Vous êtes sur la page 1sur 34

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

CÁLCULO
ESTRUTURAL II

PROF. BRUNO MARQUES RIBEIRO


brunomarques@ymail.com
UBERLÂNDIA
2019/1
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Elementos estruturais sujeitos a esforços de flexão apresentam deslocamento de seu


eixo em relação à posição original.
Uma parcela desses deslocamentos surgem logo após a aplicação do carregamento
(deslocamentos imediatos). Outra parcela surgem com o tempo (deslocamento
diferidos no tempo)

Propriedades do concreto como resistência à tração e módulo de elasticidade influenciam


diretamente os deslocamentos.
A resistência à compressão (fck) apresenta influência indireta, já que as propriedades com
influência direta podem ser determinadas, na ausência de ensaios, a partir da correlação com
o fck (ABNT NBR 6118:2014 - 8.2.5)
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Elementos estruturais sujeitos a esforços de flexão apresentam deslocamento de seu


eixo em relação à posição original.
Uma parcela desses deslocamentos surgem logo após a aplicação do carregamento
(deslocamentos imediatos). Outra parcela surgem com o tempo (deslocamento
diferidos no tempo)

Mòdulo de elasticidade: Para elementos submetidos à flexão simples e de acordo com a


Teoria da elasticidade, os deslocamentos são inversamentes proporcionais aos valores de
rigidez, sendo essa dada pelo produto entre o módulo de elasticidade do materiais e a inércia
da seção transversal
Assim, quanto maior o módulo de elasticidade, menor os deslocamentos
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Elementos estruturais sujeitos a esforços de flexão apresentam deslocamento de seu


eixo em relação à posição original.
Uma parcela desses deslocamentos surgem logo após a aplicação do carregamento
(deslocamentos imediatos). Outra parcela surgem com o tempo (deslocamento
diferidos no tempo)

Resistência à tração: Define o início da fissuração (embora já existam microfissuras no


concreto). A fissuração provoca redução na rigidez de elementos fletidos e,
consequentemente, aumento dos deslocamentos.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Exemplo de conseqüências de flechas excessivas em vigas e lajes

Fissura em alvenaria por Fissura em alvenaria causada por Fissura em alvenaria causada por
deformação do balanço deformação nas vigas superior e deformação da viga de apoio
inferior

Fissura em alvenaria causada poir


deformação na viga superior
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Comportamento resistente de vigas

Para caracterizar o desempenho de uma seção de concreto aplica-se um


carregamento, que se inicia do zero e vai até a ruptura. Às diversas fases pelas quais
passam a seção de concreto sob ação do carregamento, dá-se o nome de estádios

Fissura de flexão surge quando as


tensões de tração provocadas na flexão
ultrapassam a resistência à tração do
concreto.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Fissuração Deslocamentos - inversamente


proporcionais aos valores da
rigidez na flexão.
● Rigidez depende do
estágio de fissuração;
1) Para pequenos valores (trecho
OA), a seção não apresenta
fissuras. Tensão máx. de tração
menor que resistência do
concreto à tração;
2) Pode-se admitir comportamento
elástico linear (Estádio I)
Diagrama momento-curvatura em um elemento fletido
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Fissuração 3) Tanto concreto comprimido


quanto tracionado colaboram para
rigidez à flexão;
4) Quando a tensão máxima
atinge a resistência do concreto à
tração (ponto A), surgem as fissuras

5) Contribuição do concreto
tracionado diminui com consequente
redução da rigidez
6) No ELS as seções trabalham no
Estádio II, para as quais a rigidez é
dada desprezando o concreto
Diagrama momento-curvatura em um elemento fletido tracionado
CÁLCULO ESTRUTURAL I

Para peças estruturais sujeitas a momentos fletores que variam ao longo do vão
surgirão regiões fissuradas (grande valor de momento fletor) e regiões não fissuradas
(momento fletor “pequeno”)

Na figura abaixo, para uma viga sujeita a um carregamento uniformemente distribuído:


● Regiões próximas dos apoios não apresentam muitas fissuras (momentos próximos de
zero). No meio do vão a seção apresenta-se bastante fissurada

● Menor rigidez em posição


fissurada
CÁLCULO ESTRUTURAL II

RETRAÇÃO: Caracterizada pela redução do volume de um elemento de concreto,


independente das ações atuantes nele, e progressivamente com o tempo.
Pode ser influenciada por dosagem do concreto, tempo, condições ambientes de
umidade e temperatura, geometria do elemento estrutural, etc.,

Pode ser de diversos tipos e surgem logo quando o concreto é lançado:


Retração plástica: perda de água do concreto na fase de endurecimento;
Retração por carbonatação: reação da pasta de cimento hidratada com dióxido de
carbono do ar, na presença de umidade;
Retração por secagem: evaporação de água não fixada quimicamente no concreto,
quando exposto a ambiente com umidade menor que 100%
CÁLCULO ESTRUTURAL II

RETRAÇÃO: Caracterizada pela redução do volume de um elemento de concreto,


independente das ações atuantes nele, e progressivamente com o tempo.
Pode ser influenciada por dosagem do concreto, tempo, condições ambientes de
umidade e temperatura, geometria do elemento estrutural, etc.,

Se um elemento após secagem for molhado, a


retração apresenta certo grau de
reversibilidade.

