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INTEGRAIS INDEFINIDAS

APRENDA SOZINHO

ANGELA OLANDOSKI BARBOZA


2015
Algumas palavras do autor:
Fui professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná por 29 anos.
Uma das metas que quero conquistar na minha aposentadoria é a escrita de
materiais didáticos sobre assuntos das disciplinas de Matemática de cursos
superiores. Iniciei com as Integrais Indefinidas, por perceber que meus alunos
tinham muitas dificuldades em entender este assunto. Desenvolvi os tópicos
de forma bem detalhada, mostrando todos os passos de cada demonstração e
dos exemplos de aplicação destes. A partir desta amostra de meu e-book,
espero que você possa ter uma ideia da forma como o desenvolvi e os tópicos
que foram abordados. Se tiver interesse no e-book completo, me envie um e-
mail: aobarboza@yahoo.com.

Curitiba, 17 de Julho de 2015

Angela Olandoski Barboza


Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................ 1
2 Primitiva de uma Função ................................................................................................ 1
3 Significado Geométrico da Constante de Integração ..................................................... 2
4 Propriedades ................................................................................................................... 2
5 Integrais Imediatas .......................................................................................................... 3
𝑥 𝑛+1
5.1 ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = 𝑛+1
+ 𝐶, 𝑐𝑜𝑚 𝑛 ≠ −1 ........................................................................ 3
𝑑𝑥
5.2 ∫ = 𝑙𝑛|𝑥| + 𝐶, 𝑥 > 0 ....................................................................................... 4
𝑥
6 Regra da cadeia para Integral Indefinida ........................................................................ 4
7 Outras Integrais .............................................................................................................. 6
𝑎𝑥
7.1 ∫ 𝑎 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛𝑎 + 𝐶, 𝑎 > 0 𝑒 𝑎 ≠ 1 ....................................................................... 6
7.2 Caso Particular: ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 + 𝐶 ....................................................................... 6
7.3 ∫ sen(x)dx = −cos(x) + C ........................................................................... 6
7.4 ∫ cos(x)dx = sen(x) + C .................................................................................... 6
7.5 ∫ 𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = −𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠(𝑥)| + 𝐶 ........................................................................... 6
7.6 ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛(𝑥)| + 𝐶 ...................................................................... 6
7.7 ∫ 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶 .................................................................................. 6
7.8 ∫ 𝑐𝑠𝑐 2 (𝑥)𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥) + 𝐶 ............................................................................ 6
7.9 ∫ sec(x). tg(x)dx = sec(x) + C ........................................................................... 6
7.10 ∫ csc(x). cotg(x)dx = −csc(x) + C..................................................................... 6
7.11 ∫ 𝑠𝑒𝑐(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐(𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥)| + 𝐶.............................................................. 6
7.12 ∫ 𝑐𝑠𝑐(𝑥)𝑑𝑥 = −𝑙𝑛|𝑐𝑠𝑐(𝑥) + 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑥)| + 𝐶 ........................................................ 7
7.13 ∫ senh(x)dx = cosh(x) + C ................................................................................ 7
7.14 ∫ cosh(x)dx = senh(x) + C ................................................................................ 7
7.15 ∫ 𝑡𝑔ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)| + 𝐶 .......................................................................... 7
7.16 ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)| + 𝐶 ...................................................................... 7
7.17 ∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑡𝑔ℎ(𝑥) + 𝐶............................................................................... 7
7.18 ∫ 𝑐𝑠𝑐ℎ2 (𝑥)𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔ℎ(𝑥) + 𝐶 ........................................................................ 7
7.19 ∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥)𝑡𝑔ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = −𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥) + 𝐶 ................................................................ 7
7.20 ∫ csch(x)cotgh(x)dx = −csch(x) + C ............................................................... 7
7.21 ∫ sech(x)dx = arctg(senh(x)) + C .................................................................... 7
x
7.22 ∫ csch(x)dx = ln |tgh (2)| + C ........................................................................... 7
dx x x
7.23 ∫ √a2 −x2 = arcsen (a) + C , com ∈ (−1,1), a > 0 ........................................... 8
a
dx 1 x
7.24 ∫ a2 +x2 = a arctg (a) + C, com a ≠ 0 .................................................................. 8
dx 1 x
7.25 ∫ |x|.√x2 −a2 = a arcsec |a| + C, |x| > a e a > 0 ..................................................... 9
dx 1 x−a
7.26 ∫ x2 −a2 = 2a ln |x+a| + C, a ≠ 0 ............................................................................ 9
dx
7.27 ∫√ = ln |x + √x 2 ± a2 | + C ........................................................................ 9
x2 ±a2

8 Integração por Partes .................................................................................................... 10


8.1 Fórmula de Integração por Partes....................................................................... 10
1
8.2 ∫ arctg(x)dx = x. arctg(x) − 2 ln|1 + x 2 | + C ................................................. 11
a2 x x.√a2 −x2
8.3 ∫ √a2 − x 2 dx = 2
arcsen (a) + 2
+ C .................................................. 11
x a2
8.4 ∫ √x 2 ± a2 dx = 2 √x 2 ± a2 ± 2
ln |x + √x 2 ± a2 | + C................................... 11
9 Integrais que contém o Trinômio 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 .......................................................... 13
mx+n
9.1 Integrais do tipo ∫ ax2 +bx+c dx ........................................................................... 13
mx+n
9.2 Integrais do Tipo ∫ √ax2 dx ....................................................................... 13
+bx+c
dx
9.3 Integrais do Tipo ∫ (mx+n).√ax2 .................................................................. 13
+bx+c

9.4 Integrais do Tipo ∫ √ax 2 + bx + c dx ............................................................... 15


10 Integração de Funções Racionais (Método dos Coeficientes Indeterminados) ............ 15
11 Integração de Funções Trigonométricas do Tipo ∫ 𝑠𝑒𝑛𝑚 (𝑥). 𝑐𝑜𝑠 𝑛 (𝑥)𝑑𝑥, com m,n 𝜖ℤ .... 15
12 Substituição Trigonométrica ........................................................................................ 15
13 Integrais dos Binômios Diferenciais ............................................................................ 17
14 Integração por Substituições Especiais......................................................................... 17
14.1 Integração de Funções Envolvendo Expoentes Fracionários ............................. 17
14.2 Integração de Funções Racionais de Senos e Cossenos ..................................... 18
BIBLIOGRAFIA......... ................................................................................................. 20
1
Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

Estudo das Integrais Indefinidas

1 Introdução
Para tratar do assunto de integrais, vou seguir a ordem de abordagem de Piskounov
(1986). O livro original de Cálculo Diferencial e Integral deste autor foi escrito em russo,
sua língua de origem. Possuo a 11ª edição em língua portuguesa, impressa em 1986. Você
pode achar que é um livro muito antigo, mas o considero um bom material para se aprender
o Cálculo Diferencial e Integral.
Vamos começar o estudo de integrais, estudando o problema de se encontrar uma
função F ( x ) tal que a sua derivada seja igual a f ( x ) , isto é:
F' ( x )  f ( x )

2 Primitiva de uma Função


Definição 2.1
Uma função F ( x ) é uma primitiva da função f ( x ) em [a, b] se, ∀𝑥𝜖[𝑎, 𝑏],
tivermos a igualdade F ' ( x )  f ( x ) .

Exemplo 2.1 Encontre uma primitiva para a função 𝒇(𝒙) = 𝟒𝒙𝟑.


Usando a definição, temos que a primitiva procurada é F ( x)  x 4 , pois
d
dx
F ( x) 
d 4
dx
 
x  4 x3 .

Mas, 𝐹(𝑥) = 𝑥 4 + 1, também é uma primitiva, assim como 𝐹(𝑥) = 𝑥 4 − √5.


