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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Virgínia Maria Vidigal Fernandes

TRABALHO PRÁTICO DE FARMACOLOGIA


PARA O CURSO DE ODONTOLOGIA

Belo Horizonte
2016
Virgínia Maria Vidigal Fernandes

TRABALHO PRÁTICO DE FARMACOLOGIA


PARA O CURSO DE ODONTOLOGIA

Belo Horizonte
2016
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AINEs - Anti-inflamatório não esteroide ou não hormonal


AL - Anestésico Local
COX1 - Enzima Ciclo-oxigenase 1
COX2 - Enzima Ciclo-oxigenase 2
EV - Via Endovenosa
IM - Via Intramuscular
IMAO - Inibidores da monoaminoxidase
IV - Via Intravenosa
PA - Pressão Arterial
PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
SC - Via Subcutânea
SCV - Sistema Cardiovascular
SNA - Sistema Nervoso Autônomo
SNC - Sistema Nervoso Central
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1 Tipos de seringas e agulhas. ...................................................................12


Figura 1.2 Seringas carpule para a administração dos anestésicos locais................13
Figura 1.3 Embalagens contendo medicamentos geréricos. ................................... 13
Figura 1.4 Aspiração do conteúdo de um frasco........................................................13
Figura 1.5 Eliminação de droga pelo rim...................................................................16
Figura 1.6 Trajetória de uma droga administrada por via oral..................................17
Figura 2.1 Ampola e frasco........................................................................................23
Figura 2.2 Varias formas farmacêuticas de mesmo anestésico local.......................25
Figura 2.3 Formas farmacêuticas...............................................................................25
Figura 2.4 Via oral......................................................................................................26
Figura 2.5 Via sublingual...........................................................................................26
Figura 2.6 Via retal.....................................................................................................26
Figura 2.7 Via ocular. ...............................................................................................26
Figura 2.8 Via auricular..............................................................................................26
Figura 2.9 Via nasal....................................................................................................26
Figura 2.10 Via bucal..................................................................................................27
Figura 2.11 Via intracanal. .........................................................................................27
Figura 2.12 Via de administração intravenosa (IV) ou endovenosa (EV) .............27
Figura 2.13 Local da administração da injeção intramuscular (IM) ...........................27
Figura 2.14 Via subcutânea (SC) ..............................................................................27
Figura 2.15 Via intradérmica. ....................................................................................27
Figura 2.16 Desenho comparativo do local da administração das vias intramuscular
(IM), subcutânea (SC) e intravenosa (IV)...................................................................28
Figura 2.17 Administração de drogas por via inalatória e absorção e eliminação dos
fármacos pelo pulmão................................................................................................28
Figura 2.18 Necrose do músculo deltoide causada por injeção intramuscular..........30
Figura 3.1 Representação esquemática do SNA.......................................................34
Figura 3.2 Mapa do conhecimento sobre as drogas parassipatomiméticas..............35
Figura 3.3 Local de ação das drogas atropina e tubocurarina.................................38
Figura 3.4 Liberação de acetilcolina na placa motora...............................................38
Figura 3.5 Sinapse noradrenérgica...........................................................................39
Figura 3.6 Estímulo à salivação e paciente com xerostomia....................................40
Figura 3.7 Charge da extração dentária.....................................................................41
Figura 4.1 Estrutura química dos anestésicos locais lidocaína e procaína..........45
Tabela 4.2 Comparação entre os anestésicos locais mais usados na odontologia...45
Figura 4.2 Anestesia local na cavidade oral...............................................................46
Figura 4.3 Desenhos representativos do estímulo nervoso....................................46
Figura 4.4 Desenhos do canal de Na+........................................................................47
Figura 4.5 Anestésicos locais mostrando o local de ação dos anestésicos locais...49
Figura 4.6 Seringa para a administração de anestésicos locais..............................52
Figura 4.7 Extremidades cianóticas...........................................................................53
Figura 5.1 Local de ação dos fármacos anti-inflamatórios........................................57
Figura 5.2 Mecanismo de ação dos agentes antimicrobianos na célula bacteriana..58
Figura 5.3 Síntese das prostaglandinas e dos leucotrienos.....................................58
Figura 5.4 Ação das isoenzimas COX1 E COX2.......................................................59
Figura 5.5 Liberação das endorfinas.........................................................................59
Figura 5.6 Uso terapêutico dos analgésicos na odontologia..................................60
Figura 5.7 Manifestações clínicas com o uso prolongado dos corticosteroides.......61
Figura 5.8 Edema de membro inferior........................................................................63
Figura 5.9 Cloridrato de benzidamina para uso oral e bucal.....................................63
Figura 5.10 Candidíase/candidose na cavidade oral..............................................64
Figura 5.11 Forma farmacêutica de xarope...............................................................64
Figura 5.12 Desenho de um brônquio no paciente normal e no asmático..............65
Figura 5.13 Manifestação alérgica na pele................................................................66
Figura 5.14 Candidíase /candidose na cavidade oral..............................................66
Figura 5.15 Endocardite bacteriana...........................................................................67
Figura 6.1 Medo de dentista.......................................................................................70
Figura 6.2 Uso do óxido nitroso no consultório odontológico.................................70
Figura 6.3 Desenho do receptor GABAA....................................................................71
Figura 6.4 Receptor GABAA com os sítios de fixação onde os fármacos ligam....72
Figura 6.5 Efeito adverso e a toxicidade aguda dos benzodiazepínicos..............73
Figura 6.6 Receptores do neurotransmissor glutamato............................................73
Figura 6.7 Intubação endotraqueal...........................................................................75
Figura 7.1 Filtração, reabsorção, secreção e excreção renal................................77
Figura 7.2 Rato usado no experimento..................................................................79
Figura 7.3 Seringa usada administração por via intraperitoneal da furosemida........79
Gráfico 1.1 Concentração plasmática da droga em função do tempo em varios
esquemas terapêuticos..............................................................................................14
Gráfico 1.2 Concentração plasmática da droga em função do tempo de uma mesma
droga e dose, com vias de administração diferentes.................................................15
Gráfico 4.1 Efeito tóxico, relacionados com as doses, dos anestésicos locais
bupivacaína levobupivacaína e ropivacaína..........................................................48
Tabela 1.1 Comparação entre os medicamentos referência, genérico e similar.......17
Tabela 3.1 Adrenorreceptores com suas respectivas ações farmacológicas.........36
Tabela 3.2 Classificação dos fármacos simpaticomiméticos.....................................36
Tabela 4.1 Histórico do inicio do uso dos anestésicos locais...............................44
Tabela 4.3 Contraindicações ao uso de vasoconstritores associados aos
anestésicos locais......................................................................................................47
Tabela 4.4 Técnicas para a administração dos anestésicos locais.....................49
Tabela 4.5 Classificação das fibras nervosas...........................................................54
Tabela 5.1 Classificação dos fármacos analgésicos e anti-inflamatórios..............56
Tabela 6.1 Fármacos usados no tratamento da ansiedade na odontologia..............70
Tabela 6.2 Comparação entre algumas características dos fármacos
benzodiazepínicos......................................................................................................72
Tabela 6.3 Estágios ou períodos da anestesia geral................................................74
Tabela 7.1 Volume urinário coletado pelo aluno durante o experimento..............79
Tabela 7.2 Ajuste posológico de alguns medicamentos prescritos na odontologia...81
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7