Reversibilidade de retração (MEHTA e MONTEIRO, 1994)


CÁLCULO ESTRUTURAL II

FLUÊNCIA: Em um elemento estrutural de concreto submetido a ações de longa


duração, a água não fixada quimicamente existente nos microporos é comprimida e
evapora. Isso provoca uma diminuição do volume do elemento. Esse efeito é dado o
nome de fluência.

● Assim como a retração, a fluência é mais


acentuada no início do processo e
parcialmente reversível.

● Retração por secagem - origem na perda de água


dada pela diferença de umidade entre o elemento
e o ambiente;
● Fluência perda de umidade pela ação contínua
CÁLCULO ESTRUTURAL II

CÁLCULO DE DESLOCAMENTOS
Considerações iniciais:
● Seção transversal homogeneizada: Para determinação do momento de
inércia da seção de concreto é necessário considerar a influência das
armadura tracionada e comprimida

● Uma possibilidade é a utilização da seção homogeneizada, que é dada pela


substituição da área de aço por uma área equivalente de concreto (Es/Ec).As

● A relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto é chamada razão modular,


representada por ∝e, sendo a área equivalente dada por ∝e.As

● Nos casos em que a área equivalente desloca uma As ou As’, para peças no Estádio I, as áreas
equivalentes de concreto são dadas por (∝e-1).As ou (∝e-1).As’
CÁLCULO ESTRUTURAL II

CÁLCULO DE DESLOCAMENTOS
É importante ressaltar que diferença entre o valor do momento de inércia da seção
homogeneizada (I1) e o momento de inércia da seção bruta de concreto (Ic) é
pequena para vigas com taxas de armaduras usuais (NAWY,1996). Portanto, pode-se
utilizar o valor da seção bruta (Ic) em vez da seção homogeneizada (I1) no cálculo
dos deslocamentos.
Para vigas com altas taxas de armadura deve-se considerar a seção homogeneizada.

inércia da seção homogeneizada*:

*x1=ΣMs/ΣA

Ic = b.h³/12 (Inércia da seção bruta)


CÁLCULO ESTRUTURAL II

CÁLCULO DE DESLOCAMENTOS
● Momento de fissuração (Mr): Pode ser definido como aquele que
provoca a primeira fissura em uma peça de concreto submetida à flexão.

Se o momento atuante em uma seção for menor que o momento de fissuração isso
significa que a seção não está fissurada (Estádio I)

ABNT NBR 6118:2014 (17.3.1) Nos estados-limites de serviço as estruturas trabalham


parcialmente no estádio I e parcialmente no estádio II. A separação entre esses dois
comportamentos é definida pelo momento de fissuração. Esse momento pode ser calculado
pela seguinte expressão aproximada:
CÁLCULO ESTRUTURAL II

ABNT NBR 6118:2014 (8.2.5) Resistência à tração


CÁLCULO ESTRUTURAL II

FORMAÇÃO DE FISSURA
O estado limite de formação de fissuras (ELS-F) corresponde ao momento de
fissuração calculado com fct = fctk,inf. O valor do Mr é comparado com o momento fletor
relativo à combinação rara de serviço, conforme descrito em 11.8.3.1 da ABNT NBR 6118:2014

ABNT NBR 6118:2014 (11.8.3) Combinações de serviço


CÁLCULO ESTRUTURAL II

FORMAÇÃO DE FISSURA
O estado limite de formação de fissuras (ELS-F) corresponde ao momento de
fissuração calculado com fct = fctk,inf. O valor do Mr é comparado com o momento fletor
relativo à combinação rara de serviço, conforme descrito em 11.8.3.1 da ABNT NBR 6118:2014
CÁLCULO ESTRUTURAL II

FORMAÇÃO DE FISSURA
O estado limite de formação de fissuras (ELS-F) corresponde ao momento de
fissuração calculado com fct = fctk,inf. O valor do Mr é comparado com o momento fletor
relativo à combinação rara de serviço, conforme descrito em 11.8.3.1 da ABNT NBR 6118:2014
CÁLCULO ESTRUTURAL II

CÁLCULO DE DESLOCAMENTOS
● Momento de Inércia Efetivo: Ao longo de um vão de um elemento
sujeito à flexão simples existem seções fissuradas e não fissuradas, ou
seja, existem pontos da seção transversal trabalhando no Estádio I e
pontos trabalhando no Estádio II.

