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gestão empresarial

Direito empresarial

sociedades comerciais II
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direito empresarial
sociedades comerciais II

Objetivos da Unidade de aprendizagem


Conceituar o que são as sociedades empresariais, quais
são suas características, qual é a sua base legislativa, de
maneira apresentar noções gerais sobre a temática.

Competências
Identificar os conceitos, fundamentos e características
das Sociedades Empresariais.

Habilidades
Inserir conhecimentos gerais sobre Sociedades Empre-
sariais no contexto da Gestão Empresarial (Processos
Gerenciais) como necessidade da função administrativa,
que a cada dia deverá acrescentar noções de outras
áreas de atuação, praticando a interdisciplinaridade
nas ações.
Apresentação
Olá, nessa Unidade de Aprendizagem vamos conhecer
um pouco mais das sociedades empresariais, conceitu-
ando-as, apresentando suas principais características;
com a finalidade de se ter uma visão geral sobre tão
importante tema, inclusive por ser muito necessário ao
nosso cotidiano, sendo interessante e envolvente conhe-
cê-las. Na posição de professores-autores, continuamos
a nos empenhar em oferecer a você qualidade de ensi-
no. Para tanto, preparamos um material com o qual você
possa ter um conhecimento específico sobre as Socieda-
des Empresariais, que hoje é uma das áreas que desper-
ta muito interesse de todos haja vista que, ao abrir uma
empresa ou necessitar alterar o contrato social já exis-
tente, há a necessidade de se optar por um tipo socie-
tário e providenciar todos os seus trâmites burocráticos
e, desde que se conheça suas espécies e características,
tal realidade restará mais fácil de ser promovida. Portan-
to, nessa unidade vamos conhecer os tipos societários
que compõe o rol das Sociedades Personificadas, que foi
objeto de nosso estudo na Unidade de Aprendizagem
anterior.

Para Começar
Nessa Unidade de Aprendizagem vamos conhecer um
pouco das sociedades empresariais, conceituando-as,
apresentando suas principais características; com a fina-
lidade de se ter uma visão geral sobre tão importante
tema, inclusive por ser muito necessário ao nosso coti-
diano, sendo interessante e envolvente conhecê-los.
Na posição de professores-autores, continuamos a
nos empenhar em oferecer a você qualidade de ensino.
Para tanto, preparamos um material com o qual você
possa ter um conhecimento específico sobre as Socie-
dades Empresariais, que hoje é uma das áreas que des-
perta muito interesse de todos haja vista que, ao abrir
uma empresa ou necessitar alterar o contrato social já existente, há a
necessidade de se optar por um tipo societário e providenciar todos os
seus trâmites burocráticos e, desde que se conheça suas espécies e carac-
terísticas, tal realidade restará mais fácil de ser promovida.
Portanto, nesta Unidade vamos conhecer os tipos societários que com-
põe o rol das Sociedades Personificadas, que foi objeto de nosso estudo
na Unidade de Aprendizagem anterior.
Por isso, pergunto a você:

1. Você conhece algum tipo de Sociedade Empresarial?


2. Em sua opinião, quais são os tipos societários mais utilizados?
3. Você possui alguma noção sobre a responsabilidade patrimonial dos
sócios na sociedade limitada?
4. Você saberia mencionar em quais casos pode ocorrer a “desconside-
ração da personalidade jurídica” com relação a uma dada socieda-
de empresarial?

Neste momento anote suas respostas e percepções, use o seu senso co-
mum para responder a estas perguntas, não faça outras pesquisas, nem
avance a leitura antes de responder a esta pergunta. A ideia é conhecer
seu ponto de vista. É importante informar que você usará estas anotações
num exercício ainda no decorrer desta Unidade de Aprendizagem.
Para se entender as Sociedades Empresariais torna-se necessário vin-
cular seus estudos a partir de uma relação com o cotidiano, pois, não
basta, tão somente a “gramática”, há que correlacioná-la com a “prática”,
assim, fica mais fácil o entendimento e como consequência a apreensão
do conhecimento.
Outro aspecto de suma importância é apresentar seu ponto de vista
a respeito do que entende ou tem conhecimento sobre os tipos de So-
ciedades Comerciais e quais são as suas características, para que possa
fazer uma comparação entre o seu conteúdo prévio a respeito do tema
e o abordado nas Unidades de Aprendizagem, fazendo com que haja a
ampliação de seu entendimento com relação ao assunto.
Um bom gestor, que passa por um curso de Tecnologia em Gestão Em-
presarial – Processos Gerenciais necessita, também, ter noções dos tipos
societários que compõem às sociedades personificadas, para inclusive, sa-
ber administrar os trâmites burocráticos e fazer a melhor escolha quanto
ao tipo societário que pretende seja o objeto de sua opção, caso opte por
trabalhar em sociedade.

