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Aula 1.

Anatomia da NUCA

- A nuca é de importância fundamental no que diz respeito a prática médica, em que um tiro na nuca pode causar
paraplegia ou outras comorbidades. É o entendimento da anatomia local que vai me deixar saber a definição correta,
por exemplo, de um sinal de rigidez da nuca [sinal meníngeo]: se você conhece a musculatura e os planos musculares
você consegue mexer no indivíduo e entender qual está com alguma alteração das estruturas locais

- Descrição da anatomia superficial da nuca, em que todos são palpáveis: Processo mastoide, processo proeminente
(C7), vértebra proeminente, processo proeminente (C2), Proeminência occipital

- A região da nuca, do ponto de vista anatômico e cirúrgico é definida entre duas linhas horizontais uma que passa
exatamente na protuberância occipital externa [que é o limite superior] e outra linha que passa pela ponta do processo
espinhoso da C7 [que é o limite inferior]. Tem que palpar a protuberância occipital externa e o processo espinhoso de
C7 para definir os limites inferiores e superiores da nuca.

● Muitas vezes as estruturas não correspondem a região anatômica, em que o braço, por exemplo, é maior que a
sua região anatômica
● A proeminência occipital, assim como outras margens ósseas palpáveis descritas acima, podem ser locais de
úlceras de decúbito: decúbito por mais de 6 horas apoiado sobre a mesma região causa isquemia e desenvolve
úlcera.

- As saliências que nós avaliamos são sempre formadas por osso ou por músculo. Por isso, é importante palpar as
protuberâncias a fim de localizar se há agenesia dessas estruturas

- A pele da nuca pode ser iniciada dividindo-a pela linha mediana dorsal. É importante perceber que na parte superior da
nuca existem vasos e nervos que perfuram a fáscia, os músculos e se exteriorizam na base do crânio, os quais
constituem o pedículo neurovascular posterior que vai irrigar o couro cabeludo

● Para isso, é preciso, quando for examinar o paciente, palpar a protuberância occipital externa, os processos
espinhosos, a base do crânio, o couro cabeludo, as massas musculares e ir revisando anatomia. Com isso, é
possível verificar se há agenesia de alguma estrutura ou se há alguma lesão anatômica mais evidente

● Nesse sentido, se eu rebater a pele, aprofundando a região, principalmente na região superior da nuca, eu
tenho grandes chance de lesar todas essas estruturas importantes: nervo occipital maior, nervo occipital
menor, artéria occipital etc.
● Rebatendo a pele da nuca (que é bastante grossa), é possível:
o Localizar um ​músculo superficial​ que se fixa na linha nucal superior, o ​trapézio​. Existe uma camada
carnosa e uma parte de aponeurose que se liga com a sua parte contralateral, ele ajuda a formar as
margens da nuca.
o Mais internamente​ ao trapézio temos o ​esplênio​. Nele conseguimos diferenciar as fibras, evidenciando
um músculo na ​parte superior da nuca
o Na parte inferior da nuca​ no mesmo plano do esplênio, é possível evidenciar dois outros músculos, os
quais vão unir a margem medial da ​escápula aos processos espinhais das vértebras cervicais​ mais
inferiores, o ​romboide menor​, e ​a escápula das torácicas mais superiores​, o ​romboide maior
o Rebatendo o esplênio​, é possível localizar o ​semiespinal ​e ​rebatendo o semiespinal​, é possível
encontrar o ​trígono occipital​ (“triângulo” anatômico formado pela junção de três músculos), o qual se
localiza na parte inferior do occipital
o O​ trígono occipital, mais interno que o semiespinal na região occipital​, é formado pelos músculos:
Músculo obliquo superior da cabeça​, ​Músculo oblíquo inferior da cabeça​ e ​Músculo reto posterior
maior da cabeça​. O ponto de ligação entre os oblíquos ocorre por uma intersecção óssea do processo
transverso do atlas (C1)

o Nesse mesmo plano do trígono occipital​, podemos encontrar o ​músculo reto posterior menor da
cabeça​, ​o arco do atlas​, a ​artéria occipital
● Essa região do trígono pode ser uma fonte importante de sangramentos em casos de
traumas, haja visto que possui muitos vasos, como a artéria vertebral e artéria occipital,
nessa região
● Sangramento em couro cabeludo pode sangrar muito, haja vista que o couro cabeludo
é o único local do corpo em que, ao se cortar uma artéria, não vai haver parada do
sangramento espontaneamente. Isso acontece porque a pele do couro cabeludo está
muito aderida ao subcutâneo e, além disso, existe, na parte profunda da pele do couro
cabeludo, fibras de colágeno que se ancoram nos vasos e impede a contração do vaso
para cessar o sangramento. Nesse sentido, é preciso conhecer os pedículos vasculares
para interromper o sangramento
o Observações:
▪ As estruturas superficiais encontradas: trapézio, esplênio e esternocleidomastóideo
● Só é pra dissecar o esplênio até a linha do esternocleidomastóideo, pra não correr o
risco de lesar o conjunto de nervos do pescoço anterior
● Nesse plano, é possível observar os nervos e vasos exteriorizados: nervo auricular
magno, nervo occipital maior, nervo occipital menor, artéria occipital, ventre occipital
do músculo occipitofrontal e aponeurose do crânio
o O arco vertebral das vértebras cervicais é maior por conta da intumescência
cervical para formar o plexo braquial
▪ As estruturas mais profundas: oblíquo inferior, oblíquo superior, reto posterior maior, reto
posterior menor, artéria vertebral, arco do atlas e membrana atlantocccipital
● Esse é plano final da dissecação

- Toda a pele do dorso é muito mais grossa em comparação com o pescoço anterior, o que confere maior proteção, com
menor mobilidade, considerando que os movimentos do dorso são muito mais de extensão que de flexão, que é o caso
da região anterior
- Os músculos oblíquos possuem fibras oblíquas em relação ao plano do corpo. Enquanto os músculos retos possuem
fibras retilíneas em relação ao corpo

- Todo nervo cervical que se exterioriza é misto: sensomotor

- Os nervos não se anastomosam, eles apenas trocam fibras


Aula 2. Anatomia do dorso

- O limite superior do dorso é uma linha horizontal que passa pelo processo espinhoso da vértebra C7 limite inferior
do dorso é uma linha horizontal que passa pela margem do processo espinhoso da T12.

● Num indivíduo magro, nós somos capazes de identificar várias protuberâncias de grupos musculares no
dorso: músculo deltoide, trapézio, latíssimo e os redondos

- A linha formada entre o guardil costal e o ângulo da escápula é chamado de tóraco lombar, porque faz sombra à
região torácica e abdominal. Assim, essa região deve ser bem observada em casos de traumas na região, porque ela
pode acometer o coração ou o diafragma

- A área projeção da área cardíaca no ângulo da escápula se chama Sauer Murdock e a projeção anterior da massa
cardíaca é chamada de área de Ziedler

- Se eu rebater a pele do dorso, vai-se encontrar uma pele bastante grossa, porém mais fina que a da nuca. Eu vou
encontrar:

● Um tecido subcutâneo que pode ser mais espesso ou menos espesso dependendo do indivíduo
● E se rebater a fáscia, podemos encontrar os ​músculos superficiais​: ​latíssimo do dorso​ e o ​trapézio​ com as
suas respectivas aponeuroses
o Eventualmente pode-se encontrar gânglios dorsais dos nervos interespinais
● Se rebater o trapézio​, mais internamente é possível encontrar o ​músculo romboide menor​, ​romboide
maior​,​ levantador da escápula​. ​À margem medial da escápula​, pode-se encontrar o ​músculo supraespinal​, o
músculo infraespinal​, a ​espinha da escápula​ e uma importante via de circulação colateral do membro
superior
o Anastomose em torno da escápula​ é uma circulação colateral importante para ser usada quando a
subclávia, localizada anteriormente do membro superior, está obstruída
▪ A artéria subclávia, localizada anteriormente, da um primeiro ramo da artéria escapular
dorsal descendente, entre os trapézios e os romboides, a qual se anastomosa na circunflexa
da escápula
▪ Fratura na região da escápula pode ter um intenso sangramento, porque há muitos vasos
que se anastomosam aí
o A escápula é retraída pela escápula, ou seja, não existem outros ligamentos, apenas uma articulação
fisiológica que sustenta a escápula. Além disso, cabe ressaltar que a escápula fica bastante protegida
por essa musculatura acessória. Nesse sentido, uma fratura de escápula é grave e derivou de um
choque muito intenso, o qual teve que ultrapassar a pele e todos os músculos da camada antes de
atingir a escápula.
● Se rebater o latíssimo do dorso​ (músculo superficial na parte inferior do dorso), serão encontrados o
músculo serrátil posterosuperior​, o ​músculo serrátil posteroinferior​ e os ​músculos eretores da espinha
[Músculo iliocostal, músculo longuíssimo, músculo espinal​]
o A região inferior à linha do ângulo da escápula é uma região toracolombar. Portanto, fraturas nessa
região podem acometer os pulmões e toda a região toracolombar anterior
▪ Sinal de Giordano= pesquisa feita na região toracolombar, ou seja, região infraescapular.
Esse sinal busca por pielonefrite ou outras inflamações renais
● Sobre o músculo infraespinal​, você vê a ​fáscia do músculo infraespinal​. ​Na região inferior​, mais próximo da
região caudal, é possível ver o ​músculo redondo maior, o músculo redondo menor, artéria dorsal
descendente, nervo escapular dorsal descendente e o trígono da ausculta​ [formado pelas margens do
trapézio, do latíssimo e da escápula]
Aula 3. Lombar e Glúteo

1. Lombar

- Região de transição entre o tórax e o abdômen


- É importante porque eu posso pesquisar estruturas do retroperitônio através da região
lombar
● O sinal de Giordano significa dor à punhopercussão lombar. A percussão consegue
movimentar em bloco a pele espessa da lombar, tecido gorduroso, tecido
subcutâneo, musculatura, tecido gorduroso retroperitoneal e atinge as vísceras do
abdômen. Nesse sinal, é possível encontrar inflamações renais, como pielonefrite
etc.
○ Quem dói é a cápsula renal e não o rim em si
○ Quem dói é a fáscia e não o músculo em si
● Pancreatite aguda pode causar muita dor na região lombar, haja vista que o
pâncreas se localiza na parte posterior do abdômen. A pancreatite é evidenciada
pelo sinal de Grey-Turner, que é uma equimose na região dos flancos

○ O sinal de Grey-Turner indica pancreatite necro-hemorrágica


○ A causa mais comum de pancreatite necro-hemorrágica é litíase biliar
- Abaixo da pele e do tecido subcutâneo, é possível encontrar a aponeurose toracolombar, a
qual é extremamente rica em tecido colágeno e pouco tecido elástico. Portanto, ela ajuda na
sustentação
● A aponeurose toracolombar fica abaixo do latíssimo do dorso
● A aponeurose se encontra no tronco, mas tem relação de proximidade com a região
glútea, haja vista que ela serve de origem para parte da musculatura glútea
○ Portanto, a aponeurose toracolombar se encontra no tronco, continuidade
com o abdômen e relação de proximidade com a musculatura glútea
■ Nesse sentido, acometimentos na aponeurose toracolombar podem
afetar abdômen, tronco e glúteos
● Paralisia glútea pode comprometer todo esse sistema de
proximidade, causando sobreposições da musculatura, por
exemplo
-
2. Glúteo

- Importância da região glútea:


● É um importante músculo para a locomoção: ajuda a caminhar, subir escada etc. O
glúteo médio, principalmente, ajuda a manter a região da cintura pélvica quando
levanta o membro inferior, fazendo com que a cintura pélvica não se desloque com
esse movimento, mantendo-a na topografia usual.
○ Quando tem lesão do glúteo médio, a pessoa levanta as pernas para
marchar e desloca o quadril


● É importante porque é a face posterior do assoalho pélvico -uma cavidade oca.
Assim, um projétil disparado contra a região glútea, vai cair na pelve e fica alojado
no peritônio, podendo chegar aos pulmões por conta da pressão negativa do tórax
○ Projétil dentro de cavidade obriga à investigação cirúrgica
● Tumores do assoalho pélvico podem invadir o glúteo, tomar a aponeurose
toracolombar e tomar a região abdominal, por exemplo
- A pele da região glútea é mais fina que a da região lombar, haja vista que ela precisa de
maior mobilidade, em relação à lombar por conta da movimentação que é exercida por essa
região.
- O grande relevo da região glútea advém da musculatura e da deposição de tecido
gorduroso local a dependência das características físicas e sexuais do indivíduo
- A região glútea é limitada pela linha lateral do corpo, pela linha horizontal inferior da prega
glútea inferior e pela linha horizontal superior da crista ilíaca
- Os nervos clúneos são nervos responsáveis pela inervação sensitiva superficial da região
glútea, ou seja, quando se quer anestesiar essa região, pode-se pegar os clúneos
superiores, médios e inferiores nas regiões da metade lateral da crista ilíaca, na região
glútea do sacro e no ponto médio ao nível da prega glútea inferior
- Retirando a pele:
1. Retirando a pele​, é possível encontrar o ​tecido subcutâneo​ e, logo abaixo dele,
pode-se encontrar uma ​fáscia glútea​ bastante espessa que fixa os músculos e é
importante na locomoção
2. Após retirar a fáscia glútea​, pode-se encontrar o ​glúteo máximo​ e uma ​aponeurose
que recobre o glúteo médio
● É no glúteo médio que se faz a injeção intramuscular profunda, a qual visa à
inoculação do medicamento em um músculo espesso e hipervascularizado.
Esse tipo de medicação não deve ser aplicada no membro superior por conta
da dor excessiva que pode causar e, além disso, porque pode provocar uma
distribuição não uniforme do fármaco
3. Após seccionar o glúteo máximo​, é possível encontrar a região profunda do glúteo
máximo: ​músculo glúteo máximo rebatido​, ​músculo glúteo médio​, ​músculo glúteo
mínimo​, ​músculo piriforme​, ​tendão do obturador interno​, ​músculo gêmeo superior​,
músculo gêmeo inferior​ e ​quadrado femoral​.
● O ​músculo piriforme​: tem origem na superfície interna da pelve e se fixa na
fossa intertrocantérica. Essa correlação de proximidade, faz com que
infecções pélvicas sejam carregadas pelo piriforme à região glútea e
vice-versa.
○ O piriforme divide o forame isquiático maior em três espaços: um
espaço ocupado pelo próprio músculo, um espaço formado acima do
músculo [hiato suprapiriforme] e um espaço formado abaixo do
músculo [hiato infrapiriforme].