Podemos observar que F ( x)  x 4  C , com C   é a forma ideal para expressar a

primitiva de f ( x)  4 x3 , pois 
d 4
dx

x  C  4x3 .

Definição 2.2
Chama-se Integral Indefinida da função f ( x ) e denota-se por  f ( x )dx toda
função da forma F ( x )  C , em que F ( x ) é uma primitiva de f ( x ) . Temos então:
 f ( x )dx  F( x )  C se F' ( x )  f ( x )
Onde:
∫ sinal de integração
𝑓(𝑥) função a integrar
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 integrando
Desta definição extraímos os seguintes resultados:
 A derivada de uma integral indefinida é igual à função a integrar, isto é: Se 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥),
então:

(∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥) = [𝐹(𝑥) + 𝐶]′ = 𝑓(𝑥)
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2
Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

 A diferencial de uma integral indefinida é igual ao integrando. Então:


𝑑 (∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥) = 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
 A integral indefinida do diferencial de uma função é igual à soma desta função com
uma constante arbitrária, isto é:
∫ 𝑑𝐹(𝑥) = 𝐹(𝑥) + 𝐶

3 Significado Geométrico da Constante de Integração


A partir de um exemplo, vamos ilustrar o significado geométrico da constante de
integração.

Exemplo 3.1
Seja f ( x )  2 x . Sabemos que:

f ( x )  F ( x )  d F ( x )  f ( x )dx ou d F ( x )  2 xdx .
d
dx
Integrando, temos  2 xdx  x 2  C .
Geometricamente, podemos considerar a integral indefinida como uma família de
curvas de tal forma que a diferença entre as constantes ocorre geometricamente através de
uma translação em relação ao eixo 𝑂𝑥. A Figura 3.1 ilustra o exemplo.
𝑦 = 𝑥2 + 2

𝑦 = 𝑥2 + 1

𝑦 = 𝑥2

𝑦 = 𝑥2 − 1

𝑦 = 𝑥2 − 2

Figura 3.1

4 Propriedades
Propriedade 4.1
Uma integral não se altera quando o fator constante é considerado antes ou depois
do sinal de integral. Assim:
 a. f ( x )dx  a. f ( x )dx
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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

Exemplo 4.1 Calcule a integral indefinida a seguir:


∫ 4𝑥 𝑑𝑥

Solução:
x2
 4 xdx  4. xdx  4. 2  C  2 x  C
2

Propriedade 4.2
A integral indefinida da soma de duas funções é igual à soma das integrais
indefinidas destas funções. Assim:
∫[𝑓1 (𝑥) + 𝑓2 (𝑥)] 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓1 (𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓2 (𝑥)𝑑𝑥
Esta propriedade também vale para a soma de um número finito de funções.

Exemplo 4.2 Calcule a integral indefinida a seguir:


∫(6𝑥 2 − 2𝑥)𝑑𝑥

Solução:
∫(6𝑥 2 − 2𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 6𝑥 2 𝑑𝑥 − ∫ 2𝑥𝑑𝑥 = 6. ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 − 2. ∫ 𝑥 𝑑𝑥 =
𝑥3 𝑥2
= 6. + 𝐶1 − 2 + 𝐶2 = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝐶1 + 𝐶2 ⟹
3 2
∫(6𝑥 2 − 2𝑥)𝑑𝑥 = 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 𝐶
Podemos observar que no final, fizemos 𝐶1 + 𝐶2 = 𝐶, para que tivéssemos apenas
uma constante no resultado da integral.

5 Integrais Imediatas
𝒙𝒏+𝟏
5.1 ∫ 𝒙𝒏 𝒅𝒙 = 𝒏+𝟏
+ 𝑪, 𝒄𝒐𝒎 𝒏 ≠ −𝟏
Seja a função 𝑦 = 𝑥 𝑚 + 𝐶1 . A derivada desta função é:
𝑑𝑦 𝑑 𝑚
= (𝑥 + 𝐶1 ) = 𝑚. 𝑥 𝑚−1 ⟹ 𝑑𝑦 = 𝑚. 𝑥 𝑚−1 𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Se fizermos 𝑚 = 𝑛 + 1, vamos ter:
𝑑𝑦 = (𝑛 + 1). 𝑥 𝑛+1−1 𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑦 = (𝑛 + 1). 𝑥 𝑛 𝑑𝑥
Integrando ambos os membros, vamos ter:
∫ 𝑑𝑦 = ∫(𝑛 + 1). 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 ⟹ 𝑦 = ∫(𝑛 + 1). 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 ⟹
Como 𝑛 + 1 é uma constante, podemos tirar da integral.
𝑦
𝑦 = (𝑛 + 1). ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 ⟹ ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 =
𝑛+1
Mas, 𝑦 = 𝑥 𝑚 + 𝐶 ou 𝑦 = 𝑥 𝑛+1 + 𝐶1. Substituindo, vem:

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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

𝑥 𝑛+1 + 𝐶1 𝑥 𝑛+1 𝐶1
∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = ⟹ ∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = +
𝑛+1 𝑛+1 𝑛+1
𝐶1
Fazendo 𝐶 = 𝑛+1 e substituindo, vem:
𝑛
𝑥 𝑛+1
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = + 𝐶, com 𝑛 ≠ −1
𝑛+1

Exemplo 5.1 Calcule a integral indefinida a seguir:


1
∫ (8𝑥 3 − 6𝑥 2 + 5𝑥 − 3 + 𝑥√𝑥 − 2) 𝑑𝑥
𝑥
Solução:
1
∫ (8𝑥 3 − 6𝑥 2 + 5𝑥 − + 𝑥√𝑥 − 2) 𝑑𝑥 =
𝑥3
1
= ∫ 8𝑥 3 𝑑𝑥 − ∫ 6𝑥 2 𝑑𝑥 + ∫ 5𝑥𝑑𝑥 − ∫ 3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥√𝑥𝑑𝑥 − ∫ 2𝑥 0 𝑑𝑥
𝑥
1
= 8 ∫ 𝑥 𝑑𝑥 − 6 ∫ 𝑥 𝑑𝑥 + 5 ∫ 𝑥𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 −3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥. 𝑥 ⁄2 𝑑𝑥 − 2 ∫ 𝑥 0 dx =
3 2
3
= 8 ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 − 6 ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 + 5 ∫ 𝑥𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 −3 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥 ⁄2 𝑑𝑥 − 2 ∫ 𝑥 0 dx =
3
𝑥 3+1 𝑥 2+1 𝑥 1+1 𝑥 −3+1 𝑥 2+1 𝑥 0+1
=8 + 𝐶1 − 6 + 𝐶2 + 5 + 𝐶3 − + 𝐶4 + + 𝐶5 − 2 + 𝐶6 =
3+1 2+1 1+1 −3 + 1 3 0+1
+1
2
5
𝑥4 𝑥3 𝑥2 𝑥 −2 𝑥2
= 8 + 𝐶1 − 6 + 𝐶2 + 5 + 𝐶3 − + 𝐶4 + + 𝐶5 − 2𝑥 + 𝐶6 =
4 3 2 −2 5
2
Fazendo 𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 + 𝐶4 + 𝐶5 + 𝐶6 = 𝐶 e simplicando algebricamente, temos:
1 5𝑥 2 1 2𝑥 2 √𝑥
∫ (8𝑥 3 − 6𝑥 2 + 5𝑥 − 3 + 𝑥√𝑥 − 2) 𝑑𝑥 = 2𝑥 4 − 2𝑥 3 + + 2+ − 2𝑥 + 𝐶
𝑥 2 2𝑥 5
𝒅𝒙
5.2 ∫ = 𝒍𝒏|𝒙| + 𝑪, 𝒙 > 𝟎
𝒙