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5. Para que você tenha uma real ideia da necessidade de se ter pelo
menos um prévio conhecimento sobre as Sociedades Comerciais e
despertar a sua vontade de desenvolver seus estudos, sugiro a você
que a leitura da obra “O administrador de sonhos” (KELLY, 2008).

Fundamentos
1. Noções gerais sobre sociedades empresariais
Como já mencionado, as sociedades comerciais são de duas espécies, as
personificadas e as não personificadas. O objeto da presente unidade de
aprendizagem são as sociedades personificadas, com relação às suas es-
pécies, que são denominadas “sociedades empresariais”.
As sociedades personificadas possuem um rol, que são os tipos socie-
tários, ou seja, as suas espécies:

Sociedade simples
Sociedades personificadas Cooperativas
Sociedades empresariais
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedades empresariais
Sociedade em comandita por ações
= tipos societários
Sociedade limitada
Sociedade anônima

Portanto, as sociedades personificadas são aquelas que possuem per-


sonalidade jurídica, por possuírem registro junto aos órgãos legalmente
competentes (Juntas Comerciais ou Cartório do Registro Civil de Pessoas
Jurídicas); tais sociedades são de três espécies: as sociedades simples, as
cooperativas e as sociedades empresariais.
Por sua vez, as sociedades empresariais são:

a. Sociedade em nome coletivo;


b. Sociedade em comandita simples;
c. Sociedade em comandita por ações;
d. Sociedade limitada; e
e. Sociedade anônima.

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No nosso estudo, faremos um “passeio” por cada uma dessas sociedades,
de modo a termos uma visão geral das mesmas; com exceção da Socie-
dade Anônima, que dado a sua complexidade e importância no quadro
social e econômico, será o objeto de abordagem e estudo na unidade de
aprendizagem 17.

1.1 Conceito de sociedades empresariais


As sociedades empresariais são organizações que perseguem o lucro,
como já visto em nossos estudos na unidade de aprendizagem anterior;
portanto, todas as suas espécies têm a mesma finalidade, ou seja, a ob-
tenção do lucro, a partir do desenvolvimento de suas atividades.
Assim, o art. 981, do Código Civil dispõe: “Celebram contrato de socie-
dade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens
ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si,
dos resultados”.
Como se pode ver (MARTINS, 2010), “empresária é a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a regis-
tro. É a sociedade organizada para a produção ou circulação de bens ou
serviços para o mercado visando lucro”.
Cabe ainda frisar que a sociedade empresarial não se confunde com a
associação e a fundação, pois, há entre os institutos uma única semelhan-
ça, consistente no fato de haver uma criação de uma pessoa jurídica de
direito privado.
Mas, tanto na associação quanto na fundação, ao contrário da socie-
dade, não há o intuito de se auferir lucro; não havendo a distribuição dos
resultados, por essa razão, se pode afirmar que para esses casos há a
falta desse requisito, que é constante do art. 981, do Código Civil, para
que a pessoa jurídica possa ser considerada uma “sociedade empresarial”.
Assim, a associação consiste na união de pessoas que se organizam
para fins não econômicos, podendo ter objetivo de natureza social, artís-
tica ou cultural, descrita em um estatuto e regulamentada por este, nos
termos do que dispõe o art. 53, do Código Civil.
Também, ocorre o mesmo quanto ao objeto na fundação, ou seja, nes-
te caso não há perseguição à vantagem econômica, ao lucro, mas sim, o
objetivo religioso, cultural, moral ou de assistência, surgindo da vontade
de seu instituidor, que através de uma escritura pública ou testamento,
faz uma dotação de um patrimônio para tal finalidade específica.
As sociedades empresariais também têm as suas espécies e caracterís-
ticas próprias; como já mencionado, estas, serão analisadas nos demais
tópicos, com exceção da sociedade anônima, que será objeto de estudo
em um capítulo próprio.