○ Vasos e nervos que ​passam pelo hiato suprapiriforme​, acima do


músculo piriforme, são chamados de ​vasos e nervos superiores
○ Vasos e nervos que ​passam pelo hiato infrapiriforme​, abaixo do
músculo piriforme, são chamados de ​vasos e nervos inferiores
○ Passando pelo hiato infrapiriforme​, também passa o ​nervo
isquiático​, o qual segue pela parte posterior da perna e vai até a
planta do pé.
■ Lesões do isquiáticos tem o Sinal de Laségue positivo
○ Músculos rotadores do quadril​: músculo glúteo máximo, músculo
glúteo médio, músculo glúteo mínimo, músculo piriforme, músculo
gêmeo superior, músculo obturador interno, músculo gêmeo inferior e
músculo quadrado femoral
4. No mesmo plano do glúteo mínimo​, pode-se ver os ​nervos glúteos superiores e
inferiores​, o ​nervo isquiático​, o ​nervo cutâneo femoral posterior​, o ​nervo para o
músculo obturador interno​ e o ​nervo pudendo
● Nervo pudendo​: ​sai da região pélvica​ e, junto com os nervos isquiático e
cutâneo femoral posterior, passa pelo hiato infrapiriforme, ganha o canal
pudendo, o qual passa profundamente ao ligamento sacrotuberal ​e chega
até a região pudenda
○ O nervo pudendo é envolvido por um tecido conjuntivo denso, o qual
vem da pelve até a região pudenda
○ Gangrena de Fournier: Infecção supurativa da região perianal que
pode ganhar a pelve por conta do tecido conjuntivo denso que
envolve o nervo pudendo. Essa infecção pode ser tão grave a ponto
de chegar à regiões profundas e causar a morte. É muito comum em
diabéticos
- ​Síndrome do piriforme​: é quando o nervo isquiático se divide em dois e passa por cima
do músculo piriforme, sendo comprimido desde a sua origem, o que causa muito dor ao
doente
- ​Anestesia em inflamações supurativas​: as inflamações supurativas acometem apenas o
tecido subcutâneo. Portanto, se fizer a anestesia na pele, o paciente sentirá menos dor
durante o procedimento
Aula 4. Posterior de coxa
- A região da coxa é limitada superiormente por uma linha horizontal que passa pela prega
glútea e inferiormente por uma linha horizontal que passa 2 dedos acima da prega poplítea
- A pele da região posterior é um pouco mais fina que da região anterior, haja vista que a
região posterior é essencialmente flexora, o que confere maior amplitude de movimento
- Anatomia de superfície- pontos importantes:
● Segmento medial (semitendíneo e semimembranáceo) e segmento lateral (bíceps
femoral)
● Suco medial e suco lateral, os quais indicam a confluência da fáscia com a fixação
dos músculos
○ A pele dessa região deve estar bem fixada à gordura, a fim de que a pele não
fique frouxa e se desgaste durante a locomoção
- Loja muscular: é uma área específica de uma certa região que foi dividida por uma fáscia.
É a partir do conhecimento disso, que podemos verificar quais são as estruturas que
compõem cada loja e quais estruturas estão ausentes nessa loja.
- A fáscia da região posterior da coxa é bastante espessa, visto que é ela que conecta as
lojas musculares, essencial no processo de locomoção. A fáscia lata ou fáscia da coxa é
bastante visível [no membro superior não é possível encontrar uma fáscia tão expressiva
quanto dos membros inferiores].

- Rebatendo a pele:
1. Retirando-se a pele, é possível encontrar o tecido subcutâneo, a fáscia que recobre
os músculos da loja posterior da coxa e ramos do nervo cutâneo femoral posterior
[acima da fáscia]
● Se precisar aplicar uma anestesia para inativar toda a loja posterior da coxa,
é possível aplicar o anestésico na porção média abaixo da prega glútea,
onde há saída de ramos do nervo cutâneo femoral posterior, o qual inerva
toda a loja posterior da coxa

2. Abaixo da fáscia, pode-se dividir os músculos em dois segmentos: o segmento


lateral e o segmento medial
● O conjunto lateral é formado pelo bíceps femoral: cabeça longa e cabeça
curta
● O conjunto medial é formado por: semitendíneo, semimembranáceo, adutor
mínimo e grácil
3. Abaixo do glúteo mínimo, pode-se ver o nervo isquiático se dividindo em suas
porções tibial e fibular comum
● Fibular comum: é um tronco comum formado pelo nervo fibular superficial e
pelo nervo fibular profundo
● Nervo tibial: após se ramificar, ele continua e segue até o pé
● Essas porções se separam, anatomicamente, nos ⅔ posteriores da coxa
4. Profundamente ao semitendíneo e à cabeça longa do bíceps, é possível encontrar o
músculo adutor magno, o qual da continuidade ao músculo adutor mínimo
- A musculatura da loja posterior da coxa, por ser muito utilizada e muito forte, possui vasos
perfurantes que irrigam essa loja, os quais se originam da artéria femoral profunda

- Elementos da ​fossa poplítea​ de superficial para profundo: Veia safena parva, Nervo
cutâneo femoral posterior, Nervo tibial, Nervo fibular comum, Veia poplítea e Artéria
poplítea, os quais são envolvidos por bolsas de gordura
● A artéria poplítea é o elemento mais profundo desses, haja vista que ela está junto à
face poplítea do fêmur
○ Lesões supracondilianas do fêmur pode causar um deslocamento e lesar a
artéria poplítea
○ Lesão parcial da artéria mata. Lesão total da artéria não mata
■ Quando tem lesão total da artéria, há hipoperfusão da região e,
consequentemente, a área seccionada trombosa e oclui a passagem
de sangue, não perdendo muito sangue
■ Por isso, atualmente em paciente politraumatizados, é causada uma
hipotensão permissiva. Esse procedimento faz com que a pressão
baixa do paciente [pressão de choque] seja mantida a fim de manter
também as tromboses oclusivas fisiologicamente criadas para a
manutenção da hemostasia do paciente.
○ Apenas lesões totais anulam o pulso e as lesões parciais mantém o pulso,
porém com intensidade menor
● Conteúdo da fossa poplítea: linfonodos, bolsas sinoviais e gorduras

○ Portanto, a fossa poplítea é a sede de drenagem linfática da perna e do pé


■ Assim, se uma pessoa tiver flebite ou uma inflamação no pé, ela pode
apresentar dor na região da fossa poplítea por enfartamento
linfonodal: com a apresentação de caroços na região
- O trato iliotibial é o espessamento da fáscia lata na porção lateral da coxa
- Veia longitudinal posterior ou veia de Giacomini:
● Em vez da veia safena parva desaguar na poplítea, há uma anastomose longitudinal
[Veia de Giacomini] que pode fazer com que ela deságue na veia glútea inferior
- Fraturas do colo da fíbula podem lesar o nervo fibular comum
Aula 5. Fossa poplítea e posterior de perna

Parte 1: Região poplítea


- É sede de uma quantidade significativa de elementos nobres, os quais estão envoltos por uma grande
quantidade de tecido gorduroso, de bolsas sinoviais e linfonodos
- A região poplítea é limitada superiormente por uma linha horizontal de 2 a 4 centímetros acima da prega
poplítea e limitada inferiormente por uma linha horizontal de 2 a 4 centímetros abaixo da prega poplítea
- Anatomia da superfície:
● Inferiormente possui duas saliências formadas pelas duas cabeças dos gastrocnêmios, os quais são
responsáveis pela flexão do pé sobre a perna
● Superiormente é possível ver um relevo lateral provocado pelo bíceps femoral e medial provocado
pelo semitendíneo, grácil e semimembranoso
● As vezes é possível localizar varizes na região poplítea causadas por dilatação da veia safena parva
- Rebatendo a pele:
● Abaixo da pele, é possível encontrar o tecido celular subcutâneo
● Rebatendo o tecido subcutâneo é possível encontrar, na face medial, a veia safena magna, na face
mediana a veia safena parva e ramos do nervo cutâneo femoral posterior

○ A veia safena parva é continuação da rede venosa dorsal do pé em sua face lateral, caminha
posteriormente ao maléolo lateral e ganha a face posterior no terço distal da perna. A veia
safena parva deságua na veia poplítea
■ Flebite, processo inflamatório que causa oclusão dos vasos, na veia safena parva, ou
seja, trombose venosa superficial, pode chegar à veia poplítea e causar trombose
venosa profunda
● Existe tratamento de trombose venosa superficial: antibioticoterapia, calor local e
membro elevado
● O tratamento da trombose venosa profunda tem que anticoagular o indivíduo
para frear o processo trombótico
● Retirando-se a fáscia da fossa poplítea é possível encontrar, lateralmente, o nervo fibular comum e, na
porção mediana, o nervo tibial, a veia poplítea e a artéria poplítea
○ De superficial para profundo: nervo fibular comum e nervo tibial; veia poplítea; artéria poplítea
● Abaixo da fáscia, na linha horizontal superior e nos limites laterais, é possível encontrar as cabeças do
bíceps femoral. Nos limites mediais, é possível encontrar as inserções do semitendíneo,
semimembranáceo, grácil e sartório
○ Pata de ganso: é uma estrutura formada pelo conjunto dos tendões de 4 estruturas: músculo
semitendíneo, músculo sartório e músculo grácil
● Abaixo da fáscia, na linha horizontal inferior, é possível encontrar as cabeças dos gastrocnêmios
- O sistema venoso profundo é o que tem o maior volume sanguíneo, carregando a maior parte do sangue
venoso, o qual corresponde a cerca de 75% do sangue corpóreo total. É por conta disso, que as
revascularizações podem ocorrer utilizando as veias safenas
- Esponja plantar do pé: é o coração periférico, é uma grande quantidade de vasos que existem no tecido
adiposo da planta do pé. Essa esponja facilita a subida do sangue pelas veias
- As válvulas venosas aparecem no sistema venoso profundo, tanto nos membros superiores quanto
inferiores

Parte 2: Posterior de perna

- A inserção da cabeça medial do gastrocnêmio é mais alta que a cabeça lateral, o que ajuda na flexão do
membro
- Vasos geniculares, provenientes da artéria tibial, são divididos em componentes superior/inferior,
medial/lateral e genicular média, os quais formam uma ampla anastomose ao redor do joelho
- Quando tem síndrome compartimental por compressão da fáscia da coxa tem que fazer fasciotomia
- A maior sede de produção de trombos é no gastrocnêmio e no sólio. Nesses músculos existe uma intensa
rede de veias que são movimentadas e comprimidas por esses vasos
● Sinal de bandeira: É quando o gastrocnêmio não movimenta quando tenta balançar
● Sinal de Romance: quando faz a dorsiflexão plantar o paciente sente dor, indicando que existe
um processo inflamatório trombótico na região
○ Sinais de trombose
- Fraturas de tíbia podem lesar vasos profundos da perna e comprometer muito o funcionamento
- A artéria femoral, ao passar pela região poplítea, passa a ser chamada de artéria poplítea. Depois disso, a
artéria poplítea, no 1\3 superior da perna, se divide em dois troncos. Um deles, lateralmente, anterioriza-se
através do hiato solear e irriga a parte anterior da perna: artéria tibial anterior. O outro tronco, tronco
tibiofibular, dá origem à artéria tibial posterior e à artéria fibular, os quais são responsáveis pela irrigação da
parte posterior da perna
● A artéria fibular acompanha a fíbula, um osso menor que a tíbia, e possui um calibre menor
que as artérias tibiais
● Fraturas cominutiva de tíbia, com mais de um fragmento ósseo, requer checagem do pulso e
indica, pelo menos, obstrução parcial da artéria
- Ligamento poplíteo oblíquo do joelho: É uma parte do tendão do músculo semimembranáceo que chega até
o joelho
- Profundamente ao músculo sóleo, é possível encontrar um músculo lateral acima da artéria fibular que se
chama músculo flexor longo do hálux. Na porção mediana, é possível encontrar o músculo tibial posterior a na
porção medial, pode-se encontrar o músculo flexor longo dos dedos
- A porção mais profunda da perna é ocupada pelos músculos profundos da parte posterior da perna, onde é
possível encontrar o músculo poplíteo, o músculo flexor longo dos dedos, o músculo flexor longo do hálux e o
músculo tibial posterior
● O m. tibial posterior é o músculo mais profundo e passa posteriormente ao maléolo medial
● O músculo poplíteo possibilita a flexão do joelho
● O m. flexor longo dos dedos se fixa medialmente enquanto que o m. flexor longo do hálux se fixa
lateralmente na face posterior da perna. Assim, há cruzamento dos tendões desses mm.
- Existe um espaço situado posteriormente ao maléolo medial que se chama costeira ou espaço retromaleolar
medial, em que passam o tendão do músculo tibial posterior, tendão do flexor longo dos dedos, tendão do
flexor longo do hálux, vasos tibiais posteriores e nervo tibial
- Os vasos tibiais posteriores e o nervo tibial posterior estão na metade do caminho entre o calcâneo e o
maléolo medial. Nesse momento, o nervo tibial se subdivide em nervo plantar medial e nervo plantar lateral
● Assim, se quiser anestesiar a planta do pé, pode ser feito nessa região
- Retináculo é um extensão da fáscia que impede que os tendões escapem do espaço delimitado
Aula 6. Planta do pé
- A planta do pé consegue demonstrar o estado biológico do indivíduo, o equilíbrio, a forma como ele se
movimenta etc. A planta, é dessa forma, vista de forma bastante dinâmica
- A pele da planta do pé é chamada de pele glabra (uma pele bastante espessa), a qual é rica em cristas
papilares, as quais formam as “impressões digitais plantares”. Essas cristas auxiliam, ainda, no
espessamento significativo e constante dessa pele
- Anatomia de superfície:
● Na parte posterior da planta existe o calcâneo e, nessa região é possível enxergar um coxim
adiposo sobre o calcâneo. Esse coxim é bastante importante para a marcha, haja vista que a
primeira estrutura a se comunicar com o solo durante a nossa locomoção é o coxim gorduroso
do calcâneo
● É possível enxergar uma grande deposição de gordura em toda a planta do pé, sendo que na
face mais medial da planta, essa gordura é mais frouxa, o que precisa acontecer
● Na face medial do pé, é possível encontrar algumas veias de menor calibre, as quais são de
suma importância para a circulação do pé, haja vista que compõem a esponja plantar
● O pé pode ser dividido em 3 compartimentos: medial, lateral e central
○ Compartimento central: ele possui menos gordura e é possível, desse modo, que, ao se
tensionar o hálux, sentir a movimentação da aponeurose plantar nesta região
○ Ao se fazer a hiperextensão do pé, as tumorações acima da aponeurose plantar ficam
do mesmo tamanho, enquanto que tumorações abaixo da aponeurose plantar ficam
menores, haja vista que ocupam o espaço extra oriundo do movimento
● A tuberosidade do quinto metatarso também pode ser palpada e ela é importante, sob o ponto
de vista de fraturas, haja vista que a fratura mais frequente do pé é a fratura da tuberosidade
do quinto metatarso. É nessa tuberosidade que se insere o tendão do músculo fibular curto;
assim, lesões dessa tuberosidade, arranca o ligamento do músculo fibular curto
- Hálux valgo é causado por compressão de sapatos finos, o que faz com que haja acúmulo de colágeno na
cápsula articular da primeira cartilagem metacarpo-falangeana
- Os arcos transversais e longitudinais do pé dão o aspecto côncavo do pé. Esse aspecto é importante para
manter a circulação da esponja plantar. O hálux é o dedo mais importante do pé
- Rebatendo a pele:
● Abaixo da pele​, é possível encontrar gordura e tecido celular subcutâneo
● Abaixo da gordura e do tecido celular subcutâneo​, é possível encontrar entre os espaços
interdigitais, um ​feixe vásculo nervoso dos dedos do pé​. No mesmo plano do feixe vásculo
nervoso, é possível encontrar a aponeurose plantar, septos digitais e fascículos transversos
○ Os septos digitais são prolongamentos da aponeurose plantar e são úteis para ajudar
na fixação do tendão dos músculos flexores às falanges
○ A aponeurose plantar divide a planta do pé em compartimentos:
■ Compartimento central: compartimento dos 3 dedos
■ Compartimento medial: compartimento do dedo mínimo
■ Compartimento lateral: compartimento do hálux
● Infecções ficam restritas aos compartimentos delimitados pela
aponeurose plantar. Assim, infecções do compartimento central é o pior
tipo, haja vista que é no compartimento central que passam os nervos e
as artérias da planta, fazendo com que essas infecções cheguem à
perna→ infecção do pé que chega a perna
● Profundamente à aponeurose plantar​, é possível ver os ​tendões do músculo flexor curto dos
dedos​, o ​músculo flexor curto dos dedos​, o ​músculo abdutor do hálux​, o ​músculo flexor
curto do hálux​, o ​músculo abdutor do dedo mínimo​ e o ​músculo flexor curto do dedo
mínimo
● Abaixo do músculo flexor curto dos dedos​, evidencia-se os ​tendões do músculo flexor longo
dos dedos​, os ​músculos lumbricais​ e o ​músculo quadrado plantar
● Profundamente aos tendões do músculo flexor longo dos dedos​, é possível encontrar as
cabeças transversa e oblíqua do ​músculo adutor do hálux​ e o ​músculo flexor curto do
dedo mínimo

● Chegando ao plano interósseo​, é possível identificar os ​músculos interósseos plantares


dorsais​, o t​endão do músculo fibular longo​ e o ​tendão do músculo fibular curto
○ É pelos músculos interósseos do pé que se passa a anastomose de artérias
○ O músculo fibular longo é o músculo mais superficial que existe no compartimento
lateral da perna, o qual ganha o espaço lateral do pé, faz uma curva na tuberosidade
cubóide e se fica na base do primeiro metatarso
○ O músculo fibular curto fica profundamente ao m. fibular longo no compartimento lateral
da perna e se fixa na tuberosidade do quinto metatarso