6 Regra da cadeia para Integral Indefinida


Fonte: Leithold, L, 1977
Seja 𝑔 uma função em 𝑥, diferenciável com conjunto imagem 𝐼 e 𝑢 = 𝑔(𝑥). Se 𝑓 é
uma função definida em 𝐼 e 𝐹 uma primitiva de 𝑓 em 𝐼, então:
∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = 𝐹(𝑢) + 𝐶
Demonstração:
Como 𝑢 = 𝑔(𝑥), então 𝑢 está em 𝐼. Ainda, como 𝐹 é uma primitiva de 𝑓 em 𝐼,
temos:
𝑑
[𝐹(𝑢)] = 𝑓(𝑢) ⟹ 𝑑[𝐹(𝑢)] = 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 ⟹ (1)
𝑑𝑢
∫ 𝑑[𝐹(𝑢)] = ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 ⟹ ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = 𝐹(𝑢) + 𝐶
Ainda:
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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

𝑑 𝑑
{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = [𝐹(𝑢)] (2)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Se aplicarmos para o segundo membro de (2), a regra da cadeia para diferenciação,
vamos ter:
𝑑 𝑑[𝐹(𝑢)] 𝑑𝑢
{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = . (3)
𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
Substituindo (1) em (3), vem:
𝑑 𝑑𝑢
{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = 𝑓(𝑢). (4)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Como 𝑢 = 𝑔(𝑥), na equação (4), fazemos:
𝑑
{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥) ⟹ 𝑑{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 ⟹
𝑑𝑥
∫ 𝑑{𝐹[(𝑔(𝑥))]} = ∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 ⟹

∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹[(𝑔(𝑥))] + 𝐶 (5)


Ainda, como 𝑢 = 𝑔(𝑥), substituindo em (5), temos:
∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = 𝐹(𝑢) + 𝐶 = 𝐹[(𝑔(𝑥))] + 𝐶
Para aplicar esta Regra da Cadeia no cálculo de uma integral indefinida na forma
∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥, podemos seguir os seguintes passos:
Passo 1: encontre 𝑢 = 𝑔(𝑥), adequadamente, e calcule 𝑑𝑢 = 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 para que se tenha
∫ 𝑓[𝑔(𝑥)]. 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢;
Passo 2: Integre 𝑓 em relação à 𝑢;
Passo 3: Substitua 𝑢 por 𝑔(𝑥) no resultado encontrado.

Aplicando a Regra da Cadeia para Integral Indefinida, podemos reescrever as


fórmulas em 5.1 e 5.2, da seguinte forma:
𝑛
𝑢𝑛+1
∫ 𝑢 𝑑𝑢 = +𝐶e
𝑛+1
𝑑𝑢
∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶, 𝑢 > 0
𝑢

Exemplo 6.1 Calcule a integral indefinida a seguir:

 3x  1 dx
7

Solução:
𝑑𝑢
Fazendo 𝑢 = 3𝑥 + 1, vamos ter 𝑑𝑢 = 3𝑑𝑥 ⇒ 𝑑𝑥 = 3
Substituindo no integrando, temos:
𝑑𝑢 1 1 𝑢8 𝑢8
∫(3𝑥 + 1)7 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢7 = ∫ 𝑢7 𝑑𝑢 = . + 𝐶 = +𝐶
3 3 3 8 24
Como 𝑢 = 3𝑥 + 1, substituindo, vamos ter:
(3𝑥 + 1)8
∫(3𝑥 + 1)7 𝑑𝑥 = +𝐶
24
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7 Outras Integrais
𝒂𝒙
7.1 ∫ 𝒂𝒙 𝒅𝒙 = 𝒍𝒏𝒂 + 𝑪, 𝒂 > 𝟎 𝒆 𝒂 ≠ 𝟏

7.2 Caso Particular: ∫ 𝒆𝒙 𝒅𝒙 = 𝒆𝒙 + 𝑪

7.3 ∫ 𝒔𝒆𝒏(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒄𝒐𝒔(𝒙) + 𝑪

7.4 ∫ 𝒄𝒐𝒔(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒔𝒆𝒏(𝒙) + 𝑪

7.5 ∫ 𝒕𝒈(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒍𝒏|𝒄𝒐𝒔(𝒙)| + 𝑪

7.6 ∫ 𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒍𝒏|𝒔𝒆𝒏(𝒙)| + 𝑪

7.7 ∫ 𝒔𝒆𝒄𝟐 (𝒙)𝒅𝒙 = 𝒕𝒈(𝒙) + 𝑪

7.8 ∫ 𝒄𝒔𝒄𝟐 (𝒙)𝒅𝒙 = −𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙) + 𝑪

7.9 ∫ 𝒔𝒆𝒄(𝒙). 𝒕𝒈(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒔𝒆𝒄(𝒙) + 𝑪

7.10 ∫ 𝒄𝒔𝒄(𝒙). 𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒄𝒔𝒄(𝒙) + 𝑪

7.11 ∫ 𝒔𝒆𝒄(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒍𝒏|𝒔𝒆𝒄(𝒙) + 𝒕𝒈(𝒙)| + 𝑪


Esta integral não é imediata. Para encontrá-la, vamos utilizar um artifício que será a
multiplicação do numerador e do denominador do integrando por (𝑠𝑒𝑐𝑥 + 𝑡𝑔𝑥).
𝑠𝑒𝑐 (𝑥). [𝑠𝑒𝑐 (𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥)] 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥) + 𝑠𝑒𝑐 (𝑥). 𝑡𝑔(𝑥)
∫ sec(𝑥) = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 (1)
𝑠𝑒𝑐 (𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥) 𝑠𝑒𝑐 (𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥)
Para resolver a integral resultante desta operação, vamos poder aplicar a fórmula.
𝑑𝑢
∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶
𝑢
Vamos então fazer a seguinte substituição de variável.
𝑑𝑢
𝑢 = 𝑠𝑒𝑐(𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥) ⇒ 𝑑𝑢 = [𝑠𝑒𝑐(𝑥). 𝑡𝑔(𝑥) + 𝑠𝑒𝑐2 (𝑥)]𝑑𝑥 𝑒 𝑑𝑥 =
𝑠𝑒𝑐(𝑥). 𝑡𝑔(𝑥) + 𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥)
Substituindo em (1), vem:
𝑑𝑢
[𝑠𝑒𝑐 2 (𝑥) + 𝑠𝑒𝑐(𝑥) . 𝑡𝑔(𝑥)].
𝑠𝑒𝑐𝑥. 𝑡𝑔𝑥 + 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 𝑑𝑢
∫ 𝑠𝑒𝑐(𝑥) = ∫ =∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶
𝑢 𝑢
Voltando a valores de x, vem:

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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

∫ 𝑠𝑒𝑐(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐(𝑥) + 𝑡𝑔(𝑥)| + 𝐶


Aplicando a Regra da Cadeia, podemos escrever:
∫ 𝑠𝑒𝑐 (𝑢)𝑑𝑢 = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑐 (𝑢) + 𝑡𝑔(𝑢)| + 𝐶

7.12 ∫ 𝒄𝒔𝒄(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒍𝒏|𝒄𝒔𝒄(𝒙) + 𝒄𝒐𝒕𝒈(𝒙)| + 𝑪

7.13 ∫ 𝒔𝒆𝒏𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒉(𝒙) + 𝑪


Seja a função 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) + 𝐶. Então:
𝑑𝑦 = 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)𝑑𝑥 ⟹ ∫ 𝑑𝑦 = ∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)𝑑𝑥 ⟹ 𝑦 = ∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)𝑑𝑥
Como 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) + 𝐶, temos:
∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) + 𝐶
Aplicando a Regra da Cadeia, podemos escrever:
∫ 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑢)𝑑𝑢 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑢) + 𝐶

