX, com
sede à Rua: XXXXXX, nº XXXXX, Bairro XXXXXX, na cidade
de XXXXXXXX – SP, CEP: XXXXXXX, pelos fatos e
fundamentos que passa a expor:
I. DA JUSTIÇA GRATUITA (art. 98, CPC/15)
As Requerentes fazem jus à concessão da gratuidade de
Justiça, haja vista não possuírem rendimentos suficientes para
custear as despesas processuais e honorários advocatícios em
detrimento de seu sustento e de sua família.

Destaca o dever estatal de prestar assistência gratuita


a Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 5º LXXIV, in
verbis:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
[...]
XXIV – O Estado prestará assistência jurídica integral e
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
De igual modo, enuncia o artigo 98 e seguintes, do Código de
Processo Civil de 2015:
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios
tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. [...]

Cumpre salientar, que a Requerente XXXXXXXXX se encontra


atualmente desempregada e a Requerente XXXXXXX é
estagiária, com previsão de término de contrato em 19 de
dezembro de 2018, não podendo então arcar com as despesas
processuais.

Com base na necessidade demonstrada, aguarda as


Requerentes o deferimento da justiça gratuita de modo
integral.

II. DOS FATOS


As Requerentes, desde o início do ano, vinham planejando uma
viagem a XXXXXXXX. Para tanto, em XXX de janeiro de 2018,
às 13:XX (documento anexo), confirmaram a compra das
passagens aéreas junto a empresa Requerida, qual seja, a
XXXXXXXXX Airlines, no valor de R$ 466,38 (quatrocentos e
sessenta e seis reais e trinta e oito centavos), por ser o horário
mais adequado e capaz de suprir as necessidades das
Requerentes.

Conforme exposto, foi confirmado o pedido com código de


reserva XXXXXXXX, nos seguintes horários, adiante
especificados:

(IMAGEM NO CORPO DA PETIÇÃO)


Na semana da viagem, as Requerentes entraram no site da
empresa Requerida a fim de confirmar os horários da viagem
agendada, quando para a surpresa de ambas, a companhia
aérea modificou os horários sem realizar prévia
comunicação, o que fez com que as Requerentes se
obrigassem a alterar o horário da viagem, agora sob o código
de reserva XXXXXXXXX, consolidando-se deste modo:
(IMAGEM NO CORPO DA PETIÇÃO)
Img: Voo - Aeroporto XXXXXX- XXXXX – 08/11/2018
Após meses de expectativa, chegou o dia do evento e as
Requerentes aguardavam ansiosamente a hora do embarque
programado para as 08hXXmin. No entanto, este fato não
ocorreu, pois exatamente às 07hXXmin, a empresa informou o
primeiro atraso, que aconteceria naquele dia, até o momento
sem qualquer explicação aos passageiros que ali aguardavam,
alertando que maiores detalhes seriam enviados às XXh.

Às XXhXXmin, aconteceu o segundo atraso, também sem


explicação, informando que mais detalhes seriam enviados às
XXhXXmin.

Às XXhXXmin, foi reprogramado o voo, agora com horário de


saída previsto para XXhXXmin.

Às XXhXXmin, mais uma vez, as Requerentes foram


comunicadas de um problema na aeronave que acabara de
pousar no aeroporto de XXXXXXX e vinha de XXXXX: o pneu
havia furado. Novamente, houve atrasos.

Enquanto aguardavam a troca do pneu da aeronave, as


Requerentes conversaram com alguns passageiros que vieram
de XXXXXXX com a empresa Requerida e estes informaram
que o atraso ocorrido se deu por ausência de manutenção das
aeronaves da empresa, haja vista terem trocado de aeronave
por duas vezes em decorrência de problemas técnicos no ar-
condicionado e painel.