- Para evidenciar os vasos e nervos do pé:


● É preciso cortar a aponeurose plantar e retirar a primeira camada de estruturas
● Abaixo da primeira camada​, é possível encontrar a ​artéria tibial posterior​ se subdividindo em ​artéria
plantar medial​ e ​artéria plantar lateral
○ A artéria plantar medial só irriga, praticamente, a face medial do hálux
○ Portanto, a artéria da planta do pé é a artéria plantar lateral
■ A artéria plantar lateral perfura o primeiro espaço interdigital, anastomosando-se com a
artéria dorsal do pé
■ Portanto, em casos de lesão da artéria plantar lateral, a artéria dorsal do pé pode
auxiliar na irrigação da planta do pé. Isso ocorre porque a artéria dorsal, com pressão
positiva, irriga a região que não está recebendo aporte sanguíneo da artéria plantar
lateral
● No mesmo plano das artéria, ou seja, abaixo da primeira camada de estruturas​, é possível encontrar o
nervo plantar medial​ e o ​nervo plantar lateral​, os responsáveis pela inervação de todos os
músculos da planta do pé
○ Os nervos plantares se originam do nervo tibial. Assim, pode-se, ao infiltrar anestésico na
goteira maleolar onde passa o nervo tibial, anestesiar toda a ​planta​ do pé [os dedos recebem
uma inervação que vêm do dorso do pé, por isso não seria anestesiados com este
procedimento]
■ Goteira maleolar: é a região equidistante do calcâneo e do maléolo medial em que é
possível encontrar o nervo tibial, artéria tibial posterior, tendão do músculo flexor longo
dos dedos, tendão do músculo flexor do hálux e músculo tibial posterior
Aula 7. Joelho
- A vista da anatomia de superfície do joelho:
● Permite examinar alguns relevos musculares, que são músculos da coxa e relacionado ao joelho.
● Existe um relevo ósseo formado pela patela, a qual é a maior sesamóide do corpo
● Existem duas depressões: uma medial e outra lateral, chamadas de retináculo medial da patela e
retináculo lateral da patela, os quais são prolongamentos da fáscia dessa região, especializando e
espessando-se a fim de manter íntegra a articulação à patela em sua topografia
● Superiormente à patela, é possível ver o tendão do quadríceps femoral

● Lateralmente à protuberância da patela, é possível encontrar o trato iliotibial

- Quando a pessoa tem hemartrose, ou seja acúmulo de sangue na articulação, é possível ver abaulamentos
na articulação do joelho. Essa condição é bastante dolorosa
● Sinal da tecla: aperta a patela pra ver se tem algum líquido na cavidade

- Rebatendo a pele:
● Rebatendo a pele, é possível encontrar o tecido celular subcutâneo da região
● Abaixo do TCS​, encontra-se a ​pata de ganso​ (semitendíneo, grácil e sartório), ​ligamento patelar​,
retináculo lateral​,​ retináculo medial​, ​ligamento colateral tibial​ e ​ligamento colateral fibular
○ Durante a deambulação, a pata de ganso mantém a perna em sua posição normal
○ Exatamente na inserção da pata de ganso, é possível localizar uma bolsa sinovial, a qual,
quando inflamada, causa dor
○ Bolsa infrapatelar e bolsa suprapatelar, que são bolsas sinoviais
- Abrindo-se a articulação do joelho, pode-se perceber que ela é do tipo sinovial
● A articulação sinovial, composta por cartilagem e células produtoras de sinóvia, possui líquido sinovial,
o qual é rico em líquido hialurônico e outros componentes bioquímicos. Este líquido é responsável pela
lubrificação articular, amortecimento do impacto etc.

● As articulações quando passam por algum trauma produzem uma grande quantidade de líquido
sinovial, um processo que é chamado de derrame articular
● A produção de líquido sinovial pode estar diminuída em diabéticos, haja vista que a articulação sinovial
é, indiretamente, irrigada. A menor produção de líquido na articulação, é responsável pelas
articulopatias do diabético
● A articulação do joelho é do tipo complexa, em que quando aberta é possível notar os côndilos
femorais
- Imagem do joelho por radiografia anteroposterior e vista posterior do joelho
- O planalto tibial é a região mais proximal da tíbia e é onde se inserem o ligamento cruzado anterior e o
ligamento cruzado posterior
- Quais são as estruturas que mantém a união do fêmur com a tíbia e a fíbula?
● Primeiro: a superfície articular da tíbia e do fêmur são conectados por meio do ligamento cruzado
anterior e pelo ligamento cruzado posterior
● Segundo: sob o ponto de vista periférico, existe o ligamento colateral tibial e o ligamento colateral
fibular, unindo os 3 ossos
● Terceiro: os retináculos medial e lateral da patela
● Quarto: posteriormente existe o ligamento poplíteo oblíquo do joelho, o músculo poplíteo e a cápsula
articular
● Quinto: Ligamento transverso do joelho e ligamento meniscofemoral posterior
○ O ligamento transverso do joelho está entre os meniscos do joelho, os quais são extensões da
articulação e servem para aumentar a superfície articular
○ O ligamento meniscofemoral posterior liga, posteriormente, o fêmur ao menisco lateral
■ Ligamentos: Os ligamentos são úteis para unir superfícies, manter a estabilidade
dessas superfícies
● Os ligamentos são pouco irrigados e, por isso, regeneram-se com maior
dificuldade que os músculos. Nesse sentido, as lesões ligamentares exigem,
muitas vezes, procedimento cirúrgico com substituição do ligamento lesado por
um enxerto
- Olhando para a irrigação do joelho, é possível perceber a anastomose ao redor do joelho, a qual é exercida
pelas artérias geniculares: ​artéria genicular superior lateral​, ​artéria genicular superior medial do joelho​,
artéria genicular inferior lateral​, ​artéria genicular inferior medial​, ​artéria genicular média,​ ​artéria
recorrente da tibial anterior​ e ​ramo articular da artéria descendente do joelho
● Importância dessa circulação colateral do joelho: se um indivíduo tiver uma obstrução lenta e
progressiva, ele pode ter um aumento do calibre das artérias geniculares, aumentar o calibre da artéria
recorrente tibial e da artéria descendente do joelho, fazendo com que a circulação da perna e do pé
seja completamente perdida
● Assim, em situações crônicas, essa circulação colateral pode ser útil como circulação acessória. Em
situações agudas, essa circulação não é capaz de suprir a ausência do vaso de maior calibre, haja
vista que é preciso de um tempo para que haja a adaptação dos vasos colaterais
● Essas artérias colaterais estão entremeadas nos músculos do joelho, não sendo vistas na dissecação
Aula 8. Anterior de coxa
- Muitos elementos da parte anterior da coxa provém do retroperitôneo
● A formação do plexo lombossacro ocorre na pelve e dá origem ao nervo femoral

● O iliopsoas que estão no peritônio e se fixa junto ao trocanter menor do fêmur e é o principal
responsável pela flexão da coxa sobre o abdome
- A coxa possui uma grande quantidade de músculos, os quais são de extrema necessidade para a
bipedestação. Essa grande quantidade de músculos exige, desse modo, um grande aporte sanguíneo e uma
série de nervos para nutrir e coordenar essa musculatura.
- A coxa se fixa à articulação do quadril através da articulação coxo-femoral
- A coxa possui músculos extrínsecos [originam-se em outro lugar e se fixam na coxa] e músculos intrínsecos
[originam-se na coxa e se inserem na coxa] à coxa
● O músculo iliopsoas é um músculo extrínseco, tem origem no retroperitônio. Esse é um importante
músculo porque ele compõe o trígono femoral
○ O trígono femoral é uma calha que dá passagem ao nervo cutâneo femoral lateral, nervo
femoral, a veia femoral e a artéria femoral. Ele é superiormente formado pelo ligamento
inguinal, lateralmente pelo sartório, medialmente pelo músculo grácil e seu assoalho é formado
pelo iliopsoas e parte dos músculos adutores da coxa. O trígono da coxa dá espaço, ainda, ao
linfonodo de Cloquet
- Quando o iliopsoas se contrai, ele promove parte da rotação externa da coxa e parte da flexão da coxa
sobre o osso do quadril. Ajudando nesse processo, estão os músculos adutores, os quais se originam na face
medial do fêmur e se fixam na sínfise púbica
● Esses músculos, portanto, são responsáveis pela flexão da coxa sobre o quadril
- O ligamento inguinal liga a espinha ilíaca anterossuperior ao tubérculo púbico. Esse ligamento é rico em
tecido colágeno e marca a divisão entre o que é abdominal e o que é femoral
● O ligamento continua por baixo do tubérculo do osso do quadril como ligamento pectíneo

- O linfonodo de Cloquet é um importante linfonodo para verificação de processos metastáticos da coxa. Ele é
palpado muitas vezes durante o exame físico para este fim
- A hérnia femoral estrangula mais que a hérnia inguinal, haja vista que a hérnia inguinal passa pelo anel
inguinal, enquanto que a hérnia femoral passa espremida por baixo do ligamento inguinal
● Se o linfonodo de Cloque for invadido por tecido tumoral, ele fica muito aderido à superfície, impedindo
a formação de hérnia femoral. No entanto, em condições normais, o linfonodo de Cloquet é bastante
móvel, o que permite a formação de herniação na região, por deslocamento do linfonodo
- A fascia da coxa recore toda a musculatura da coxa e tem uma forte resitencia sobre os músculos, sendo
capaz de puxar toda a musculatura. A fascia, nesse sentido, desepenha um importante papel no que diz
respeito à uniºao dos músculos e à açao muscular coordenada
- Rebatendo a pele:
● Rebatendo a pele é possível encontrar o TCS, abaixo do qual, é possível confirmar a presença de 4
planos de estruturas
● O primeiro plano abaixo do TCS faz referencias às estruturas acima da fascia lata, em que é possível
verificar: crista ilíaca anterossuperior, nervo cutaneo femoral lateral, veia circunflexa ilíaca superficial,
ramos cutaneos anteriores do nervo femoral,veia safena magna (passando pelo hiato safeno)
○ A veia safena magna tem ramos, na coxa, da veia epigástrica superficial e da veia safena
acessória
● O segundo plano abaixo do TCS, faz referencia às estruturas que estao abaixo da fascia lata, onde é
possível evidenciar o músculo tensor da fáscia lata, músculo vasto lateral, músculo reto femoral,
músculo vasto medial, músculo sartório, músculo adutor longo, músculo grácil, artéria femoral,
músculo pectíneo,nervo femoral, veia femoral e músculo iliopsoas
● O terceiro plano de estruturas abaixo do TCS faz referencia às estruturas evidenciadas após a secçao
do músculo sartório e músculo reto femoral. Neste plano, pode-se evidenciar o músculo vasto
intermédio, o nervo safeno, o músculo adutor magno e o hiato dos adutores
○ O hiato dos adutores é formado pelo septo intermuscular vastoadutor e é por onde a veia e a
artéria femoral se posteriorizam
○ Pelo septo intermuscular vastoadutor passa a veia femoral, a artéria femoral e o nervo safeno,
mas apenas os vasos se posteriorizam. O nervo safeno continua na face anterior até a face
anterior do maléolo medial
○ Os ramos perfurantes da artéria femoral profunda podem ser evidenciadas no terceiro plano de
estrturas estao abaixo do músculo adutor longo
○ Os ramos do nervo obturatório podem ser evidenciados no terceiro plano de estrturas logo
abaixo do músculo pectíneo
● O quarto plano de estruturas abaixo do TCS faz referencia às estruturas que estao abaixo do vasto
medial, adutor curto e pectíneo, em que pode-se evidenciar o músculo adutor mínimo (parte do adutor
magno), músculo quadrado femoral e músculo obturador externo

- As artérias e as veias da coxa caminham sempre em uma relaçºao de proximidade. Nesse sentido, um
trauma que lesione a artéria também lesará a veia por proximidade, tendo uma perda vascular grave na
regiao
- A artéria femoral se divide em dois segmentos, uma profundo e um superficial e ela é responsável pela
irrigaçao de toda a coxa, tanto da face anterior quanto posterior
● O segmento superficial passa pelo hiato dos adutores e se posterioriza, chegando na fossa poplítea
sob o nome de artéria poplítea
● Da artéria femoral profunda saem a artéria circunflexa femoral lateral e a artéria circunflexa femoral
medial. Além dessas artérias, a artéria femoral profunda também se forma os vasos perfurantesos
quais ganham o compartimento posterior da coxa e a musculatura de Jarret
● Os ramos perfurantes da artéria femoral profunda se anastomosam com a poplítea e podem se
encontrar com a glútea superior. Assim, em casos de obstruçºao da artéria ilíaca, essa anastomose
pode ser uma importante rede colateral de circulaçºao para irrigar a coxa e perna. Essa rede de
anastomose é bastante importante

- O nervo femoral é formado no plexo lombosacral aravés da uniºao dos troncos de L2, L3 e L4
- Drenagem venosa da coxa: as veias recebem os mesmos nomes que as artérias. Sendo que as vias mais
distais desaguam na veia femoral, a qual após cruzar o ligamento inguinal é chamada de veia ilíaca
- A irrigaçºao da cabeça do femur é mais exuberante quanto mais jovem for o indivíduo. É por conta disso que
lesºoes de cabeça de femur depois de uma certa idade culmina com necrose de cabeça de femur
- Cerca de 2cm abaixo da espinha ilíaca anterossuperior é por onde passa o nervo cutaneo femoral anterior.
Assim, neste ponto, caso se infiltre anestésico, causa analgesia de toda a foce superficial anterior da coxa
Aula 9. Anterior e lateral de perna
- A face anterior da perna é responsável pela extensão, enquanto que a face lateral é responsável pela
eversão
● A fáscia da perna é bastante densa, com limites firmes, o que faz com que o risco de síndrome
compartimental seja bastante alto
○ Ela se espessa ainda mais nas regiões baixas, formando os retináculos
● O compartimento lateral da perna é formado pelo m. fibular longo e m. fibular curto
- O m. fibular terceiro e o m. extensor longo do hálux, posicionados na face anterior da perna, são unidos pelo
mesmo conjunto muscular
- Na anatomia de superfície da perna, pode-se evidenciar o m. fibular longo, a tuberosidade da tíbia, a veia
safena magna, a margem anterior da tíbia e os maléolos

- Retirando a pele
● Acima da fáscia​, é possível encontrar o ​ramo infrapatelar do nervo safeno​, o ​nervo safeno​, a ​veia
safena magna​, ​ramos do nervo cutâneo sural lateral​, o ​nervo fibular superficial​, ​nervo cutâneo
dorsal intermédio​ e ​nervo cutâneo dorsal medial
○ O n. fibular superficial se divide em n. cutâneo dorsal intermédio e n. cutâneo dorsal lateral
○ O nervo safeno caminha junto com a veia safena parva: ponto anatômico fixo de acesso
● Abaixo da fáscia, no segundo plano de estruturas​, é possível encontrar ​parte da tíbia​, ​músculo tibial
anterior​, ​m. extensor longo dos dedos​, ​músculo fibular curto​, ​músculo fibular longo​, ​nervo
fibular superficial​, ​músculo fibular longo​, ​parte da fíbula​, ​tendão do músculo extensor longo do
hálux​, ​retináculo superior dos músculos extensores

● Seccionando os músculos e os tendões​ do segundo plano, pode-se encontrar o terceiro plano de


estruturas: ​artéria tibial anterior​, ​nervo fibular​, ​ramo perfurante da artéria fibular​, ​artéria maleolar
anterior medial​, ​artéria maleolar anterior lateral
○ Neste plano é possível observar o nervo fibular se anteriorizando, logo abaixo da cabeça da
fíbula, e se dividindo em nervo fibular superficial e nervo fibular profundo. O n. fibular profundo
acompanha a artéria tibial anterior
○ O nervo fibular superficial passa entre o músculo fibular longo e músculo extensor longo dos
dedos, superficializando-se
- No compartimento lateral da perna, é possível encontrar o músculo fibular longo, o músculo fibular curto e o
nervo fibular superficial