7.14 ∫ 𝒄𝒐𝒔𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒔𝒆𝒏𝒉(𝒙) + 𝑪

7.15 ∫ 𝒕𝒈𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒍𝒏|𝒄𝒐𝒔𝒉(𝒙)| + 𝑪

7.16 ∫ 𝒄𝒐𝒕𝒈𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒍𝒏|𝒔𝒆𝒏𝒉(𝒙)| + 𝑪

7.17 ∫ 𝒔𝒆𝒄𝒉𝟐 (𝒙)𝒅𝒙 = 𝒕𝒈𝒉(𝒙) + 𝑪

7.18 ∫ 𝒄𝒔𝒄𝒉𝟐 (𝒙)𝒅𝒙 = −𝒄𝒐𝒕𝒈𝒉(𝒙) + 𝑪

7.19 ∫ 𝒔𝒆𝒄𝒉(𝒙)𝒕𝒈𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒔𝒆𝒄𝒉(𝒙) + 𝑪

7.20 ∫ 𝒄𝒔𝒄𝒉(𝒙)𝒄𝒐𝒕𝒈𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = −𝒄𝒔𝒄𝒉(𝒙) + 𝑪

7.21 ∫ 𝒔𝒆𝒄𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈(𝒔𝒆𝒏𝒉(𝒙)) + 𝑪


𝒙
7.22 ∫ 𝒄𝒔𝒄𝒉(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒍𝒏 |𝒕𝒈𝒉 ( )| + 𝑪
𝟐
𝑑𝑥 𝑑𝑥
∫ 𝑐𝑠𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ =∫ 𝑥 𝑥 =
𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥) 2𝑠𝑒𝑛ℎ (2) . 𝑐𝑜𝑠ℎ (2)
𝑥 𝑥
1 1 𝑐𝑜𝑠ℎ ( ) 1 𝑐𝑜𝑠ℎ ( )
= .∫ 2 𝑑𝑥 = . ∫ 2
2 𝑥 𝑥 . 𝑥 2 𝑥 𝑥 𝑑𝑥 =
𝑠𝑒𝑛ℎ (2) . 𝑐𝑜𝑠ℎ (2) 𝑐𝑜𝑠ℎ (2) 𝑠𝑒𝑛ℎ (2) . 𝑐𝑜𝑠ℎ2 (2)

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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

𝑥 𝑥
1 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2) 1 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2)
= .∫ 𝑥 𝑑𝑥 = 2 . ∫ 𝑥 𝑑𝑥
2 𝑠𝑒𝑛ℎ (2) 𝑡𝑔ℎ (2)
𝑥
𝑐𝑜𝑠ℎ (2)
𝑑𝑢
Para resolver esta integral, vamos utilizar a fórmula∫ 𝑢 = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶.
Fazendo:
𝑥 𝑥 𝑑𝑢
𝑢 = 𝑡𝑔ℎ ( ) ⟹ 𝑑𝑢 = 𝑠𝑒𝑐ℎ2 ( ) 𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑥 = 𝑥
2 2 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2)
Substituindo na integral, temos:
𝑥 𝑥
1 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2) 1 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2) 𝑑𝑢 𝑑𝑢
∫ 𝑐𝑠𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = . ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = . ∫ 𝑥 =∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶
2 𝑡𝑔ℎ (2) 2 𝑢 𝑠𝑒𝑐ℎ2 (2) 𝑢
Voltando a substituição, temos:
𝑥
∫ 𝑐𝑠𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛 |𝑡𝑔ℎ ( )| + 𝐶
2
Aplicando a Regra da Cadeia, resulta em:
𝑢
∫ 𝑐𝑠𝑐ℎ(𝑢) 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛 |𝑡𝑔ℎ ( )| + 𝐶
2
𝒅𝒙 𝒙 𝒙
7.23 ∫ = 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( ) + 𝑪 , 𝒄𝒐𝒎 ∈ (−𝟏, 𝟏), 𝒂 > 𝟎
√ 𝒂𝟐 −𝒙𝟐 𝒂 𝒂

𝒅𝒙 𝟏 𝒙
7.24 ∫ 𝟐 𝟐 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈 ( ) + 𝑪, 𝒄𝒐𝒎 𝒂 ≠ 𝟎
𝒂 +𝒙 𝒂 𝒂

Exemplo 7.1 Mostre que ∫ 𝒔𝒆𝒄𝒉(𝒙) 𝒅𝒙 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈(𝒔𝒆𝒏𝒉(𝒙)) + 𝑪 (Seção 7.21)


1 1 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)
∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ . 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 =
𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ2 (𝑥)
𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)
=∫ 𝑑𝑥
1 + 𝑠𝑒𝑛ℎ2 (𝑥)
𝑑𝑢 𝑢
Para resolver esta integral, vamos utilizar a fórmula ∫ 𝑎2 +𝑢1 2 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑎1 ) + 𝐶.
1
Fazendo:
𝑎2 = 1 ⟹ 𝑎 = 1
𝑑𝑢1
𝑢12 = 𝑠𝑒𝑛ℎ2 (𝑥) ⟹ 𝑢1 = 𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥) ⟹ 𝑑𝑢1 = 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑥 =
𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)
Substituindo na integral, vem:
𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥) 𝑑𝑢1
∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ . =
1 + 𝑠𝑒𝑛ℎ2 (𝑥) 𝑎2 + 𝑢2 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑥)
𝑑𝑢1 𝑢1
=∫ 2 2 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑎 ) + 𝐶
𝑎 + 𝑢1
Voltando a substituição, vem:

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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)
∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 [ ]+𝐶 ⟹
1
∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔[𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥)] + 𝐶
Aplicando a Regra da Cadeia, resulta:
∫ 𝑠𝑒𝑐ℎ(𝑢) 𝑑𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑢)) + 𝐶

𝒅𝒙 𝟏 𝒙
7.25 ∫ = 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒄 | | + 𝑪, |𝒙| > 𝒂 𝒆 𝒂 > 𝟎
|𝒙|.√𝒙𝟐 −𝒂𝟐 𝒂 𝒂

𝒅𝒙 𝟏 𝒙−𝒂
7.26 ∫ 𝟐 𝟐 = 𝒍𝒏 | | + 𝑪, 𝒂 ≠ 𝟎
𝒙 −𝒂 𝟐𝒂 𝒙+𝒂

𝒅𝒙
7.27 ∫ = 𝒍𝒏 |𝒙 + √𝒙𝟐 ± 𝒂𝟐 | + 𝑪
√ 𝒙𝟐 ±𝒂𝟐
Para demonstrar esta fórmula, vamos multiplicar o numerador e o denominador por
uma expressão conveniente e efetuar algumas operações algébricas.
𝑑𝑥 (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) 1 (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥)
∫ =∫ 𝑑𝑥 = ∫ . 𝑑𝑥 =
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2 . (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) √𝑥 2 ± 𝑎2
1 √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑥
∫ .( + ) 𝑑𝑥 ⟹
(√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) √𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2
𝑑𝑥 1 𝑥
∫ =∫ . (1 + ) 𝑑𝑥 (1)
√𝑥 2 ± 𝑎2 (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) √𝑥 2 ± 𝑎2
𝑑𝑢
Vamos aplicar a fórmula ∫ 𝑢
= 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶, para resolver esta integral.
Fazendo:
1 1 1
𝑢 = √𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥 = (𝑥 2 ± 𝑎2 )2 + 𝑥 ⟹ 𝑑𝑢 = ( . (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 . 2𝑥 + 1) 𝑑𝑥 ⟹
2
𝑥 𝑥 𝑑𝑢
𝑑𝑢 = ( 1 + 1) 𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑢 = ( + 1) 𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑥 =
(𝑥 2 ± 𝑎2 )2 √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑥
( + 1)
√𝑥 2 ± 𝑎2
Substituindo na integral em (1), vem:
𝑑𝑥 1 𝑥
∫ =∫ . (1 + ) 𝑑𝑥 =
√𝑥 2 ± 𝑎2 (√𝑥 2 ± 𝑎2 + 𝑥) √𝑥 2 ± 𝑎2
1 𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑢
= ∫ . (1 + ). =∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶
𝑢 √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑥 𝑢
( + 1)
√𝑥 2 ± 𝑎2
Voltando a substituição de variável, temos:
𝑑𝑥
∫ = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | + 𝐶
√𝑥 2 ± 𝑎 2
Aplicando a Regra da Cadeia, podemos escrever:
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𝑑𝑢
∫ = 𝑙𝑛 |𝑢 + √𝑢2 ± 𝑎2 | + C
√𝑢 2 ± 𝑎2

