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Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


Hermenêutica
PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES
A transposição do abismo cultural
AULA 8
Introdução
 É comum as pessoas usarem uma palavra, frase ou parágrafo de
forma isolada e interpretarem incorretamente.
 Não usar o contexto é um dos maiores erros na interpretação da
Bíblia.
 Precisamos nos transportar para o contexto histórico dos autores
bíblicos e nos desvincularmos de nossa própria cultura.
 Interpretação histórica, gramatical e literária (retórica)
 Contexto:
 versículo(s) imediatamente anterior(es) e posterior(es)
 parágrafo e livro em que o versículo se encontra
 o testamento em que foi escrito
 a mensagem de toda a Bíblia
 o ambiente histórico-cultural da época em que foi escrito
 Autores influenciados por sua própria cultura
 “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto
com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos
apalparam, com respeito ao Verbo da vida (1Jo 1:1 ARA)”
A Bíblia e a cultura de sua
época
 “A não ser que acreditemos que a
Bíblia tenha caído do céu de
paraquedas, escrita com uma pena
celestial numa língua celestial curiosa,
exclusivamente adequada como
instrumento de revelação divina, ou
então que foi ditada por Deus direta
e imediatamente, sem referência a
nenhum costume regional, estilo ou
perspectiva, seremos obrigados a
encarar os abismos culturais. Isto é, a
Bíblia retrata a cultura de sua época.”
 (R. C. Sproul)
Cultura

 Envolve o que as pessoas pensam, creem, dizem, fazem e


produzem.
 Choques culturais
 Ex: Missionários
 Abrir a Escritura é como entrar em um país estranho.
 Quanto mais informações sobre a cultura, mais probabilidade
da compreensão do significado do texto.
 Exegese ≠ eisegese
A variedade de costumes culturais e
sua influência na interpretação
 Política (nacional, internacional, civil)
 Filipenses 3:20  pátria celestial
 Cidadãos receberam privilégios romanos

 Religião
 10 pragas  ataque à incapacidade e falsidade dos deuses egípcios
 Rio Nilo em sangue; morte no gado; chuva de pedras; morte das crianças

 Economia
 Credor incompassivo Mateus 18:21-35
 1 Denário – salário de um dia  R$ 26,26
 6000 Denários = 1 Talento = R$ 157.560,00
 10.000 Talentos = R$ 1.575.600.000,00
 100 Denários = R$ 2626,00

 Leis
 Jesus como primogênito (Cl 1:15)
A variedade de costumes culturais e
sua influência na interpretação
 Agricultura
 “os ímpios (...) são como a palha que o vento dispersa” (Sl 1:4)
 Arquitetura
 A descida do paralítica (Mc 2:1-12)  telhados planos
 Vestimentas
 “cingir os lombos” (Jó 38.3; 1Pe 1.13)
 Vida doméstica
 “Permite-me ir primeiro sepultar meu pai.” (Lc 9:59)
 Geografia
 “atravessar a província de Samaria” (Jo 4:4)
 Organização militar
 “em Cristo sempre nos conduz em triunfo” (2 Co 2:14)
 Estrutura social
 “a ninguém saudeis pelo caminho” (Lc 10:4)
Até que ponto os textos bíblicos são
limitados pelos fatores culturais?
 O que vale só para os tempos bíblicos e o que vale para hoje?
 Permanente ou temporário?
 Cumprimentar uns aos outros com ósculo santo (Rm 16:16)
 Abster-se de carnes oferecidas a ídolos (At 15:29)
 Ser batizado (At 2:38)
 Abster-se de ingerir sangue (At 15:29)
 Proibir as mulheres de ensinar aos homens (1 Tm 2:12)
 1. Certas situações, mandamentos ou princípios são aplicáveis,
contínuos ou irrevogáveis e/ou dizem respeito a temas morais e
teológicos e/ou são repetidos em outra parte das Escrituras,
sendo, portanto, permanentes e transferíveis para nós.
 Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se
derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.
(Gn 9:6)
 Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele,
em tempo oportuno, vos exalte, (1Pe 5:6)
 A Bíblia é autoregulamentadora.
Até que pontos os textos bíblicos são
limitados pelos fatores culturais?
 2. Certas situações, mandamentos ou princípios dizem respeito às
circunstâncias específicas de um indivíduo e/ou a temas que não
possuem caráter moral ou teológico e/ou foram revogados, sendo
portanto inaplicáveis na atualidade
 Timóteo levar a capa e os manuscritos de Paulo (2 Tm 4:11-13)
 Os sacrifícios segundo a ordem e Arão foram abolidos (Hb 7:12; 10:1)
 No AT, incesto era punido com apedrejamento. No NT, houve excomunhão
para o mesmo caso (1 Co 5:1-5)
 3. Determinadas situações ou mandamentos dizem respeito a contextos
culturais que se assemelham apenas parcialmente ao nosso e nos quais só
os princípios são aplicáveis.
 Ósculo santo (princípio de demonstrar delicadeza e amor para com os irmãos.
 4. Certas situações ou mandamentos dizem respeito a contextos culturais
totalmente diferentes, mas em que os princípios se aplicam.
 Derramar perfume nos pés de Jesus (Mt 26:7,8)
 Moisés tirar as sandálias (Ex 3:5)
 Um caso debatido: o uso do véu pelas mulheres (1 Co 11:2-16)
Princípios para descobrir se os costumes
bíblicos estão restritos a certas culturas ou
se as transcendem

1. Veja se o costume naquela cultura tem um significado diferente


em nossa cultura.
2. Se o costume tem significado diferente para nós, descubra o
princípio permanente que o norteia.
3. Verifique como esse princípio pode ser expressado num
equivalente cultural.
 Orar pelos reis (1 Tm 2:1-2)
 Ceder lugar a um rico (Tg 2:1-4)
 Usar véu na igreja
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


A transposição do abismo gramatical
AULA 9
Introdução
 Reforma: retorno ao método histórico-gramatical
 Deus transmitiu sua verdade por escrito
 Palavras e frases com sentido normal e evidente
 O homem deve ser capaz de compreender
 Mais conhecimento histórico e gramática do texto bíblico
 Maior a compreensão da verdade de Deus na Sua Palavra.
 Pais da igreja e herdeiros da escola antioquiana
Por que a interpretação gramatical é
importante?

 A natureza da inspiração
 A Bíblia foi verbalmente inspirada  cada palavra é importante
 O objetivo da exegese
 Descobrir o que o texto quer dizer, e não atribuir-lhe outro
significado.
 Para descobrir os pensamentos de Deus, precisamos estudar suas
palavras e como elas são combinadas nas frases
 O problema da comunicação
 Conhecer pouco a língua utilizada traz problemas
 Mesmo sem ter as línguas originais, pode-se ter uma
compreensão clara do que o texto quer dizer.
Que vem a ser interpretação gramatical?

 Tentar descobrir o significado da Bíblia a partir de 4 aspectos


1. O significado das palavras (lexicologia)
2. A forma das palavras (morfologia)
3. A função das palavras (partes do discurso)
4. A relação entre as palavras
Como descobrir o significado das
palavras

 Examinar a etimologia das palavras


 Palavras com somas de raízes
 hipopótamo
 μακροθυμία - makrothymia – “longo sentimento” – paciência
 Cuidado
 pedagogo ≠ paidagogos
 Etimologia diz respeito à história da palavra, e não ao seu significado
 δύναμις – dynamis – poder – dinamite
Como descobrir o significado das
palavras

 Examinar o emprego das palavras


 O sentido mais comum da palavra quando o autor a utilizou
 Palavras com vários significados  Ex: “manga”
 Analisar várias situações em que o termo é utilizado
 Como o mesmo autor emprega a palavra em questão em um
mesmo livro. (Ef 2:20 – Profetas do AT ou do NT? cf. 3:5 e 4:11.)
 Como o mesmo autor usa a palavra em questão em outros livros
que escreveu. (Luz e trevas em 1 João, João e Apocalipse)
 Como outros autores usam o termo “stoicheia”
 “Elementos” em 2 Pe 3:10; “verdades básicas” em Hb 5:12; Cl 2:8
 Como a palavra é usada fora da Bíblia
 hapax legomena  palavras que aparecem somente uma vez
Como descobrir o significado das
palavras