Desta forma, a saída das Requerentes do aeroporto de XXXXX,


que estava prevista para XXhXXmin, deu-se apenas às
XXhXXmin, causando um atraso de 3 horas e 40 minutos.
Voo – Aeroporto XXXXXXX– XXXXXXX– 12/11/2018
Tendo o voo programado para retorno na segunda-feira, dia 12
de novembro às XXhXXmin, as Requerentes, desde às
XhXXmin, tentavam fazer o check-in online, sendo impedidas
pela companhia aérea. Diante da negativa online, chegando ao
aeroporto, as Requerentes tentaram fazer o check-in no balcão
da empresa Requerida, quando mais uma vez, para a surpresa
de ambas, a companhia antecipou o embarque/voo em
uma hora e novamente sem comunicação prévia, causando
forte abalo nas Requerentes por terem “perdido” o voo.
Após momentos desesperadores de choro e discussões para
tentar resolver o retorno das Requerentes a Santa Catarina,
estas dirigiram-se à loja da empresa Requerida, que após muita
discussão, alocou-as para o voo XXXXXX, com horário de
saída previsto para às XXhXXmin, causando uma espera
aproximada de 9 horas.
Esta espera prejudicou as Requerentes consideravelmente,
destacando que a Requerente XXXXXX faz estágio junto ao
Ministério Público de Santa Catarina, programando-se com
antecedência e compensando os dias que estaria fora; porém,
pela falta de consideração da empresa Requerida, que
antecipou o voo sem comunicação e alocou-as para um voo 9
horas após o previsto, XXXXXXX perdeu o dia de estágio,
conforme comprovado pelo cartão ponto.

Se já não bastasse todos os fatos narrados, a empresa


Requerida mais uma vez demonstrou o descaso que tem com
os seus passageiros. A todo momento as Requerentes
realizavam a viagem juntas, comprando assentos uma ao lado
da outra, porém na hora de alocá-las, a empresa Requerida
sequer tomou o cuidado de selecionar poltronas lado a lado,
designando o assento 27B para XXXXXX e 28E para
XXXXXXX, conforme documentos anexos.
Por fim, após uma longa espera no aeroporto, com a abertura
do embarque, as Requerentes, cansadas e desejando chegar em
casa, embarcaram no voo que estava previsto para decolar às
XXhXXmin, e mais uma vez, a empresa Requerida atrasou o
voo. Conforme se demonstra em vídeo anexo, detalhado na
imagem a seguir, tendo a aeronave levantado voo apenas as
XXhXXmin.

(IMAGEM DECORRENTE DE VÍDEO)


Embora tenha sido um atraso de apenas 22 minutos, estes
minutos pareciam uma eternidade para quem estava no
aeroporto desde as 6 horas da manhã.
III. DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA
DO CONSUMIDOR
O caso em análise trata-se de típica relação de consumo, onde
destacam-se de forma nítida as figuras de consumidor,
fornecedor e produto/serviço.

Tais figuras encontram-se elencadas no Código de Defesa do


Consumidor de forma respectiva, nos artigos 2º, 3º e § 1º,
conforme expõe:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou
imaterial.

Vale ressaltar que o STJ consolidou entendimento de que "a


responsabilidade civil das companhias aéreas em
decorrência da má prestação de serviços, após a
entrada em vigor da Lei 8.078/90, não é mais
regulada pela Convenção de Varsóvia e suas
posteriores modificações (Convenção de Haia e
Convenção de Montreal), ou pelo Código Brasileiro de
Aeronáutica, subordinando-se, portanto, ao Código
Consumerista" (STJ, Rel. Min. Raul Araújo, AgRg no AREsp
582.541/RS, j. 23-10-2014).
Diante do exposto, estando evidente a relação de consumo,
bem como as partes se fazem legítimas ao dissídio, deve a
presente demanda ser regida pelo Código de Defesa do
Consumidor.
IV. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Diante da hipossuficiência técnica das Requerentes, a inversão
do ônus da prova ante as verossímeis alegações apresentadas,
juntamente com as provas documentais acostada aos autos, é
medida que se impõe, conforme previsto no artigo 6º, VIII,
do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, seguindo as regras ordinárias de
expectativas.

Posto isto, requer, desde já, a aplicação da inversão do ônus da


prova.

V. DA ILICITUDE PRATICADA PELA REQUERIDA


Conforme exposto, as Requerentes contrataram os serviços de
transporte aéreo da Requerida nos termos já informados,
porém, embora a cobrança tenha sido realizada de forma
correta, houve defeitos na prestação dos serviços que
acarretaram os danos a que se requer tiveram reparo.