8 Integração por Partes


8.1 Fórmula de Integração por Partes
Exemplo 8.1 Calcule a integral indefinida a seguir:
∫ 𝑒 𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) 𝑑𝑥
Solução:
Para resolver esta integral, vamos utilizar a fórmula de integração por partes:
∫ 𝑢𝑑𝑣 = 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢.
Vamos fazer:
𝑢 = 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) ⟹ 𝑑𝑢 = −2𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ⟹ ∫ 𝑑𝑣 = ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ⟹ 𝑣 = 𝑒 𝑥
Usando a fórmula de integração por partes, vem:
∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) . 𝑒 𝑥 − ∫ 𝑒 𝑥 . [−2𝑠𝑒𝑛(2𝑥)]𝑑𝑥 ⟺

∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2 ∫ 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥 (1)


A impressão que nós temos quando encontramos essa expressão é de que não
conseguiremos resolver esta integral. Mas, vamos aplicar novamente a fórmula de
integração por partes para resolver ∫ 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥.
Fazendo:
𝑢1 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) ⟹ 𝑑𝑢1 = 2𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥
𝑑𝑣1 = 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ⟹ ∫ 𝑑𝑣1 = ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ⟹ 𝑣1 = 𝑒 𝑥
Usando a fórmula de integração por partes ∫ 𝑢1 𝑑𝑣1 = 𝑢1 . 𝑣1 − ∫ 𝑣1 𝑑𝑢1 , vem:
∫ 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑥). 𝑒 𝑥 − ∫ 𝑒 𝑥 . [2 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)]. 𝑑𝑥 ⟹

∫ 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − 2 ∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 (2)

Substituindo (2) em (1) resulta:


∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2 ∫ 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)𝑑𝑥 ⟺

∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2. [𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − 2 ∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥] ⟺

∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2. 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) − 4. ∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥


Quando chegamos neste ponto da resolução, ficamos em dúvida se chegaremos a
uma solução para a integral. Mas, observe que a integral que temos no primeiro membro
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aparece também no segundo membro. Vamos então passar a integral que está no segundo
membro para o primeiro membro. Teremos então:
∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 + 4. ∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2. 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) ⟺

5 ∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒𝑥 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 2. 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) ⟺


𝑥
𝑥
2. 𝑒 𝑥 . 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) + 𝑒 . 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)
∫ 𝑒 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) 𝑑𝑥 = ⟺
5
𝑒 𝑥 . [2 𝑠𝑒𝑛(2𝑥) + 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)]
∫ 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(2𝑥)𝑑𝑥 = +𝐶
5

𝟏
8.2 ∫ 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈(𝒙)𝒅𝒙 = 𝒙. 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈(𝒙) − 𝟐 𝒍𝒏|𝟏 + 𝒙𝟐 | + 𝑪

𝒂𝟐 𝒙 𝒙.√𝒂𝟐 −𝒙𝟐
8.3 ∫ √𝒂𝟐 − 𝒙𝟐 𝒅𝒙 = 𝟐
𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 ( ) +
𝒂 𝟐
+𝑪

𝒙 𝒂𝟐
8.4 ∫ √𝒙𝟐 ± 𝒂𝟐 𝒅𝒙 = √𝒙𝟐 ± 𝒂𝟐 ±
𝟐 𝟐
𝒍𝒏 |𝒙 + √𝒙𝟐 ± 𝒂𝟐 | + 𝑪
A resolução desta integral é semelhante à da seção 8.3. Para resolver esta integral,
primeiro, vamos multiplicar o numerador e o denominador por √𝑎2 + 𝑥 2 .
√𝑥 2 ± 𝑎2 . √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑥 2 ± 𝑎2
∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 =
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎 2
𝑥 2 𝑑𝑥 𝑎2 𝑑𝑥
∫ ±∫ ⟹
√𝑥 2 ± 𝑎 2 √𝑥 2 ± 𝑎 2
𝑥 2 𝑑𝑥 𝑑𝑥
∫ √𝑥 ± 𝑎 𝑑𝑥 = ∫
2 2 ± 𝑎2 . ∫ (1)
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2
(𝑎) (𝑏)

𝑑𝑥
Aplicando para a integral (𝑏) a fórmula ∫ = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | + 𝐶, vem:
√𝑥 2 ±𝑎2
𝑑𝑥
∫ = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | + 𝐶1 (2)
√𝑥 2 ± 𝑎 2
Vamos agora resolver a integral (𝑎) aplicando a fórmula de integração por partes
∫ 𝑢1 𝑑𝑣1 = 𝑢1 . 𝑣1 − ∫ 𝑣1 𝑑𝑢1 . Para resolver, vamos fazer uma decomposição no integrando
da seguinte forma:
𝑥2 𝑥
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 (3)
√𝑥 2 ± 𝑎 2 √𝑥 2 ± 𝑎2
Fazendo:
𝑢1 = 𝑥 ⟹ 𝑑𝑢1 = 𝑑𝑥
𝑥𝑑𝑥 𝑥𝑑𝑥 1
𝑑𝑣1 = ⟹ ∫ 𝑑𝑣1 = ∫ ⟹ ∫ 𝑑𝑣1 = ∫ 𝑥. (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 𝑑𝑥 ⟹
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2

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1
𝑣1 = ∫ 𝑥. (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 𝑑𝑥
1
Para resolver ∫ 𝑥. (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 𝑑𝑥, vamos aplicar a fórmula:
(𝑢2 )𝑛+1
𝑣1 = ∫(𝑢2 )𝑛 𝑑𝑢2 = + 𝐶.
𝑛+1
Fazendo:
𝑑𝑢2
𝑢2 = 𝑥 2 ± 𝑎2 ⟹ 𝑑𝑢2 = 2𝑥𝑑𝑥 ⟹ 𝑑𝑥 =
2𝑥
Substituindo no integrando, vem:
1 1 𝑑𝑢2
𝑣1 = ∫ 𝑥. (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥. (𝑢2 )−2 . ( )=
2𝑥
1 1
1 1 1 (𝑢2 )−2+1 1 𝑢2 2
= ∫(𝑢2 )−2 𝑑𝑢 = = . = √𝑢2
2 2 −1 + 1 2 1
2 2
Voltando à variável x, vem:
1
𝑣1 = ∫ 𝑥. (𝑥 2 ± 𝑎2 )−2 𝑑𝑥 = √𝑥 2 ± 𝑎2

Agora vamos retornar à integral em (3) e vamos resolvê-la aplicando a fórmula:


∫ 𝑢1 𝑑𝑣1 = 𝑢1 . 𝑣1 − ∫ 𝑣1 𝑑𝑢1 .
𝑥 2 𝑑𝑥 𝑥
∫ = ∫ 𝑥. 𝑑𝑥 = 𝑥. √𝑥 2 ± 𝑎2 − ∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 (4)
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2
A integral ∫ √𝑎2 + 𝑥 2 𝑑𝑥 em (4) é a integral que estamos buscando. Portanto, não vamos
resolvê-la e sim, passa-la para o primeiro membro.
Substituindo (2) e (4) em (1), vem:
𝑥 2 𝑑𝑥 𝑑𝑥
∫ √𝑥 ± 𝑎 𝑑𝑥 = ∫
2 2 ± 𝑎2 . ∫ ⟹
√𝑥 2 ± 𝑎2 √𝑥 2 ± 𝑎2
∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 = 𝑥. √𝑥 2 ± 𝑎2 − ∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 ± 𝑎2 . 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | ⟹

2. ∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 = 𝑥. √𝑥 2 ± 𝑎2 ± 𝑎2 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | ⟹
𝑥 𝑎2
∫ √𝑥 2 ± 𝑎2 𝑑𝑥 = √𝑥 2 ± 𝑎2 ± 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 ± 𝑎2 | + 𝐶
2 2
Aplicando a Regra da Cadeia, podemos escrever:
𝑢 𝑎2
∫ √𝑢2 ± 𝑎2 𝑑𝑢 = 𝑙𝑛 |𝑢 + √𝑢2 ± 𝑎2 | ± √𝑢2 ± 𝑎2 + 𝐶
2 2
Obs.:
Sabemos que 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ(𝑥) = 𝑙𝑛(𝑥 + √𝑥 2 + 1). Se fizemos:
𝑥 𝑥 𝑥 2 𝑥 𝑥2 𝑥 𝑥 2 + 𝑎2
𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) = 𝑙𝑛 ( + √( ) + 1) = 𝑙𝑛 ( + √ 2 + 1) = 𝑙𝑛 ( + √ )
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 𝑎 𝑎2

𝑥 √𝑥 2 + 𝑎2 𝑥 + √𝑥 2 + 𝑎2
= 𝑙𝑛 ( + ) = 𝑙𝑛 ( )
𝑎 𝑎 𝑎
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Integrais Indefinidas – Aprenda Sozinho

Podemos então escrever:


𝑥
𝑙𝑛 (𝑥 + √𝑥 2 + 𝑎2 ) = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) + 𝑙𝑛𝑎
𝑎
Se substituirmos esta última expressão na fórmula de ∫ √𝑥 2 + 𝑎2 𝑑𝑥, temos:
𝑎2 𝑥
∫ √𝑥 2 + 𝑎2 𝑑𝑥 = 𝑙𝑛 |𝑥 + √𝑥 2 + 𝑎2 | + √𝑥 2 + 𝑎2 + 𝐶1 ⟹
2 2
2
𝑎 𝑥 𝑥
∫ √𝑥 2 + 𝑎2 𝑑𝑥 = . (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) + 𝑙𝑛𝑎) + √𝑥 2 + 𝑎2 + 𝐶1 ⟹
2 𝑎 2
2 2
𝑎 𝑥 𝑎 𝑥
∫ √𝑥 2 + 𝑎2 𝑑𝑥 = . 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) + . 𝑙𝑛𝑎 + √𝑥 2 + 𝑎2 + 𝐶1
2 𝑎 2 2
𝑎2 𝑎2
Como 2 . 𝑙𝑛𝑎 é uma constante, podemos fazer 2 . 𝑙𝑛𝑎 + 𝐶1 = 𝐶. Substituindo, vem:
𝑎2 𝑥 𝑥
∫ √𝑥 2 + 𝑎2 𝑑𝑥 = . 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) + √𝑥 2 + 𝑎2 + 𝐶
2 𝑎 2
Aplicando a Regra da Cadeia, podemos escrever:
𝑎2 𝑢 𝑢
∫ √𝑢2 + 𝑎2 𝑑𝑢 = . 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛ℎ ( ) + √𝑢2 + 𝑎2 + C
2 𝑎 2

9 Integrais que contém o Trinômio 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄


𝒎𝒙+𝒏
9.1 Integrais do tipo ∫ 𝒅𝒙
𝒂𝒙𝟐 +𝒃𝒙+𝒄
𝒎𝒙+𝒏
9.2 Integrais do Tipo ∫ 𝒅𝒙
√𝒂𝒙𝟐 +𝒃𝒙+𝒄

𝒅𝒙
9.3 Integrais do Tipo ∫
(𝒎𝒙+𝒏).√𝒂𝒙𝟐 +𝒃𝒙+𝒄
1
Fazendo-se a substituição, 𝑚𝑥+𝑛 = 𝑡, estas integrais reduzem-se às da seção 9.2.

Exemplo 9.1 Calcule a integral indefinida a seguir:


𝑑𝑥

(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥
Solução:
Vamos fazer a seguinte substituição de variável:

1 1 1
=𝑡 ⟹𝑥+1= ⟹𝑥 = −1 (1)
𝑥+1 𝑡 𝑡
𝑑𝑡
𝑥 = 𝑡 −1 − 1 ⟹ 𝑑𝑥 = −1𝑡 −2 𝑑𝑡 ⟹ 𝑑𝑥 = −
𝑡2
Substituindo na integral, vem:
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑥 − −
∫ =∫ 𝑡2 =∫ 𝑡2
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 1 √ 1 2
1 1 √1 1 3
𝑡 . ( 𝑡 − 1) + 3. ( 𝑡 − 1) 𝑡 . 𝑡 2 − 2. 𝑡 . 1 + 1 + 𝑡 − 3
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𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
− 2 − 2
=∫ 𝑡 =∫ 𝑡 = −∫ 𝑡2 =
1 √1 − 2𝑡 + 𝑡 2 + 3𝑡 − 3𝑡 2 1 1 2 √−2𝑡 2+𝑡+1

𝑡. 𝑡2 𝑡 . 𝑡 . √−2𝑡 + 𝑡 + 1 𝑡2
2
𝑑𝑡 𝑡
= −∫ 2 . ⟹
𝑡 √−2𝑡 2 + 𝑡 + 1
𝑑𝑥 𝑑𝑡
∫ = −∫ (2)
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √−2𝑡 2 + 𝑡 + 1
Esta última integral recai no 1º caso da seção 9.2. Vamos ter que transformar o
trinômio −2𝑡 2 + 𝑡 + 1 para que possamos aplicar uma das fórmulas conhecidas.
Primeiramente, vamos colocar (-2) em evidência no trinômio.
1 1
−2𝑡 2 + 𝑡 + 1 = (−2). (𝑡 2 − 𝑡 − )
2 2
1 1 1 1
𝑡 2 − 𝑡 − = (𝑡 + 𝑝)2 + 𝑞 ⟺ 𝑡 2 − 𝑡 − = 𝑡 2 + 2𝑝𝑡 + 𝑝2 + 𝑞
2 2 2 2
Aplicando identidade de polinômios, vem:
1 1
2𝑝 = − ⟹ 𝑝 = −
2 4
1 1 2 1 1 1 −8 − 1 9
𝑝2 + 𝑞 = − ⟹ (− ) + 𝑞 = − ⟹ 𝑞 = − − ⟹𝑞= ⟹𝑞=−
2 4 2 2 16 16 16
Logo, vamos ter:
1 1 1 2 9
−2𝑡 2 + 𝑡 + 1 = (−2). (𝑡 2 − 𝑡 − ) = (−2). [(𝑡 − ) − ]
2 2 4 16
Podemos então reescrever a integral em (2) como:
𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑡
∫ = −∫ = −∫ =
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √−2𝑡 2 + 𝑡 + 1 2
√(−2) [(𝑡 − 1) − 9 ]
4 16
𝑑𝑡 1 𝑑𝑡
= −∫ =− ∫
√2 2
2
√ 9 − (𝑡 − 1)
√2. [ 9 − (𝑡 − 1) ] 16 4
16 4
𝑑𝑢 𝑢
Para resolver esta integral, poderemos utilizar a fórmula∫ √𝑎2 2 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 (𝑎) + 𝐶
−𝑢
Fazendo:
9 3
𝑎2 = ⟹𝑎=
16 4
2
1 1
𝑢2 = (𝑡 − ) ⟹ 𝑢 = 𝑡 − ⟹ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑡
4 4
Substituindo na integral, vem:
𝑑𝑥 𝑑𝑡 1 𝑑𝑡
∫ = −∫ =− ∫ =
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √−2𝑡2 + 𝑡 + 1 √2 9 1 2
√ − (𝑡 − )
16 4