BRANSON (1965) realizou estudo em vigas retangulares e T, contínuas e simplesmente


apoiadas, submetidas a carregamentos uniformemente distribuídos e de curta duração.
Branson propôs um modelo que admite para todo elemento de concreto uma única inércia
(Ieq) (valor médio de inércia), que representa trechos fissurados e não fissurados.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

CÁLCULO DE DESLOCAMENTOS

BRANSON (1965) realizou estudo em vigas retangulares e T, contínuas e simplesmente


apoiadas, submetidas a carregamentos uniformemente distribuídos e de curta duração.
Branson propôs um modelo que admite para todo elemento de concreto uma única inércia
(Ieq) (valor médio de inércia), que representa trechos fissurados e não fissurados.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Momento de inércia da peça no estádio II (I2)

No estádio II a peça já está fissurada. O cálculo do momento de inércia é


semelhante ao de uma seção não fissurada, com exceção que, nesse
caso, o concreto sob tração é desprezado.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Momento de inércia da peça no estádio II (I2)

No estádio II a peça já está fissurada. O cálculo do momento de inércia é


semelhante ao de uma seção não fissurada, com a diferença que, nesse
caso, o concreto sob tração é desprezado.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Momento de inércia da peça no estádio II (I2)

No estádio II a peça já está fissurada. O cálculo do momento de inércia é


semelhante ao de uma seção não fissurada, com exceção que, nesse
caso, o concreto sob tração é desprezado.

*x2=ΣMs/ΣA

Mst=Msc
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Para vigas contínuas, de acordo com a Prática Recomendada IBRACON (2004), deve-se
utilizar uma média ponderada entre os valores de Ieq das regiões de momento positivo e
negativo em cada vão, com base no diagrama de momentos fletores.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

FLECHA IMEDIATA EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO


A flecha imediata pode ser calculada admitindo-se comportamento elástico e pode ser
obtida por meio de tabelas, em função das condições de apoio e do tipo de carregamento.
PINHEIRO (1993) apresenta tabelas com expressões do tipo:
CÁLCULO ESTRUTURAL II

FLECHA IMEDIATA EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO

ABNT NBR 6118:2014 (17.3.2.1.1) Para uma avaliação aproximada da flecha imediata em
vigas, pode-se utilizar a expressão de rigidez equivalente dada a seguir:
CÁLCULO ESTRUTURAL II

O momento de fissuração (Mr), para verificação do


estado limite de deformação excessiva, de acordo com
17.3.1 é dado por:

ABNT NBR 6118:2014 (8.2.8) O módulo de deformação secante (Ecs) pode ser obtido segundo
método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expressão:
CÁLCULO ESTRUTURAL II

VERIFICAÇÃO DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA


Na verificação de deformação de estruturas deve-se considerar combinação
quase-permanente de ações e rigidez efetiva das seções, conforme 11.8.3.1 da ABNT NBR
6118:2014

ABNT NBR 6118:2014 (11.8.3) Combinações de serviço


CÁLCULO ESTRUTURAL II

VERIFICAÇÃO DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA


Na verificação de deformação de estruturas deve-se considerar combinação
quase-permanente de ações e rigidez efetiva das seções, conforme 11.8.3.1 da ABNT NBR
6118:2014
CÁLCULO ESTRUTURAL II

FLECHA DIFERIDA NO TEMPO PARA VIGAS DE CONCRETO ARMADO


ABNT NBR 6118:2014 (17.3.2.1.2) A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de
longa duração em função da fluência, pode ser calculada de maneira aproximada pela
multiplicação da flecha imediata pelo fator ∝f dado pela expressão:
CÁLCULO ESTRUTURAL II

Para vigas contínuas, de acordo com a Prática Recomendada IBRACON (2004), deve-se
utilizar uma média ponderada entre os valores de ρ’ das regiões de momento positivo e
negativo em cada vão, com base no diagrama de momentos fletores.
CÁLCULO ESTRUTURAL II

FLECHA TOTAL PARA VIGAS DE CONCRETO ARMADO


ABNT NBR 6118:2014 (17.3.2.1.2) O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a
flecha imediata por (1 +∝f).
CÁLCULO ESTRUTURAL II

VERIFICAÇÃO DE FLECHAS
Os deslocamentos obtidos devem ser comparados com os valores limites dados na
Tabela 13.3 da NBR 6118:2014.

Caso esses limites sejam ultrapassados,


tem-se entre as soluções possíveis:
● Aumentar a idade para aplicação da carga
(aumentar t0), mantendo o escoramento por
mais tempo ou retardando a execução de
revestimentos, paredes etc.
● Adotar uma contraflecha (ac), que pode ser
estimada por meio da expressão (flecha
imediata mais metade da flecha diferida):

Vous aimerez peut-être aussi