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Defensoria Pública Estadual

Rodada 01.2017

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Rodada 01.2017
1. Farones Cavanis ajuizou, com patrocínio da defensoria pública do Distrito Federal, ação de
cobrança contra a construtora LKGB S.A. Alegou ter adquirido um imóvel popular da referida
incorporadora, porém, foram cobradas despesas indevidas, como comissão de corretagem,
serviços de assessoria técnica e correção monetária com periodicidade mensal, o que só seria
possível para períodos anuais, conforme a Lei do Plano Real (Lei 9.069/95, art. 28).

Em acréscimo, expressou que a cláusula contratual referente à correção monetária estabelecia


apenas o seguinte: “O índice de correção monetária deste contrato será o INCC”.

Os pagamentos foram realizados de março de 2007 a dezembro de 2009, sendo que a ação foi
proposta em fevereiro de 2010.

Citada, a Incorporadora alegou os seguintes pontos em sua contestação: a) ilegitimidade


passiva quanto à comissão e aos serviços de assessoria técnica, porque o destinatário dessas
verbas era o profissional da venda; b) prescrição de dois anos, com base na Lei do Cheque (art.
61 da Lei 7.357/85), porque as verbas foram pagas com cheques, assim, por isonomia, o prazo
prescricional da “pretensão invertida” seria o mesmo; c) caso superados os pontos
preliminares/prejudiciais, que o pedido fosse integralmente rejeitado, uma vez que todas as
rubricas atacadas tinham embasamento contratual explícito.

Realizada a audiência de conciliação após a resposta, não foi obtida transação. O juiz proferiu
despacho saneador e determinou que as partes falassem imediatamente sobre as provas que
pretendiam produzir. A parte autora requereu apenas a produção de prova documental, qual
seja, a juntada dos contratos e dos comprovantes de pagamento. A incorporadora requereu
depoimento pessoal da parte autora, bem como oitiva de dois profissionais que venderam
imóveis naquele mesmo empreendimento.

Em outra data, o juiz realizou a audiência de instrução e julgamento. Tomou todos os


depoimentos requeridos. A parte autora disse que: a) não foi informada sobre a cobrança da
comissão de corretagem no ato da compra; b) após formalizar o contrato inicial de aquisição e
dar o sinal, foi “obrigada” a assinar o contrato de corretagem, sob pena de desfazimento do
negócio. Por sua vez, os profissionais disseram que: a) o local de vendas dos imóveis era em
frente à obra; b) usavam uniformes com o emblema da incorporadora e do banco financiador
apenas; c) no momento da assinatura do contrato, todos os compradores eram informados das
verbas assessórias, como comissões etc; d) eram firmados dois pactos, sendo o primeiro uma
simples “intenção” negocial com estipulação de sinal e das principais cláusulas contratuais
(características gerais do imóvel e preço de aquisição), e o segundo com todo detalhamento das
cláusulas contratuais, especificações da obra e os demais pagamentos.

Finalizada a audiência, o juiz deu vista às partes no prazo legal.

Na condição de defensor, elabore a peça processual adequada. Dispensado o relatório.

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