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mas pela proficuidade dos diálogos pos- ANÍBAL QUIJANO . BERNARDO MANÇANO FERNANDES . CARLOS WALTER PORTO-GONÇALVES
Renato Emerson dos Santos per-
síveis entre os artigos aqui reunidos.
DAGOBERTO JOSÉ FONSECA . EDUARDO RIOS NETO . FREDERIC MONIÉ . PERCY HINTZEN cebeu que a Geografia do Brasil assi-
Reconhecendo que a maioria dos
RAFAEL SANZIO ARAÚJO DOS ANJOS . RAQUEL ROLNIK . RENATO EMERSON DOS SANTOS milada e elaborada por seus alunos
estudantes e geógrafos passa pela fa-
não compreendia a idéia do negro en-
culdade de Geografia sem compreen-
s
gráfica no país em que vivem, os au-
do e trabalhando um mapa do Brasil
tores deste livro apresentam artigos
que exibia mais de mil comunidades
que mostram as múltiplas possibili-
'"Quilombo no Paraná?", "Mas no Paraná há negros?", "Ué, no Paraná remanescentes de quilombos, e dis-
dades de formação do conhecimento
não houve escravidão, lá houve assentamentos, colônias, de alemães, cutindo o quanto tais ‘rugosidades’
que a Geografia permite ao contem-
eram a grafagem de lutas históricas, a
plar o Brasil em sua totalidade e diver- poloneses, ucranianos, etc., mas escravidão, negros, não!", são falas que,
Geografia do Brasil que eles estavam
sidade de povos. proferidas por representantes governamentais de diferentes esferas, au- cristalizando em seus corações e
toridades do Poder Judiciário e tecnoburocratas de autarquias e órgãos mentes simplesmente apagava tais ele-
públicos, justificam atitudes (e inércias!) que atravancam os processos de mentos do território, de forma que
Conheça outros títulos da coleção era mais fácil (ou possível) abordar
CULTURA NEGRA E IDENTIDADES reconhecimento, demarcação e titulação daquela e de diversas outras
tais assuntos na Geografia da África",
comunidades naquela região e pelo Brasil afora – mesmo que a "es- afirma o autor.
• Afirmando direitos – acesso e permanência
de jovens negros na universidade cravidão no Brasil meridional" já tenha sido objeto de obras clássicas das Este livro se faz necessário, por-
Nilma Lino Gomes e Aracy Alves Martins (Orgs.) Ciências Sociais brasileiras. Este exemplo nos mostra como a produção tanto, como passo fundamental para
• Afro-descendência em Cadernos Negros de uma imagem de território que remete exclusivamente à colonização subsidiar a superação de alguns dile-
e Jornal do MNU mas vividos pelo autor e também por
Florentina da Silva Souza
pela imigração européia oculta a presença negra, apaga a escravidão da
muitos pesquisadores envolvidos com
• Bantos, malês e identidade negra história da região e assim autoriza violências diversas.” temas ligados às relações raciais na
Nei Lopes Partindo desse entendimento, os autores desta coletânea mostram a Geografia brasileira. Isso porque cum-
• O drama racial de crianças brasileiras – importância de se construir em nossos cidadãos um conhecimento geo- pre um papel necessário no embate
socialização entre pares e preconceito epistêmico e político que se instala na
Rita de Cássia Fazzi
• Experiências étnico-culturais para
gráfico que contemple a participação do negro na constituição do Brasil
enquanto nação. Para isso, acenam com a importância do ensino da Geo- Diversidade, espaço e contemporaneidade e permite que a
Geografia fique mais próxima dos que,
grafia, que tem imensa responsabilidade social, porque informa às pes- pela posição subalterna que ocupam
relações étnico-raciais
formação de professores
Nilma Lino Gomes e Petronilha B. Gonçalves soas sobre o país em que elas vivem e ajudam a construir. na sociedade, se vêem obrigados a um
e Silva (Orgs.) entendimento mais consciente da
• Os filhos da África em Portugal – complexidade do sistema de domi-
antropologia, multiculturalidade O Negro na Geografia do Brasil nação a que estamos submetidos.
e educação ISBN 978-85-7526-288-7 Abrir espaço à construção de uma rea-
Neusa Maria Mendes de Gusmão lidade mais generosa, mais igualitária,
• Rediscutindo a mestiçagem no Brasil – Iden- www.autenticaeditora.com.br mais justa e mais democrática é o que
tidade nacional VERSUS Identidade negra 0800 2831322 Renato Emerson dos Santos (Org.) propõe este estudo, que se apresenta
9 788575 262887
Kabengele Munanga como uma discussão que pode ser
• Sem perder a raiz – corpo e cabelo considerada ainda em seu início,
como símbolos da identidade negra não pelo pioneirismo do enfrenta-
Nilma Lino Gomes mento a que se propõe este livro,
Diversidade.pmd 2 4/10/2007, 11:19
Coleção Cultura Negra e Identidades
Diversidade, espaço
e relações étnico-raciais
O Negro na Geografia do Brasil
COORDENADORA DA COLEÇÃO
Nilma Lino Gomes
CONSELHO EDITORIAL
Marta Araujo – Universidade de Coimbra; Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva – UFSCAR;
Renato Emerson dos Santos – UERJ; Maria Nazareth Soares Fonseca – PUC Minas; Kabengele
Munanga – USP;
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Conrado Esteves
REVISÃO
Alexandre Vasconcelos de Melo
BELO HORIZONTE
AUTÊNTICA 2 0 0 7
SÃO PAULO
Tel.: 55 (11) 6784 5710
e-mail: autentica-sp1@autenticaeditora.com.br
PREFÁCIO..................................................................................................................... 7
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 13
OS AUTORES............................................................................................................. 199
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Doutor em Geografia e Professor do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade
Federal Fluminense, membro do Grupo Hegemonia e Emancipações do Clacso. Ex-Presidente da
Associação dos Geógrafos Brasileiros (1998-2000). Membro do Grupo de Assessores do Mestra-
do em Educação Ambiental da Universidade Autônoma da Cidade do México. Ganhador do
Prêmio Chico Mendes em Ciência e Tecnologia em 2004 é autor de diversos artigos e livros
publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, em que se destacam: – Geo-grafías:
movimientos sociales, nuevas territorialidades y sustentablidad; Amazônia, Amazônias, São
Paulo, 2001; Geografando – nos varadouros do mundo, Brasília, 2004; O desafio ambiental, Rio
de Janeiro, 2004; A globalização da natureza e a natureza da globalização, 2006.
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Um nanômetro é uma medida correspondente ao diâmetro de um fio de cabelo médio dividido
sessenta mil vezes.
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Fundamentalismo, segundo Umberto Eco é aquela idéia que não se analisa criticamente e que se
quer tornando-se evidente por si própria, enfim, um fundamento.
P REFÁCIO
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Aliás, não é só do eurocentrismo, mas de qualquer perspectiva que ignore o outro na sua alteridade,
o que bem pode nos levar ao latino-americanocentrismo ou ao afrocentrismo. O que convocamos
é ao estudo da relação, inclusive, das relações de poder que buscam invisibilizar o outro na sua
outridade. Enfim, a Europa na sua relação com a América e coma África e o sistema de poder que
se conformou por meio do sistema mundo moderno-colonial.
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A PRESENTAÇÃO
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A PRESENTAÇÃO
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