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RESUMO
ABSTRACT
This article analyzes the current paradigm of our society in relation to the conciliation,
considering that for several years we have lived the culture of litigiousness and the
judicial process, after the New Code of Civil Procedure has been in force, the
incentive to self - determination by means of consensual solution of the conflicts,
notably a conciliation has been increasingly seen in our legal system. We will
demonstrate as advantages of conciliation, as well as how to separate among other
means of self-composition, such as mediation and arbitration. Finally, we will
demonstrate how adaptations of the Judiciary have been implemented in its various
spheres. Therefore, the general objective is to demonstrate the model and a form of
conciliation applied in our planning, its advantages and a tendency and necessity to
modify the mentality of our society in a way.
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¹Graduado em Direito. Centro Universitário do Espírito Santo – UNESC, conclusão em 2013. Advogado.
Professor de Direito Empresarial e Direito do Trabalho na Faculdade Mantenense dos Vales Gerais –
INTERVALE.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. CONCEITO
Como supracitado, o Novo Código de Processo Civil dedicou toda uma seção
às formas de solução de consensual dos conflitos, sendo a conciliação e a mediação
dispostas entre os artigos 165 e 175.
O código ainda é expresso ao afirmar que tal solução consensual deve ser
estimulada por todas as partes atuantes na ação.
2.1 DA CONCILIAÇÃO
Nos termos do artigo 359 do Novo Código de Processo Civil, que fala sobre a
audiência de instrução e julgamento, “instalada a audiência, o juiz tentará conciliar
as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução
consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem.”.
Por isso, e porque cumpre ao juiz velar pela rápida solução do litígio e
promover a autocomposição (art. 139, II e IV), determina o Código que, na
audiência de instrução, antes de iniciar a atividade probatória, o magistrado
“tentará conciliar as partes. (art. 359).”(2015. p. 1.091)
I) além do acordo, uma efetiva harmonização social das partes; II) restaurar,
dentro dos limites possíveis, a relação social das partes; III) utilizar técnicas
persuasivas, mas não impositivas ou coercitivas para se alcançarem
soluções; IV) demorar suficientemente para que os interessados
compreendam que o conciliador se importa com o caso e a solução
encontrada; V) humanizar o processo de resolução de disputas; VI)
preservar a intimidade dos interessados sempre que possível; VII) visar a
uma solução construtiva para o conflito, com enfoque prospectivo para a
relação dos envolvidos; VIII) permitir que as partes sintam-se ouvidas; e IX)
utilizar-se de técnicas multidisciplinares para permitir que se encontrem
soluções satisfatórias no menor prazo possível. (BRASIL. CONSELHO
NACIONAL DE JUSTIÇA. 2016. p.22)
3. MEDIAÇÃO
[...]
Por fim, devemos ainda citar a Lei nº 13.140 de 26 de Junho de 2015, que
dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares
e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública, que
entrou em vigência logo após a Lei nº 13.105/15 que criou o Novo Código de
Processo Civil.
A legislação supracitada visa informar os princípios orientadores da mediação
(artigo 2º), quais os tipos de conflito poderão ser objeto de mediação, forma de
designação de mediadores (judiciais e extrajudiciais), bem como o procedimento que
deverá ser adotado no momento que o conflito é levado ao conhecimentos dos
mediadores.
4. ARBITRAGEM
Para que todas as novas regras dispostas no Novo Código de Processo Civil,
no que concerne ao estímulo à autocomposição, tenham efetividade e alcancem os
resultados objetivados quando da sua criação, há que se empreenderem esforços
para que se modifique de maneira considerável a cultura da litigiosidade, onde as
partes preferem litigar em vez de firmar acordos, bem como a cultura do
decisionismo judicial, onde as partes, mesmo com a possibilidade de saírem
insatisfeitas com a decisão proferida pelo juiz, preferem aguardá-la a autocompor-
se.
[...]
A conciliação deve ser vista como forma de pacificação social e não apenas
como uma forma de redução de demandas judiciais. VAZ e TAKAHASHI (2012)
afirmam que “a conciliação, enquanto via integrativa e democrática de solução de
conflitos, para além de reduzir a demanda de processos, o que é apenas uma
consequência, apresenta a vantagem da verdadeira pacificação social“.
Com a vigência do Novo Código de Processo Civil, a primeira figura que tem
a possibilidade de resolver os conflitos de maneira consensual, de acordo com a
vontade das partes que deverão ceder em seus objetivos iniciais, é o advogado, por
isso a afirmação dos autores citados alhures no sentido de se incluir como
obrigatória uma disciplina voltada a ensinar formas de resolução consensual dos
conflitos, atualmente pouco vista em nossas faculdades.
7. CONCLUSÃO
Aguardar a decisão do magistrado que muitas das vezes vem eivada com o
vício do decisionismo judicial se torna inseguro às partes, pois nem toda decisão
observa as normas vigentes e tão somente os princípios, o que pode ser prejudicial
aos litigantes.
Sendo assim, a mudança de paradigma será gradual, não sendo possível, por
mais que a legislação atual incentive, em um primeiro momento, modificar
drasticamente toda uma mentalidade já enraizada na cultura de nossa sociedade
para que passemos a utilizar de maneira satisfatória a conciliação.
REFERÊNCIAS