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momento atual1.
Agnes A. Santos
César Rodriguez
Iohannah Hardy
Introdução
Mais adiante, Glauber Rocha também irá tecer crítica semelhante ao afirmar que
no país o cinema está em esterilidade ou histeria. “Esse condicionamento econômico e
político nos levou ao raquitismo filosófico e à impotência que às vezes inconscientes, às
vezes não, geram no primeiro caso a esterilidade e no segundo a histeria” (ROCHA,
1952).
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Trabalho apresentado à disciplina Cinema Brasileiro, do Bacharelado em Cinema e Audiovisual, como
pré-requisito para conclusão da mesma, sob orientação do Prof. Dr. Estevão Garcia.
A nível internacional, temos que retomar a conjuntura política e seus efeitos no
cinema, a saber a guerra fria entre EUA e URSS, o peronismo na Argentina, o
varguismo no Brasil, a guerra do Vietnã, as guerras de libertação nacional no Cone Sul
e o triunfo da Revolução Cubana. Toda esta efervescência irá refletir nos movimentos
culturais de vanguarda. Malafaia chama a atenção então para o neorrealismo italiano,
que desde 1945 apresentava uma Itália recém saída da guerra e de sua experiência com
o fascismo. De acordo com o autor, “essa experiência estética e política acabou por
influenciar profundamente cinematografias nacionais, (...) inclusive no Brasil, com os
exemplos de Alex Viany e Nelson Pereira dos Santos” (MALAFAIA, 2012, p. 37).
Ainda acerca das influências do cinema novo, destaca-se a importância da nouvelle
vague, movimento francês que assim como o brasileiro, consagrava o cinema de autor,
em especial por intermédio da revista Cahiers du Cinema. Glauber Rocha inclusive irá
publicar ali um texto no qual explicita seus objetivos, aspirações políticas e estéticas
para o cinema novo:
As três etapas do Cinema Novo, a importância de Glauber desde sua época até os
dias atuais
Bibliografia