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1.2. Sociedades em nome coletivo
A sociedade em nome coletivo tem sua base legal no Código Civil, nos arts.
1.039 a 1.044. Tem seu início quando duas ou mais pessoas se reúnem
com o objetivo de exercer o comércio, é a primeira modalidade de socie-
dade historicamente reconhecida, pois, tendo sido referida a primeira vez
na Idade Média, era composta, a princípio pelos membros de uma mes-
ma ramificação familiar, que se sentavam na mesma mesa e comiam do
mesmo pão.
Esse tipo de sociedade necessariamente deve ser composta por sócios
pessoas físicas, assim como a administração tem que ser atribuída a só-
cio, não podendo ser exercida por terceiros, ou seja, é vedada a participa-
ção de pessoas jurídicas nesse tipo societário.
Também, esse tipo societário, foi conhecido como “sociedade geral”,
“sociedade solidária ilimitada” ou “sociedade de responsabilidade ilimita-
da”, sempre envolvendo “todos”, a “coletividade” que a compõe, haja vista,
ser a única sociedade que determina que a responsabilidade de todos os
sócios é solidária e ilimitada perante terceiros, ou seja, responderão pelas
obrigações sociais da empresa perante terceiros, com o patrimônio social
da empresa e além dele, com o patrimônio pessoal, particular de cada
sócio (art. 1039, do Código Civil).
Com exceção da responsabilidade para com terceiros, podem os sócios
quando de seus atos constitutivos estabelecerem, desde que de forma
unânime, limitar entre eles a responsabilidade de cada um, porém, apesar
dessa possibilidade facultada pelo § único do art. 1039, do Código Civil,
responderão os sócios, de forma pessoal da seguinte maneira:

a. Pessoalmente: com o seu patrimônio próprio.


b. Subsidiariamente: primeiramente atingirá os bens, garantias ou pa-
trimônio social, para depois, em caso de ser insuficientes atingirem
os seus bens particulares.
c. Solidariamente: os credores poderão exigir o valor integral de seus
créditos de qualquer dos sócios.
d. Ilimitadamente: respondem com todo o seu patrimônio pessoal.

Esse tipo societário adotará como nome empresarial, firma ou razão so-
cial, seguida da palavra companhia, empregada dessa maneira ou de for-
ma abreviada “& Cia.” (art. 1157, do Código Civil).

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Papo Técnico
A história nos auxilia a entender uma série de questões,
dentre estas está a utilização da expressão “& Companhia”
ou sua forma abreviada “& Cia.”. A sociedade em nome co-
letivo surge na Idade Média e compunha-se a princípio dos
membros de uma mesma família, que se sentavam na mes-
ma mesa e comiam do mesmo pão. A expressão “& Compa-
nhia”, tem sua origem etimológica do latim “et cum pagnis”,
ou seja, “o pai de família e os seus, que comiam do mesmo
pão” (FÜHRER, 2010).

No contrato social deverá conter a especificação de qual ou quais sócios


irão gerir a sociedade, sendo uma função que deverá ser exercida somen-
te por um dos sócios; no silêncio do contrato, se entenderá que todos os
sócios irão gerir a sociedade.

1.3. Sociedade em comandita simples


Esta sociedade encontra-se regulamentada através dos arts. 1045 a 1051,
do Código Civil, apesar de na prática não ser muito utilizada.
Tem essa sociedade dois tipos de sócios, que recebem o nome de:

a. Comanditários ou capitalistas: que possuem responsabilidade so-


mente quanto à integralização das cotas subscritas. Tais sócios in-
gressam na sociedade somente com o capital e não com o trabalho,
por essa razão, não têm qualquer tipo de ingerência na administra-
ção da sociedade.
b. Comanditados: possuem responsabilidade ilimitada; ingressando
1. CAMPINHO,
para a sociedade com o capital e o trabalho, por essa razão, assu-
Sérgio. O direito mindo a direção da empresa.
de empresa à luz
do novo Código
Quanto ao seu nome empresarial, de acordo com o art. 1.047, do Código
Civil. 10ª. Ed. Rio
de Janeiro: Renovar, Civil, somente pode ser composta com o nome dos sócios comanditados,
2009, p.281. pois, são os sócios solidários1.

