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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO II

ANEXO FISCAL II DE SÃO BERNARDO DO CAMPO – SP.

Processo nº xxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxx, já devidamente qualificada


nos autos supra, que move em face do DIRETOR DE HABILITAÇÃO
DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE SÃO PAULO E
OUTRO, vem, por intermédio de suas advogadas que subscrevem, à
presença de Vossa Excelência, apresentar EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO COM EFEITOS MODIFICATIVOS com fundamento
no art. 1022, II e III do novo CPC, em face da r. sentença de
fls.235/236, como segue:

DA TEMPESTIVIDADE

Tendo em vista o r. Despacho proferido em 17 de


setembro de 2018, o qual determinou: Vistos. Para evitar futuras
nulidades, republique-se a r. sentença de fls.235/236 e o fato que,
em 27/09/2018 foi certificado: CERTIFICA-SE que, em 27/09/2018,
transcorreu o prazo de leitura no portal eletrônico, do ato abaixo.
Considera-se o início do ato em 01/10/2018. Destinatário do Ato:
DETRAN - DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO – SÃO PAULO.

Isto posto, o prazo para interposição dos presentes


embargos encontra-se suspenso, visto que ainda será republicada a
decisão em relação também ao procurador do DSV, resultando na
tempestividade dos presentes Embargos.
DOS FATOS QUE ENSEJAM A NECESSIDADE DA INTERPOSIÇÃO
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM EFEITO MODIFICATIVO

A r. sentença dissertou que, o pedido da autora não


poderia ter prosseguimento em razão de haver superado o prazo para
a impetração, sob o fundamento que, os documentos trazidos aos
autos demonstram que os procedimentos administrativos foram
finalizados em 2016, sendo assim, abriu-se, naquele momento o
prazo de 120 dias para impetração desta ação.

DAS OMISSÕES NA APRECIAÇÃO DE PROVAS DOCUMENTAIS


QUE INSTRUIRAM A PETIÇÃO INICIAL QUE RESULTA NA
FALTA DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL

Entretanto, tais fatos detêm omissões da prestação


jurisdicional e erros materiais, os quais deverão ser sanados através
do julgamento dos presentes Embargos, como segue:

Em 21/09/2017, doc. de fls. 102 houve o


julgamento do recurso apresentado e endereçado ao Conselho
Estadual de Trânsito (CETRAN), última instância
administrativa do Departamento de Trânsito do Estado de São
Paulo e frise-se essa é a data da decisão e não da intimação da
impetrante dessa decisão administrativa, a qual não foi comprovada
pela parte adversa nos presentes autos.

Em contrapartida, a data da distribuição da presente


ação ao invés de ter ocorrido como o alegado após superado o prazo
de 120 dias, ocorreu após 92 dias da ocorrência da decisão em última
instância perante o Cetran e nem tampouco da notificação da
impetrante, doc. fl. 102.

Além disso, outra prova documental que comprova as


omissões da apreciação de provas documentais apresentadas pela
impetrante como supra explanado bem como, os erros materiais
pertinentes as datas afirmadas em sede da r. sentença, as quais os
procedimentos administrativos supostamente teriam finalizados em
2016, o que não foram também demonstram outro equívoco havido
no julgamento, o que culminou a falta de prestação jurisdicional na
apreciação de outra prova documental, o doc. de fls. 31, o qual
prova inicialmente que a impetrante precisou comparecer
pessoalmente junto ao Ciretran de sua cidade, porque não recebeu as
notificações devidas e nem tão pouco os resultados de seus recursos.

Assim, precisou acompanhar inicialmente as defesas e


depois os recursos interpostos, os primeiros foram apresentados e
endereçados a JARI da São Bernardo do Campo, a instauração dos
mesmos ocorreram em 2016 e os julgamentos em Primeira Instância
ocorreram até 14/06/2017 após houve a interposição do recurso
perante o Cetran órgão de Instância Superior, como supra relatado.

Em vista disso, as omissões da apreciação das provas


documentais carreadas pela impetrante de fls. 31 e 102 precisam ser
sanadas, sob pena da prestação jurisdicional resultar incompleta e
merecem ser retificados os erros materiais pertinentes as datas dos
procedimentos administrativos e consequentemente a conclusão da r.
sentença merece ser modificados, sob pena de infração
constitucional.

DO CABIMENTO

No caso em tela se faz imprescindível a interposição dos


embargos de declaração, visto que o fato da falta omissão resultante
da falta de apreciação de provas documentais gerou um equívoco e
sanar o mesmo poderá acarretar a modificação da decisão
embargada, baseado na característica dos embargos de declaração
com efeitos modificativos, quando interpostos de decisão omissa
como ocorrida da r. sentença.

