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NOÇÕES DE DIREITO

Detalhamento do Edital – Hierarquia das Normas


Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

DETALHAMENTO DO EDITAL – HIERARQUIA DAS NORMAS

CONFORME O EDITAL:

NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO (Primeira e


Terceira Fases):
I – Noções de direito e ordenamento jurídico brasileiro.
1. Normas jurídicas. 1.1 Características básicas. 1.2 Hierarquia.
• Será trabalhada a hierarquia das normas com base na Pirâmide de Kelsen.

2. Constituição: conceito, classificações, primado da Constituição, controle


de constitucionalidade das leis e dos atos normativos.
• São assuntos recorrentemente cobrados em prova. Será feita uma aborda-
gem simplificada de modo a permitir um melhor entendimento.

3. Fatos e atos jurídicos. 3.1 Elementos, classificação e vícios do ato e


do negócio jurídico. 3.2 Personalidade jurídica no Direito Brasileiro.
• Esse tema não será abordado dentro desta disciplina.

4. Estado: características, elementos, soberania, formas de Estado, confede-


ração, república e monarquia, sistemas de governo (presidencialista e parlamen-
tarista), estado democrático de direito.
• As formas de Estado que serão trabalhadas são: confederação, federação
e estado unitário. As formas de governo: república e monarquia. Já os sis-
temas de governo são: presidencialismo e o parlamentarismo.

5. Organização dos poderes no Direito Brasileiro.


• Executivo, Legislativo e Judiciário.

6. Processo legislativo brasileiro.


• Arts. 59 a 69 da Constituição Federal de 1988.
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7. Princípios, direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal de


1988 (CF/1988).
• Arts. 1º a 4º e 5º a 17.

8. Noções de organização do Estado na CF/1988. 8.1 Competências da União,


dos Estados membros e dos municípios. 8.2 Características do Distrito Federal.
• Arts. 18 a 36 e 37 a 43 da Constituição Federal de 1988. O DF acumula
competências próprias dos Estados e dos Municípios.

9. Atividade administrativa do Estado brasileiro: princípios constitucionais da


administração pública e dos servidores públicos, controle de legalidade dos atos
da Administração.

10. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro.


• Art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988.

 Obs.: a responsabilidade civil do Estado é um dos assuntos mais cobrados em


provas de Direito Constitucional nos últimos tempos e, portanto, requer
especial atenção.

HIERARQUIA DAS NORMAS

Ao abordar o assunto da hierarquia das normas, é necessário falar a respeito


da pirâmide de Hans Kelsen. Nela, uma norma inferior busca sua validade em
uma norma superior, até que se atinja o tipo da pirâmide, local em que se encon-
tra a Constituição Federal. Nesse sentido, de acordo com a teoria positivista,
pode-se entender que a Constituição procura sua validade nela mesma, dife-
rente do que pensam os doutrinadores da corrente naturalista.
Como visto, na pirâmide de Kelsen, o topo é ocupado pela Constituição, entre-
tanto, esta não se encontra sozinha nesse posto, pois junto a ela também estão
as Emendas à Constituição e os Tratados Internacionais sobre Direitos Huma-
nos aprovados com rito de emenda à Constituição.
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 Obs.: é importante lembrar que o rito das emendas consiste na aprovação em


dois turnos por três quintos dos membros em cada Casa do Congresso
Nacional.

Logo abaixo encontram-se as normas supralegais, que são os Tratados Inter-


nacionais sobre Direitos Humanos aprovados sem rito de emenda à Constitui-
ção. Um exemplo de norma supralegal que é sempre utilizada no ordenamento
jurídico brasileiro é o Pacto de San José da Costa Rica.

 Obs.: o Pacto de San José da Costa Rica, apesar de ser um importante tratado
sobre direitos humanos, não possui o status de emenda à Constituição,
pois essa previsão só surgiu no ordenamento jurídico brasileiro no ano de
2004 e a adesão ao pacto ocorreu no ano de 1992.

