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Laboratório de Física Experimental

Experimentos 3:
COLISÕES UNIDIMENSIONAIS
INTRODUÇÃO

Para o estudo de colisões, faz necessário conhecer o movimento linear


(quantidade de movimento) do corpo. A quantidade de movimento Q de um
corpo é dada por:
Q = mv,
onde m é a massa Kg e v a velocidade m/s
O momento linear ou quantidade de movimento linear é uma das
duas grandezas físicas fundamentais necessárias à correta descrição do inter-
relacionamento (sempre mútuo) entre dois entes ou sistemas físicos. A
segunda grandeza é a energia. Os entes ou sistemas em interação trocam
energia e momento, mas o fazem de forma que ambas as grandezas sempre
obedeçam à respectiva lei de conservação.

Em mecânica clássica o momento linear é uma grandeza vetorial, com


direção e sentido, cujo módulo é o produto da massa pela velocidade, e cuja
direção e sentido são os mesmos da velocidade. A quantidade de movimento
total de um conjunto de objetos permanece inalterada, a não ser que uma força
externa seja exercida sobre o sistema. Esta propriedade foi percebida por
Newton.

O principio de conservação do momento linear é um dos grandes


princípios de conservação de energia. O momento linear total de um sistema
somente pode ser modificado por forças externas que atuam nele. Caso a
resultante das forças externas que atuam em um sistema seja nula temos
Q=Constante.
A energia potencial de um sistema representa uma forma de energia
armazenada que pode ser completamente recuperada e convertida em energia
cinética. Não se pode associar energia potencial com uma força não
conservativa, porque a energia cinética de um sistema em que tais forças
atuam não retornam a seu valor inicial.
As equações ∆Ec + ∆U=0 e Ec + U – Constante, são aplicadas a um
sistema fechado de objetos que interagem e constituem essencialmente uma
contabilidade de energia. Sabendo que a energia potencial U depende apenas
da posição da partícula as equações acima podem ser assim:
E = (m.v²)/2 + U(x
A energia cinética (Ec) é a energia associada ao estudo de movimento de
um objeto. Quanto mais depressa o objeto se move, maior a energia cinética.
Quando um objeto está em repouso a energia cinética é nula. Para um objeto
de massa m, cuja velocidade é V, temos:
Ec = (mv²)/2 (Energia Cinética)
Em uma colisão os objetos que se colidem, esses exercem forças
impulsivas uns sobre os outros. Suas forças de interação são grandes, mas
atuam sobre um pequeno intervalo de tempo ∆t. Esse sistema de objetos em
colisão satisfaz o critério da conservação do momento a força externa
resultante.
As colisões costumam serem classificadas por comparação da energia
cinética dos objetos após a colisão (Ecf) com a energia cinética antes da colisão
(Eci). Se Ecf for igual ao Eci após a colisão, é chamada de colisão elástica. E se
Ecf for menor que Eci após a colisão, é chamado de colisão inelástica.
Para estudar as condições necessárias para haver, ou não, a
conservação da quantidade de movimento e da energia cinética em colisões e
os seus tipos (colisão elástica e colisão inelástica).

PROCEDIMENTOS

 Materiais
- 01 Trilho de ar 120cm com polia no fim do curso;
- 02 Carrinhos para trilho de ar;
- 02 Bandeiras para carrinho para interrupção de sensor;
- 01 Cronômetro digital multi funções;
- 02 Sensores fotoelétricos com suporte fixador;
- 02 Contrapesos para carrinhos;
- 01 Pino com agulha;
- 01 Unidade de fluxo de ar;
- 02 Discos de prova;
- 03 Y de fim de curso;
- 03 Elásticos para fim de curso e impulso;