 Examinar o emprego das palavras


 O sentido mais comum da palavra quando o autor a utilizou
 Palavras com vários significados  Ex: “manga”
 Analisar várias situações em que o termo é utilizado
 Como o mesmo autor emprega a palavra em questão em um
mesmo livro. (Ef 2:20 – Profetas do AT ou do NT? cf. 3:5 e 4:11.)
 Como o mesmo autor usa a palavra em questão em outros livros
que escreveu. (Luz e trevas em 1 João, João e Apocalipse)
 Como outros autores usam o termo “stoicheia”
 “Elementos” em 2 Pe 3:10; “verdades básicas” em Hb 5:12; Cl 2:8
 Como a palavra é usada fora da Bíblia
 hapax legomena  palavras que aparecem somente uma vez
Como descobrir o significado das
palavras

 Descobrir os significados de palavras semelhantes e opostas


 4a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não
andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
 5 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas
da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do
Espírito. (Rom 8:4-5 ARA)
 Examinar o contexto
1. As palavras, locuções e frases podem assumir vários
significados
2. Os pensamentos normalmente são expressos numa sequência
de palavras. Elementos associados, e não isolados.
3. Desconsiderar o contexto leva a interpretações falsas.
 tudo posso naquele que me fortalece. (Phi 4:13 ARA)
Como descobrir o significado das
palavras
 Examinar o contexto (cont.)
 Contexto inicial  a frase em que a palavra foi usada esclarece seu
sentido
 kosmos (κοσμος) Universo criado; Sistema de pensamento e influência
contra Deus
 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele; (1Jo 2:15 ARA)
 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive
junto de ti, antes que houvesse mundo. (Jo 17:5 ARA)
 Contexto do parágrafo ou do capítulo
 11 Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem
depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno
de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. (Mat 3:11 ARA)
 10 Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não
produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
 12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira;
recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo
inextinguível.
Como descobrir o significado das
palavras
 Examinar o contexto (cont.)
 Contexto do livro
 Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua
semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.
(1Jo 3:9 ARC)
 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se
alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
(1Jo 2:1 ARC)
 Passagens paralelas
 1 e 2 Reis; 1 e 2 Crônicas; Evangelhos; Efésios e Colossenses; Daniel e
Apocalipse
 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do
Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Cl 3:17 ARA)
 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, (Ef 5:20 ARA)
 A Bíblia como um todo
 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a
vossa salvação com temor e tremor; (Fp 2:12 ARA)
Como descobrir o significado das
palavras

 Examinar o contexto (cont.)


 Observações
 Textos obscuros devem ser interpretados por textos mais claros
 Sempre deve-se dar preferência à interpretação menos complexa,
elaborada ou obscura. Portanto, deve-se buscar a mais simples e
natural.
 Sobre as palavras:
 Os significados de nossas palavras não podem ser transportados para
o texto bíblico (Dicionário Bíblico x Dicionário de Português)
 Uma mesma palavra pode ter vários significados na Bíblia.
 Cada palavra ou expressão, em seu contexto, tem apenas um
significado.
 Não atribua a uma palavra todos os significados possíveis.
Conheça o Português

 Substantivo – dá nome a algo


 Pronome – substitui um substantivo e faz referência a
elementos citados ou subentendidos (eu, meu, este, que...)
 Adjetivo – modifica (caracteriza de alguma forma) um
substantivo ou pronome
 Preposição – palavra que acompanha outras para formar
“locuções prepositivas” (pelo seu sangue; com Jesus; etc.)
 Verbo – designa ação ou estado de um substantivo ou
pronome
 Advérbios – modifica o adjetivo ou outro advérbio (ele falou
rispidamente)
 Conjunções – elementos que ligam palavras, locuções ou
orações (e, mas, ou, etc.)
Conheça o Português

 Locuções
 Nominais – sem verbo (para com todos os santos)
 Verbais – verbo auxiliar mais infinitivo (mas procurai compreender)
 Orações – unidade gramatical composta de sujeito e predicado
 Independentes ou coordenadas (Cristo morreu.)
 Dependentes ou sobordinadas
 Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, quando
oramos por vós, (Cl 1:3 ARA)
 Períodos
 Simples – 1 oração
 Compostos – 2 ou mais orações
 Subordinação
 Coordenação
 Declaração, interrogação, ordem, pedido ou desejo.
 Ordem e repetição das palavras.
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


A transposição do abismo literário
AULA 10
Introdução
 Interpretação retórica:
 Estudo de como o estilo (vocábulos ou formas de expressão
particulares) e a forma (estrutura sintática) influenciam o modo
como o texto deve ser entendido.
 Qualidade literária de um documento
 Gênero (tipo de composição
 Estrutura (disposição dos elementos)
 Figuras de linguagem (expressões que adicionam colorido e força ao
texto)
 Os tipos de móveis indicam o tipo de cômodo.
 Mas nem todos os cômodos são iguais, pois a disposição e a quantidade
de móveis varia.
O brilho literário da Bíblia

 Como literatura:
 Emoções e conflitos; vitórias e derrotas; alegrias e tristezas; defeitos
e pecados; prejuízos e benefícios espirituais
 Intrigas, suspense, emoções, fraquezas, desilusões, contratempos,
entre tantas outras experiências.
 Autores capazes
 “Os autores bíblicos obedeceram a convenções literárias claras e
tinham domínio dos princípios literários. Eles sabiam contar histórias
com um enredo bem elaborado. Sabiam contar histórias que
tinham em comum a tragédia ou a sátira. [...] Os poetas bíblicos
sabiam criar boas metáforas e fazer afirmações paralelas. [...] Em
sua maioria, eram mestres de estilo. (Leland Ryken)
Alemanha 7 x 1 Brasil
 Foram 64 anos de espera. Durante cinco  Esse nosso time esta bem armado,
jogos, a seleção brasileira fez seu papel - mesmo com o Neymar
com futebol bonito ou não, alcançou as machucado,
semifinais. Perdeu seu craque nas quartas foi bem razoável a nossa
de final, Neymar. E entrou com a camisa campanha,
dele em campo, como se mostrasse que já, já, não demora, vamos
jogaria pelo atacante, que a usaria como comemorar
motivação. Mas o Brasil conseguiu a vitória, com champanha e
permanecer no gramado do Mineirão, picanha!
nesta terça-feira (8), por exatos 9 minutos Epa!!!! Gol da Alemanha
sem levar um gol. A partir daquele 1x0
instante, se iniciou o maior vexame da
história do futebol brasileiro.

 Referências:
 http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/08/brasil-x-alemanha.htm
 http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=274223.htm
Os gêneros literários da Bíblia

 Gênero / estilo
 Categoria ou tipo de escrito caracterizado por determinada(s) forma(s) e conteúdo
ou um dos dois.
 Jurídico: Boa parte de Deuteronômio
 Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho reconduzirás.
(Ex 23:4 ARA)
 Não terás outros deuses diante de mim. (Ex 20:3 ARA)
 Narrativa:
 História relatada com o intuito de transmitir uma mensagem por meio das pessoas e
de seus problemas e circunstâncias
 Seletivas e ilustrativas: não são biografias completas e detalhadas.
 Ex: 2 Samuel e 1 e 2 Crônicas  Vida de Davi
 Exemplos: Tragédia, Épico, Romance, Heroico, Sátira, Polêmica
Os gêneros literários da Bíblia

 Poesia
 Principais livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares
 Paralelismos
 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Pv 15:1)
 Salmos: Lamento, ações de graças, hinos de louvor
 Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois
expuseste nos céus a tua majestade. (Sl 8:1 ARA)
 Literatura sapiencial
 Principais livros: Jó, Provérbios, Eclesiastes e Cantares
 Princípios e diretrizes, e não promessas ou garantias
 Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho,
não se desviará dele. (Pv 22:6 ARA)
 Evangelhos
 Não são biografias
 Doutrina e narrativa
 Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. (Jo 20:31 ARA)
Os gêneros literários da Bíblia

 Discurso lógico (epistolar)


 Romanos – Judas
 Expositivo  apresenta doutrinas e verdades quase sempre apoiado na lógica
 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça?
De modo nenhum! Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos
para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado
para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque,
outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma
de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes
feitos servos da justiça. (Rm 6:15-18 ARA)
 Exortativo  exorta a seguir determinados comportamentos ou a busca de
características diante das verdades do texto.
 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo
se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da
lavagem de água pela palavra, (Ef 5:25-26 ARA)
 Literatura profética
 Predições e determinações vindas da parte de Deus
 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes
semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos;
bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o
que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. (Ag 1:5-6 ARA)
Análise estrutural

 Modelos estruturais mais amplos


 Apocalipse: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de
acontecer depois destas.” (Ap 1:19 ARA)
 Capítulo 1 – As coisas que vistes (passado)
 Capítulos 2 e 3 – As coisas que são (presente)
 Capítulos 4-22 – As coisas que hão de acontecer (futuro)
 Atos: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis
minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria
e até aos confins da terra”. (At 1:8 ARA)

Atos 1-7

Atos 8-12

Atos 13-28
Análise estrutural

 Modelos estruturais menores


 Paralelismo (comparação, contraste, complementar, entre outros)
 Ex: Comparação
 Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo,
nem os pecadores, na congregação dos justos. (Sl 1:5 ARA)

 Quiasmo
 Não deis aos cães o que é santo,
nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas,
para que não as pisem com os pés
e, voltando-se, vos dilacerem. (Mt 7:6 ARA)
 Acróstico
 Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do
SENHOR. (Sl 119:1 ARA) ‫ש ֵ֥רי‬
ְׁ ַ‫א‬
 De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?
Observando-o segundo a tua palavra. (Sl119:9 ARA) ‫מה‬
ֶּ֣ ַ‫ב‬
 Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua
palavra. (Psa 119:17 ARA) ‫גְׁ ֹ֖מל‬
Análise estrutural

 Modelos estruturais menores (cont.)