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1 𝑑𝑢 1 𝑢
=− ∫ =− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) + 𝐶
√2 √𝑎2 − 𝑢2 √2 𝑎
Voltando a substituição, temos:
1
𝑑𝑥 1 𝑑𝑡 1 𝑡−4
∫ =− ∫ =− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √2 √−2𝑡 2 + 𝑡 + 1 √2 3
4
4𝑡 − 1
1
=− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( 4 ) ⟹
√2 3
4
𝑑𝑥 1 𝑑𝑡 1 4𝑡 − 1
∫ =− ∫ =− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √2 √−2𝑡 2 + 𝑡 + 1 √2 3
Voltando agora à substituição de variável feita em (1), vem:
1
𝑑𝑥 1 4𝑡 − 1 1 4. −1
∫ =− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )=− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥 + 1 )=
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 √2 3 √2 3
4 − (𝑥 + 1)
1 1 4−𝑥−1 1 √2 3−𝑥
=− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 [ 𝑥 + 1 ] = − 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 [ ]=− . 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )⟹
√2 3 √2 3. (𝑥 + 1) √2 √2 3𝑥 + 3

𝑑𝑥 √2 3−𝑥
∫ =− 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )+𝐶
(𝑥 + 1)√𝑥 2 + 3𝑥 2 3𝑥 + 3

9.4 Integrais do Tipo ∫ √𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 𝒅𝒙

10 Integração de Funções Racionais (Método dos Coeficientes


Indeterminados)
11 Integração de Funções Trigonométricas do Tipo
∫ 𝒔𝒆𝒏𝒎 (𝒙). 𝒄𝒐𝒔𝒏 (𝒙)𝒅𝒙, com m,n 𝝐ℤ
12 Substituição Trigonométrica
Este método é aplicado, geralmente, às integrais, que tem no integrando um dos
seguintes termos:
1 1 1
√𝑎2 + 𝑥 2 , √𝑎2 − 𝑥 2 , √𝑥 2 − 𝑎2 , , ,
√𝑎2 + 𝑥 2 √𝑎2 − 𝑥 2 √𝑥 2 − 𝑎2

Para a substituição trigonométrica, vamos ter três casos possíveis:

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2º Caso:

𝒙𝟐 = 𝒚𝟐 + 𝒂𝟐 ⟹ 𝒚 = √𝒙𝟐 − 𝒂𝟐
x
𝒂 𝒂
a 𝒔𝒆𝒏𝜶 = ⟹𝒙= ⟹ 𝒙 = 𝒂𝒄𝒔𝒄𝜶 ⟹
𝒙 𝒔𝒆𝒏𝜶
α
𝒅𝒙 = −𝒂. 𝒄𝒔𝒄𝜶 𝒄𝒐𝒕𝒈𝜶 𝒅𝜶
𝑦 = √𝑥 2 − 𝑎2 √𝑥 2 − 𝑎2
𝑐𝑜𝑠𝛼 =
𝑥
𝑎 𝑎
𝑡𝑔𝛼 = ⟹ √𝑥 2 − 𝑎 2 = ⟹
√𝑥 2 − 𝑎2 𝑡𝑔𝛼
√𝑥 2 − 𝑎2 = 𝑎. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼

Exemplo 12.1 Calcule a integral indefinida a seguir:


√𝑥 2 − 𝑎2
∫ 𝑑𝑥
𝑥4
Solução:
Este exemplo recai no 2º caso. Vamos então utilizar o triângulo retângulo a seguir
para fazer a substituição trigonométrica.

x
a
α

𝑎 𝑎 𝑦 = √𝑥 2 − 𝑎2
𝑠𝑒𝑛𝛼 = ⟹𝑥= ⟹ 𝑥 = 𝑎. 𝑐𝑠𝑐𝛼 ⟹ 𝑑𝑥 = −𝑎. 𝑐𝑠𝑐𝛼𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼𝑑𝛼
𝑥 𝑠𝑒𝑛𝛼
𝑎 𝑎
𝑡𝑔𝛼 = ⟹ √𝑥 2 − 𝑎 2 = ⟹ √𝑥 2 − 𝑎2 = 𝑎. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼
2
√𝑥 − 𝑎 2 𝑡𝑔𝛼
√𝑥 2 − 𝑎2
𝑐𝑜𝑠𝛼 =
𝑥
Substituindo na integral, resulta:
√𝑥 2 − 𝑎2 𝑎. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 𝑎2 . 𝑐𝑜𝑡𝑔2 𝛼𝑐𝑠𝑐𝛼𝑑𝛼
∫ 𝑑𝑥 = ∫ (−𝑎. 𝑐𝑠𝑐𝛼. 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼)𝑑𝛼 = − ∫ =
𝑥4 (𝑎. 𝑐𝑠𝑐𝛼)4 𝑎4 . 𝑐𝑠𝑐 4 𝛼
2
𝑐𝑜𝑠 2 𝛼
1 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝛼𝑑𝛼 1 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 1 𝑐𝑜𝑠 2 𝛼 𝑠𝑒𝑛3 𝛼
− 2∫ = − 2∫ 𝑑𝛼 = − 2 ∫ . 𝑑𝛼 ⟹
𝑎 𝑐𝑠𝑐 3 𝛼 𝑎 1 𝑎 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 1
𝑠𝑒𝑛3 𝛼
2
√𝑥 − 𝑎 2 1
∫ 𝑑𝑥 = − ∫ 𝑐𝑜𝑠 2 𝛼. 𝑠𝑒𝑛𝛼𝑑𝛼 (1)
𝑥4 𝑎2

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𝑢𝑛+1
Para resolver esta integral, vamos utilizar a fórmula ∫ 𝑢𝑛 𝑑𝑢 = 𝑛+1 + 𝐶.
Fazendo:
𝑑𝑢
𝑢 = 𝑐𝑜𝑠𝛼 ⟹ 𝑑𝑢 = −𝑠𝑒𝑛𝛼𝑑𝛼 ⟹ 𝑑𝛼 = −
𝑠𝑒𝑛𝛼
Substituindo na integral em (1), vem:
√𝑥 2 − 𝑎2 1 1 𝑑𝑢 1
∫ 4
𝑑𝑥 = − 2 ∫ 𝑐𝑜𝑠 2 𝛼. 𝑠𝑒𝑛𝛼𝑑𝛼 = − 2 ∫ 𝑢2 . 𝑠𝑒𝑛𝛼. (− ) = 2 ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 =
𝑥 𝑎 𝑎 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑎
1 𝑢3 𝑢3
= 2. +𝐶 = 2+𝐶
𝑎 3 3𝑎
Voltando à variável 𝛼, temos:
√𝑥 2 − 𝑎2 𝑢3 𝑐𝑜𝑠 3 𝛼
∫ 𝑑𝑥 = 2 + 𝐶 = +𝐶 (2)
𝑥4 3𝑎 3𝑎2
√𝑥 2 −𝑎2
Para voltar à variável 𝑥, vamos usar a relação 𝑐𝑜𝑠𝛼 = em (2) e obteremos:
𝑥
3
√𝑥 2 − 𝑎2
( ) 3
√𝑥 2 − 𝑎2 𝑐𝑜𝑠 3 𝛼 𝑥 (√𝑥 2 − 𝑎2 ) 1
∫ 𝑑𝑥 = +𝐶 = +𝐶 = . 2+𝐶 ⟹
𝑥4 3𝑎2 3𝑎2 𝑥 3 3𝑎
√𝑥 2 − 𝑎2 √(𝑥 2 − 𝑎2 )3
∫ 𝑑𝑥 = +𝐶
𝑥4 3𝑎2 𝑥 3

13 Integrais dos Binômios Diferenciais


São integrais do tipo ∫ 𝑥 𝑚 . (𝑎 + 𝑏𝑥 𝑛 )𝑝 𝑑𝑥 onde m,n e p são números racionais.