Isto posto, o que se busca é que o órgão jurisdicional


sane as omissões e chegue à conclusão que a decisão tomada
anteriormente foi equivocada.

DO DIREITO

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra


qualquer decisão judicial para:

II — suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual


devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;

III — corrigir erro material.

Art. 1.023. §2º O juiz intimará o embargado para,


querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias,
sobre os embargos opostos, caso seu eventual
acolhimento implique a modificação da decisão
embargada.

DO MANDADO DE SEGURANÇA

“Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança


para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data,
sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação
ou houver justo receio de sofrê-la por parte de
autoridade, seja de que categoria for e sejam
quais forem as funções que exerça
§ 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos
desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos
políticos e os administradores de entidades
autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas
jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de
atribuições do poder público, somente no que disser
respeito a essas atribuições

Art. 5o Não se concederá mandado de segurança


quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso
administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução;

II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito


suspensivo; III - de decisão judicial transitada em
julgado

Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança


extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias,
contados da ciência, pelo interessado, do ato
impugnado.

Nossa jurisprudência corrobora tal entendimento:

“88128919 - APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA.


PERMISSÃO PARA DIRIGIR. Pretensão à obtenção da CNH definitiva,
ante a inexistência de notificação da infração de trânsito e da
nulidade do auto de infração. Sentença denegatória da ordem. Pleito
de reforma da sentença. Cabimento. Infração de natureza
gravíssima, cometida pelo apelante durante o período de prova de 1
(um) ano.
Necessidade da expedição de notificação ao motorista
infrator para garantir o direito ao contraditório e à
ampla de defesa. Ausência de demonstração de que
ocorreu regular notificação para apresentação de
defesa ou indicação de condutor no que se refere ao
auto de infração. Não comprovação do respeito aos
princípios do devido processo legal, contraditório e
ampla defesa. Direito do apelante em ter a penalidade
afastada e seu prontuário desbloqueado. Sentença
reformada. APELAÇÃO provida, para anular o auto de
infração nº 3N6088641, em razão da ausência de
notificação da infração e penalidade, desbloqueando o
prontuário do apelante. (TJ-SP; APL 1054015-
44.2017.8.26.0053; Ac. 11533275; São Paulo; Terceira
Câmara de Direito Público; Rel. Des. Kleber Leyser de
Aquino; Julg. 12/06/2018; DJESP 18/06/2018; Pág.
2864)

“88145767 - APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA.


CNH. SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR.
NOTICAÇÃO PRÉVIA. Pretensão mandamental do
impetrante voltada ao reconhecimento de seu
suposto direito líquido e certo de obter o
desbloqueio de seu prontuário de motorista, bem
como a declaração de invalidade da penalidade de
suspensão do direito de dirigir aplicada pela
autoridade coatora. Possibilidade. Notificação
prévia do condutor não comprovada pelo órgão
de transito. Direito à ampla defesa e ao
contraditório que não foi devidamente observado.
Autoridade coatora que não se desincumbiu de
seu ônus probatório (art. 373, inciso II, do CPC),
tendo permanecido inerte e não apresentando
informações. Sentença concessiva da ordem de
segurança mantida. Recurso não provido. (TJ-SP;
APL 1047007-16.2017.8.26.0053; Ac. 11480957; São
Paulo; Quarta Câmara de Direito Público; Rel. Des.
Paulo Barcellos Gatti; Julg. 21/05/2018; DJESP
25/06/2018; Pág. 3057) NCPC, art. 373”

De Julgados proferidos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, os quais


valorizam os direitos Constitucionais da ampla defesa e do
contraditório, como segue:

88145767 - APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA.


CNH. SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR.
NOTICAÇÃO PRÉVIA. Pretensão mandamental do
impetrante voltada ao reconhecimento de seu suposto
direito líquido e certo de obter o desbloqueio de seu
prontuário de motorista, bem como a declaração de
invalidade da penalidade de suspensão do direito de
dirigir aplicada pela autoridade coatora. Possibilidade.
Notificação prévia do condutor não comprovada pelo
órgão de transito. Direito à ampla defesa e ao
contraditório que não foi devidamente observado.
Autoridade coatora que não se desincumbiu de seu
ônus probatório (art. 373, inciso II, do CPC), tendo
permanecido inerte e não apresentando informações.
Sentença concessiva da ordem de segurança mantida.
Recurso não provido. (TJ-SP; APL 1047007-
16.2017.8.26.0053; Ac. 11480957; São Paulo; Quarta
Câmara de Direito Público; Rel. Des. Paulo Barcellos
Gatti; Julg. 21/05/2018; DJESP 25/06/2018; Pág.
3057) NCPC, art. 373

8165816 - RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO.


MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO ADMINISTRATIVO
E CONSTITUCIONAL. BLOQUEIO DO PRONTUÁRIO.
PRETENSÃO À RENOVAÇÃO DA CNH. LIMINAR.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Não é possível verificar, de
plano, a presença de nenhuma irregularidade ou
ilegalidade manifesta no ato administrativo ora
impugnado, passível de reconhecimento e correção. 2.
A matéria deverá ser decidida nos autos
principais, após a instrução e contraditório, sendo
inviável a alteração do quanto decidido em
Primeiro Grau, nesta sede de cognição sumária. 3.
Ausência dos requisitos previstos no artigo 7º, III, da
Lei Federal nº 12.016/09. 4. Decisão agravada,
ratificada. 5. Recurso de agravo de instrumento,
apresentado pela parte impetrante, desprovido. (TJ-SP;
AI 2063356-08.2018.8.26.0000; Ac. 11473770; São
Paulo; Quinta Câmara de Direito Público; Rel. Des.
Francisco Bianco; Julg. 22/05/2018; DJESP
03/07/2018; Pág. 2704)

88085360 - RECURSO DE AGRAVO DE


INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.
DIREITO ADMINISTRATIVO. SUSPENSÃO DO
DIREITO DE DIRIGIR VEÍCULO AUTOMOTOR.
PRETENSÃO À SUSPENSÃO DA PENALIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. 1. Não é possível verificar, de
plano, a presença de nenhuma irregularidade ou
ilegalidade manifesta no ato administrativo, ora
impugnado, passível de reconhecimento e correção. 2.
A matéria deverá ser decidida nos autos principais,
após a instrução e contraditório, sendo inviável a
alteração do quanto decidido em Primeiro Grau, nesta
sede de cognição sumária. 3. Ausência dos requisitos
previstos no artigo 7º, III, da Lei Federal nº 12.016/09.
4. Decisão agravada, ratificada. 5. Recurso de agravo
de instrumento, apresentado pela parte impetrante,
desprovido. (TJSP; AI 2048573-11.2018.8.26.0000;
Ac. 11473862; São Paulo; Quinta Câmara de Direito
Público; Rel. Des. Francisco Bianco; Julg. 22/05/2018;
DJESP 25/05/2018; Pág. 2370)
DA CONCLUSÃO

Conclui-se que, como os procedimentos administrativos


ao invés de terem finalizados em 2016, encontravam-se em trâmite
nesse período e tiveram seu julgamento de Primeira Instância até
14/06/2017 e ainda era cabível outro recurso administrativo perante
ao CETRAN, o qual foi julgado em 21/09/2017, doc. de fls. 102,
não houve a notificação da impetrante, a qual precisou ir até o
Ciretran de São Bernardo do Campo para fazer o
acompanhamento e ter conhecimento do mesmo e a ação foi
proposta antes do prazo em 22/12/2017 foi devidamente
respeitado o prazo previsto no artigo 23 da Lei do Mandado de
Segurança e ação mereci ser apreciado seu mérito.

DOS PEDIDOS:

Em face do exposto, respeitosamente requer-se que


sejam acolhidos como tempestivos, visto que a publicação inicial
enseja nulidade e foi determinado a regularização pelo MM. Juízo e
que as partes adversas sejam intimadas para responder o presente
dentro do prazo legal, para após serem conhecidos e providos os
presentes embargos de declaração com efeito modificativos, para que
sejam apreciados as provas documentais suscitadas no presente e
que seja aclarada a decisão considerando que a presente demanda foi
interposta dentro do prazo legal e consequentemente ocorra o efeito
modificativo na r. sentença e que o mérito seja apreciado para seja
anulada a decisão administrativa que culminou na suspensão do
direito de dirigir da Embargante por 2 (dois) anos, mesmo após a
informações administrativas realizadas em sede de defesa e recursos
até a última instância administrativa com a ciência de que, não era
ela a condutora quando das infrações de trânsito por ser medida de
Justiça!

São Bernardo do Campo, 05 de outubro de 2018.

Termos em que,
Pede deferimento.

Nome do advogado
xxx/xx xxxxxx

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