 Repetição:
 Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida
dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó
da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de
precisão?
(Is 40:12 ARA)
 Quem guiou o Espírito do SENHOR? Ou, como seu conselheiro, o
ensinou? (Is 40:13 ARA)
 Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão?
Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe
mostrou o caminho de entendimento? (Is 40:14 ARA)
 Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele
que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais
ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder,
nem uma só vem a faltar. (Is 40:26 ARA)
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


As figuras de linguagem
AULA 11
Figuras de linguagem

Se me perguntassem qual foi a maior


força utilizada na formação da
história (...) eu responderia (...) a
linguagem figurada. Os homens
vivem pela imaginação; a
imaginação governa nossas vidas. A
mente humana não é um foro de
debates, como querem os filósofos,
mas sim uma galeria de arte. (...)
Elimine as metáforas da Bíblia e seu
espírito vivo se dissipará. (...) Os
profetas, os poetas, os líderes são
todos mestres da metáfora, e com ela
cativam a alma humana.
(W. MacNeile Dixon – Professor de Literatura)
Introdução
 Definição:
 Uma figura é meramente uma palavra ou frase colocada de forma diferente de seu
emprego ou sentido original e simples.
(E. W. Bullinger)
 Exemplos:
 Está chovendo forte. Está chovendo canivetes.
 Não consigo engolir essa ideia.
 “Eis o cordeiro de Deus” (Jo 1:29)
 Motivos para o uso:
 Acrescentam cor e vida: "O SENHOR é a minha rocha”(Sl 18:2)
 Chamam a atenção: “Acautelai-vos dos cães...” (Fp 3:2)
 Tornam os conceitos abstratos mais concretos:
 “por baixo de ti estende os braços eternos” (Dt 33:27)

 Facilitam a memorização:
 “...sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão
cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia” (Mt 23:27)
 Sintetizam uma ideia: “o SENHOR é o meu pastor” (Sl 23:1)
 Incentivam a reflexão:
 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja
folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido. (Sl 1:3)
Tipos de figura -
comparação
 Símile
 Comparação em que uma coisa é relacionada a outra
explicitamente (usa-se como, assim como, tal qual, tal como)
 "Ele é como arvore plantada junto a corrente de aguas" (Sl 1:3)
 “...toda carne é como a erva...” (1Pe 1:24)

 Metáfora
 Comparação em que um elemento representa o outro
implicitamente. (usa-se o verbo "ser" e "estar")
 "Eu sou a porta." (Jo 17:9)
 “Toda a carne é erva” (Is 40:6)
Tipos de figura - substituição
 Metonímia: substituição de uma palavra por outra.
 Ex: O congresso tomou uma decisão.
 A causa pelo efeito
 "A língua dos sábios é medicina." (Pv 12.8)
 O efeito pela causa
 "Eu te amo, ó SENHOR, força minha" (Sl 18:1)
 Um objeto representa outro ao qual está relacionado
 "Não podeis beber o cálice do Senhor" (1Co 10:21)
 "O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto" (Pv 12:5)
 A parte pelo todo.
 “...os seus pés correm para o mal...” (Pv 1:16)
 Merisma: o todo é substituído por duas partes contrastantes ou
opostas.
 “Sabes quando me assento e quando me levanto...” (Sl 139:2)
Tipos de figura - substituição
 Hendíade: substituição de um único conceito por dois termos
coordenados (ligados por “e”) em que um elemento define o outro.
 “guardem-me sempre a tua graça e a tua verdade.” (Sl 40:11)
 Personificação: atribuição de características ou ações humanas a objetos
inanimados, a conceitos ou a animais.
 “O deserto e a terra se alegrarão...” (Is 35:1)
 “a morte já não tem domínio sobre ele.” (Rom 6:9)
 Antropomorfismo: atribuição de qualidades ou ações humanas a Deus.
 Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés;
que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso? (Isa 66:1)
 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou
no coração. (Gen 6:6)
 Zoomorfismo: atribuição de características de animais a Deus
 “Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro(...)”
(Sl 91:4)
 Eufemismo: substituição de uma expressão desagradável por outra mais
suave
 Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que
dormem. (1Co 11:30)
Tipos de figura – omissão ou
supressão
 Elipse: omissão de uma palavra ou palavras cuja falta deixa
incompleta a estrutura gramatical.
 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. (1Co 15:5)
 Pergunta retórica: não exige resposta e tem o objetivo de
forçar o leitor a respondê-la mentalmente e avaliar suas
implicações.
 Acaso, para o SENHOR há coisa demasiadamente difícil?
(Gn 18:14)
 Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará
uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe
uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião?
(Lc 11:11-12)
Tipos de figura – exageros ou
atenuações
 Hipérbole: afirmação exagerada em que se diz mais do que o
significado literal com o objetivo de ênfase
 “...as cidades são grandes e fortificadas até aos céus...” (Dt 1:28)
 “...todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o
alago” (Sl 6:6)
 Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo! (Mt 23:24)
 Ironias: forma de ridicularizar indiretamente sob a forma de elogio
 “Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a
encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de
Israel(...)” (2Sm 6:20)
 Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes,
porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a
necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará. (1Rs 18:27)
 Ironia dramática: Eliú, o mais jovem dos amigos de Jó
 Pleonasmo: repetição de palavras ou no acréscimo de palavras
semelhantes
 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. (Mt 11:15)
Oxímoro: combinação de termos opostos ou contraditórios
Tiposque

de

figura – incoerências
apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Rm 12:1)
 Paradoxo: afirmação aparentemente absurda ou contrária ao
bom senso.
 “...quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-
la-á” (Mc 8:35)
Tipos de figura – sonoridade

 Paronomásia: emprego das mesmas palavras ou de palavras de


sons semelhantes para produzir sentidos diferentes.
 Vai e dize a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR: Edificar-me-ás tu
casa para minha habitação? (2Sm 7:5)
 Dar-te-ei, porém, descanso de todos os teus inimigos; também o
SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te fará casa. (2Sm 7:11)
Como interpretar as figuras de
linguagem
 Descobrir se existe alguma figura de linguagem
 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te
convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu
corpo lançado no inferno. (Mt 5:29)
 Descobrir a imagem e o objeto na figura de linguagem
 A busca do referente
 Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o
reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi
edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém,
se referia ao santuário do seu corpo. (Jo 2:19-21)
 Especificar o elemento de comparação
 Às éguas dos carros de Faraó te comparo, ó querida minha. (Ct 1:9)
 Não presumir que uma figura sempre signifique a mesma coisa
 “Estrela da manhã”  Is 14:12; Ap 22:16
 Sujeitar as figuras a limites ou controles legítimos por meio da
lógica ou da comunicação
 “...virei como ladrão...” (Ap 3:3)
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