O Código de Defesa do Consumidor determina que “É direito


básico do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais” (art. 6º, VI, CDC).
O Código Civil de 2002 é cristalino quando dispõe sobre a
necessidade de reparar os danos causados, conforme se
observa no artigo 186:
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Igualmente e de forma complementar, o art. 927, do


mesmo códex, reitera a previsão do dever de reparar,
consubstanciado na responsabilidade civil objetiva, senão
vejamos:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

Relembre-se, inclusive, que o direito de resposta e de


indenização moral, material ou à imagem é oriundo da Carta
Magna de 1988, em seu artigo 5º, V, ao dispor que “É
assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além
da indenização por dano material, moral ou à imagem”.
Outrossim, entende o STJ em casos como o presente, que "o
dano moral decorrente de atraso de voo opera-se in re
ipsa. [...] O desconforto, a aflição e os transtornos
suportados pelo passageiro não precisam ser
provados, na medida em que derivam do próprio
fato" (STJ, 4ª Turma, Rel. Min. Raul Araújo, AgRg no Ag
1306693/RJ, j. 16-8-2011).
Destarte, sob os ângulos jurisdicional, legal e constitucional,
nota-se que o ato ilícito praticado pela empresa Requerida nos
moldes de que fora apresentado inicialmente são fatores
gravíssimos e suficientes a ensejar o dever de indenizar, e que,
embora desnecessária a comprovação de culpa em situações
desta índole, é certo que ela constitui, ao menos, capacidade
elementar de agravar as consequências do ato, fatos presentes
no presente pleito.

VI. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA


A responsabilidade civil visa reprimir o dano causado pelo
agente em face do indivíduo lesado material ou moralmente.

Vê-se que a responsabilidade civil apresenta duas espécies


distintas, sendo a responsabilidade subjetiva e a
responsabilidade objetiva.

A responsabilidade civil subjetiva emana do ato ilícito, além de


trazer a necessidade de caracterizar como requisitos
fundamentais a culpa, o dano e o nexo causal entre este e
aquela.

No caso em tela, é evidente a existência da responsabilidade


objetiva, como sendo aquela em que o dano deverá ser
reparado independente de culpa, conforme os ditames
do parágrafo único do artigo 927 do Código Civil:
Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida
pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

O Código de Defesa do Consumidor dispõe ainda, por seu


artigo 14, que a responsabilidade do fornecedor de serviços é
objetiva, prescindindo da demonstração de culpa:
Art. 14. O fornecedor de serviços
responde, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e
riscos.

Diante do exposto, fica evidenciado o ato ilícito, a lesividade e a


necessidade de reparar o dano, que se dá independentemente
da existência de culpa.

VII. DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS


Conforme já fora exposto inicialmente, as Requerentes
adquiriram da Empresa Requerida, em 23 de janeiro de 2018,
o serviço de transporte aéreo pelo valor de R$ 466,38
(quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e oito centavos),
com intenção de saída do aeroporto de XXXXXXXX às
06h30min do dia 08 de novembro de 2018, e retorno do
aeroporto de XXXXXXXX às 11h40min, do dia XX de
novembro de 2018, optando por este horário por ser o que
mais atendia suas necessidades, já que a Requerente
XXXXXXX deveria retornar à Santa Catarina a fim de estagiar
por 4 horas.

Porém, o serviço prestado não foi aquele adquirido em janeiro


de 2018, haja vista a alteração realizada sem prévia
comunicação.
Ao adquirir um produto/serviço, espera-se que ele seja
executado nas condições que lhe são apresentadas no momento
que finaliza a compra; no entanto, não foi desta maneira que
ocorreu com as Requerentes.

Se já não bastasse todos os empecilhos que adiaram a chegada


das Requerentes à capital Paulista, o retorno a Santa Catarina
também foi conturbado, desorganizado e esgotante, haja vista
serem surpreendidas pela empresa Requerida, que, ao
chegarem no aeroporto, a tempo para o embarque, foram
impedidas pela antecipação de voo sem comunicação
por parte da Requerida.
Tal informação abalou as Requerentes consideravelmente, que
naquele momento desesperador só desejavam embarcar em
um voo a tempo de chegar no horário programado para que
pudessem cumprir com suas obrigações rotineiras de uma
segunda-feira, fatos estes que ensejaram a presente demanda.