-
Aula 9. Dorso do pé
- A região do pé faz referência a uma região terminal determinada por uma linha horizontal que passa pela
extremidade de ambos os maléolos
- Por definição, o pé é dividido em antepé, que engloba os metatarsos e falanges. E o retropé, que abriga o
tarso e a articulação do tornozelo
- Na anatomia de superfície, é possível ver:
● O relevo mais superficial de todos que corresponde à rede venosa dorsal do pé
○ Essa rede venosa é bastante importante como via de acesso. Embora seja uma importante via,
é inconcebível que essa prática seja feita em um hospital, visto que impede a deambulação do
paciente por muitos dias. Assim, é uma via de acesso de urgência
○ A rede venosa dorsal do pé tem uma continuação medial e uma continuação lateral. A
continuação lateral vai para a região posterior do maléolo- desemboca na veia safena parva,
enquanto que a continuação medial desemboca na veia safena magna
● É possível ver um relevo importante do tendão do extensor do hálux
● É possível encontrar o relevo da safena magna antes dela ser composta pela rede venosa dorsal do

● Superior e anteriormente ao maléolo pode-se ver o relevo do tibial anterior
● Lateralmente, com relação aos quatro dedos, pode-se ver os tendões do extensor longo e curto dos
dedos
● É possível ver, lateralmente, a tuberosidade do quinto metatarso
● A região anterior entre os dois maléolos é chamada de garganta do pé

- A loja anterior da perna é composta basicamente pelo músculo tibial anterior, pelo músculo extensor longo
do hálux, músculo fibular terceiro e músculo extensor longo dos dedos. E são esses elementos que passam
pela garganta do pé
- 3 origens principais de edema: origem cardiogênica, origem vascular e origem renal
- É importante avaliar bem as unhas e os espaços interdigitais do doente, a fim de procurar por alterações
típicas da doença atual ou de doenças prévias
- Casos de fratura exposta, exige-se acesso vascular
- O espaço entre o hálux e o segundo dedo, é possível encontrar o pulso da artéria dorsal do pé
- A artéria tibial anterior se divide em dois grandes ramos: artéria dorsal lateral do pé e artéria dorsal medial
do pé. O ramo lateral é o responsável pela irrigação dos 4 dedos, enquanto que a medial é responsável pela
irrigação do hálux
- Rebatendo a pele:
● Ao se rebater a pele, é possível encontrar o TCS
● Abaixo do TCS, encontra-se o primeiro elemento mais superficial que é a rede venosa dorsal do pé
○ A continuação medial da rede venosa dorsal do pé é a veia safena magna, enquanto que a
continuação lateral da rede venosa dorsal do pé é a veia safena parva
● Profundamente à rede venosa do pé, é possível encontrar a rede sensitiva dorsal do pé [a rede
sensitiva é bem mais profunda que a venosa], a qual é composta pelo nervo cutâneo dorsal medial,
nervo cutâneo dorsal intermédio, nervo safeno e nervo cutâneo dorsal lateral do pé
○ Pentabloqueio do pé: nervo tibial, nervo cutâneo dorsal medial, nervo cutâneo dorsal
intermédio, nervo safeno e nervo cutâneo dorsal lateral do pé
■ Consegue anestesiar o pé inteiro, podendo, inclusive, amputar um pé sem o paciente
sentir dor

● Abaixo da rede venosa dorsal do pé e abaixo da rede sensitiva dorsal do pé, é possível encontrar uma
fáscia que se especializa próximo à região dos maléolos, dando origem aos retináculos dos músculos
extensores. Esses retináculos são dois: retináculo superior dos músculos extensores e retináculo
inferior dos músculos extensores
○ Esses retináculos ajudam na manutenção da topografia dos tendões dos músculos anteriores
da perna
● Retirando-se a fáscia, é possível enxergar mais claramente os retináculos dos músculos extensores e
os tendões que passam por eles- os quais são: tendão do m. tibial anterior, tendão do m. extensor
longo dos dedos, tendão do m. extensor longo do hálux e tendão do m. fibular terceir

● Profundamente aos tendões do músculo extensor longo dos dedos e do tendão músculo fibular
terceiro, pode-se encontrar o músculo extensor curto dos dedos e o músculo extensor curto do hálux
○ Os extensores curtos podem ser usados para fazer autoenxerto em casos de lesões em outras
estruturas
● No mesmo plano dos extensores curtos, pode-se encontrar a artéria dorsal do pé e satélite a ela o
nervo fibular profundo
● Profundamente aos extensores curtos, é possível encontrar:
○ artéria társica lateral de onde saem as artérias metatarsicas dorsais
○ artérias tarsais mediais, artéria arqueada, artéria plantar profunda, ramos perfurantes
anteriores das artérias metatarsais plantares
○ músculos interósseos dorsais

- Numa vista lateral, é possível observar os tendões que se fixam no dorso do pé. Neste ângulo, pode-se
observar o tendão do músculo fibular curto (fixando-se na tuberosidade do quinto metatarso), tendão do
músculo fibular longo (passa pela tuberosidade do quinto metatarso, ganha a planta do pé e se fixa na
primeira articulação metatarsofalangeana), tendão do músculo fibular terceiro (fixa-se em partes na
tuberosidade do quinto metatarso)
● Existem bolsas sinoviais nesta região: uma supramaleolar, uma subcalcaniar, e uma infracalcaniar
- Numa vista medial, pode-se encontrar o tendão do músculo tibial posterior , o tendão do músculo flexor
longo dos dedos, a artéria tibial posterior, o nervo tibial e o tendão do músculo flexor longo do hálux
★ Compartimento lateral do pé: Estruturas laterais e anteriores
★ Compartimento medial do pé: Estruturas posteriores
- Existe uma articulação entre a tíbia e a fíbula chamada de sindesmose tibiofibular distal, a qual é importante
porque se o indivíduo fizer uma fratura no espaço que acomete a sindesmose tibiofibular distal,
provavelmente ele terá um desarranjo entre a articulação que une os dois ossos. Essa instabilidade leva a
uma perda funcional importante do membro, obrigando procedimento cirúrgico
- Ossos e ligamentos do pé: de lateral para medial e posterior para anterior
● Calcâneo, tálus
● Cuboide, navicular
● Cuneiformes (lateral, intermédio, medial)
● Metatarsos (tuberosidade do quinto metatarso)
● Falanges
- Algumas lesões ligamentares exigem cirurgia porque geram uma instabilidade muito grande ao membro
Aula 11. Axila

- O membro superior é bastante importante na bipedestação e na distribuição do peso durante a marcha


- Em termos de amplitude, a amplitude do membro superior é bem maior que a do membro inferior. Essa
amplitude é baseada, especificamente, numa característica bastante importante da articulação escápulo
umeral, a qual é uma articulação complexa baseada na articulação de um osso- a escápula- com o dorso sem
que haja ligamentos unindo a escápula ao dorso. Sendo assim, essa articulação é, do ponto de vista
morfofuncional, essencialmente muscular. Essa particularidade da articulação garante a grande amplitude de
movimento do membro superior

- O músculo deltóide é capaz de limitar o movimento da escápula


- No membro superior, chegam elementos nobres: elementos vasculares que vêm da cavidade torácica e
elementos neuronais que vêm da cervical
- A região cérvico-braquial, é uma região que demonstra a união do membro superior ao pescoço e que ilustra
o trajeto do plexo braquial
● Lesões graves de hiperextensão do membro superior podem desinserir o plexo braquial das raízes de
seus ramos ventrais, fazendo com que essas estruturas sejam arrancadas da medula. Essa condição
leva a uma perda neuronal total do membro superior, sendo indicação absoluta de amputação, haja
vista que a perda neuronal impede a manutenção da integridade fisiológica do membro
● O plexo braquial possui ramos de C5, C6, C7, C8 e T1, em que C5 e C6 formam o tronco superior, C7
forma o tronco médio e C8 e T1 formam o tronco inferior
- A axila marca a união da região braquial à região cervical ou torácica
● Ela tem uma estrutura piramidal e tem como parede os músculos e suas fáscias
● De superficial para profundo, a região axilar apresenta uma pele fina com ampla mobilidade. Ela
apresenta um tecido subcutâneo que pode ser exuberante ou não dependendo do tipo físico do
indivíduo
- Anatomia de superfície:
● É possível encontrar o relevo muscular do deltóide
● É possível notar o relevo da clavícula
● É possível encontrar o relevo da veia cefálica
● O processo coracóide também pode ser palpado

- Rebatendo a pele:
● Rebatendo a pele, mais fina que das regiões posteriores, é possível encontrar o TCS que varia
conforme o tipo físico do indivíduo
● Abaixo do TCS, é possível encontrar o trígono clavodeltopeitoral (por onde passa a veia cefálica)
○ Nesse trígono clavodeltopeitoral, é possível encontrar os nervos supraclaviculares que dão a
inervação sensitiva de toda a região do trígono. Assim, esse trígono é importante porque ela é
uma importante região de acesso venoso central, por conta do acesso à veia cefálica -que
deságua na veia axilar- e porque essa região pode ser acessada para bloqueio dos nervos
supraclaviculares
● Nesse mesmo plano, é possível encontrar os nervos supraclaviculares medial, intermédio e lateral

● Retirando-se a fáscia, é possível encontrar o músculo peitoral maior e, profundamente a ele, o


músculo peitoral menor
● Profundamente ao músculo peitoral menor, é possível encontrar o feixe vásculonervoso do pescoço
○ Feixe vásculo nervoso abarca veias, artérias, nervos e linfáticos
○ O tiro com um projétil na região do trígono clavodeltopeitoral pode romper com as estruturas
nobres superficiais e profundas
■ Um tiro nessa região rompe o vasos, desloca-o para o tórax fazendo com haja
sangramento na cavidade torácica. Esse sangramento causa hemotórax
- Assim, a parede anterior é formada pelo músculo peitoral maior e músculo peitoral menor . A parede
posterior é formada pelo músculo subescapular. A parede lateral é formada pelo sulco intertubercular do
úmero. E, a parede medial é formada pelos músculos intercostais e serrátil anterior
- O ápice da axila é formado por um espaço limitado pela primeira costela (não palpável), a clavícula e a
escápula. A base da axila é formada pela fáscia axilar e pela gordura da região
- Na parede medial da axila, caminha o nervo torácico longo sobre o músculo serrátil anterior
● Esse nervo se situa posteriormente à linha axilar média. Assim, durante a drenagem do pneumotórax
pode haver lesão do nervo se a drenagem for feita posteriormente à linha axilar média e não
anteriormente
● A lesão do nervo torácico longo faz com que o músculo serrátil seja paralisado. Tendo em vista que
esse músculo movimenta a escápula, quando ele está paralisado a escápula fica alada (se descola da
parede e fica solta)
- Retirando-se os ossos do gradil costal, é possível observar o tronco braquiocefálico da aorta: de onde saem
a artéria carótida comum e a artéria subclávia. Esse tronco fica na mesma direção da primeira costela. Assim,
lesões de primeira e segunda costela são gravíssimos porque podem lesar o tronco braquiocefálico e a veia
cava superior.
● Artéria subclávia→ Artéria axilar→ Artéria braquial

- Nessa região, é possível encontrar de superior para inferior o plexo braquial e a artéria axilar, os quais
passam posteriormente ao músculo escaleno anterior. Anteriormente ao músculo escaleno anterior, é
possível localizar a veia axilar, na mesma direção da artéria axilar. Portanto, plexo e artéria estão atrás do
músculo e a veia está à frente.
- Tumores de ápice pulmonar pode causar compressão ou destruição dos arcos costais
● Tumor de Pancoast pode levar à Síndrome de Claude Bernard Horner: associação dos sintomas como
queda da pálpebra superior (ptose), pupila retraída (miose), recuo do globo ocular na órbita
(enoftalmia) e ausência de sudorese. Essa síndrome é causada pela compressão do sistema nervoso
simpático cervical

- Os ramos cervicais dorsais e os ramos ventrais que saem da medula são nervos mistos. Os ramos ventrais,
com o maior número de raízes nervosas em comparação com a dorsal, darão origem ao plexo braquial, o qual
é formado, normalmente, por uma troca de fibras entre os ramos de C5, C6, C7, C8 e T1.
● Os ramos ventrais vão se unir, formando os 3 troncos: tronco superior, tronco médio e tronco inferior
do plexo braquial
● Os troncos começam a expressar a distribuição das fibras que irão para a região anterior e posterior
do membro superior. Esses ramos continuam a trocar fibras até chegar na direção da artéria
subclávia. Quando chegam na direção da subclávia, esses ramos são chamados de fascículos e
nomeados em relação à subclávia. Assim, temos o fascículo posterior [à subclávia], o fascículo medial
[à subclávia] e o fascículo lateral [à subclávia]
○ Do fascículo posterior vão sair ramos posteriores para o membro superior
■ Nervo radial
● TUDO O QUE É RADIAL VISUALIZE UMA PESSOA COM ESCUDO
■ Nervo axilar
○ Do fascículo lateral vão sair ramos laterais para o membro superior
■ Nervo musculocutâneo
○ Do fascículo medial vão sair ramos mediais para o membro superior
■ Nervo ulnar
★ Nervo mediano recebe contribuição do fascículo lateral e do fascículo medial
● Resumindo: Ramos de ventrais→ tronco→ chega na subclávia→ fascículos em relação à subclávia
→ nervos para o membro superior
- Paralisia em escudo: paralisação do nervo radial
- Bainha axilar: envolve o plexo braquial e a artéria subclávia
● Durante a infiltração de anestésico no plexo braquial, entre o músculo escaleno anterior e o músculo
escaleno médio, o anestesista pode infiltrar anestésico nessa bainha, fazendo com que todos os
ramos sejam anestesiados com o procedimento local
- Lesões vasculares da artéria subclávia podem causar lesões neuronais associadas por conta da relação de
proximidade existente entre os nervos e o vaso
- Hiato interescalênico é um hiato formado entre o músculo escaleno anterior e o músculo escaleno médio.
Essa informação é importante porque fraturas da primeira costela pode causar lesão do feixe vásculonervoso
da região
- Passando por entre os troncos do plexo braquial e as suas divisões, é possível encontrar uma artéria que é
ramo da subclávia: a artéria cervical transversa. Assim, em momentos que o indivíduo tem arrancamento do
plexo braquial por trauma, ele pode ter um hematoma nessa região causado por lesão desses vasos que
circundam a formação dos troncos à fascículos
● Nesse tipo de arrancamento, é feito um “furo” na artéria subclávia por lesão da artéria cervical
transversa, o que causa um intenso sangramento na região, podendo ocorrer um edema capaz de
deslocar a traqueia, por exemplo. Deslocando a traqueia, os sintomas de dispneia e alteração da voz
serão mencionados
- Veias torácicas laterais: caminham na parede lateral do tórax, as quais fazem parte de um componente de
veias importante em que, numa obstrução lenta e progressiva da veia cava superior OU da veia cava inferior,
elas podem aumentar de tamanho, a fim de redirecionar o fluxo sanguíneo na ausência do fluxo da cava
● Esse sistema é fundamental na manutenção da circulação mesmo na ausência do sistema cava

- Ramos cutâneos dos nervos intercostais, sendo que o nervo do segundo espaço intercostal se chama nervo
intercostobraquial. Ele é facilmente identificado porque passa por sobre a face musculotendínea do latíssimo
do dorso→ portanto, é nesse ponto anatômico que se faz bloqueio anestésico
- Linfonodos axilares e drenagem venosa

- Lesão em casca de laranja quando tem câncer de mama: o tumor vai puxando os septos das fáscias,
fazendo com várias depressões na pele sejam geradas, o que confere o aspecto de casca de laranja
- Quando se faz extensão do membro superior, a clavícula se levanta, o que aumenta o espaço do assoalho
axilar. Assim, os tumores axilares ficarão mais visíveis. Em alguns casos esse assoalho axilar não aumenta
quando se faz a extensão dos membros, indicando a existência de algum problema na região
Aula 12. Braço
- A região do braço é limitada superiormente por uma linha horizontal que passa pela linha de inserção distal
do deltóide. É limitado inferiormente por uma linha horizontal que passa de 2 a 3 centímetros acima da prega
do cotovelo
- A pele da região é bastante fina, principalmente do compartimento medial. Isso acontece por conta da ampla
mobilidade da região
- Anatomia de superfície
● É possível encontrar os relevos da veia cefálica (lateral) e veia basílica (medial)
● Anteriormente, observa-se o relevo do músculo bíceps braquial
● Posteriormente, é possível observar o relevo formado pelo tríceps braquial
● Na face posterior, logo acima da fossa cubital, é possível observar os relevos musculares formados
pelo músculo braquiorradial e músculo extensor radial longo do carpo