Interpretação da narrativa
AULA 12
Introdução
 Narrativa bíblica:
 Gênero mais comum: mais de um terço de toda a Bíblia.
 Permeia praticamente todo o AT e domina os Evangelhos e Atos.
 A principal estrutura de sustentação da Bíblia.
 Propósito: mostrar Deus operando na Sua criação e entre Seu povo.
 Definição:
 “Relato de acontecimentos específicos no tempo e no espaço com
participantes cujas histórias são registradas com um começo, meio e
fim.” (Walter Kaiser Jr.)
 Características gerais:
 Argumentação indireta
 Estilo
 Seleção (dentre um vasto número de detalhes possíveis)
 Disposição (não necessariamente estritamente sequencial ou cronológico)
 Recursos retóricos (declarações-chave das figuras centrais da narrativa)
Introdução
 Duas tendências opostas:
 Muito envolvimento com os personagens e com a trama a ponto
de esquecer a mensagem de Deus para a igreja
contemporânea.
 A história torna-se um fim em si mesma.
 Projetar alguma verdade moral ou espiritual sobre o personagem
ou acontecimento bíblico, prestando mais atenção à lição moral
do que à história propriamente dita.
 Extrai-se exemplos para cada passagem da narrativa.
 Destrói-se a unidade da mensagem bíblica.
 Corta-se cada narrativa daquilo que é a história redentora de Cristo.
 Enfatizam-se detalhes selecionados a gosto do intérprete de modo
que a história pode dizer o que o intérprete quiser que ela diga.
 Processo arbitrário, subjetivo e geralmente não relacionado ao
contexto total da narrativa, muito menos à mensagem total da Bíblia.
 Exemplo: O capitão do navio e Jonas.
Recursos literários da
narrativa
 A cena
 A ação da história é dividida em um sequência de cenas.
 Cada uma apresenta o que aconteceu em determinado tempo e
lugar.
 O autor usa as cenas para concentrar atenção em um conjunto de
ações ou palavras que ele quer que examinemos.
 Cada cena normalmente não tem mais do que dois personagens.
Quando há grupos, eles funcionam como um único personagem.
 Deus geralmente é um personagem nas cenas:
 Deus e Adão (Gn 3); Deus e Caim (Gn 4); Deus e Noé (Gn 6); Deus e
Abraão (Gn 12)
 A presença de Deus é geralmente o ponto de vista do narrador bíblico.
 Desse pano de fundo, surgem promessas, ordenanças, providência ou poder de
Deus das narrativas.

 Deve-se identificar as cenas em proposições para identificarmos que


caminho o autor da narrativa tem seguido para provar seu ponto.
Recursos literários da
narrativa
 Ponto de vista
 Quando o autor traz ao clímax toda a série de episódios das várias
cenas mostrando seu ponto de vista, isto é, sua perspectiva sobre a
história.
 Ex: 1 Reis 17
 Elias no palácio perante Acabe, o rei israelita (v. 1)
 Elias sendo alimentado pelos corvos junto à torrente de Querite (vv. 2-7)
 Elias pedindo à viúva de Sarepta para alimentá-lo, seguido pelo milagre
da multiplicação do azeite e da farinha (vv. 8-16)
 A morte do filho da viúva na casa da própria viúva e Elias restaurando-o à
vida com a ajuda de Deus (vv. 17-24)
 Qual o ponto de vista?
 A expressão “palavra do Senhor” aparece nos versos 2, 8, 16 e 24.
 A palavra de Deus é digna de confiança.

 Trata-se, portanto, do que nos permite discernir que verdade o autor


pretendia transmitir ao escolher registrar esses episódios.
 Evita-se lições superficiais e vagas bênçãos na leitura da narrativa.
Recursos literários da
narrativa
 Diálogo
 Carrega grande parte da narrativa
 Observações úteis:
 O lugar em que o diálogo é primeiramente introduzido.
 Onde o autor escolheu introduzir diálogo em vez da narrativa.
 Analisar o fluxo dos diálogos mostrará como o autor deseja caracterizar os
personagens, bem como trará pistas sobre o ponto de vista do próprio
autor.
 Recursos retóricos
 Repetição: reincidência de palavras ou expressões curtas, bem como
de ações, imagens, motivos, temas e ideias.
 Ex: Deus pergunta: “Que fazes aqui, Elias?” (1Rs 19:9, 13)
 “aqui” é a caverna do monte Horebe, centenas de quilômetros do
lugar onde Deus o havia ordenado ir.
 Inclusão: repetição que marca o início e o fim de uma seção.
 Quiasmo: cruzamento ou inversão dos elementos relacionados em
construções paralelas
 Efraim não invejará Judá
e Judá não oprimirá Efraim (Is 11:13)
Níveis estruturais da
narrativa
 Nível verbal:
 Concentra-se em palavras ou frases repetidas.
 “Houve tarde e manhã o (primeiro, segundo, etc) dia”
(Gn 1:5,8,13,19,23,31)
 Nível da técnica narrativa
1. Diálogo x descrição do autor
2. Narração x descrição
3. Comentário ou até mesmo explicação e apresentação de cenas x
resumo da ação
 Nível do mundo da narrativa
 O âmbito em que a história acontece: personagens e
acontecimentos.
 Deve-se buscar o vínculo entre vários personagens enquanto
aparecem no texto. (Ex: mensageiros para Jó)
 A relação entre os acontecimentos compõe a trama.
 Análise das referências locais e temporais na narrativa.
Níveis estruturais da
narrativa
 Nível conceitual
 Focalizado em temas (expressões curtas) ou ideias (sentenças completas).
 Temas: apresentam as questões centrais da narrativa.
 Ideias: apontam para a lição, a mensagem ou o ensinamento encontrado na
narrativa.
 Geralmente não são apresentados explicitamente, o que demanda do
intérprete muito cuidado e bom senso.
 Ex: Neemias
Ideias:
- Caps. 1-7: Princípios da liderança eficaz
- Caps. 8-10: Princípios da renovação espiritual
- Caps. 11-13: Princípios de excelência consagrada
Temas dos caps. 4-6:
- Cap. 4: A oposição à reconstrução
- Cap. 5: A opressão do pobre
- Cap. 6: O drama e o líder
Ideias dos caps. 4-6:
- Cap. 4: Obstruindo a obra de Deus por intermédio de violência explícita
- Cap. 5: Obstruindo a obra de Deus por intermédio da pressão interna
- Cap. 6: Obstruindo a obra de Deus por intermédio de líderes ardilosos
Níveis de apresentação da
narrativa
 Nível superior:
 Plano universal inteiro de Deus, elaborado através da sua criação.
 Aspectos-chaves: criação, queda, o poder e a universalidade do pecado; a
necessidade da redenção, a encarnação e o sacrifício de Cristo; a volta de Jesus.
 Nível intermediário:
 No AT, centralizada em Israel.
 Chamada de Abraão; estabelecimento da linhagem de Abraão através dos
patriarcas; a escravidão de Israel no Egito etc.
 Nível inferior:
 Onde se encontram as centenas de narrativas individuais que formam os dois outros
níveis.
 Como os irmãos de José o vendem a mercadores de escravos; adultério de Davi
com Bate-Seba.
 Importante: Não se pode dar o valor real às narrativas individuais sem
reconhecer seu papel dentro das outras.
 “elas mesmas [as Escrituras] testificam de mim” (Jo 5:39)
 Ex: José do Egito (um candidato improvável ao sucesso)
 A graça e a providência de Deus, o que nos leva a respeitar Seus caminhos e confiar
na Sua provisão.
O que as narrativas não são
 Não são histórias sobre como as pessoas viviam nos tempos
bíblicos, mas sobre o que Deus fez com elas e através delas.
 Não são alegorias: histórias cheias de significados ocultos.
 Mas elas não respondem a todas as nossas perguntas
 Ex: aparição de Samuel a Saul
 Nem sempre ensinam de modo direto.
 O que é implícito deve ser visto através do explícito.
 Vida de Davi e as consequências do pecado.

 Cada narrativa ou episódio individual não possui


necessariamente uma lição moral individual.
 Não se deve analisar a narrativa atomisticamente.
Princípios para a interpretação
das narrativas
1. Geralmente não ensinam diretamente uma doutrina.
2. Ilustram uma doutrina ou doutrinas ensinadas de modo
proposicional em outros lugares.
3. Registram o que aconteceu, e não o que deve sempre
acontecer nem o que deveria ter acontecido.
4. Nem tudo o que é feito nas narrativas é necessariamente um
bom exemplo. Geralmente é o contrário.
5. A maior parte dos personagens está longe de ser perfeita.
6. Nem sempre somos informados se o que aconteceu foi bom ou
mal. Temos o restante das Escrituras para julgar.
7. Todas elas são seletivas e incompletas. Nem sempre todos os
pormenores relevantes são dados. (Jo 21:25)
8. Elas não são escritas para responderem a todas as nossas
perguntas teológicas.
9. Podem ensinar explícita ou implicitamente.
10. Em última análise, Deus é o herói de todas as narrativas bíblicas.
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