14 Integração por Substituições Especiais


Vamos ver agora algumas substituições especiais que podem nos ajudar a resolver
alguns tipos de integrais envolvendo funções com potências com expoentes fracionários e
funções racionais de senos e cossenos.

14.1 Integração de Funções Envolvendo Expoentes Fracionários


Algumas funções podem ter envolvidas em sua fórmula, variáveis que possuem
expoentes fracionários. Para o cálculo da Integral Indefinida deste tipo de funções,
podemos buscar uma substituição adequada que possibilite a aplicação de alguma das
fórmulas conhecidas.

Exemplo 14.1 Calcule a integral indefinida a seguir:


∫ 𝑥√𝑥 − 1 𝑑𝑥

Solução:
Podemos fazer a seguinte substituição:
𝑡 = √𝑥 − 1 ⟹ 𝑡 2 = 𝑥 − 1 ⟹ 𝑡 2 + 1 = 𝑥 ⟹ 𝑥 = 𝑡 2 + 1 ⟹ 𝑑𝑥 = 2𝑡𝑑𝑡
Substituindo no integrando, resulta:
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∫ 𝑥. √𝑥 − 1𝑑𝑥 = ∫(𝑡 2 + 1). 𝑡. 2𝑡𝑑𝑡 = ∫(2𝑡 4 + 2𝑡 2 )𝑑𝑡 = 2 ∫ 𝑡 4 𝑑𝑡 + 2 ∫ 𝑡 2 𝑑𝑡


𝑢𝑛+1
Aplicando a fórmula ∫ 𝑢𝑛 𝑑𝑢 = + C para as duas integrais acima, temos:
𝑛+1
4 2
𝑡5 𝑡3
∫ 𝑥. √𝑥 − 1𝑑𝑥 = 2 ∫ 𝑡 𝑑𝑡 + 2 ∫ 𝑡 𝑑𝑡 = 2 + 2 + 𝐶
5 3
Voltando a substituição de variáveis, vem:
5 3
2(√𝑥 − 1) 2(√𝑥 − 1)
∫ 𝑥. √𝑥 − 1𝑑𝑥 = + +𝐶 =
5 3
2. (𝑥 − 1)2 . √𝑥 − 1 2. (𝑥 − 1). √𝑥 − 1
= + +𝐶 =
5 3
6. (𝑥 2 − 2𝑥 + 1). √𝑥 − 1 + 10. (𝑥 − 1). √𝑥 − 1
= +𝐶 =
15
(6𝑥 2 − 12𝑥 + 6 + 10𝑥 − 10). √𝑥 − 1
= +𝐶 ⟹
15
(6𝑥 2 − 2𝑥 − 4). √𝑥 − 1
∫ 𝑥. √𝑥 − 1𝑑𝑥 = +𝐶
15

14.2 Integração de Funções Racionais de Senos e Cossenos

Exemplo 14.2 Calcule a integral indefinida a seguir:


𝑑𝑥
∫ Fonte: Baranenkov, Demidovitch et al.(1977)
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥
Solução:
Vamos utilizar as substituições a seguir:
2𝑡 1 − 𝑡2 2𝑑𝑡
𝑠𝑒𝑛𝑥 = 2
, 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 2
e 𝑑𝑥 =
1+𝑡 1+𝑡 1 + 𝑡2
Substituindo na integral, temos:
2𝑑𝑡 2𝑑𝑡 2𝑑𝑡
𝑑𝑥 1+𝑡 2 1+𝑡 2 2
∫ =∫ =∫ =∫ 1+𝑡 =
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥 2𝑡 1−𝑡 2 2
1 + 𝑡 + 2𝑡 + 1 − 𝑡 2 2𝑡 + 2
1+ + 1 + 𝑡2
1 + 𝑡2 1 + 𝑡2 1 + 𝑡2
2
2𝑑𝑡 1 + 𝑡 2𝑑𝑡 𝑑𝑡
∫ = ∫ = ∫
1 + 𝑡 2 2𝑡 + 2 2(𝑡 + 1) 𝑡+1
𝑑𝑢
Para resolver esta integral, vamos utilizar a fórmula ∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶.
𝑢
Fazendo:
𝑢 = 𝑡 + 1 ⟹ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑡
Substituindo na integral, vem:
𝑑𝑥 𝑑𝑡
∫ =∫ = 𝑙𝑛|𝑢| + 𝐶
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥 𝑡+1
Substituindo 𝑢 = 𝑡 + 1 , temos:

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𝑑𝑥
∫ = 𝑙𝑛|𝑡 + 1| + 𝐶
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝑥
Agora, como 𝑡𝑔 2 = 𝑡, substituindo na última expressão, vem:
𝑑𝑥 𝑥
∫ = 𝑙𝑛|𝑡 + 1| + 𝐶 = 𝑙𝑛 |𝑡𝑔 ( ) + 1| + 𝐶
1 + 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑐𝑜𝑠𝑥 2
2 Caso:
Se, substituindo 𝑠𝑒𝑛𝑥 por −𝑠𝑒𝑛𝑥 e 𝑐𝑜𝑠𝑥 por −𝑐𝑜𝑠𝑥, a integral não se alterar,
fazemos a substituição 𝑡𝑔𝑥 = 𝑡.
Utilizando a identidade trigonométrica 𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 = 1 + 𝑡𝑔2 𝑥, temos:
1 1 1
𝑠𝑒𝑐 2 𝑥 = 1 + 𝑡 2 ⟹ 2
= 1 + 𝑡 2 ⟹ 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 2
⟹ 𝑐𝑜𝑠𝑥 =
𝑐𝑜𝑠 𝑥 1+𝑡 √1 + 𝑡 2
2 2
Aplicando agora a identidade trigonométrica 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 1, vem:
1 1
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 ⟹ 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 2
= 1 ⟹ 𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 1 − ⟹
1+𝑡 1 + 𝑡2
1 + 𝑡2 − 1 𝑡2 𝑡
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = ⟹ 𝑠𝑒𝑛 2
𝑥 = ⟹ 𝑠𝑒𝑛𝑥 =
1 + 𝑡2 1 + 𝑡2 √1 + 𝑡 2
Para encontrar 𝑑𝑥, vamos utilizar 𝑡𝑔𝑥 = 𝑡 ⟹ 𝑥 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑡, aplicando a fórmula
𝑑 1 𝑑𝑢
(𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑢)) = 1+𝑢2 . 𝑑𝑡 .
𝑑𝑡
Fazendo:
𝑑𝑢
𝑢=𝑡⟹ =1
𝑑𝑡
Substituindo na fórmula, vem:
𝑑𝑥 𝑑 𝑑𝑥 1 𝑑𝑢 𝑑𝑥 1 𝑑𝑡
= (𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔(𝑢)) ⟹ = 2
. ⟹ = 2
. 1 ⟹ 𝑑𝑥 =
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 1 + 𝑢 𝑑𝑡 𝑑𝑡 1 + 𝑡 1 + 𝑡2
Resumindo, temos:
𝑡 1 𝑑𝑡
𝑡𝑔𝑥 = 𝑡, 𝑠𝑒𝑛𝑥 = , 𝑐𝑜𝑠𝑥 = e 𝑑𝑥 =
√1 + 𝑡 2 √1 + 𝑡 2 1 + 𝑡2

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