- A inervação sensitiva da face medial do braço provém do nervo intercostobraquial, do nervo cutâneo medial
do braço e nervo cutâneo medial do antebraço. Esses nervos são ramos do fascículo medial do plexo braquial
- A loja anterior do braço é inervada pelo nervo musculocutâneo, inervando o músculo bíceps braquial, o
músculo coracobraquial e o músculo braquial
- O nervo cutâneo posterior do braço, que se origina do nervo radial, pode ser localizado na face posterior,
abaixo da prega deltóidea na loja medial do braço
● Numa secção profunda da face posterior do braço, abaixo da cabeça lateral do músculo tríceps
braquial, é possível encontrar o nervo radial se posteriorizando (abaixo do músculo redondo menor). É
por conta dessa posteriorização que as lesões de nervo radial causam perda da sensibilidade em
escudo
- Rebatendo a fáscia da região do braço:
● Em sua porção mais medial, é possível encontrar o conjunto da artéria braquial, o nervo mediano, o
nervo ulnar, veias braquiais, veia basílica (que no terço medial do braço desemboca mais
profundamente). No relevo muscular do músculo bíceps braquial, é possível encontrar a veia cefálica
○ A veia cefálica pode estar ausente dependendo do indivíduo
○ A veia basílica dificilmente está ausente

● O septo intermuscular medial do braço é capaz de dividir o braço em loja anterior e loja posterior. Em
que a loja anterior é composta pelo músculo bíceps braquial e o músculo braquial e a loja posterior
pelo tríceps braquial, principalmente. Entre essas duas lojas é que passa o nervo musculocutâneo
- Ao longo do úmero, é possível notar uma relação de proximidade entre a porção medial do osso com o feixe
vasculonervoso do braço. Isso quer dizer que em fraturas com deslocamento medial do úmero, pode haver
lesão neurovascular grave do braço
● Fratura do colo cirúrgico do úmero pode haver lesão de artéria axilar
● Fratura do segundo terço do úmero com deslocamento medial pode haver lesão neurovascular em
torno do braço
- Abaixo do bíceps braquial, é possível localizar o nervo musculocutâneo, o qual é responsável pela inervação
de toda a loja anterior do braço.
● Após inervar o músculo bíceps braquial e o músculo braquial, o nervo musculocutâneo se ramifica em
dois nervos cutâneos: nervo cutâneo lateral do antebraço e nervo cutâneo medial do antebraço

- Num corte posterior, é possível encontrar abaixo do músculo deltóide o nervo axilar e a artéria circunflexa
posterior do úmero, os quais têm relação de proximidade com o colo cirúrgico do úmero
- Posteriormente e abaixo do músculo tríceps braquial, é possível encontrar o nervo radial, passando
posteriormente ao terço médio do úmero e se distribuindo lateralmente
● Fraturas do terço superior médio do úmero pode lesar o nervo radial e a artéria braquial profunda

- Resumo:
● Fratura do colo cirúrgico do úmero: lesão do nervo axilar e da artéria circunflexa posterior do úmero
● Fratura de primeiro terço do úmero com deslocamento medial: lesão de nervo radial e artéria braquial
profunda
● Fratura do segundo terço do úmero: lesão do nervo musculocutâneo e artéria braquial
- Ao infiltrar anestésico no epicôndilo lateral do úmero, é possível anestesiar o nervo cutâneo lateral do
antebraço
- Passando em continuidade ao fascículo medial, caminhando na face medial do braço, perfurando o septo
intermuscular medial e caminhando posteriormente ao epicôndilo medial do úmero, é que se encontra o nervo
ulnar
● Fraturas com deslocamento posterior do epicôndilo medial, pode lesar o nervo ulnar

- Fratura com deslocamento anterior do epicôndilo lateral pode lesar o nervo radial e nervo cutâneo leateral
do antebraço
- A cabeça longa do bíceps braquial se fixa ao tubérculo supraglenoidal do úmero e a cabeça curta se fixa no
processo coracóide da escápula

- Ao lado da artéria braquial caminham as veias braquiais


- Posição de acesso da veia basílica:
● Primeiro ponto: tendão do bíceps braquial→ A
● Segundo ponto: porção mais protrusa do epicôndilo medial→ B
● Terceiro ponto: linha horizontal que passa pela prega do cotovelo→ C
● Entre A e B existe uma distância D. No ponto D/2, deve-se projetar uma distância D para a porção
superior do braço
- Posição de acesso à veia safena magna:
● Primeiro ponto: espinha ilíaca anterossuperior→ A
● Segundo ponto: tubérculo púbico→ B
● Projeta a distância AB na face lateral da coxa→ C
● Faz um triângulo com os pontos A, B e C. Divide a linha BC em três: lateral, intermédio e medial. Entre
a divisão medial e a intermédia é que passa a veia safena magna
Aula 13. Fossa cubital e antebraço
1. Fossa Cubital
- Região da fossa cubital: superiormente por uma linha horizontal que passa de 2 a 3 centímetros acima da
prega do cotovelo e inferiormente por uma linha horizontal que passa de 2 a 3 centímetros abaixo da prega do
cotovelo
- A pele da região da fossa cubital é bastante fina em comparação com o restante dos membros; isso
acontece pela ampla mobilidade que existe nessa região
- Através do acesso anestésico à fossa cubital, é possível bloquear todo o antebraço
- Por transparência, é possível ver na fossa cubital o M venoso do cotovelo, o qual é formado pela união da
veia cefálica e da veia basílica por meio da veia intermédia do cotovelo

- Os nervos estão mais profundos às veias, por isso apenas essas podem ser vistas por transparência na pele
- As informações de anatomia de superfície permitem que haja o estabelecimento de pontos anatômicos fixos,
os quais são essenciais na infiltração de anestésicos, por exemplo. Assim, ao se ter conhecimento da posição
da veia cefálica, sabe-se que o nervo cutâneo lateral do antebraço [proveniente do nervo musculocutâneo]
situa-se na porção imediatamente medial em relação à veia cefálica
- Na mesma direção do epicôndilo lateral do úmero, é possível encontrar o nervo cutâneo posterior do
antebraço [provém do nervo radial]
- Posteriormente ao epicôndilo medial, é possível infiltrar no nervo ulnar
- Anteriormente ao epicôndilo medial, é possível bloquear com anestésico o ramo posterior do nervo cutâneo
medial do antebraço
- No ponto médio existente entre o tendão do bíceps braquial e o epicôndilo medial, é possível encontrar o
nervo mediano
- O conhecimento dessa anatomia é importante para permitir que o acesso venoso seja feito da forma menos
dolorosa possível. Assim, pode-se perceber que o ponto de acesso menos doloroso é o da veia cefálica, visto
que possui menos inervação em relação à veia basílica
- Rebatendo a pele e o TCS:
● Pode-se observar, mais superficialmente, a veia basílica, a veia cefálica, a veia intermédia basílica e a
veia intermédia cefálica. Profundamente a esses vasos, pode-se encontrar, de medial para lateral, o
ramo posterior do nervo cutâneo medial do antebraço, ramo anterior do nervo cutâneo medial do
antebraço, nervo cutâneo lateral do antebraço e nervo cutâneo posterior do antebraço
● Abaixo desses estruturas vasculares e nervosas, pode-se encontrar a fáscia da fossa cubital
● Abaixo da fáscia, é possível encontrar, de lateral para medial, o tendão do músculo bíceps braquial, a
artéria braquial, a artéria radial, a artéria ulnar, a veia braquial, a veia radial, a veia ulnar, nervo ulnar,
nervo mediano e músculo braquial
○ O tendão do bíceps braquial emite um prolongamento que se estende por sobre a extremidade
distal da fossa cubital que se chama lacertus do bíceps. O lacertus é um prolongamento do
tendão do bíceps que se confunde com a fáscia da região do antebraço.
○ No septo intermuscular lateral do braço, entre o músculo braquial e a cabeça lateral do
músculo tríceps braquial, é possível encontrar o nervo radial. Assim, pode-se entender que o
nervo radial, por se localizar na parede da fossa cubital, faz parte da massa lateral e, portanto,
não pertence à fossa cubital

● No mesmo plano, logo acima da fáscia, é possível encontrar distalmente à prega do cotovelo, o
músculo pronador redondo [medial] e o músculo braquiorradial [lateral].
○ Limite medial: pronador redondo.; limite lateral: músculo braquiorradial; o limite proximal é uma
linha que une os dois epicôndilos; o assoalho é o músculo braquial e o músculo supinador.;
Teto: fáscia braquial e o lacertus bicipital,
- O lacertus bicipital mantém na topografia os vasos braquiais e o nervo mediano
- Resumindo, o conteúdo do fossa cubital de lateral para medial: tendão do músculo bíceps braquial, vasos
braquiais e nervo mediano
- A artéria específica mais calibrosa e que sai da artéria braquial é a artéria ulnar. A artéria radial normalmente
se chama colateral. Assim, a artéria radial, junto com a veia safena magna e a artéria torácica interna ou
mamária longa, é escolhida para revascularização cardíaca
- O nervo mediano transita entre a porção superficial e profunda do músculo pronador redondo
- Circulação colateral ao redor do cotovelo, de lateral para medial, é formado pela artéria recorrente radial,
artéria colateral média, artéria recorrente ulnar [ramo posterior e ramo anterior]. Além dessas, pode-se
encontrar a artéria colateral ulnar superior, a artéria colateral ulnar inferior e a artéria recorrente interóssea
● Assim, numa obstrução lenta e progressiva dos grandes vasos, estas artérias colaterais passam por
um processo de aumento da luz, possibilitando uma efetiva circulação colateral na região
● Fraturas supracondilianas de úmero podem cursar com deslocamento anterior do osso pode causar
lesão da artéria braquial e do nervo mediano

2. Antebraço
- O antebraço possui um conjunto de músculos anterolaterais [supinadores e extensores], um conjunto de
músculos anteromediais [pronadores e flexores] e um conjuntos de músculo posteriores [essencialmente
extensores]
- Lojas do antebraço:
● Loja anterior​: Pronador Redondo; Flexor Radial do Carpo; Palmar Longo; Flexor Ulnar do Carpo;
Flexor Superficial dos Dedos; Flexor Profundo dos Dedos; Flexor Longo do Polegar; Pronador
Quadrado
● Loja lateral​: Braquiorradial; Extensor Radial Longo do Carpo; Extensor Radial Curto do Carpo;
Supinador
● Loja posterior​: Extensor dos Dedos; Extensor do 5º Dedo; Extensor Ulnar do Carpo; Ancôneo;
Abdutor Longo do Polegar; Extensor Curto do Polegar; Extensor Longo do Polegar; Extensor do 2º
Dedo (Index)
- O sistema venoso profundo carrega muito mais sangue que o sistema venoso superficial não por conta do
calibre dos vasos, mas por conta de que a área de secção transversa do sistema venoso profundo é muito
maior que a do sistema venoso superficial
● Por conta disso, é que as veias superficiais podem ser dissecadas e usadas para revascularização
sem que haja prejuízo funcional ao indivíduo
- As lesões por amputação do antebraço são muito frequentes. Para tanto, é preciso cuidado do membro que
foi retirado e do coto. É preciso colocar uma compressa ao redor do coto para evitar a trombose dos vasos
- A região do antebraço é limitada proximalmente por uma linha que passa de 2 a 3 centímetros abaixo da
prega do cotovelo e limitada distalmente por uma linha que passa 2 centímetros acima da linha do punho
- A loja medial do antebraço é inervada principalmente pelo ulnar e pelo nervo mediano (músculo flexor
profundo dos dedos)
- As lojas lateral e posterior são inervadas pelo nervo radial
- Nos ⅔ proximais, os ossos rádio e ulna se encontram envolvidos por diversos músculos e no terço distal há
predominância de tendões filiformes
● Portanto, fraturas de antebraço são mais comuns no terço distal devido à menor proteção muscular
● Além disso, pode-se entender que as fraturas nos terços proximais provém de traumas de grande
impacto
- Rebatendo a pele e o TCS:
● Vista anterior: músculos flexores
○ Primeiro plano (superficial à fáscia): de lateral para medial e crânio-caudal
■ Nervo cutâneo posterior do antebraço, veia cefálica acessória, veia cefálica do
antebraço, nervo cutâneo lateral do antebraço, veia interóssea do antebraço, ramo
anterior do nervo cutâneo medial do antebraço, ramo posterior do nervo cutâneo medial
do antebraço, veia basílica do antebraço, ramo superficial do nervo radial
● No terço distal do antebraço, a veia cefálica e a veia basílica se situam na região
posterior, visto que são proveniente da rede venosa dorsal da mão
● Punho: ramo palmar do nervo medial e ramo palmar do nervo ulnar

○ Segundo plano (profundo à fáscia)


■ Músculo braquiorradial, artéria radial , músculo pronador redondo, músculo flexor radial
do carpo, músculo palmar longo, músculo flexor superficial dos dedos, músculo flexor
ulnar do carpo
○ Terceiro plano (profundo ao m. flexor radial, m. pronador redondo e m. palmar longo)
■ ramo profundo do nervo radial, artéria radial, músculo flexor superficial dos dedos,
músculo flexor longo do polegar, nervo mediano, artéria ulnar, nervo ulnar
● O nervo mediano está situado na porção distal do antebraço e lateralmente ao
tendão do músculo palmar longo
● A artéria radial está muito próxima ao rádio, enquanto que a artéria ulnar não
muito. Assim, fraturas de cabeça do rádio podem lesar a artéria radial [a qual
tem o seu pulso palpável quando pressionada contra o osso]
○ Levando-se em consideração que as fraturas de antebraço mais comuns
são as distais, é considerável que haja lesão de artéria radial quando há
trauma de antebraço, visto que a porção da artéria radial que está com
um contato mais próximo do osso é a porção distal
○ Quarto plano (profundo ao m. flexor superficial dos dedos)
■ Músculo supinador, artéria interóssea anterior, nervo interósseo anterior, músculo
pronador quadrado, músculo flexor profundo dos dedos
● Vista posterior: músculos extensores
○ Primeiro plano: superior à fáscia
■ ramo posterior do nervo cutâneo medial do antebraço, veia basílica do antebraço, ramo
dorsal do nervo ulnar,nervo cutâneo posterior do antebraço, veia cefálica acessória,
ramo posterior do nervo cutâneo lateral do antebraço, veia cefálica do antebraço e ramo
superficial do antebraço
○ Segundo plano: inferior à fáscia
■ Músculo ancôneo, músculo extensor ulnar do carpo, músculo extensor do dedo mínimo,
músculo extensor dos dedos, músculo extensor radial curto do carpo, músculo extensor
radial longo do carpo, músculo abdutor longo do polegar, músculo extensor curto do
polegar
● O músculo extensor do dedo mínimo e músculo extensor dos dedos possui
fibras musculares confluentes

○ Terceiro plano: profundos ao extensor dos dedos, extensor do dedo mínimo e extensor ulnar
do carpo
■ Músculo supinador, artéria recorrente interóssea, artéria interóssea posterior, nervo
interósseo posterior, músculo extensor longo do polegar, músculo extensor do indicador
Aula 14. Mão
- A mão pode ser definida como a extremidade distal do membro superior situada a partir de uma linha
transversal que passa pelo limite distal do punho
- A mão pode ser subdividida em:
● Carpo (porção mais proximal)
● Metacarpo
● Dedos (porção mais distal)
- O dorso da mão possui uma pele mais fina quando comparada à palma da mão, a qual estica com a flexão
dos dedos→ isso é importante para a apreensão dos objetos
- Com a idade, há perda do colágeno, o que faz com que o dorso da mão se torne bastante fino e sensível
- Anatomia de superfície: Veias que formam a rede venosa dorsal da mão; tendões dos extensores que se
fixam no punho; tendões dos extensores do polegar
- ​A rede venosa dorsal da mão​: estende-se pela parte proximal dos dedos, nas falanges proximais,
principalmente do segundo ao quinto dedo
● Essa rede venosa é formada pelas veias metacarpais dorsais
● A continuidade lateral origina a veia cefálica e a continuidade medial origina a veia basílica