O sentido da poesia e sabedoria
AULA 13
Introdução
 Aproximadamente um terço do Antigo Testamento foi escrito em
poesia
 Se fosse impresso em sequência, em extensão, seria maior que o NT!
 Características gerais:
 Paralelismo de pensamentos
 Forma concisa
 Maior uso de recursos retóricos
 Figuras de linguagem
 Literatura de sabedoria
 Provérbios, enigmas, admoestações, diálogos etc.
 Cada subgênero requer uma estratégia diferente de interpretação.
 Jó, Provérbios, Eclesiastes e, para alguns, Cântico dos cânticos
 Sabedoria adquirida pela experiência e reflexão nos caminhos de Deus
Poesia
 Mais conhecida em Salmos, mas também em Provérbios.
 Presença:
 No AT: Somente 7 livros não têm poesia alguma (Levítico, Rute,
Esdras, Neemias, Ester, Ageu e Malaquias)
 No NT:
 Citações de poetas antigos (At 17:28)
 Possíveis hinos cristãos (Fp 2:5-11)
 Passagens nos moldes da poesia do AT (Magnificat – Lc 1:46-55)
 Canções e imagens de Apocalipse (ex: 4:8)
Poesia - Características
 Paralelismos:
 Definição:
“À correspondência de um verso ou linha com outro, chamo de paralelismo.
Quando uma proposição é emitida, e uma segunda é associada a ela, ou
extraída sob ela, equivalente ou contrastante com ela em sentido, ou
semelhante a ela na forma de construção gramatical, a estas chamo de linhas
paralelas; e às palavras ou expressões, respondendo uma a outra nas linhas
correspondentes, termos paralelos. (Robert Lowth)
 Paralelismo sinônimo: A segunda linha da forma poética repete a ideia da
primeira linha sem fazer qualquer adição ou subtração significativa a ela.
 Grita na rua a Sabedoria,
nas praças levanta a voz (Pv 1:20)
 A minha alma engrandece ao Senhor,
e o meu espírito se alegou em Deus, meu salvador (Lc 1:46b-47a)
 Paralelismo antitético: A segunda linha da poesia contrasta ou nega o
pensamento e sentido da primeira linha
 O filho sábio alegra a seu pai,
mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe (Pv 10:1)
 Leais são as feridas feitas pelo que ama,
porém os beijos de quem odeia são enganosos. (Pv 27:6)
Poesia - Características
 Concisão ou laconismo de forma:
 Em contraste com a prosa, que é organizada em parágrafos, a
poesia é dividida em estrofes.
 Refrões são utilizados para demarcar o de da estrofe.
 Por que estás abatida, ó minha alma?
Por que te perturbas dentro em mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei,
a ele, auxílio meu e Deus meu. (Sl 42:5, 11; 43:5)

 Natureza elíptica
 as suas palavras eram mais brandas que o azeite;
contudo, eram espadas desembainhadas. (Sl 55:21)
 Escrita geralmente sem conjunções (e, mas, ou), com poucos
indicadores temporais (quando, então, depois) ou conectores lógicos
(desse modo, portanto)
Poesia - Características
 Recursos retóricos:
 Simbolismo emblemático: uma linha toma a forma de um enunciado factual
bastante claro e simples, enquanto a(s) linha(s) de equilíbrio forma(m) a forma
de uma símile ou de uma metáfora como ilustração figurativa do mesmo
enunciado.
 Como joia de ouro em focinho de porco,
assim é a mulher formosa que não tem discrição (Pv 11:22)
 Como água fria para o sedento,
tais são as boas-novas vindas de um país remoto. (Pv 25:25)
 Como suspira a corça pelas correntes das águas,
assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. (Sl 42:1)
 Paralelismo climático (paralelismo de escadaria): o poeta repete um grupo de
duas ou três palavras em duas – às vezes em três ou quatro – linhas sucessivas.
 Eis que os teus inimigos, SENHOR,
eis que os teus inimigos perecerão;
serão dispersos todos os que praticam a iniquidade. (Sl 92:9)
 Levantam os rios, ó SENHOR,
levantam os rios o seu bramido;
levantam os rios o seu fragor. (Sl 93:3)
 Cantai ao SENHOR um cântico novo,
cantai ao SENHOR, todas as terras.
Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; (Sl 96:1-2)
 Figuras de linguagem
Literatura de sabedoria
 Livros de sabedoria
 Preocupação dos escritores de que organizemos nossa vida de
acordo com a própria ordem de Deus no mundo.
 Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever
de todo homem. (Ec 12:13)
 Jó, Provérbios, Eclesiastes e Cantares e alguns salmos
 Algumas características:
- acrósticos;
- ditados numéricos (“seis coisas o Senhor aborrece; sim, sete...”;
- dizeres com “bendito”;
- comparações e advertências.
 Alguns salmos (1, 19b, 32, 34, 37, 49, 78, 111, 112, 119, 127, 128 e 133)
Literatura de sabedoria -
subgêneros
 O provérbio
 Dizeres breves e memoráveis que incorporam a sabedoria de muitos.
 Possuem plenitude de sentido com aplicabilidade ampla e têm um certo vigor que
garante sua utilidade contínua.
 Declarações generalizadas que cobrem o mais vasto número de casos.
 Nenhum deles deve ser considerado como um conjunto de regras inflexíveis a serem
aplicadas a todos os casos sem exceção.
 É necessário saber interpretá-los:
 Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia, para que não te faças semelhante a
ele. Ao insensato responde segundo a sua estultícia, para que não seja ele sábio aos seus
próprios olhos. (Pv 26:4-5)
 Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se
desviará dele. (Pv 22:6)

 O ditado
 Declarações que relatam o que acontece ou deixa de acontecer.
 Não são regras fixas.
 Exemplos:
 O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece
do necessitado. (Pv 14:31)
 Até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por sábio. (Pro 17:28)
Literatura de sabedoria -
subgêneros
 O enigma
 Criado como um quebra-cabeça para o ouvinte ou leitor, deixando-o
perplexo a fim de inicialmente obscurecer e esconder algumas partes de seu
significado, testando a habilidade daqueles que tentam solucioná-lo.
 Enigma de Sansão:
 Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. (Jz 14:14)
 Que coisa há mais doce do que o mel e mais forte do que o leão?
 A alegoria
 Metáfora estendida, que contém sua interpretação dentro de si mesma.
 Eclesiastes 12:1-7
 “cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos” (v. 3c, a perda dos
dentes diminui a habilidade de mastigar comida)
 “cessar o som dos moedores” (v. 4b, o desdentado somente pode mastigar
comidas macias)
 Admoestação
 Positivas (ordens) e negativas (proibições)
 Não cobices os seus [do governante] delicados manjares, porque são comidas
enganadoras. (Pv 23:3)
Literatura de sabedoria -
subgêneros
 O diálogo
 Jó
 com os três “amigos” Elifaz, Bildade e Zofar
 com Eliú e com Deus

 Conclusão
 O intérprete deve identificar a que subgênero o texto pertence.
 Cada subgênero irá requerer uma adaptação na estratégia de
interpretação.
 Usar o contexto quando este se mostra útil.
 Bom senso e discernimento.
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


Interpretação dos Evangelhos
e das Cartas
AULA 14
Introdução
 Parábolas: característica mais distintiva do ensino de Jesus
 Possíveis razões:
 Parábolas são simples e interessantes
 O público geral podia seguir a história facilmente.
 Tratam diretamente das realidades da vida diária.
 Identificação e compreensão.
 Parábolas desarmam os que poderiam se sentir ofendidos com a
mensagem.
 Dificuldades:
 Até os discípulos, algumas vezes, não as entendiam (Mc 4:13)
 Jesus elogia um administrador infiel (Lc 16:1-15)
 Não é injusto um empregador pagar a mesma quantia a todos os
trabalhadores desconsiderando quantas horas cada um
trabalhou? (Mt 20:1-16)
Significado teológico das parábolas

