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O enfisema pulmonar é uma doença grave, sendo a causa mais frequente o fumo do
cigarro. Da lista de causas fazem também parte o tabagismo passivo, combustíveis de biomassa
(fumo das lareiras e cozinhar à lareira), fumos laborais e poluição atmosférica.
Denominamos por enfisema senil, o enfisema que decorre do envelhecimento
pulmonar provocado pela idade.
Existe um risco genético para o desenvolvimento de enfisema, sendo o mais estudado o
déficit de a1-antitripsina. Trata-se de uma doença genética rara que está associada ao enfisema
de aparecimento precoce. Embora controverso, alguns especialistas defendem que todos os
doentes com DPOC devem ser estudados para a deficiência de a1-antitripsina. No entanto, a
Sociedade Americana do Tórax e a Sociedade Europeia de Doenças Respiratórias (ATE/ERS)
sugerem o doseamento de alfa-1 antitripsina apenas nas seguintes situações:
Enfisema de início precoce (idade inferior a 45 anos);
Enfisema não relacionado com o tabagismo;
Enfisema predominantemente nas bases pulmonares (pan-acinar);
Paniculite necrotizante (doença Weber-Christian);
Vasculite positiva c-ANCA (por exemplo, granulomatose de Wegener);
História familiar de enfisema de início precoce;
Bronquiectasia, sem outra etiologia;
Doença hepática inexplicada;
História familiar de Deficit de Alfa1 AT, DPOC, Bronquiectasias ou paniculite;
Asma persistente, com obstrução fixa do fluxo aéreo.
O HIV/SIDA é uma etiologia a ter em conta no enfisema precoce. O rastreio de HIV deve
ser realizado em pessoas com enfisema e fatores de risco VIH, como uso de drogas intravenosas
ou atividade sexual de risco.
O enfisema intersticial é uma doença que atinge os bebés recém nascidos submetidos
a ventilação.
O enfisema pulmonar não é contagioso, ou seja, a doença não se transmite de pessoa
para pessoa.
Os sintomas de enfisema pulmonar leve são ligeiros e durante muitos anos o doente
não valoriza, habitualmente, quaisquer sinais ou sintomas relacionados com a doença.
No enfisema pulmonar (tal como na DPOC) o sintoma inicial é a falta de ar quando o
doente efetua grandes esforços, como por exemplo caminhada ou subir escadas. À medida que
a doença evolui começa a interferir com as atividades diárias e surge falta de ar quando realizam
pequenos esforços, como por exemplo tomar banho. Os doentes com enfisema pulmonar
também têm aumento das glândulas mucosas dos brônquios que levam a uma maior produção
crónica de muco e consequentemente tosse crónica com expectoração (“catarro do fumador”).
Os sintomas no enfisema pulmonar avançado, já são bem evidentes e limitantes, a
saber: Hipoxia (baixa quantidade de oxigénio no sangue), falta de ar em repouso, fraqueza
muscular generalizada e desnutrição. Como consequência deste envolvimento sistémico, o
enfisema pulmonar pode levar à morte.
Pneumotórax (colapso pulmonar) – pode ser muito grave num doente com enfisema
pulmonar avançado onde a função pulmonar já está comprometida.