1. Punho
- Profundamente à rede venosa e ainda anterior à fáscia, está o ​ramo superficial do nervo radial
[distribui-se aos 3 primeiros dedos] e o ​ramo dorsal do nervo ulnar​ [distribui-se aos 2 últimos dedos]
- Profundamente à fáscia, é possível encontrar, no punho, os tendões:
● Tendões do polegar: tendão do músculo extensor longo do polegar, tendão do músculo abdutor longo,
tendão do músculo abdutor curto
● Extensores do carpo: tendão do músculo extensor longo radial do carpo, tendão do músculo extensor
curto radial do carpo, tendão do músculo extensor dos dedos, tendão do músculo extensor do dedo
mínimo
○ Os tendões do músculo extensor longo dos dedos pode ser usado para autoenxerto porque é
duplo

- Tabaqueira anatômica: Quando o polegar é estendido, surge uma cavidade triangular entre o ​tendão do
extensor longo do polegar​, medialmente e os ​tendões do extensor curto do polegar​ e ​abdutor longo do
polegar​ lateralmente. O assoalho da tabaqueira anatômica, formado pelos ossos escafóide e trapézio, é
cruzado pela artéria radial enquanto segue diagonalmente a partir da face anterior do rádio até a face dorsal
da mão
● A artéria radial fica no assoalho da tabaqueira anatômica e perfura o primeiro espaço interósseo dorsal
para ganhar o compartimento profundo. Ela origina o ramo carpal dorsal da artéria radial, que se
anastomosa com o ramo carpal dorsal da artéria ulnar. A união desses dois ramos carpais formam
uma importante via de circulação colateral na mão

2. Palma e dorso da mão


- Ao rebater a pele, deve-se procurar os nervos digitais próprios e os vasos que estão na região→ Os vasos
são mais profundos que os nervos
- Não deve infiltrar anestésico em extremidades: isquemia do local→ absorção lenta→ necrose
- O certo é infiltrar anestésico nos espaços interdigitais pelo bloqueio dos nervos digitais próprios→ tem tecido
conjuntivo frouxo→ o anestésico se difunde→ analgesia do dedo todo
- Músculo cuticular: tem origem e inserção na tela subcutânea. Exemplos: músculo palmar curto; músculos da
face
- Ramos do nervo ulnar:
● Ramo cutâneo dorsal→ supre a metade medial do dorso da mão, o quinto dedo e a metade medial do
quarto dedo
● Ramo superficial do nervo ulnar→ envia ramos cutâneos para as faces anteriores do dedo mínimo e
da metade medial do dedo anular
● Ramo profundo do nervo ulnar→ inerva os músculo hipotenares, os dois músculos lumbricais mediais,
o músculo adutor do polegar, a cabeça profunda do flexor curto do polegar e todos os músculo
interósseos
- Músculos da região tenar: músculo ​abdutor Curto do Polegar; músculo flexor Curto do Polegar, músculo
oponente do Polegar; músculo adutor do Polegar
- Músculos da região hipotenar: músculo palmar Curto, músculo abdutor do Mínimo, músculo flexor Curto do
Mínimo, músculo oponente do Mínimo
- Músculos da região palmar média: músculo Lumbricais; músculos Interósseos Palmares; músculos Interósseos
Dorsais

- Retirando-se a aponeurose palmar, encontra-se o arco palmar superficial e em volta dele as veias que foram os
arcos venosos palmares, nervo ulnar (ramo superficial e profundo) e o nervo mediano
● O nervo mediano é conteúdo do túnel do carpo. Existe o ramo palmar do nervo mediano que passa por
cima do retináculo dos músculo flexores
● O ramo palmar do nervo mediano pode ser lesado em cirurgias de correção da síndrome do túnel do carpo,
por conta da liberação do retináculo, podendo seccionar o nervo durante o procedimento. Essa lesão faz
com que haja perda de sensibilidade da região palmar e possível evolução com neuroma (tumor formado
por células nervosas), devido à dor crônica

- Retirando-se o tendão dos músculo flexores superficiais dos dedos, os tendões do músculo flexor profundo
dos dedos e o tendão do músculo flexor longo do polegar, encontra-se o arco arterial palmar profundo, o qual
é formado basicamente pela artéria radial
- O arco palmar superficial é formado pela artéria ulnar e pelo ramo colateral da artéria radial. Enquanto que o
arco palmar profundo é formado pela artéria radial e pelo ramo colateral da artéria ulnar
- Anastomose palmar: Existe uma ampla anastomose entre as artérias metacarpais palmares (do arco arterial
profundo) e as artérias digitais palmares comuns (do arco arterial superficial). Com a movimentação da mão,
vários ramos são ocluídos e a manutenção da circulação ocorre por conta das anastomoses
- Bainhas sinoviais:
● São envelopes que envolvem os tendões e são responsáveis pela produção de líquido sinovial
○ Bainha radial: do polegar
○ Bainha ulnar: do quinto dedo
○ Bainha do segundo, terceiro e quarto dedo: restritas aos próprios dedos
■ As bainhas radial e ulnar se comunicam e chegam até o antebraço. Assim, infecções do
polegar podem atingir o quinto dedo e o antebraço, enquanto que infecções no
segundo, terceiro ou quarto dedos ficam restritas ao local

- Unhas:
● Eponíquio: cutícula ou camada fina situada na borda das unhas das mãos e dos pés
● Hiponíquio: faz a ligação entre o leito ungueal e a polpa digital da unha
- Paroníquia: infecção ao redor da unha (cutícula com pus) → tratamento: incisão na pele paralela em relação
à unha

- Túnel do carpo: é um túnel formado, superficialmente, pelo retináculo dos flexores e profundamente pelos
ossos que compõem o carpo
● O conteúdo do túnel do carpo: tendão do músculo flexor superficial dos dedos, tendão do músculo
flexor profundo dos dedos, tendão do músculo flexor longo do polegar e o nervo mediano

- O tendão do músculo flexor superficial dos dedos se fixa na falange média, enquanto que os tendões do
músculo profundo dos dedos se fixa na falange distal. Assim, se a pessoa consegue fazer flexão da falange
distal é porque os tendões do músculo flexor profundo dos dedos estão preservados
Vértebras​:
- Um adulto possui em geral 33 vértebras: 7C, 12T, 5L, 5S e 4C
- A vértebra típica é composta de um corpo, um arco e sete processos
- O arco está localizado posteriormente ao corpo e é composto por 2 pedículos e 2 lâminas que se
encontram. A parede posterior do corpo vertebral e o arco formam o forame vertebral, por onde passa
a medula
- Os pedículos possuem entalhes, superior e inferiormente, chamados de incisuras. Essas incisuras se
combinam de forma adjacente, formando os forames intervertebrais, através dos quais os nervos
emergem da coluna

1. Cervicais​: São as menores dentre as 24 vértebras móveis


- Fatores relacionados com a sua maior mobilidade: tamanho menor, orientação
horizontal quase invisível das faces articulares e pequena massa corporal
adjacente
- A característica mais típica delas é forame transversário no processo transverso,
onde passam veias e artérias vertebrais, exceto no CVII, onde passam apenas
pequenas veias
- Os processos transversos possuem tubérculos, anterior e posterior, os quais
servem como ponto de fixação para os músculos levantadores da escápula e
escaleno.
- Entre os tubérculos também passam os ramos anteriores dos nervos
espinais cervicais (por isso chamado de sulco do nervo espinal)
- Em CVI, o tubérculo anterior é chamado de carótico por ser um local
onde a carótida pode ser comprimida
- Vértebras típicas: de C3 a C6: essas vértebras possuem o processo espinhoso
bífido com frequência
- C7 possui um processo espinhoso bastante proeminente
- Vértebras atípicas: C1 e C2
- C1​: Não possui processo espinhoso e nem corpo, apenas dois arcos que
se fundem, em que as suas faces articulares se articulam com os
côndilos occipitais. O seu arco posterior possui um largo sulco em cada
lada, chamado sulco da artério vertebral, que é por onde a artéria
vertebral chega ao SNC. O nervo C1 também passa pelo atlas.
- C2​: É a mais forte de todas as cervicais, em que a sua principal
característica é o seu dente posicionado anteriormente e mantido contra
a face posterior do arco anterior do atlas pelo ligamento transverso do
atlas
- Lesões:
- Luxação​: as vértebras cervicais mais facilmente luxam do que fraturam,
por conta do tamanho canal vertebral, o que faz com que essas lesões
nem sempre resultem em lesão medular, especialmente quando não há
fratura. Quando não ocorre cavalgamento de face articular pode ocorrer
autorredução da luxação
- Fratura e luxação de C1​: Quando ocorre trauma vertical, lado mais alto
da massa lateral, os arcos podem se quebrar. Essa fratura é chamada de
fratura de Jefferson ou fratura explosiva, a qual geralmente não
acompanha lesão medular, exceto em casos em que ocorra rompimento
do ligamento transverso que une os arcos das vértebras
- Fratura e luxação em C2​: é a fratura mais comum das vértebras
cervicais, a qual ocorre geralmente posteriormente à face articular. Em
geral ocorre por hiperextensão da cabeça sobre o pescoço. É mais grave
quando ocorre deslocamento anterior de CII sobre CIII. A fratura do
dente de CII também pode ocorrer e decorre de golpes horizontais na
cabeça
2. Torácicas​:
- Local de fixação das costelas, em que a sua principal característica são as
fóveas costais, onde se articulam as costelas
- As vértebras torácicas típicas são intermediárias TV-TVIII
- Os processo articulares posicionados verticalmente permitem amplo movimento
de rotação, típico dessa região
- A vértebra TXII é uma vértebra de transição, com metade da sua estrutura
sendo típica de vértebra torácica e a outra de vértebra lombar, o que faz com
que ela esteja mais sujeita a fraturas

3. Lombares​:
- Como são as responsáveis por carregar a maior carga, possuem corpos
maiores. Os seus processos articulares são verticais, com as faces articulares
posicionadas sagitalmente. Essa disposição permite boa flexão, extensão e
flexão lateral, porém impede quase que completamente a rotação
- Os processos transversos possuem um processo acessório para a fixação dos
músculos intertransversários. Os processos articulares possuem um processo
mamilar, o qual fixa os músculos multífidos e os intertransversários
4. Sacro e cóccix​:
- O sacro possui o canal sacral, continuação do canal vertebral que abriga a
cauda equina (que surge em LI)
- A margem anterior do corpo de S1 é chamada de promontório e é um importante
ponto de referência
- O cóccix permite a fiação de parte do glúteo máximo e do corpo anococcígeo
(faixa fibrosa dos músculos pubococcígeos)
Coluna vertebral
- Articulação entre os copos vertebrais
- São articulações cartilaginosas secundárias destinadas à sustentação de peso e resistência.
Assim, as faces dos corpos vertebrais são unidos por discos intervertebrais e por ligamentos:
- Cada disco é composto por uma porção fibrosa (anel fibroso) e por uma massa central
gelatinosa, o núcleo pulposo
- O ligamento longitudinal anterior: cobre as faces anterolatereias dos corpos vertebrais e
discos, o que impede a hiperextensão da coluna e mantém a estabilidade das
articulações entre os corpos
- O ligamento longitudinal posterior: é uma faixa muito mais estreita e pouco mais fraca
que o anterior, fica dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos,
ajudando a evitar a herniação.
- Articulação entre as lâminas vertebrais
- O ligamento amarelo é responsável por ligar a lâmina de uma vértebra superior com a de uma
vértebra inferior
- Esses ligamentos tornam-se mais espessos nas porções inferiores e auxiliam na manutenção
da curvatura normal da coluna e também na extensão após a flexão da coluna
- Hérnia lombar
- É a protrusão do núcleo pulposo para o interior ou através do anel fibroso, chegando ao canal
vertebral
- A flexão da coluna provoca a compressão anterior do disco intervertebral e tensão posterior.
Com o tempo, esses fatores podem desencadear a herniação da região, causando
compressão da medula ou das raízes dos nervos que ali saem
- A dor aguda está associada com o processo inflamatório e pela pressão no ligamento
- A do cônica é um dor referida correspondente ao dermátomo da raiz acometida
- 95% dos casos ocorrem entre LIV-LV ou LV-SI
- A dor lombar tem início agudo e depois permanece apenas com a dor crônica
- Normalmente, a hérnia LIV-LV poupa o nervo espinal de L4. Assim, a dor costuma ser
irradiada para a face posterior da coxa até a perna. Qualquer manobra de distensão do
isquiático aumenta ainda mais a dor
- Tratamento é conservador. O cirúrgico só é indicado em casos em que a abordagem
conservadora falha
- Síndrome da cauda equina: é uma urgência médica e ocorre quando uma hérnia de nível S1
rompe o ligamento longitudinal posterior e extravasa totalmente para o canal vertebral,
comprimindo TODAS as raízes abaixo, causando uma anestesia em cela e perda do controle
do esfíncter e disfunção sexual→ DEVE operar imediatamente
- Raquianestesia- Bloqueio espinal
- Anestesia no espaço subaracnoídeo
- Em geral feito entre LIII-LIV
- Tem que atravessar: pele, subcutâneo, ligamento supraespinhal, ligamento interespinhal,
ligamento amarelo, dura máter e aracnóide-máter.
- Punção lombar
- Mesmo raciocínio da raqui
- Em geral feito entre LIV-LV, aproximadamente na linha entre as cristas ilíacas
- Bloqueio epidural
- O anestésico é colocado no espaço extradural
- Tem que atravessar: pele, subcutâneo, ligamento supraespinhal, ligamento interespinhal e
ligamento amarelo
Complemento- Sistema Linfático
A hipótese de Starling explica como a maior parte dos líquidos e eletrólitos que entram nos espaços
extracelulares provenientes dos capilares sanguíneos também é reabsorvida por eles

No entanto, até 3 litros de líquido deixam de ser reabsorvidos pelos capilares todos os dias. Além
disso, parte das proteínas plasmáticas passam para os espaços extracelulares, o que, somado ao material
originado nas próprias células teciduais que não atravessa as paredes dos capilares sanguíneos, como o
citoplasma das células que se desintegram, implicaria em osmose inversa, atraindo ainda mais líquido e
provocando edema, devido ao aumento da pressão oncótica no espaço extracelular.
Entretanto, em condições normais, o sistema linfático permite a drenagem do excesso de líquido
tecidual, a drenagem das proteínas plasmáticas que extravasam da corrente sanguínea e também a remoção
de resíduos resultantes da decomposição celular e de infecções

- Os componentes importantes do sistema linfático:


● Plexos linfáticos​: são redes de capilares cegos que se originam nos espaços extracelulares da maioria
dos tecidos. Como são formados por um endotélio muito fino e sem membrana basal, o conteúdo
extracelular entra neles com facilidade

● Vasos linfáticos​: é uma rede presente em quase todo o corpo, com vasos de paredes finas que têm
muitas válvulas linfáticas. Os capilares e os vasos linfáticos estão presentes em quase todos os
lugares onde há capilares sanguíneos
● Linfa​: é o líquido tecidual que entra nos capilares linfáticos e é conduzido por vasos linfáticos
● Linfonodos​: são pequenas massas de tecido linfático, encontradas ao longo do trajeto dos vasos
linfáticos e filtram a linfa em seu trajeto até o sistema nervoso
● Linfócitos​: são células circulantes do sistema imune que reagem contra materiais estranhos
● Órgãos linfóides​: são partes do corpo que produzem linfócitos, como timo, medula óssea vermelha,
baço, tonsilas etc.