Atenção
Se por algum motivo, o nome de um sócio comanditário fi-
gurar na firma ou razão social, este se tornará para os efei-
tos legais, um sócio comanditado!

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1.4. Sociedade em comandita por ações
A sociedade em comandita por ações está disciplinada nos arts. 1.090
a 1.092, do Código Civil e na Lei das Sociedades Anônimas – Lei nº
6.404/76, alterada pela Lei nº 9.457/97 e pela Lei nº 10.303/01, com algu-
2. MAMEDE, Gladston. mas modificações2.
Manual de Direito Esse tipo societário guarda semelhança com os aspectos da Sociedade
Empresarial. 4.ed.
Anônima, diferindo-se dela no que diz respeito ao nome e a posição dos
São Paulo: Atlas,
2009, p. 194. diretores ou gerentes.
Quanto aos diretores e gerentes, são nomeados no estatuto e somente
podem ser destituídos da função por uma maioria de 2/3 do capital social
e respondem de forma ilimitada pelas obrigações sociais, sendo chama-
dos de sócios comanditados, enquanto os sócios comanditários respon-
dem de forma limitada.
Com relação ao seu nome, pode usar “denominação” ou “firma ou ra-
zão social”, acrescida da expressão “Comandita por ações”; mas, no caso
de haver a escolha pela adoção de “firma ou razão social”, somente pode-
rá ser usado o nome dos sócios diretores ou gerentes, de acordo com o
que determina o art. 1.161, do Código Civil.

1.5. Sociedade limitada


A regulamentação legal da sociedade limitada está disposta nos arts.
1.052 a 1.087, do Código Civil.
Neste tipo societário, cada sócio ingressa na sociedade com uma par-
cela do capital social, ficando responsável diretamente pela integralização
do capital que subscreveu, além de ficar também responsável pela inte-
gralização das demais cotas subscritas pelo outros sócios.
Não há determinação legal especificando o valor desta integralização,
estando as partes envolvidas livres para estipular o capital social e deter-
minar quantas cotas cabe a cada sócio, inclusive, o art. 1.055, do Código
Civil, dispõe:

O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a


cada sócio.

Mas, no § único, do art. 1.055, do Código Civil há o seguinte alerta:

Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente


todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.

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Papo Técnico
Quando há a integralização de todas as cotas pelos sócios,
referente ao capital subscrito no pacto ou contrato social,
nenhum deles pode mais ser chamado para se responsabi-
lizar com seus bens particulares pelas dívidas da sociedade,
ou seja, a responsabilidade é limitada à integralização do
capital social.
Essa limitação quanto à responsabilidade, em não se atin-
gir quando há a completa integralização das quotas pelos
sócios, de seus bens particulares, não é uma regra absoluta,
pois, no art. 50, do Código Civil, há a possibilidade de o juiz
decretar a “desconsideração da personalidade jurídica” da
sociedade empresarial, para desta forma, alcançar o patri-
mônio individual de cada sócio.

Quanto ao nome da sociedade limitada, este pode ser “firma ou razão


social” ou “denominação”, desde que em ambos os casos seja acrescida a
palavra “Limitada” ou sua abreviatura “Ltda”, como disposto no art. 1.158,
do Código Civil.

Atenção
Se não houver o acréscimo junto à “denominação” ou a “fir-
ma ou razão social” da palavra “Limitada” ou sua abreviatura
“Ltda”, os sócios serão tidos como responsáveis ilimitados
pelas dívidas sociais da sociedade empresarial, ou seja, res-
ponderão com seus bens particulares.