Abaixo das normas supralegais encontram-se os atos normativos primários,


que levam esse nome por retirarem a sua força normativa diretamente da Cons-
tituição Federal. Nesse rol encontram-se: Leis Complementares, Leis Ordinárias,
Leis Delegadas, Resoluções, Decretos Legislativos, Decretos Autônomos, Regi-
mentos Internos, Medidas Provisórias, Tratados Internacionais (que não versam
sobre direitos humanos), Resoluções editadas pelo CNJ e CNMP.
Na base da pirâmide encontram-se os atos normativos secundários. Esses
não retiram a sua força normativa diretamente da Constituição Federal. Como
exemplo pode-se citar: Portarias, Decretos Regulamentares e Instruções Nor-
mativas.

Atenção!
É preciso ter muito cuidado para não confundir os Decretos (atos normativos
secundários) com os Decretos Legislativos e Decretos Autônomos, pois esses
últimos são atos normativos primários.
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Entre os atos normativos secundários e os primários há o chamado controle


de legalidade. Entre o ato normativo primário e a norma supralegal ocorre o
controle de convencionalidade. As leis também se submetem ao controle de
constitucionalidade.

 Obs.: assim, pode-se dizer que os atos normativos primários se submetem a


um duplo exame de compatibilidade vertical.

Um detalhe importante é que as normas editadas pelo Poder Constituinte


originário (também conhecidas como normas originárias) não se submetem a
controle de constitucionalidade no direito brasileiro.

 Obs.: as emendas à Constituição não são normas originárias, pois são fruto
do Poder Constituinte derivado transformador, assim como as Constitui-
ções Estaduais, que são fruto do Poder Constituinte derivado decorrente.
Aquilo que é fruto de Poder Constituinte derivado pode ser considerado
inconstitucional se violar os preceitos do originário.

De uma maneira sistêmica, a pirâmide de Kelsen pode ser entendida da


seguinte forma:
• Normas Constitucionais: Constituição Federal + Emendas à Constituição
+ Tratados Internacionais de Direitos Humanos com rito especial;
• Normas Supralegais: Tratados Internacionais de Direitos Humanos sem
rito especial
• Atos Normativos Primários: LC, LO, LD, MP, Res e DL, TI, RI, DA e Res.
do CNJ/CNMP
• Atos Normativos Secundários: Portarias, Instruções Normativas, Decre-
tos Regulamentares.

Algo que é bastante cobrado em provas é a diferença entre os Decretos Regu-


lamentar e Autônomo:
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• O Decreto Regulamentar, como o próprio nome diz, regulamenta uma Lei


e esta se submete ao controle da Constituição. Logo, da Lei para a Cons-
tituição há o controle de constitucionalidade e do Decreto para a Lei há o
controle de legalidade. Assim, o Decreto Regulamentar é um ato normativo
secundário e a Lei um ato normativo primário.
• O Decreto Autônomo é uma inovação criada na Emenda Constitucional n.
32/2001 e que já foi alvo de discussão no Supremo. Nessa ocasião decidiu-
-se que o Decreto Autônomo é sim constitucional, desde que sejam segui-
das as premissas dispostas no art. 84, inciso VI, alíneas a e b, da Consti-
tuição Federal:

Art. 84. (...)


VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar au-
mento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
O Decreto Autônomo não regulamenta nenhuma Lei, portanto, se submete dire-
tamente ao controle da Constituição Federal (controle de constitucionalidade) e,
portanto, trata-se de um ato normativo primário.

Outro ponto importante que precisa ser trabalhado:


Quando surgiu a Constituição Federal de 1988 havia outras normas já edi-
tadas no Brasil. Assim, as normas que foram editadas após a publicação da
CF/1988 são tratadas por meio do controle de constitucionalidade, sendo elas
constitucionais ou inconstitucionais. Entretanto, as normas emitidas antes da
CF/1988 não se submetem ao controle de constitucionalidade, pois, em relação
a elas, fala-se nos juízos de recepção ou de revogação. Ou seja, a norma pode
ser recepcionada caso seja compatível com a nova ordem jurídica instalada no
dia 05/10/1988 ou revogada se for incompatível com a CF/1988 (revogada por
ausência de recepção ou não recepcionada).
É importante lembrar que, em relação a normas anteriores à Constituição,
quando o parâmetro for a nova Constituição, não se fala que a norma “se tornou
inconstitucional”, pois o Brasil não adota a teoria da inconstitucionalidade super-
veniente. Se a norma se tornou incompatível com a nova ordem jurídica, pode-se
dizer que essa foi revogada e não que se tornou inconstitucional.

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.

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