- Os vasos linfáticos superficiais acompanham a drenagem venosa e convergem para ela. Esses vasos
finalmente drenam nos vasos linfáticos profundos que acompanham as artérias e também recebem a
drenagem de órgãos internos. Os vasos linfáticos superficiais e profundos atravessam os linfonodos,
geralmente em vários conjuntos, em seu trajeto no sentido proximal, tornando-se maiores à medida que se
fundem com vasos que drenam regiões adjacentes. Os grandes vasos linfáticos entram em grandes vasos
coletores, denominados troncos linfáticos, os quais se unem para formar o ducto linfático direito ou ducto
torácico
● Ducto linfático direito: drena a linfa do quadrante superior direito do corpo- lado direito da cabeça,
pescoço e tórax e membro superior direito. Na raiz do pescoço, ele entra na junção das veias jugular
interna direita e subclávia direita: o ângulo venoso direito
● Ducto torácico: drena a linfa do restante do corpo. Os troncos linfáticos que drenam a metade inferior
do corpo unem-se no abdome. A partir da união dos troncos, o ducto torácico ascende, entrando no
tórax e atravessando-o para chegar ao ângulo venoso esquerdo: junção das veias jugular interna
esquerda e subclávia esquerda

- Embora esse seja o padrão de drenagem típico da linfa, os vasos linfáticos se comunicam livremente com as
veias em muitas partes do corpo
- Outras funções do sistema linfático:
● Absorção e transporte da gordura dos alimentos​: capilares linfáticos especiais recebem todos os
lipídios e vitaminas lipossolúveis absorvidas pelo intestino. Em seguida, o líquido leitoso, o quilo, é
conduzido pelos vasos linfáticos viscerais para o ducto torácico e, depois, para o sistema venoso
● Formação de um mecanismo de defesa do corpo​: quando há drenagem de uma proteína estranha de
uma área infectada, anticorpos específicos contra a proteína são produzidos por células
imunologicamente competentes e/ou linfócitos e enviados para a área infectada
- Sistema linfático e o câncer
● A metástase do câncer pode ocorrer de 3 formas: via semeadura direta, por disseminação
hematogênica e por disseminação linfogênica
● A disseminação linfogênica é a via mais comum para a disseminação inicial de carcinomas (tumor de
células epiteliais), o tipo mais comum de câncer. As células que se desprendem do tumor primário
entram nos vasos linfáticos [esse processo de entrada é relativamente fácil, haja vista a constituição
morfológica dos capilares linfáticos] e seguem através deles. As células presentes na linfa são filtradas
e aprisionadas pelos linfonodos, que assim se tornam locais de câncer secundário
● O padrão de acometimento dos linfonodos pelo câncer segue as vias naturais da drenagem linfática.
Assim, é importante reconhecer a drenagem linfática de trás pra frente, ou seja:
■ saber quais linfonodos devem ser afetados quando um tumor é identificado em um
determinado local ou órgão e a ordem na qual recebem linfa
■ ser capaz de determinar os prováveis locais de câncer primário quando é detectado um
linfonodo aumentado
● Linfadenomegalia: Os linfonodos cancerosos aumentam à medida que crescem
as células tumorais em seu interior; entretanto, ao contrário dos linfonodos
infectados e edemaciados, geralmente não são dolorosos à compressão

- ​Grupos de linfonodos mais importantes​:


● Linfonodos de cabeça e pescoço
○ Linfonodos occipitais ○ Linfonodos submandibulares
○ Linfonodos retroauriculares ○ Linfonodos submentuais
○ Linfonodos parotídeos ○ Linfonodos cervicais superficiais e
○ Linfonodos faciais profundos

● Linfonodos torácicos
○ Linfonodos paraesternais ○ Linfonodos mediastinais anteriores e
○ Linfonodos intercostais posteriores
○ Linfonodos frênicos superiores ○ Linfonodos traqueobronquiais
● Linfonodos dos membros superiores
○ Linfonodos supratrocleares
○ Linfonodos deltopeitorais
○ Linfonodos axilares
■ Mais de 75% da drenagem linfática da mama são para o grupo peitoral anterior de
linfonodos axilares. Assim, no CA de mama, é possível que as células cancerígenas
deixem a mama e se alojem nos linfonodos peitorais, o que pode causar uma
linfadenopatia dolorosa na axila

● Linfonodos do abdome e da pelve


○ Linfonodos ilíacos internos e externos
○ Linfonodos sacrais
○ Linfonodos lombares
○ Linfonodos celíacos
○ Linfonodos mesentéricos superiores e inferiores
● Linfonodos dos membros inferiores
○ Linfonodos poplíteos
○ Linfonodos inguinais superficiais e profundos (linfonodo de Cloquet)
- Linfadenomegalias: aumento do tamanho dos linfonodos e pode ter diversas causas, como:
○ C​âncer
○ H​ipersensibilidade
○ I​nfecção
○ C​olagenoses
○ A​típicas (doenças linfoproliferativas atípicas)
○ G​ranulomatosas
○ O​utras
● Linfadenomegalia regional de cabeça:
○ Adenopatia occipital- infecção do couro cabeludo
○ Adenopatia pré-auricular: infecções das conjuntivas, doença da arranhadura do gato
○ Adenopatia retroauricular: característica da rubéola
● Linfadenomegalia regional cervical: o pescoço é a sede mais comum de adenopatias localizada, sendo
mais frequente as causas não malignas, como infecções orais, mononucleose etc.
● Linfadenomegalia regional supraclavicular:
○ Causas neoplásicas: CA gastrointestinal, de mama, testículos, ovários e pulmão
○ Causas não neoplásicas: TB, sarcoidose, toxoplasmose
○ Adenopatia esquerda (nódulo de Virchow): sugere a presença de neoplasia abdominal
(estômago, pâncreas, vesícula biliar)
○ Adenopatia direita: pensar em neoplasias do mediastino, pulmão ou esôfago
● Linfadenomegalia regional axilar:
○ Os linfonodos axilares recebem a drenagem venosa dos MMSS, da parede torácica e das
mamas
○ Em geral por lesões ou infecções no membro superior ipsilateral
● Linfadenomegalia regional inguinal: infecções piogênicas de MMII, presença de DST ou malignidade
(linfomas, melanomas de MMII e as neoplasias ginecológicas
● Linfadenomegalia generalizada: traduz uma afecção de caráter sistêmico e geralmente correspondem
a distúrbios não malignos
não há espaço para expansão devido à alta tensão dos septos → o aumento da pressão
estimula a terminação nervosa local, levando à dor
 Divisor de águas:
Palma da mão: anular (mediano e ulnar)
Dorso da mão: dedo médio (ramo superficial do radial e ramo dorsal do ulnar – até a
falange proximal)
 Túnel do carpo:
É um túnel formando pelo retináculo dos flexores superficialmente e os ossos que
compõem o carpo profundamente
Conteúdo: tendão do flexor superficial e profundo dos dedos, tendão do flexor longo do
polegar e o nervo mediano
 Palma da mão:
O tendão do flexor superficial dos dedos, na falange média, se abre e se fixa na falange
O tendão do flexor profundo dos dedos passa entre ele e chega à falange distal
Ex.: sujeito com corte profundo no antebraço
Se ele consegue fazer a flexão da falange distal, significa que o flexor profundo dos
dedos está preservado; se ele não consegue, o flexor profundo foi lesado (e
provavelmente o flexor superficial também)

Aplicações anatomocirúrgicas do membro inferior

 Caso 1:
Fratura exposta de tíbia → emergência ortopédica → 6h para correção
Angula vasos e nervos → dificuldade de perfusão (pé cianótico)
Luxação e destruição da articulação tibiotalar
 Caso 2:
Destruição da musculatura da coxa esquerda
Músculo preto → perda completa da vascularização
 Embriologia:
Os MMSS e MMII, por determinação genética, surgem a partir do brotamento e
espessamento do ectoderma da região
Ocasionalmente, os indivíduos podem apresentar focomelia/amelia, que consiste em
uma alteração no desenvolvimento dos membros (superior ou inferior) → nas décadas
de 50-60, a talidomida era um medicamento utilizado no tratamento das náuseas
durante a gravidez e foi responsável por inúmeros casos de malformações
O teste do pezinho avalia cerca de 120 malformações genéticas do recém-nascido
Algumas malformações são isoladas, com acometimento da fáscia
Células normais secretam substâncias que estimulam o desenvolvimento das células
circunvizinhas. Se esse conjunto de células não se desenvolve de maneira adequada, o
desenvolvimento apropriado das regiões adjacentes, por consequência, não ocorre.
Portanto, uma malformação normalmente vem acompanhada de outra → o sistema
geniturinário é o que mais sofre malformações
 Pelve: promove a união do MMII com o tronco e, na região glútea, forma a parede
posterior da estrutura
Lesão perfurante na coxa, na região glútea ou no períneo → lesão pélvica ou abdominal
concomitante
O mais importante em lesões por arma de fogo não é o calibre do projétil, mas saber se
ele entrou ou não em alguma cavidade
Lesão perfurante no glúteo → asa ilíaca (osso do quadril) – a asa ilíaca oferece pouca
resistência, e tem grande chance de ser perfurada
Vasos glúteos são de grosso calibre → lesões desses vasos podem levar a um choque
hipovolêmico
Na região glútea, deve-se pensar em lesão do nervo isquiático → avaliação através de
2 movimentos:
1. Dorsiflexão sinaliza integridade do fibular comum
2. Flexão dos dedos do pé sinaliza integridade do nervo tibial
Lesão em sedenho → ferida transfixiva através das partes moles → tem um orifício de
entrada e outro de saída → descola o tecido subcutâneo
Projétil no dorso → processo espinhoso → processo transverso → lesão da cava →
duodeno → segmentos do fígado (exemplo de lesão no dorso com acometimento
essencialmente abdominal)
Feridas contaminadas não devem ser fechadas → curativo oclusivo apenas
Feridas causadas por gatos são piores do que por cachorros → lesão lacerante do
cachorro é mais facilmente drenada do que a lesão perfurante
Bloqueio dos nervos clúneos → anestesia da região glútea (pontos de referência: linha
da crista ilíaca, sacro e prega glútea inferior)
Divisão da região glútea em 4 quadrantes, injeção no quadrante superior lateral →
glúteo médio
Injeção no quadrante inferior medial → potencial lesão do nervo isquiático e dos vasos
O trato iliotibial é o ponto de equilíbrio entre a porção anterior e posterior da coxa →
é formado pelo espessamento da fáscia lata → contém na sua porção mais anterior o
músculo tensor da fáscia lata e na porção mais posterior o músculo glúteo máximo → o
trato vai da crista ilíaca até a face lateral da tíbia → a contração desses músculos
promove movimentos antagonistas do membro inferior e mantém o trato tenso em sua
topografia usual, ajudando na marcha → portanto, o trato iliotibial é um aparelho
musculoligamentar de fixação e manutenção da postura do membro inferior ao longo
da marcha (tubérculo de Gerdy → inserção do trato iliotibial na tíbia)
Profundamente ao ligamento sacrotuberal (que vai do sacro até a tuberosidade
isquiática) está o canal pudendo, onde passa o nervo pudendo e os vasos pudendos
internos → bloqueio anestésico da região pudenda (pudendo = escondido)
Na bipedestação, os órgãos genitais deixaram de ser posteriores e passaram a ser
inferiores e anteriores
Os músculos piriforme, gêmeo superior, obturador interno, gêmeo inferior e quadrado
femoral se fixam na fossa intertrocantérica → quando contraídos, promovem a eversão
lateral do membro inferior (rodam lateralmente a coxa estendida)
Fratura na espinha isquiática → fragmento se deslocou superiormente → lesão do
isquiático → perda da inervação do território do tibial e fibular comum

Durante a marcha, o movimento dos joelhos em direção à linha média minimiza o desvio
lateral do centro de gravidade → com a adução do quadril, os músculos glúteo máximo
e tensor da fáscia lata tracionam o trato iliotibial e mantém o joelho em sua topografia
usual, minimizando esse desvio medial → a tendência do quadril é cair quando o
membro inferior é elevado → por propriocepção, o glúteo médio é contraído, mantendo
o quadril na posição adequada → o lado do apoio controla e limita a queda → promove
a fixação do quadril, da pelve e do membro que está no ar → lesão do glúteo médio =
marcha de Trendelenburg (queda do lado da perna que está elevada devido à fraqueza
do músculo do membro que se encontra no chão)
Osso do quadril → fraturas potencialmente fatais → rompimento dos vasos de grosso
calibre
 Articulação coxofemoral:
Ligamentos iliofemoral e isquiofemoral → podem existir bolsas sinoviais → são
espiralados → quando ocorre o deslocamento do MMII, tal disposição facilita a fixação
do fêmur nesse local → se fossem retos, ocorreria o desgaste com a flexão e a extensão
→ permitem a cinesiologia adequada da região
 Fraturas de colo de fêmur normalmente são intra-articulares → para o tratamento
cirúrgico dessa lesão, é necessária a secção da cápsula articular
 Disco de crescimento → sede frequente de fraturas
Crianças podem ter descolamento epifisário → não fratura o osso, mas arranca a
cartilagem de crescimento → atrofia
 O ângulo do colo do fêmur varia conforme a idade:
Em crianças de 3 anos, esse ângulo é muito agudo (45º) e a marcha é sobre a ponta do
pé. Em adultos, esse ângulo está em torno de 126º e permite uma marcha adequada.
Com o envelhecimento, ocorre uma redução do ângulo, que fica em torno de 120º → o
impacto sobre o colo do fêmur é maior devido a sua horizontalização
Idosos andam com a perna mais aberta → coxa vara para compensar a perda do
equilíbrio → acentua a tensão sobre o colo do fêmur
O impacto causado pela movimentação/exercício físico mantém a mineralização óssea
Diferenciação entre o eixo horizontal dos côndilos e o colo do fêmur → eixo de torção
femoral → importância na deambulação
Extensão exagerada com deslocamento posterior do fêmur → rompe a articulação do
fêmur com o acetábulo (lábio)
Ligamento redondo → em indivíduos jovens, a irrigação da cabeça do fêmur é
proveniente da artéria do ligamento

Conforme o tempo passa, ocorre um aumento da circulação colateral em torno da


articulação coxofemoral → em indivíduos idosos, a irrigação da cabeça do fêmur
provém dessa anastomose → quando o indivíduo fratura o colo do fêmur, ocorre perda
da anastomose, e a cabeça do fêmur deixa de ser irrigada (uma vez que a artéria do
ligamento redondo não é mais capaz de nutri-la) → reparo cirúrgico para evitar necrose
Satélite ao osso do quadril → vasos femorais e nervo femoral → raio X simples detecta
lesão dessas estruturas
Em um primeiro momento, a fratura exposta não mata o doente → pneumotórax,
choque hipovolêmico e insuficiência respiratória sim
Indivíduo no banco do passageiro em colisão frontal → trauma no joelho → fratura e
luxação do colo do fêmur → emergência → estruturas importantes sob estiramento →
rompimento dos ligamentos ísquio e iliofemorais
Fraturas do fêmur:
→ Colo (transcervical): intra-articular → rotação lateral
→ Intertrocantérica (transtrocanteriana): encurtamento do membro → tração
psoas → sem integridade óssea, o glúteo não oferece resistência → quadríceps
femoral traciona o osso
→ Diáfise proximal: sem integridade óssea, os adutores puxam o fragmento
medialmente, com potencial lesão de vasos femorais
→ Diáfise distal: quanto mais inferior for a fratura do fêmur, maior o
deslocamento posterior do segmento inferior, devido à tração da musculatura
do jarrete → em fraturas supracondilianas pode haver lesão de vasos poplíteos
 Osso do quadril:
Fratura cominutiva → hérnia inguinal traumática é uma possível sequela
Raio X: avalia-se traçando uma linha mediana, comparando os dois lados e verificando
se o anel pélvico está homogêneo (fratura da sínfise púbica leva ao deslocamento do
osso)
Fratura em open book → lesão da sínfise púbica → potencialmente fatal → destruição
da articulação sacroilíaca