 Métodos

Para a realização do experimento o primeiro passo foi montar o equipamento,


posicionando os sensores aproximadamente no centro do trilho a cerca de 50 cm um
do outro, não sendo necessário tomar essa medida exatamente com precisão; Na
extremidade da polia foi fixado o Y de final de curso com elástico.
Preparou-se um carrinho com Y’s e elásticos para choque (primeiro carrinho) e no
outro carrinho somente acrescentou-se o elástico (segundo carrinho). Este ultimo foi
posicionado no centro do trilho de ar, nivelando-o de tal forma que ele ficasse parado.
Logo após foram encaixados os plugues dos sensores de modo que o sensor
mais afastado do Y de fim de curso foi ligado ao borne S1 e o mais próximo foi ligado
ao borne S2. Em seguida, no cronômetro foi selecionada a forma de medida F3.
Na primeira série, colocou-se o carrinho 1 no espaço entre o sensor S1 e o inicio
do curso do trilho. Foi posicionado o carrinho 2 entre os sensores, necessariamente
mais próximo do sensor S2. Deu-se um impulso ao primeiro carrinho, movimentando-
o para se chocar com o segundo. Quando o carrinho 1 passou pelo sensor S1 o
cronometro foi acionado medindo-se um intervalo de tempo correspondente ao
deslocamento da bandeira sobre o carrinho 1. Posteriormente, o carrinho 1 chocou-se
com o carrinho 2 que estava em repouso, este entrou em movimento e passou pelo
sensor S2 que automaticamente acionou o cronômetro, medindo o intervalo de tempo
correspondente ao deslocamento da bandeira sobre o carrinho 2. Esses tempos foram
mostrados sem interrupção no cronômetro.
Os tempos medidos foram anotados, em seguida retirou-se a bandeira de cada
carrinho e mediram-se seus comprimentos. Logo após foram calculados a velocidade
desenvolvida pelo primeiro carrinho antes do choque e a velocidade desenvolvida pelo
segundo carrinho depois do choque.
Recolocaram-se as bandeiras nos carrinhos e foram pesadas as massas destes
móveis. Em seguida calculou-se a quantidade de movimento e a energia cinética de
cada carrinho antes e depois do choque. Foram determinados o momento linear e a
energia cinética total do sistema antes e depois da colisão.
Na segunda série, um disco de metal foi acrescentado de cada lado do carrinho 2
e logo após foram realizados todos os procedimentos da primeira série.
Já na terceira série, retirou-se os discos do carrinho 2, colocando os mesmos no
carrinho 1 da mesma forma e foram executados os mesmos procedimentos da
primeira série.
Na quarta série, os discos e os elásticos do carrinho foram retirados e no lugar
colocou-se os pinos com massa no carrinho 2 e o pino com agulha no carrinho 1 e um
contrapeso na extremidade de cada carrinho. Repetiram-se os procedimentos da
primeira série.

ANÁLISE OU DISCUSSÃO

TABELA 1 – Resultados 1ª Série


x (m) m (kg) t (s) V (10-2 m/s)
CARRINHO 1 1,00x10-1 ± 5,00x10-4 2,38x10-1 ± 5,00x10-5 2,18x10-¹ ± 4,38x10-3 45,87 ± 1,15
-1 -4 -1 -5
CARRINHO 2 1,00x10 ± 5,00x10 2,08x10 ± 5,00x10 2,12x10-1 ± 4,26x10-3 47,17 ± 1,18

TABELA 2 – Resultados Movimento Linear e Energia Cinética da 1ª Série


QA QD ECA ECD QA Total QD Total ECA Total ECD Total
(10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J) (10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J)
CARRINHO
10,92 ± 0,28 0,00 ± 0,00 250,38 ± 12,61 0,00 ± 0,00
1
250,38 ± 231,40 ±
CARRINHO 10,92 ± 0,28 9,81 ± 0,25
0,00 ± 0,00 9,81 ± 0,25 0,00 ± 0,00 231,40 ± 11,63 12,61 11,63
2
Legenda: QA – Movimento Linear Antes da Colisão; QD – Movimento Linear Depois da Colisão;
ECA - Energia Cinética Antes da Colisão; ECD – Energia Cinética Depois da Colisão;

Para o cálculo da massa do carrinho utilizamos uma balança e assim medimos a


quantidade de matéria, adotando como unidade de medida o quilograma, a incerteza
da massa é a metade da menor medida da balança utilizada.

A incerteza do tempo foi calculada utilizando-se dois por cento do valor obtido
pelo cronometro acrescido de dois dígitos.

Para o cálculo da velocidade adquirida pelos carrinhos utilizamos a seguinte


fórmula:

V= X/t

Em que, X indica o espaço percorrido pelo carrinho e é dado em metros (m), t é o


tempo em segundos (s) e V é a velocidade em metros por segundo (cm/s). Já a
incerteza da velocidade é dada por:
∆V=X/t.(|∆x/x| + |∆t/t|)

Onde |∆x/x| e |∆t/t| são, respectivamente, a incerteza relativa do espaço e do


tempo.

O cálculo da quantidade de movimento é dado por:

Q=m.v

Onde, m é a massa do carrinho e v é a velocidade do mesmo. Vale lembrar que a


mesma fórmula é utilizada para se obter o momento linear antes e depois da colisão. A
unidade de medida utilizada é o quilograma metro por segundo (kg.m/s). A sua
incerteza é obtida da seguinte forma:

∆Q=m.v (|∆m/m| + |∆v/v|)

Onde |∆m/m| e |∆v/v| são, respectivamente, a incerteza relativa da massa e da


velocidade.

Como sabemos a energia cinética é a metade do produto da massa pela


velocidade ao quadrado, isto é,

EC= (m.v2) /2

Para o cálculo da incerteza da energia cinética, usamos a fórmula:

∆EC=(m.v2)/2 (|∆m/m| + |2.∆v/v|)

A quantidade total de movimento do sistema é dada pela soma do momento linear


do carrinho 1 com o carrinho 2.

QT= Q1 + Q2

O mesmo foi feito para o cálculo da energia cinética total do sistema,

ECT= EC1 + EC2

Em que, ECT é a energia cinética total, EC1 é a energia cinética do carrinho 1 e EC2
é a energia cinética do carrinho 2.

Os procedimentos para os cálculos dos resultados das tabelas 3 a 8 são os


mesmos que foram utilizados na tabela 1 e 2.