Cabe, ainda, ficar atento, como nos ensina Antônio Carlos da Silva Ribei-
3. RIBEIRO, Antônio ro3 que, os sócios responderão, excepcionalmente, subsidiária e ilimitada-
Carlos da Silva. Curso mente pelas obrigações contraídas nos seguintes casos:
preparatório para
o Exame de Ordem
da OAB: prova a. Quando os sócios adotarem deliberação contrária à lei ou ao con-
subjetiva e parte trato social;
teórica. São Paulo:
b. Em casos de execução trabalhista, a Justiça do Trabalho, protegendo
Tático, 2004, p. 938.
o empregado, tem deixado de aplicar as regras de limitação da res-
ponsabilidade dos sócios;

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c. Quando o sócio, valendo-se da divisão patrimonial assegurada entre
sociedade e sócios, vem, dolosamente, a fraudar credores da socie-
dade (desconsideração da personalidade jurídica);
d. Quando a sociedade tiver débitos junto à Seguridade Social (INSS),
de acordo com o disposto no art. 13, da Lei nº 8.620/1993; e
e. Quando as pessoas casadas sob o regime da Comunhão Universal
de Bens ou da Separação legal ou obrigatória de bens, celebrarem
contrato de sociedade (sociedade marital), conforme dispõe o art.
977, do Código Civil.

Como se pôde ver, a lei prevê a possibilidade de se excluir a responsa-


bilidade patrimonial dos bens particulares dos sócios, caso haja a opção
pelo tipo societário “sociedade limitada”, porém, esta possibilidade não é
absoluta, devendo cada sócio, observar que haja um trabalho sério, para
não dar ensejo a desconsideração da personalidade jurídica.

1.6. Sociedade Anônima


Como já mencionado, a Sociedade Anônima dado ao grau de complexi-
dade que a envolve, deverá ser estudada separadamente na unidade de
aprendizagem 17.

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antena
parabólica
A desconsideração da personalidade jurídica é um as-
sunto muito sério, para melhor conhecer ao assunto, su-
4. MIGALHAS. giro a leitura do seguinte artigo4:
Personalidade
jurídica - STJ -
Desconsideração da
personalidade jurídica Personalidade jurídica - STJ - Desconsideração da perso-
de empresas exige nalidade jurídica de empresas exige cautela.
cautela. Disponível
em <http://www.
migalhas.com.br/ Para o STJ, a jurisprudência do tribunal é clara no enten-
Quentes/17,MI11043 dimento de que a personalidade jurídica de uma empre-
5,91041-STJ+Descon sa não pode ser confundida com a pessoa jurídica dos
sideracao+da+person
alidade+juridica+de+e
seus sócios, a não ser que seja caracterizado abuso por
mpresas+exige> [s.d.] parte da empresa. Neste caso, o credor pode reivindicar,
Acesso em jun. 2012. judicialmente, ressarcimento ou indenização por meio
do patrimônio dos sócios. Mas, apesar de pacificado, o
tema ainda suscita dúvidas em tribunais de todo o país,
o que motivou a sua rediscussão durante julgamento na
4ª turma do STJ, ocasião em que o ministro Aldir Passa-
rinho Junior ressaltou a necessidade de cautela na ava-
liação desses casos. No julgamento em questão, a turma
deu provimento a recurso especial interposto pelos an-
tigos sócios da empresa Knorr Construções Ltda., do Rio
Grande do Sul, para mudar acórdão do TJ/RS referente
a ação de execução movida pela Galvânica Baretta Ltda.
Como o STJ acatou o recurso de Lars Knorr e de outros
sócios da construtora, ficou extinta a execução que tinha
sido determinada contra eles. Na prática, a Galvânica Be-
retta ajuizou e ganhou na Justiça ação monitória contra a
Knorr Construções, pela emissão de cheques não pagos
(houve falência e arrecadação de bens particulares de
sócios-diretores da empresa). Os proprietários, no en-
tanto, argumentaram que, embora seja possível a execu-
ção, a sentença de primeira instância que deu ganho de
causa à credora deveria ter considerado se ficou ou não
caracterizado desvio de finalidade ou confusão patrimo-
nial (entre o patrimônio da Knorr e os sócios), conforme
estabelece o artigo 50 do CC, o que não aconteceu.
Motivos objetivos
Para o relator do recurso no STJ, ministro Aldir Passari-
nho Junior, o tribunal não identificou motivos objetivos
que caracterizassem a desconsideração da personalida-
de jurídica, motivo por que deu provimento ao recurso.
De acordo com o ministro, “a teoria da desconsidera-
ção da personalidade jurídica (disregard douctrine), con-
quanto encontre amparo no direito positivo brasileiro,
deve ser aplicada com cautela, diante da previsão de
autonomia e existência de patrimônios distintos entre
as pessoas físicas e jurídicas”. O relator lembrou, tam-
bém, que a jurisprudência do STJ, em regra, dispensa
ação autônoma para se levantar o véu da pessoa jurídi-
ca, mas somente em casos de abuso de direito, desvio
de finalidade ou confusão patrimonial é que se permite
tal providência. “Adota-se, assim, a ‘teoria maior’ acer-
ca da desconsideração da personalidade jurídica, a qual
exige a configuração objetiva de tais requisitos para sua
configuração”, ressaltou. A decisão do STJ acarretou a
consequente extinção da ação de execução contra os
sócios, mas a empresa credora ainda pode entrar com
nova ação de execução no TJ/RS, só que, agora, contra a
empresa. No julgamento, unânime, os ministros votaram
de acordo com o voto do relator.
Processo Relacionado: Resp 1098712