 Sinal de Destot → é um sinal clínico que se traduz por um hematoma na região da bolsa
escrotal ou dos grandes lábios, frequentemente associado às fraturas pélvicas →
sangramento vultuoso infiltrado no membro inferior
 A bexiga repousa sobre a sínfise púbica → fraturas em open book → uretrocistografia
(cateter na uretra injetando contraste e verificando se ele se espalha ou não) →
avaliação de uma possível rotura de bexiga
Extraperitoneal → tratamento conservador – sonda vesical por 21 dias
Intraperitoneal → correção cirúrgica – abrir o abdome e suturar
 Coxa: união da perna ao tronco
Conjunto anterior de nervos: nervo femoral e cutâneo femoral lateral (próximo à
espinha ilíaca anterossuperior – inerva a região lateral da coxa)
Espinha ilíaca e ligamento inguinal são os pontos anatômicos fixos de referência para o
bloqueio desses nervos
Íliopsoas → flexiona a coxa sobre o quadril → entre o músculo ilíaco e o psoas maior
músculos transita o nervo femoral
Psoas maior → processo supurativo → psoíte → miosite que é tratada cirurgicamente
→ quando o músculo está inflamado, ele tende a se contrair, flexionando a coxa → a
infecção dificulta a extensão do membro inferior (encurtamento do membro)
Pós operatório → se a marcha estiver dificultada, significa que houve fibrose e que se
tratava, de fato, de uma miosite; se a marcha for normal, o processo supurativo era
adjacente ao músculo, simulando uma psoíte
 O canal femoral está localizado entre o ligamento lacunar e a veia femoral → pode
haver uma hérnia femoral → o tratamento envolve o corte do ligamento lacunar (deve-
se evitar a lesão da veia femoral), a retirada da alça intestinal do local e o fechamento
desse canal (para evitar futuras herniações)
 Linfonodos inguinais profundos → linfonodo de Cloquet (sentinela do membro inferior)
 Compartimentos fasciais da coxa:
Anterior → quadríceps femoral
Posterior → musculatura do jarrete
Medial → músculos adutores
Entre eles, principalmente na porção medial, estão os vasos femorais
 O tecido conjuntivo da coxa é mais largo → logo, a coxa evolui com menos síndrome
compartimental do que a perna
 Canal dos adutores: espaço que mostra a transição do que é femoral para virar poplíteo
→ formado pelo sartório, vasto medial, adutor → existe um espessamento do
conjuntivo subjacente ao sartório (fáscia subsartorial) → nesse local transitam vasos
femorais, nervo para o vasto medial, nervo safeno (que se exterioriza na face medial do
joelho)
 Pata de ganso: grácil, sartório e semimembranáceo
 Abertura para os vasos perfurantes → musculatura do jarrete
 Via de circulação colateral → entre os vasos femorais estão os vasos perfurantes, a
artéria poplítea e a artéria glútea inferior
A artéria glútea inferior se anastomosa com as perfurantes (primeira à quarta) e com a
artéria poplítea → se houver uma obstrução lenta e progressiva da artéria femoral →
ocorre aumento da circulação na artéria glútea → promove a irrigação da artéria
poplítea no terço distal
 Projeção dos vasos femorais: terço médio do ligamento inguinal → tubérculo dos
adutores
Projétil de arma de fogo medial em relação à projeção → lesão dos vasos femorais
 Nervo obturatório → inervação da musculatura obturatória e de parte da musculatura
adutora (adutor curto, adutor longo, adutor magno, grácil, obturador externo,
obturador interno, pectíneo e gêmeo superior) → fraturas do forame obturatório com
deslocamento inferior do osso → alterações na adução da coxa

 O nervo isquiático é protegido pela musculatura do jarrete → lesões posteriores


(medianas) que chegam ao plano ósseo podem atingir esse nervo, bem como fraturas
da articulação coxofemoral com deslocamento posterior
 Estiramento/compressão do nervo → trombose da artéria que irriga a bainha de
neurilema → necrose
 Drenagem linfática:
Linfonodos superficiais (à fáscia) e profundos
Linfonodo de Cloquet → sentinela do membro inferior (recebem a linfa de todo o MMII)
Linfonodos inguinais → parte do membro inferior, coxa e região anterior da perna
Linfonodos poplíteos → linfa proveniente da planta do pé
 Caroço na face posterior da coxa há 6 meses → tomografia → tumorações podem ser
do fêmur, músculo, gordura ou nervo → lipoma da bainha de neurilema do nervo
isquiático
 Joelho e fossa poplítea:
Os linfonodos poplíteos fazem a drenagem linfática da perna e da planta do pé → esses
linfonodos caminham com os vasos femorais e desaguam nos linfonodos inguinais
profundos
Melanoma na planta do pé → drenagem poplítea → deve-se realizar o esvaziamento
dos linfonodos inguinais superficiais e profundos, avaliando o linfonodo de Cloquet
Fratura intra-articular destrói a anastomose em torno do joelho
Exame físico dos ligamentos (noção da integridade ligamentar) → rotação interna e
externa – avaliação dos ligamentos cruzados (anterior e posterior) → flexão e extensão
– avaliação dos ligamentos colaterais (tibial e fibular)
Genu varo → rotura colateral fibular
Genu valgo → rotura colateral tibial
Em vez de uma lesão ligamentar, o indivíduo pode apresentar uma hiperelastose →
síndrome de Ehlers-Danlos → ligamentos e válvulas cardíacas “frouxos” → cardiopatias

 Teste da gaveta anterior: avaliação da integridade do ligamento cruzado anterior


O teste positivo evidencia-se quando há deslocamento anterior excessivo da tíbia em
relação ao fêmur
 Fratura cominutiva da patela é cirúrgica → a patela é um sesamoide que mantém o
tendão patelar tenso → lesão leva à perda do tônus muscular do quadríceps
 Projétil → cabeça da fíbula com destruição do colo e do platô tibial
Prejuízos:
Lesão do nervo fibular comum → pé caído (perda da motricidade dos músculos
responsáveis pela dorsiflexão do pé), parestesia do território inervado pelo cutâneo
dorsal medial e intermédio (porção lateral da perna e maior parte do dorso do pé), perda
da sensibilidade do 1º espaço interósseo do pé
 Lesão suprapatelar → lesão da artéria poplítea → perda do membro inferior
 Fraturas em crianças são de alto impacto → os ossos são muito cartilagíneos/resistentes
Fratura em galho verde → o osso é “lascado” ou “trincado”, sendo que um lado dele
permanece íntegro
 Fabela → é o nome dado a um osso sesamoide supranumerário que se situa na cabeça
lateral do músculo gastrocnêmio nos membros inferiores → assoalho da fossa poplítea
→ pode acontecer em algumas pessoas

 Fratura da tíbia com deslocamento lateral ou fratura da fíbula com deslocamento medial
→ lesão da artéria tibial anterior → pulso na artéria dorsal do pé indica integridade
 Hiato (abertura) na membrana interóssea → nesse local transita a artéria tibial anterior
→ esse orifício não aumenta de tamanho (membrana rica em colágeno) → se houver
edema no local, o orifício se fecha e oclui a artéria (que irriga a loja anterior da perna)
→ isso leva à isquemia com lesão muscular importante → pé caído sem lesão neuronal
→ síndrome do hiato solear
Diagnóstico de exclusão: fratura e ausência de pulso da artéria
Tratamento: cirúrgico, com via de acesso lateral
 Inervação da perna:
Compartimento anterior: nervo fibular profundo
Compartimento posterior: nervo tibial
Compartimento lateral: nervo fibular superficial
 Na transição musculotendinea dos gastrocnêmios, é possível bloquear o nervo sural
 Caso clínico – paciente diabético:
Alteração do trofismo → ausência pelos
Hiperemia
Cicatrizes por lesões anteriores
Secreção sanguinolenta
Hipótese diagnóstica – infecção grave do membro inferior e sepse
 Caso clínico:
Punção venosa do lado direito → pneumotórax → intubação e ventilação do paciente
→ ar na cavidade torácica → diafragma inferiorizado e coração lateralizado → choque
 A panturrilha é um local frequente de formação de trombos (gastrocnêmios e sóleo) –
um outro local é o átrio direito
Pacientes grávidas em resguardo → formação de trombos → movimentação → embolia
 Linfonodo na loja anterior da perna → drenagem do dorso do pé (ex.: melanomas)
 Fraturas no joelho podem lesar o maléolo
 Tumor ósseo → osteossarcoma → fíbula
 Pé:
Vasos perfurantes – face anterior
Vasos comunicantes – face posterior
 Erisipela: pele vermelha
Infecção do celular subcutâneo por Staphylo ou strepto
 Superfícies ósseas palpáveis:
Crista ilíaca
Trocanter maior e menor do fêmur
Epicôndilos lateral e medial do fêmur
Cabeça da fíbula
Maléolos
Tuber isquiático
Côndilo medial da tíbia
Patela
Crista da tíbia
Algumas dessas regiões são sedes frequentes de úlceras de decúbito em indivíduos
acamados
 Em alguns pacientes pode ocorrer uma calcificação do tendão calcanear
 Fratura de Lisfranc: fratura e/ou desvio no médio-pé que rompe uma ou mais
articulações tarsometatársicas. Exemplo: luxação do 1º metatarso com deslocamento
lateral da base do 2º → evolui com pseudoartrose do pé → comum em colisão frontal
do carro → impacto dos pedais sobre os pés fraturavam os ossos
 A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facilmente depressível. Na
aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos vasos, que pode ser
traduzido clinicamente à palpação como um pulso endurecido, irregular, tortuoso e
que recebe habitualmente a denominação de “traqueia de passarinho”
 Fraturas múltiplas de ossos longos em pacientes acamados → alto risco de embolia
gordurosa de medula óssea → petéquias e edema subconjuntival
 Inversão forçada do pé → choque da tuberosidade do 5º metatarso (local de inserção
do fibular curto)
 Caso clínico → paciente com tumor de células claras na pelve → envolvia MMII, aorta,
cava e ilíacas → perda segmento distal do corpo

Aplicações anatomocirúrgicas do membro superior

 Exame físico: comparação do membro com o contralateral


 Ocorre um maior desenvolvimento do membro com fístulas arteriovenosas em relação
ao outro – tratamento envolve meias de alta compressão para fechar essas fístulas
 Pulsos arteriais:
Axilar – mão no oco axilar, com compressão do feixe vasculonervoso da face medial do
braço contra o colo cirúrgico do úmero
Braquial – face medial do braço e na fossa cubital (porção medial) – local onde se
coloca o estetoscópio para aferição da pressão arterial
Radial e ulnar – importância em traumas – manobra de Allen – ligar um ou outro vaso

O teste é usado para avaliar a circulação da mão antes de serem realizados


procedimentos nas suas artérias. Estes procedimentos podem ser a colocação de um
cateter para monitorização da pressão arterial média ou utilização da artéria radial em
cirurgias cardíacas. O teste teoricamente avaliaria as mãos que teriam maior risco de
sofrer isquemia com estes procedimentos.
 O nervo ulnar pode ser examinado posteriormente ao epicôndilo medial → em hipótese
diagnóstica de hanseníase → avaliação de nodulações e parestesia
 Parestesia na região do cutâneo medial do braço → perda de sensibilidade entre a axila
e o epicôndilo medial do úmero
 O estiramento de um membro pode levar ao estiramento muscular e neural, evoluindo
com ataxia
 Síndrome do paciente bêbado: alcoolistas dormem sobre o membro superior, sem
mudar de posição, mantendo o plexo braquial sobre estiramento significativo,
evoluindo com ataxia de todo o membro superior
 É possível bloquear o nervo radial infiltrando-se anestésico próximo à origem do
músculo braquiorradial, anteriormente ao epicôndilo lateral, na parede lateral da fossa
cubital
 M venoso do antebraço: cefálica, basílica, mediana cefálica, mediana basílica →
importantes como via de acesso vascular → punções errôneas podem lesar o nervo
radial (na topografia da cefálica), o cutâneo medial ou o nervo ulnar
 No punho, deve-se avaliar a síndrome do túnel do carpo (parestesia do território do
nervo mediano, com perda de função motora)
 Entre o flexor radial do carpo e o palmar longo está o nervo mediano → em lesões
desses músculos, na anastomose dos tendões, se pode inadvertidamente atingir esse
nervo
 No dorso da mão, evidenciam-se os tendões dos extensores, a formação da tabaqueira
anatômica e a rede venosa dorsal da mão – sede frequente de acesso vascular
Não fazer acesso próximo ao punho → área de dobra
 Compressão do pisiforme → contração do músculo palmar curto, que fica na eminência
hipotenar
 Anatomia de superfície:
Os tendões dos flexores radial do carpo e palmar longo são visíveis na porção anterior
do antebraço e punho. Cerrando o punho é possível torná-los mais proeminentes
O osso pisiforme é palpado logo abaixo da eminência hipotenar.
O processo estiloide da ulna é palpável medialmente na face posterior do punho
A tabaqueira anatômica é uma depressão da pele visível e palpável na base do polegar,
formada pelos tendões dos músculos extensor curto do polegar e extensor longo do
polegar → nessa região, transita a artéria radial
 Fraturas cominutivas dos ossos do carpo podem lesar o arco palmar profundo
Lesões dos metacarpos podem acometer o arco palmar superficial
 Lesão do nervo radial → perda da motricidade da loja posterior e lateral do braço →
mão caída
 Fraturas da tuberosidade do rádio → desinserção do músculo bíceps braquial
Fraturas da ulna → desinserção do músculo braquial

 Tofo gotoso: depósito de cristais de urato de sódio (ocorre na hiperuricemia crônica)


Aplicação do dorso

 Tudo o que for medial em relação à escápula é chamado de área de Sauer-Murdock →


projeção da área cardíaca no dorso
 Raquianestesia:
Local de punção → sempre abaixo de L2
Camadas: pele → tecido celular subcutâneo → ligamento supraespinhoso → ligamento
interespinhoso → ligamento amarelo → espaço epidural → dura-máter → aracnoide-
máter → espaço subaracnóideo

 Úlceras de pressão são mais comuns em mulheres do que em homens, pois elas
possuem saliências ósseas mais proeminentes e massa muscular menos evidente
 Excesso de pele – perda de peso abrupta, obesidade → sede de lesões (fraturas
expostas, tiros, melanomas)
Pregas cutâneas devem ser bem higienizadas
 Coluna: mobilidade
Cervical > torácica > lombar > sacral
 Os canais vertebrais são mais largos nas regiões de intumescência cervical e lombar
 Topografia:
A transição entre o processo xifoide e o corpo do esterno está ao nível de T9
A transição entre o corpo do esterno e o manúbrio está ao nível de T4
Fratura ao nível de T7 → torácica
Abaixo de T7 → toracoabdominal

 A coluna vertebral é constituída por diversas colunas formadas por:


Corpos vertebrais
Processos espinhosos
Ligamentos
Musculatura paravertebral
 Processo espinhoso – mais móvel
Processo vertebral – não tão móvel – proteção medula
 Fraturas de C2 podem deslocar o processo odontoide em direção à medula,
seccionando-a → incompatível com a vida (lesão do centro respiratório)

 Embriologicamente, o odontoide era o corpo vertebral de C1 que se deslocou por


determinação genética e evolutiva
 Os processos espinhosos aumentam em regiões mais inferiores
 Ligamentos longitudinal anterior e posterior – fixam os corpos vertebrais uns aos outros
– fraturas vertebrais com deslocamento lesam esse ligamento – mais comumente em
idosos (menos colágeno) e de alto impacto em crianças

 Junto à coluna, existe um conjunto de vasos que formam uma anastomose cuja área de
secção transversa é maior do que a da jugular interna (o que permite sua ligação →
hipertrofia do plexo venoso vertebral)
Esse conjunto de veias são avalvulares
 Um local frequente de metástase de câncer de próstata são os corpos vertebrais → a
drenagem venosa da pelve se confunde com o plexo venoso dessa região
 Dermátomos:
T4: mamilos
T10: cicatriz umbilical
T12: sínfise púbica
Lesão medular de T4 para baixo: paraplégico
Acima de T4: tetraplégico
Acima de C3, 4 e 5: não preserva respiração (nervo frênico)

 Osteófito – bico de papagaio: calcificação do ligamento longitudinal anterior


 O músculo latíssimo do dorso é usado como enxerto – é irrigado pela artéria
toracodorsal, continuação da subescapular
 Caso 1: rompimento do ligamento longitudinal → deslocamento para dentro do canal
vertebral → lesão medular → perda da motricidade dos membros inferiores
(paraplégico)
 Caso 2: projetil no ângulo inferior da escápula esquerda (7º espaço intercostal) e saiu
pelo mamilo esquerdo (4º espaço intercostal)
Exame físico: redução do murmúrio vesicular à esquerda
Trata-se de um ferimento toracoabdominal posterior e torácico anterior

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