TABELA 3 – Resultados obtidos 2ª Série


x (m) m (kg) t (s) V (10-2 m/s)
CARRINHO 1 1,00x10 ± 5,00x10-2 2,38x10-1 ± 5,00x10-5 1,78x10 ± 3,58x10-3
-1
56,18 ± 1,41
CARRINHO 2 1,00x10 ± 5,00x10-2 3,08x10-1 ± 5,00x10-5 2,16x10-1 ± 4,34x10-3 46,30 ± 1,16

TABELA 4 – Resultados Movimento Linear e Energia Cinética da 2ª Série


QA QD ECA ECD QA Total QD Total ECA Total ECD Total
(10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J) (10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J)
CARRINHO
13,37 ± 0,34 0,00 ± 0,00 375,58 ± 18,93 0,00 ± 0,00
1
13,37 ± 0,34 14,26 ± 0,36 375,58 ± 330,13 ±
CARRINHO
0,00 ± 0,00 14,26 ± 0,36 0,00 ± 0,00 330,13 ± 16,60 18,93 16,60
2
Legenda: QA – Movimento Linear Antes da Colisão; QD – Movimento Linear Depois da Colisão;
ECA - Energia Cinética Antes da Colisão; ECD – Energia Cinética Depois da Colisão;
TABELA 5 – Resultados obtidos 3ª Série

x (m) m (kg) t (s) V (10-2 m/s)

CARRINHO 1 1,00x10-1 ± 5,00x10-2 33,93x10-2 ± 5,00x10-5 1,93x10-1 ± 3,88x10-3 51,81 ± 1,30

CARRINHO 2 1,00x10-1 ± 5,00x10-2 2,08x10-1 ± 5,00x10-5 1,63x10-1 ± 3,28x10-3 61,35 ± 1,54

TABELA 6 – Resultados Movimento Linear e Energia Cinética da 3ª Série


QA QD ECA ECD QA Total QD Total ECA Total ECD Total
(10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J) (10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J)
CARRINHO
17,56 ± 0,44 0,00 ± 0,00 454,98 ± 22,90 0,00 ± 0,00
1
17,56 ± 0,44 12,76 ± 0,32 454,98 ± 391,44 ±
CARRINHO
0,00 ± 0,00 12,76 ± 0,32 0,00 ± 0,00 391,44 ± 19,75 22,90 19,75
2
Legenda: QA – Movimento Linear Antes da Colisão; QD – Movimento Linear Depois da Colisão;
ECA - Energia Cinética Antes da Colisão; ECD – Energia Cinética Depois da Colisão;

TABELA 7 – Resultados obtidos 4ª Série

x (m) m (kg) t (s) V (10-2 m/s)

CARRINHO 1 1,00x10-1 ± 5,00x10-2 21,96x10-2 ± 5,00x10-5 2,39x10-1 ± 4,80x10-3 41,84 ± 1,05

CARRINHO 2 1,00x10-1 ± 5,00x10-2 22,01x10-2 ± 5,00x10-5 4,96 x10-1 ± 3,94x10-3 20,16 ± 0,50

TABELA 8 – Resultados Movimento Linear e Energia Cinética da 4ª Série


QA QD ECA ECD QA Total QD Total ECA Total ECD Total
(10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J) (10-2 Kg.m/s) (10-2 Kg.m/s) (10-4 J) (10-4 J)
CARRINHO
9,19 ± 0,23 9,19 ± 0,24 192,21 ± 9,69 96 ± 4,89
1
9,19 ± 0,23 18,38 ± o,48 192,21 ±
CARRINHO 192 ± 9,78
0,00 ± 0,00 9,19 ± 0,24 0,00 ± 0,00 96 ± 4,89 9,69
2
Legenda: QA – Movimento Linear Antes da Colisão; QD – Movimento Linear Depois da Colisão;
ECA - Energia Cinética Antes da Colisão; ECD – Energia Cinética Depois da Colisão;

As três primeiras séries realizadas no experimento possuem colisão elástica,


conservando, assim, a energia cinética do sistema, além dos corpos seguirem
separadamente após a colisão. A quarta série apresenta colisão inelástica, pois há
conservação de energia cinética do sistema, isto é, ECi = ECf. Entretanto, houve
divergências entre a teoria e os resultados experimentais, esta diferença
possivelmente foi causada por eventuais erros de medição na balança, má
nivelamento do trilho, incertezas e até mesmo por fatores externos: resistência do ar,
força de atrito, entre outros, uma vez que se tratava de um sistema aberto.

OBS: Todos os cálculos se encontram no Anexo.


CONCLUSÃO

Os experimentos desenvolvidos permitiram comprovar o conceito de


colisão bem como suas características, além de presenciar a aplicação da
quantidade de movimento e da energia cinética e a influência da massa na
quantidade de movimento e na velocidade final de acordo com o carrinho que
recebeu a massa extra como foi demonstrado na segunda e terceira série de
experimentos. No entanto, por não ser um sistema isolado os dados obtidos
não coincidiram com os esperados.

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