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Laboratório de Botânica
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A Departamento de Ciências Naturais
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O
de BOTÂNICA
UESB

Apostila complementar - cortes,


tipos de lâminas e nomeação de
paredes celulares
Prof. Dr. Carlos André Espolador Leitão

1- INTRODUÇÃO:
Anatomia Vegetal é o ramo da ciência que estuda a estrutura da planta.
Etimologicamente, anatomia significa cortar em pedaços. Diferente do que ocorre
em grande parte dos animais, isto é, da condição do organismo ser completo
desde jovem; as plantas crescem por adição de novas unidades mediante
atividade dos meristemas caulinares e radiculares. Assim sendo, a estrutura
interna é repetitiva ao longo dos diversos órgãos.
Como os órgãos vegetais são freqüentemente muito reduzidos, para o
estudo da estrutura da planta, seja de suas partes internas como superficiais,
utiliza-se uma importante ferramenta, infelizmente ainda tão pouco popularizada -
o microscópio.

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2- TIPOS DE LÂMINAS E PLANOS DE CORTE:

Para se analisar a planta ao microscópio, é necessário o preparo de


lâminas temporárias, permanentes ou semi-permanentes. Em qualquer desses
casos, deve-se realizar cortes extremamente finos e com a espessura o mais
uniforme possível, conferindo transparência ao material.
Quando se corta uma planta viva com uma lâmina de barbear e se faz o
exame imediato ao microscópio, com o corte montado com água, lâmina e
lamínula, tem-se um corte a fresco montado em lâmina temporária.
As lâminas semi-permanentes são montadas, geralmente, em gelatina
glicerinada ou em glicerina 50% em solução aquosa, lâmina e lamínula. Os cortes
devem ser fixados, para não estragarem.
As lâminas permanentes também devem ser feitas com material fixado. O
processamento é bem mais complexo, e as lâminas são montadas em bálsamo-
do-canadá ou resina similar (Permount, Enterlan), lâmina e lamínula.
Para obtenção de cortes, pode-se utilizar uma lâmina de barbear ou um
micrótomo. Neste último caso, obtém-se cortes seriados bem finos e de espessura
precisa, destinados à montagem de lâminas permanentes e semi-permanentes.
Existem 4 tipos principais de corte, de acordo com o plano em que se dá a
secção:
 Corte paradérmico: é aquele onde é realizada a separação da epiderme,
geralmente objetivando-se a observação de conteúdo de vacúolo, pêlos ou
estômatos neste tecido. Este tipo de corte só pode ser realizado manualmente.
 Corte longitudinal: onde o eixo de simetria do órgão encontra-se no plano
(corte longitudinal radial – fig. 1A) ou paralelo ao plano de corte (corte
longitudinal tangencial – fig. 1B). O corte longitudinal radial resulta em duas
metades iguais do órgão, diferente do corte longitudinal tangencial. Tratando-
se de órgãos cilíndricos, os cortes longitudinais são retangulares.
 Corte transversal: onde o eixo de simetria do órgão encontra-se perpendicular
ao plano de corte (fig. 1C). Tratando-se de órgãos cilíndricos, os cortes
transversais são circulares.
 Corte oblíquo: onde o eixo de simetria do órgão atravessa o plano de corte,
porém não em ângulo reto, sendo como um corte transversal, só que inclinado
(fig. 1D). Tratando-se de órgãos cilíndricos, os cortes oblíquos são elípticos.

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A B C D

Figura 1: diferentes planos de corte em um órgão cilíndrico.

Além de cortes, pode-se utilizar macerados de tecidos para se preparar


lâminas permanentes, semi-permanentes e temporárias. Esta técnica, que
consiste na dissolução da lamela média da parede celular e separação das
células, permite uma melhor visualização das células individualizadas e inteiras
(não cortadas).

3- NOMEAÇÃO DAS PAREDES CELULARES


As paredes das células são designadas de acordo com o seu plano relativo
no corpo do vegetal, tomando-se como parâmetros o eixo de simetria ou a
superfície do órgão.
A parede da célula paralela, ou no plano da superfície do órgão, denomina-
se parede periclinal (fig. 2). Assim, referimos à parede periclinal mais externa
como periclinal externa, e a mais interna como periclinal interna.
As paredes perpendiculares à superfície, isto é, paralelas ao eixo de
simetria do órgão, são denominadas paredes anticlinais (fig. 2). No caso de
órgãos cilíndricos, como essas paredes localizam-se nos planos radiais, elas
também podem ser denominadas de paredes radiais (fig. 2).
Por fim, as paredes perpendiculares à superfície e ao eixo de simetria do
órgão são denominadas paredes transversais (fig. 2). Estas podem ser
descriminadas em transversal superior e transversal inferior.

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Figura 2: esquemas de um órgão cilíndrico e de um órgão laminar,
respectivamente, com uma célula em evidência, com 3 paredes em evidência. no
caso do órgão cilíndrico, a paredes anticlinais das células podem também ser
denominadas de paredes radiais.

O plano de divisão celular também pode ser expresso, de acordo com a


orientação da parede formada entre duas células filhas. Assim, em uma divisão
periclinal, a parede formada entre as duas células filhas se encontra paralela à
superfície do órgão, originando uma célula acima e outra abaixo. Em uma divisão
anticlinal, a parede formada entre as células filhas é perpendicular à superfície do
órgão, e as células se posicionam lado a lado. Em uma divisão oblíqua, a parede
formada entre as células filhas forma um ângulo próximo a 45º com a superfície do
órgão.

célula em anáfase, sofrendo


divisão anticlinal

célula em metáfase,
sofrendo divisão periclinal
levemente oblíqua

Figura 3: micrografia de um nectário floral de Triumfetta semitriloba em formação,


mostrando 2 planos diferentes de divisão celular.

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