Ele lhes respondeu: A vós outros


vos é dado conhecer o mistério
do reino de Deus; mas, aos de
fora, tudo se ensina por meio de
parábolas, para que, vendo,
vejam e não percebam; e,
ouvindo, ouçam e não
entendam; para que não
venham a converter-se, e haja
perdão para eles.
(Mc 4:11-12)
Significado teológico das
parábolas
 Marcos 4:11-12 é uma citação de Isaías 6:9-10
 Jesus parece estar dizendo que seu propósito em usar parábolas
com aqueles que não pertenciam ao grupo de discípulos era o
mesmo propósito (punição) por detrás do chamado de Isaías:
endurecer os ouvintes em sua descrença.
 Obviamente essa não era a razão exclusiva da mensagem de
Jesus nem de Isaías.
 Jesus Cristo, o grande diferencial:
 Simeão declarou que aquela criança causaria tanto a ruína quanto o
levantamento de muitos em Israel (Lc 2:34)
 Pedra angular (Mt 21:42-44) e pedra de tropeço (Rm 9:32-33)
 Fragrância de vida para os que creem e cheiro de morte para os que
o rejeitam (2Co 2:14-16)
 Quando Jesus proferiu o que está em Marcos 4:11-12 as pessoas já
haviam se “posicionado” em relação a Cristo
 Propósito das parábolas:
 Discriminar entre os que ouvem o ensino de Jesus. Salvação ou juízo.
 Cumprimento da profecia (Mt 13:35 cf. Sl 78:2)
Significado histórico das
parábolas
 Identificação das situações específicas em que elas foram
utilizadas.
 Parábola do filho pródigo:
 Ensinada normalmente para enfatizar a conversão das pessoas.
 Contudo...
 Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E
murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come
com eles. (Lc 15:1-2)
 O papel do filho mais velho
 O propósito era repreender os fariseus e escribas, que pareciam não se
alegrar pela salvação dos pecadores.
 Sensibilidade com o pano de fundo cultural
 “Dá-me a parte dos bens que me cabe”
 Desejo de morte e grande ruptura entre o filho e a família (e até a
cidade).
 Ruptura muito maior do que haveria hoje com as mesmas palavras.
 O pai corre para receber o filho
Ele os ensinou com
autoridade
 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como
quem tem autoridade e não como os escribas. (Mc 1:22)
 Estilo:
 Escribas ensinavam mostrando várias opiniões sem apresentarem
necessariamente uma resolução evidente.
 Substância
 Fariseus:
 Duas torás
 Tornam as leis do AT “realizáveis”
 Jesus:
 Acusa os fariseus de anularem os mandamentos de Deus pelas
tradições humanas (Mc 7:6-9,13)
 “Eu, porém, vos digo” (Mc 5:21ss)
 “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos
escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.” (Mt 5:20)
Interpretação das cartas
AULA 14
Introdução
 Infelizmente, a maioria de nós não lê 1 Coríntios ou Romanos
como se fosse uma carta.
 As cartas não devem ser lidas como grandes obras literárias.
 Contudo, também não eram meras cartas “pessoais”.
 Foram escritas com uma nota de autoridade apostólica.
 Não foram escritas como livros modernos cujos autores
escrevem para uma maioria que ele nunca conhecerá
pessoalmente.
Lendo as cartas do NT em
sua totalidade
 Quando recebemos uma carta, nós a lemos por completo.
 As cartas devem ser lidas contextualmente.
 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do
mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los
para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando
para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia. (Hb 6:4-
6)
 Outras passagens de advertência com conteúdo cumulativo e
pessoal.
Lendo as cartas do NT
historicamente
 Todo documento deve ser lido historicamente:
 Autor: um determinado indivíduo (ou grupo de indivíduos)
 Tempo: em uma determinada época na história
 Ocasião: alguma situação particular
 Cartas do NT:
 Escritos ocasionais: necessidades históricas específicas (normalmente
de igrejas com problemas que precisavam ser resolvidos)
 Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em
mulher; (1Co 7:1)
 Celibato ou libertinagem?
 Contexto histórico:
 Livro de Atos, literatura histórica extra-bíblica, evidência interna
 As inferências não podem ser “mirabolantes”, mas tiradas do texto.
 Filipenses:
 Igreja modelo, sem graves problemas, “Epístola da alegria”
 Problemas financeiros, divisão na Igreja (com citação de nomes);
orgulho no tratar uns com os outros.
Lendo as cartas do NT como
documentos literários
 Termo “epístola”: mais formais do que uma mera
comunicação pessoal.
 Conhecimento de Paulo de recursos da retórica.
 Gálatas:
- Começa com saudação e termina com uma bênção (6.18)
- Introdução (1:1-10) e Conclusão (6:11-18)
- Corpo da carta: 1ª parte (1:11-2:21)  Defesa da autoridade
de Paulo; 2ª parte (3:1-4:31)  mais argumentativa e
doutrinária; 3ª parte (5:1-6:10)  primeiramente exortatória.
 Reconhecer a estrutura nos ajuda a compreender,
principalmente em textos mais longos.
Lendo as cartas do NT
teologicamente
 Compromisso com a unidade divina das Escrituras.
 Interpretação a partir do contexto teológico total da Bíblia
 Sensibilidade para com o caráter humano e histórico
 Reconhecer e enfatizar a peculiaridade de cada porção
 Algumas perguntas-chave:
 Por que Deus incluiu este livro no cânon?
 Qual a sua contribuição para o ensino total das Escrituras?
 Qual é o seu lugar na história da revelação?
 A perspectiva do “já e ainda não”
 Uma abordagem escatológica
 Exemplo:
- o conflito entre a carne e o Espírito (Gl 5:16-26) reflete não
precisamente uma luta entre duas partes de cada indivíduo, mas sim,
entre duas forças de proporções cósmicas.
- o pecado não terá mais domínio sobre nós (Rm 6:14)
Lendo as cartas do NT como
documentos autoritativos
 Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar
graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de
nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de
homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a
qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que
credes. (1Ts 2:13)
 O perigo de dizer que as cartas foram relevantes somente
para a sua época.
 Havia, sim, algumas particularidades para aquele tempo.
 Todavia...
 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra. (2Tm 3:16-17)
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


Interpretação das profecias
AULA 15
Introdução
 O amanhã nos desperta a curiosidade e nos fascina mais que
o passado.
 Predições, horóscopos, bolas de cristal, linhas do fígado de
animais, tendências da bolsa de valores etc.
 Só uma voz fala com certeza sobre o futuro!
 Quem fez ouvir isto desde a antiguidade? Quem desde aquele
tempo o anunciou? Porventura, não o fiz eu, o SENHOR? Pois não
há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador não há além de
mim.
(Is 45:21)
 Profecia: falar da parte de Deus
 Passado, presente e futuro
 sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da
Escritura provém de particular elucidação; (2Pe 1:20)
Por que estudar as
profecias?
 A profecia consola:
 “Consolai-vos uns aos outros com essas palavras” (1Ts 4:18)
 A profecia acalma:
 Em dias marcados por imoralidade, violência, insegurança, ódio e frieza
espiritual, a 2ª vinda de Cristo é nossa “bendita esperança”
(Tt 2:13)
 A profecia converte:
 Depois de ter pregado sobre como Jesus cumpriu as profecias do AT
(At 3:12-26), “muitos ouviram a palavra e a aceitaram...” (At 4:4)
 A profecia purifica:
 Ao esperar novos céus e nova terra, os cristãos devem se empenhar “por ser
achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis (2Pe 3:14)
 A profecia nos move:
 Como cada cristão comparecerá no tribunal de Cristo (2Co 5:10), devemos
tentar levar os homens a buscarem a salvação em Cristo (v. 11)
 A profecia esclarece:
 Fornecem um quadro harmônico dos planos futuros de Deus para a igreja,
para o mundo, para os incrédulos, para as nações e para Satanás.
Diferenças entre concepções acerca do milênio

Pré-milenarismo (pré-milenismo)
 Pré (antes); milenarismo (milênio)
 O milênio durará mil anos e será precedido pela volta de Cristo.
 Cristo volta durante o arrebatamento no final desta era e reinará na
terra com os santos por mil anos.
 No milênio, Israel desfrutará as bênçãos que Deus prometeu a Abraão
e a Davi relativas à terra, à nacionalidade (“semente”) e ao rei
(“trono”) da nação.
 A igreja atual não está sendo o cumprimento das prometas feitas a
Israel como nação.
 Razoável número de líderes nos primeiros séculos da igreja primitiva
era nitidamente pré-milenista.
 Clemente de Roma (c 30-95); Didaquê (c. 105); Policarpo (70-155); Papias
(80-163) etc.

Reinado de mil anos


7 anos de tribulação na terra seguido da eternidade
Diferenças entre concepções acerca do
milênio – Amilenarismo (amilenismo)
 A (não ou nenhum)
 Cristo não reinará de fato na terra durante mil anos.
 O reino existe hoje, neste período, entre as duas vindas de Cristo. Ele já governa
atualmente dos céus e não reinará na terra durante mil anos. “Estamos vivendo o
milênio agora.”
 O reino consiste ou na igreja na terra ou nos santos nos céus. Portanto, não haverá
nenhum reinado futuro de Cristo na terra. O número mil é meramente simbólico –
indica um longo período.
 As promessas feitas a Israel a respeito de uma terra, da nacionalidade e do trono
estão se cumprindo agora num sentido espiritual entre os cristãos da igreja.
 As promessas de Deus a Israel eram condicionais e foram transferidas à igreja pelo
fato de Israel não ter satisfeito a condição de obedecer a Deus.
 Cristo reina hoje nos céus, sentado no trono de Davi, e Satanás está preso entre as
duas vindas de Cristo.

