Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Série: 9º
Turno: Tarde
Prof. Roni
Sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso
molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
―Eu, hein?... nem morta!
Disponível em: http://pensador.uol.com.br/a_princesa_e_a_ra/
CONTINHO
Paulo Mendes Campos
Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira
danada do meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando
passou um gordo vigário a cavalo:
― Você ai, menino, para onde vai essa estrada?
― Ela não vai não: nós é que vamos nela.
― Engraçadinho duma figa! Como você se chama?
― Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.
3) Observe os vocábulos:
conto – continho
engraçado – engraçadinho
barrigudo – barrigudinho
Em relação à análise dessas palavras a gramática caracteriza ―continho‖ como uma variação
de grau, o chamado diminutivo. Já ―barrigudo‖ e ―engraçadinho‖ são adjetivos para os quais
não se aplica a flexão de grau diminutivo;
Ainda em relação ao trecho:
a) ―Engraçadinho e ―barrigudinho têm valoração positiva em relação ao substantivo a que se
referem.
b) As três palavras têm conotação pejorativa no texto.
c) Considerado o contexto, ―barrigudinho‖ apenas compõe as características físicas do
menino e, juntamente com ―magro‖, pinta um retrato caricatural.
d) ―Engraçadinho‖ tem, no texto, conotação afetiva, de elogio.
e) ―Continho‖ adquire no texto, valoração negativa.
Letra c
Na tira:
O Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, foi duramente afetado
pela seca e chegou a ficar com cerca de 5% de sua capacidade
Problemas de gestão
Para entender como alcançamos esse grau de fragilidade hídrica, não basta olhar para a
seca. Como sempre, há um conjunto de medidas que se somaram para construir o
cenário: a gestão da água feita como se os recursos fossem inesgotáveis, ou seja, como
se sempre fosse possível expandir a captação, a perigosa aproximação entre oferta e
demanda e uma gestão de crise que revelou fragilidades quando a escassez ficou mais
acentuada.
Portanto, a verdadeira questão é: por que os reservatórios esvaziaram tanto nos últimos
três anos?
À primeira vista, a resposta é óbvia: porque o volume de água que chegou aos mesmos
neste triênio foi o pior, ou um dos piores, da história. No entanto, esta resposta não é
verdadeira no caso do setor elétrico. Se compararmos as vazões que chegaram às
hidrelétricas no triênio 2012-2014 com as dos 81 triênios do passado (1931-1933; 1932-
1934; e assim por diante, até os tempos atuais) verificaremos que em 15 destes triênios
ocorreram secas piores do que a atual.
(...)
Dado que a hidrologia não foi malvada e a demanda foi medíocre, a única explicação
que sobra - a verdadeira - é que a capacidade de geração real é menor do que se
pensava, devido a falhas no planejamento de construção das usinas e das linhas de
transmissão.
Todos nós cidadãos sabemos que às vezes as coisas saem muito errado por causas
externas – como nas crises cambiais, por razões institucionais e políticas, como na
hiperinflação, ou por falhas de planejamento, como no racionamento de 2001.
A reação magnífica da população em todas estas crises torna imperdoável que não se
aprenda com os erros cometidos. Na situação atual, mesmo que as crises de água e
energia sejam aliviadas "aos 48 minutos do segundo tempo" pela combinação de
medidas heroicas e de boas chuvas, é fundamental que a má experiência contribua para
o fortalecimento da cidadania.