Deste modo, já julgou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR


DANOS MATERIAIS E MORAIS. TRANSPORTE
AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO. VIAGEM
POSTERGADA EM CERCA DE 13 (TREZE) HORAS.
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ.
RESPONSABILIDADE CIVIL. CANCELAMENTO
INCONTROVERSO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS EVIDENCIADA. JUSTIFICATIVAS PARA O
CANCELAMENTO QUE SUPOSTAMENTE CONFIGURARIAM
FORÇA MAIOR QUE NÃO RESTARAM DEVIDAMENTE
COMPROVADAS. ÔNUS QUE INCUMBIA AO FORNECEDOR
DE SERVIÇOS. SUPOSTA NECESSIDADE DE PROCEDER
MANUTENÇÃO NA AERONAVE QUE CONSUBSTANCIA
FORTUITO INTERNO, ABARCADO PELO RISCO DO
NEGÓCIO. ATO ILÍCITO CONFIGURADO. DANO
MORAL. OCORRÊNCIA. FRUSTRAÇÃO DAS
EXPECTATIVAS DO CONSUMIDOR. (...) VALOR
FIXADO ADEQUADAMENTE EM PRIMEIRA INSTÂNCIA
(R$ 15.000,00 A CADA AUTOR). REDUÇÃO DESCABIDA.
INCIDÊNCIA DE JUROS MORATÓRIOS DESDE A
CITAÇÃO. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 54 DO STJ.
HONORÁRIOS RECURSAIS ARBITRADOS. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC,
Apelação Cível n. 0303248-10.2017.8.24.0082, da Capital -
Continente, rel. Des. Saul Steil, Terceira Câmara de Direito
Civil, j. 28-08-2018).

Faz-se imperioso destacar que o dano moral deve atender a


alguns objetivos precípuos, quais sejam: a) ressarcir os
prejuízos morais decorrentes da violação de um bem jurídico
tutelado; b) coibir, punir e prevenir a prática reiterada de
comportamentos deste gênero por parte do infrator, que agem
de forma contrária à legislação e aos consumidores, prestando-
lhes um serviço incompatível com o a fragilidade que é
inerente à parte mais fraca da relação de consumo.
Diante de todo o exposto, pugnam as Requerentes pelo
pagamento de R$ 466,38 (quatrocentos e sessenta e seis reais
e trinta e oito centavos) a título de danos materiais,
devidamente corrigidos, visto a ausência de prestação de
serviço nos moldes contratados; e R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) a cada Requerente, totalizando R$
40.000,00 (quarenta mil reais), a título de danos
morais, atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo,
punindo e prevenindo.
VIII. DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS (Art. 85,
CPC/15)
O Novo Código de Processo Civil, em seu art. 85 e seguintes,
dispõe acerca dos honorários sucumbenciais, nos exatos
termos: “A sentença condenará o vencido a pagar honorários
ao advogado vencedor”.
Tendo em vista que os honorários correspondem aos alimentos
do advogado, é de suma importância enaltecer esta questão
antes de adentrar ao mérito questionado.

Pugna, portanto, que a empresa Requerida seja condenada ao


pagamento de honorários sucumbenciais ao procurador das
Requerentes, bem como, que haja a majoração de tais
honorários em caso de ascensão destes autos ao Tribunal de
Justiça deste Estado.
IX. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
As Requerentes manifestam-se favoráveis à audiência de
conciliação, o que faz com fulcro nos artigos 319, VII,
combinado com artigo 334, do Código de Processo Civil,
requerendo desde já a designação de data para o ato
conciliatório.

X. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) O recebimento e processamento da presente demanda;
b) A citação da Requerida no endereço informado, para
querendo, responder no prazo legal, sob pena de revelia e
confissão;
c) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita,
assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e
artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015;
d) Que seja deferida a inversão do ônus da prova, diante
do artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor;
e) Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao
artigo 334 do Código de Processo Civil;
f) Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar
a Requerida ao pagamento de R$ 466,38 (quatrocentos e
sessenta e seis reais e trinta e oito centavos), a título de danos
materiais, devidamente corrigidos, visto a ausência de
prestação de serviço nos moldes contratados; e R$ 20.000,00
(vinte mil reais) a cada Requerente, totalizando R$ 40.000,00
(quarenta mil reais) a título de danos morais.
g) A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial
a prova documental (documentos na “nuvem” online),
depoimento pessoal da Requerida, oitiva de testemunhas e
todas as outras provas que se fizerem necessárias à busca da
verdade;
h) E por fim, pugna pela condenação da Requerida ao
pagamento de honorários sucumbenciais em 20% (vinte
por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da
causa e o trabalho desenvolvido, nos termos do caput do
Código de Processo Civil.
Dá-se a causa o valor de R$ 40.466,38 (quarenta mil,
quatrocentos e sessenta e seis reais e trinta e oito
centavos).
Termos em que, pede deferimento.

XXXXXXX – SC, 20 de novembro de 2018.

João Leandro Longo


Advogado
OAB/SC 52.287
Caso Vossa Excelência não consiga acessar os
documentos em "nuvem", pede-se que seja autorizado
o depósito da mídia em cartório, por CD ou pendrive,
mediante intimação para este fim.

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