A Igreja é o Reino na
terra e o Israel espiritual
Diferenças entre concepções acerca do
milênio – Amilenarismo (amilenismo)

 Começou com Clemente de Alexandria (155-216 d. C.) e


Orígenes (c. 185-254), os quais espiritualizavam o sentido de
1000 anos.
 A Igreja Católica Romana era o Reino de Deus na terra. Então,
negava-se o reinado futuro de Cristo na terra.
 Vários reformadores eram amilenistas:
 João Wycliffe; Martinho Lutero; Philip Melanchton, João Calvino e
Ulrich Zuínglio
Diferenças entre concepções acerca do
milênio –
Pós-milenarismo (pós-milenismo)
 Pós - depois
 A vinda de Cristo ocorrerá depois do milênio
 A Igreja não é o Reino, mas trará o Reino através da pregação do Evangelho.
 Cristo não estará na terra durante o período do Reino. Ele governará no coração das
pessoas e voltará à terra após o milênio.
 O milênio não durará mil anos no sentido literal.
 A igreja, não Israel, desfrutará o cumprimento das promessas feitas a Abraão e Davi
em sentido espiritual.
 Pregado inicialmente por Daniel Whitby (1638-1725) e defendido por Jonathan
Edwards; Charles Wesley, Charles Hodge.
 Perdeu muita força depois das duas grandes guerras devido à sua visão
otimista.
 Teologia do domínio: a igreja deve instaurar o Reino, dominando todos os
aspectos da sociedade, inclusive o governo

A Igreja estabelecerá o Reino na


terra antes do retorno de Cristo
Fundamentos hermenêuticos do
amilenismo
 O reino na igreja:
 Pressuposto de que o Reino de Deus tem sua manifestação hoje na igreja.
 A unidade do povo de Deus:
 Deus tem um único plano genérico que engloba todas as eras.
 Programa de Deus se resume em três alianças
 Obras: Deus e Adão  vida (obediência); morte (desobediência)
 Redenção: Pessoas da Trindade  decidiram providenciar a redenção
 Graça: Deus e os pecadores eleitos  Deus provê graça para estes serem
salvos
 Israel e a Igreja:
 Ambos desfrutam do mesmo “programa” divino, do mesmo plano eterno.
 As promessas feitas a Israel cumprem-se na Igreja
 Espiritualização das profecias:
 Aspecto espiritual de passagens que falam sobre a terra, a nação e o rei
 Isaías 11:6-9  feras que se tornarão mansas fala sobre transformação espiritual
 Próximo à alegorização.
Fundamentos hermenêuticos do
pré-milenismo
 A interpretação normal, gramatical das Escrituras
 As promessas sobre o retorno de Cristo para estabelecer um reino
milenar devem ser interpretadas literalmente.
 Cristo já reina nos céus (At 28:31; Rm 14:17; Cl 1:13), mas também
reinará na terra na sua segunda vinda.
 Os crentes fazem parte do reino (Jo 3:3,5)
 Israel com uma terra e um rei
 Promessas incondicionais a Israel e ainda não cumpridas:
constituição de uma nação, reajuntamento, posse da terra e
governo do Rei e Messias.
 Israel e a Igreja
 Como ainda falta a Israel possuir a terra sob o governo de seu Rei
e Messias, as promessas à nação não foram transferidas para a
igreja.
 Interpretação coerente
 Sentido normal para passagens proféticas e não proféticas
Princípios a serem seguidos na
interpretação das profecias
 Seguir a interpretação histórica
 Considerar o contexto cultural e as circunstâncias dos profetas.
 Apocalipse foi escrito para cristãos em um momento de perseguição sob o
reinado do imperador Domiciano (51-96 d.C.)
 Considerar o sentido normal, gramatical das palavras proféticas
 O texto profético não anula a necessidade do sentido normal das palavras e
frases.
 Is 65:20 fala de pessoas que viverão mais de cem anos e no verso 21 diz: “Eles
edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. ”
 Não há, portanto, necessidade de entender esse texto figuradamente.
 Examinar o aspecto literário, que prevê o emprego de linguagem
figurada e simbólica
 Textos apocalípticos: apocalypsis revelação, descortinamento
 e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes
talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. (Ap 1:13)
 Visões detalhadas; muitos símbolos; anjos; mensagens que falavam de um
futuro distante.
 Mas nem tudo deve ser interpretado figuradamente, a não ser que o texto dê
margem para isso. (Ex: números em Apocalipse)
Princípios a serem seguidos na
interpretação das profecias
 Perceber a ênfase das profecias no Messias e no
estabelecimento de seu reino
 A Bíblia é um livro divino e tem sua ênfase principal em Cristo.
 “(...)Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia. (Ap 19:10)
 O objetivo das profecias: testemunhar Jesus Cristo e glorificá-lo.
 Ênfase maior do que na alma de uma pessoa.
 Entender o princípio da “perspectiva”
 Duas montanhas e um vale

 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar
boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a
proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o
ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; (Is 61:1-2) cf. Lc 4:16-
21
 “Na maior parte do tempo, os profetas não tinham consciência de que no mesmo
quadro existia uma infinidade de detalhes que estavam apenas começando a
vislumbrar. Devido à perspectiva profética, os profetas podem ter visto apenas os
acontecimentos A, B e Z, sem sequer perceber os fatos intermediários. (Walter Kaiser
Jr.)
Princípios a serem seguidos na
interpretação das profecias
 Procurar a interpretação divinamente embutida no texto
 Daniel 2: A cabeça de ouro da estátua era o próprio
Nabucodonosor; os braços e o peito simbolizavam o reino medo-
persa, que veio depois do império babilônico; o reino de bronze
significava o reino posterior, isto é, a Grécia e a pedra cortada
simbolizava o Reino de Deus.
 Comparar passagens paralelas
 Harmonia no registro das profecias
 Daniel e Apocalipse
 Reino Milenar (Isaías 9; Joel 2; Zacarias 14) e Apocalipse 20:1-10)
 Procurar profecias que já se cumpriram e as que ainda vão se
cumprir
 Se a maioria das profecias já se cumpriram literalmente, confiamos
que as outras haverão de se cumprir literalmente.
 Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor,
reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas
também a todos quantos amam a sua vinda. (2 Tm 4:8)
Chaves hermenêuticas: Aliancismo x
Dispensacionalismo
 Definição:
 Teologia da Aliança, ou Teologia do Pacto, é um sistema de teologia que vê o
plano eterno de salvação de Deus através da história desenvolvendo-se por
meio de alianças – a Aliança das Obras, a Aliança da Graça e a Aliança da
Redenção. Esta última não é aceita com unanimidade.
 Prioridade do Novo Testamento sobre o Antigo Testamento.
 Relacionamento de “tipo-antítipo”, ou “sombra-realidade” entre o Novo
Testamento e o Antigo Testamento.
 A Igreja existe desde Abraão e é igual a Israel. Esta era a posição de
Calvino e é a posição mais defendida entre aliancistas.
 Por implicação, a maioria aceita o batismo infantil. Assim como a
circuncisão era o rito de iniciação no Pacto, o batismo agora é este rito.
Portanto, crianças precisam passar pelo batismo para ingressarem no
pacto.
 A Lei Mosaica como expressa nos Dez Mandamentos ainda é válida para
os nossos dias, pois ela traz a lei moral divina. Aliancistas geralmente
creem na tripartição da Lei em lei moral, civil e cerimonial.
 Geralmente aliancistas são amilenistas, costumeiramente pós-milenistas e
raramente pré-milenistas.
Chaves hermenêuticas: Aliancismo x
Dispensacionalismo
 Definição:
 Teologia da Aliança, ou Teologia do Pacto, é um sistema de teologia que vê o
plano eterno de salvação de Deus através da história desenvolvendo-se por
meio de alianças – a Aliança das Obras, a Aliança da Graça e a Aliança da
Redenção. Esta última não é aceita com unanimidade.
 Prioridade do Novo Testamento sobre o Antigo Testamento.
 Relacionamento de “tipo-antítipo”, ou “sombra-realidade” entre o Novo
Testamento e o Antigo Testamento.
 A Igreja existe desde Abraão e é igual a Israel. Esta era a posição de
Calvino e é a posição mais defendida entre aliancistas.
 Por implicação, a maioria aceita o batismo infantil. Assim como a
circuncisão era o rito de iniciação no Pacto, o batismo agora é este rito.
Portanto, crianças precisam passar pelo batismo para ingressarem no
pacto.
 A Lei Mosaica como expressa nos Dez Mandamentos ainda é válida para
os nossos dias, pois ela traz a lei moral divina. Aliancistas geralmente
creem na tripartição da Lei em lei moral, civil e cerimonial.
 Geralmente aliancistas são amilenistas, costumeiramente pós-milenistas e
raramente pré-milenistas.
Chaves hermenêuticas: Aliancismo x
Dispensacionalismo
 Definição:
 O termo dispensacionalismo vem da palavra dispensação, que se refere a um
meio distinto pelo qual Deus se relaciona com a humanidade.
 O reconhecimento de que o plano de Deus é marcado por dispensações
distintas é feito pelos principais teólogos na história da Igreja.
 Autoridade das Escrituras
 Dispensações
 Interpretar as porções da Escritura à luz da dispensação às quais elas
pertencem
 Exemplos:
 Podemos falar de uma dispensação passada com a nação de Israel se relacionando
com Deus debaixo da lei mosaica.
 Também podemos falar da dispensação referente à igreja, constituída por Cristo no
dia de Pentecostes. Essa é uma dispensação presente.