E agora, José?
Acredito que esta unidade de aprendizagem tenha sido
esclarecedora, quanto às noções gerais de sociedades
empresariais, no que diz respeito às suas definições,
suas características e contexto legal. Fazendo um breve
resumo dos principais assuntos abordados neste capítu-
lo, é importante mencionar que:

1. As sociedades empresariais são:


a. Sociedade em nome coletivo;
b. Sociedade em comandita simples;
c. Sociedade em comandita por ações;
d. Sociedade limitada; e
e. Sociedade anônima.
2. Com relação à desconsideração da personalidade
jurídica, se pode afirmar que se trata de uma maté-
ria importantíssima por envolver opiniões diversas,
decisões polêmicas e causar no patrimônio dos en-
volvidos, significativa mudança e redução.
3. Também, com relação a sociedade limitada, se
pode afirmar ser ela a sociedade mais escolhida em
termos de opção de tipo societário.

Na próxima Unidade de Aprendizagem, dando conti-


nuidade aos nossos estudos estaremos abordando a
“Microempresa”, que é uma espécie de empresa, mui-
to utilizada pelos pequenos empreendedores, por suas
próprias particularidades que facilitam e ajudam aqueles
que querem abrir e investir em um novo negócio, com
pequenos investimentos, por estas razões, também, vai
ser muito interessante conhecê-la.
Glossário
Integralização do capital social constituti- Capital subscrito: é uma promessa de capital
vo: é o ato praticado pelo sócio subscritor feita pelos sócios, baseada numa estimativa
do capital de tornar completo o pagamento de necessidade do próprio empreendimento,
das cotas subscritas para o exercício da ati- no momento de formação da sociedade.
vidade empresarial, constante do pacto ou Capital social: é o patrimônio inicial pertencen-
contrato social, devidamente registrado nos te à sociedade.
órgãos competentes. Objeto social: é a exploração de uma específica
atividade econômica.

Referências
CAMPINHO, S. O
 direito de empresa à luz do MAMEDE, G. Manual de Direito Empresarial.
novo Código Civil. 10. Ed. Rio de Janeiro: 11. Ed. São Paulo: Atlas, 2016.
Renovar, 2009. RIBEIRO, A. C. S. C
 urso preparatório para o
FÜHRER, M. C. A. Resumo de Direito Comercial Exame de Ordem da OAB: prova subjeti-
(Empresarial). 45. Ed. São Paulo: Malheiros, va e parte teórica. São Paulo: Tático, 2004.
2016.
KELLY, M. O
 administrador de sonhos. Tradu-
ção: Paulo Polzonoff Jr. Rio de Janeiro: Sex-
tante, 2008.

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