 Assim, quando um crente da atual dispensação lê o AT, ele sabe que está
lendo sobre um relacionamento distinto, com características distintas em uma
dispensação distinta. .Porém, por Deus ser o mesmo, o crente atual pode
aprender lições quanto a antiga dispensação. Mas o NT nos revela uma nova
forma de Deus relacionar-se com os homens. Deus agora lida com judeus e
gentios igualmente.
Chaves hermenêuticas: Aliancismo x
Dispensacionalismo
 Múltiplos sentidos de termos como “judeu” ou “semente de
Abraão”
 Hermenêutica
 Relação do progresso da revelação como prioridade entre os
testamentos
 Para não-dispensacionalistas, o Novo Testamento possui a prioridade
interpretativa. Visto que o AT é marcado por sombras, e que muito foi
deixado de lado com a vinda de Cristo, o NT é quem deve ser a base da
teologia.
 Dispensacionalismo responde de duas maneiras:
 Se uma promessa é feita a alguém no AT de forma incondicional e continua sem
cumprimento no NT, então essa promessa ainda deverá ser cumprida.
 Uma promessa não precisa ser repetida no NT para permanecer em vigor.
Afirmar que uma profecia precisa ser repetida no NT para permanecer válida
conduz ao clássico erro do argumento do silencio.
 Portanto, as promessas incondicionais feitas a Israel no AT nos garante que
o NT não precisa mencioná-las para permanecerem em vigor.
 Alianças feitas com Israel  incondicionais
 Deus cumprirá as promessas feitas a Israel
Chaves hermenêuticas: Aliancismo x
Dispensacionalismo

 Futuro para o Israel ético


 A Igreja
 Nova e distinta dispensação na história bíblica
 A Igreja originou-se no “Evento de Cristo”, ou seja, depois de sua
morte-ressurreição-ascensão-batismo com o Espírito Santo, como
descrito em Atos 2.
 Assim, para a teologia dispensacional, a Igreja é um organismo
começado no Pentecostes e, em nenhum sentido, já existia antes
disso.
Hermenêutica

PROFESSOR: PR. FELIPE PRESTES


A aplicação da Palavra de
Deus em nossos dias
AULA 16
Introdução
 Dois erros na aplicação
 Preocupação de menos
 Achar que o estudo da Bíblia está completo depois de uma
passagem ser interpretada
 Mero exercício acadêmico
 As Escrituras não são uma mera fonte de informação para aumentar
nosso conhecimento.
 Preocupação demais
 Tendência de passar logo à aplicação antes de uma interpretação
completa e precisa do texto analisado.
 Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente
ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. (Tg 1:22)
 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para
a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra. (2 Tm 3:16-17)
Problemas da aplicação
da Bíblia
 Abismo histórico
 Qual a relação entre as palavras ditas a Abraão há 4000 anos e a
nossa realidade do século XXI?
 Qual a importância da Lei para hoje?
 Abismo contextual
 Se Paulo escreveu especificamente aos colossenses, qual a
relação dessa carta com a nossa vida? Será que devemos
aplicá-la da mesma forma como deveria ser aplicada
originalmente?
 Relevância do AT para hoje
 Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que
não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. (1Co 10:6)
 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas
para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos
séculos têm chegado. (1Co 10:11)
Princípios relativos à
aplicação
 Fundamentar a aplicação na interpretação
 Aplicações alicerçadas no significado e na importância do texto
para o público original, à luz do propósito do livro.
 Má interpretação leva a uma má aplicação.
 Perguntas:
 O que quer dizer esta passagem?
 O que significa essa passagem para mim?

 Descobrir a atitude que se esperava do público original


 Mandamentos, proibições, exortações, desejos, narrativas, parábolas
 Basear as aplicações em elementos que sejam comuns entre os
leitores de hoje e o público original.
 Igreja de Colossos e Igreja atual – semelhanças
 “pensai nas coisas do alto” (Cl 3:2); “não mintais uns aos outros” (3:9)
 Construir uma arca
Princípios relativos à
aplicação
 Entender que a atuação divina varia ao longo das eras
 Amar ao próximo (AT e NT)
 9 dos 10 mandamentos (AT e NT)
 Proibição de alimentos (Lv 11)
 Não tem mais validade do NT (At 10:9-16; 1 Tm 4:4)

 Descobrir o que se aplica aos dias de hoje


 O fato de Deus ter feito algo por alguém no passado não significa
que podemos esperar que faça o mesmo conosco.
 Necessidade de verificar se o princípio é ensinado em outro texto
 Ex: Poligamia de Abraão, Jacó e Davi
 Monogamia em Gênesis 2:24
 Deus não os condenou especificamente por essa prática, pelo menos
no registro bíblico.
Princípios relativos à
aplicação
 Identificar o princípio contido no texto.
 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar
contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu
irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de
louco será réu do fogo do inferno. (Mt 5:22 ARC)
 O princípio deve ser expresso em outro texto bíblico.
 O princípio deve estar de acordo com o restante da Escritura.
 Abraão ter tomado Hagar não quer dizer que casais estéreis estejam
liberados para o adultério.
 Princípio: não devemos “dar o nosso jeito” para “ajudar” Deus a cumprir
seu propósito.
 Pensar no princípio como consequência do texto e uma ponte
par a aplicação
 Os cristãos de Antioquia tirarem uma oferta para os fiéis pobres da
Judeia (At 11:27-30)
 Princípio: Os cristãos de determinada região devem ajudar a atender as
necessidades dos cristãos de outras regiões.
Princípios relativos à
aplicação
 Anotar as atitudes específicas que se precisa tomar
 Perguntas  A passagem fala de...
- algum pecado que devo deixar?
- alguma promessa a ser lembrada?
-algum exemplo a seguir?
- de algum mandamento?
- de alguma armadilha a evitar?
 Relações:
- com Deus
- com Satanás
- com os outros (em casa, na igreja, no trabalho, na escola)
- com o mundo
- consigo mesmo
 Faça aplicações em nível pessoal:
 Use eu, mim, meu ao invés de nós e nosso
 Seja específico:
 Vou tentar não me irritar no trânsito pela manhã é melhor do que vou
buscar ser mais paciente ou vou ser mais como Jesus.
Tente ser seletivo

“Algumas vezes será necessário um único


gesto, como devolver o livro que tomou
emprestado meses atrás ou pedir desculpas a
alguém por alguma injustiça que cometeu.
Outras vezes, a aplicação demandará
tempo. Pode tratar-se de um vício que Deus
queira que você abandone, ou uma série de
etapas que terá que percorrer, como pagar
as prestações de uma conta atrasada.
Haverá também ocasiões em que o Espírito
Santo lhe passará projetos de longo prazo,
como modificar determinada forma de
pensar ou desenvolver certa virtude.”
Walter A. Henrichsen
Princípios relativos à
aplicação
 Conte com o Espírito Santo
 Tome uma decisão firme de levar a aplicação até o fim.
 Peça ao Senhor o desejo e a determinação de cumpri-la.
 Peça a capacitação que vem do Senhor.
 Peça ao Espírito Santo que lhe mostre as áreas da sua vida que
precisam ser trabalhadas.
 Peça sensibilidade quanto ao que é espiritual.

 “Aplica-te integralmente ao texto e aplica o texto


integralmente a ti” (Johann Bengel)

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