2 INSTRUÇÕES GERAIS DOS ESTUDOS DE FARMACOLOGIA E NORMAS GERAIS DE


COMPORTAMENTO NO LABORATÓRIO 8

3 INSTRUÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS DAS AULAS PRÁTICAS DE


FARMACOLOGIA 9

4 ROTEIRO DOS ESTUDOS PRÁTICOS 10

Estudos Práticos nº 01 - Introdução aos Estudos Práticos de Farmacologia 11


1 INTRODUÇÃO 11
2 DESENVOLVIMENTO 12
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 14
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 16
5 RELATÓRIO 18
Estudos práticos nº 02 - Formas Farmacêuticas e via de administração das drogas. 19
1 INTRODUÇÃO 19
2 PROCEDIMENTO 19
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 28
3.1 Caso Clínico nº 01. 28
3.2 Caso Clínico nº 02. 29
3.3 Caso Clínico nº 03. 29
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 30
5 RELATÓRIO 32
Estudos Práticos nº 03 – Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e da junção
neuromuscular. 33
1 INTRODUÇÃO 33
2 DESENVOLVIMENTO 37
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 40
3.1 Caso Clínico nº 01. 40
3.2 Caso Clínico nº 02. 41
3.3 Caso Clínico nº 03. 41
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 42
5 RELATÓRIO 43
Estudos Práticos nº 04 – Farmacologia dos anestésicos locais. 44
1 INTRODUÇÃO 44
2 DESENVOLVIMENTO 46
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 51
3.1 Casos Clínicos nº 01, 02, 03 e 04. 51
3.2 Caso Clínico nº 05. 52
3.3 Caso Clínico nº 06. 52
3.4 Caso Clínico nº 07. 53
3.5 Caso Clínico nº 08. 53
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 54
5 RELATÓRIO 55
Estudos Práticos nº 05 – Farmacologia da dor, inflamação e da infecção. 56
1 INTRODUÇÃO 56
2 DESENVOLVIMENTO 58
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 62
3.1 Caso Clínico nº 01 62
3.2 Caso Clínico nº 02. 62
3.3 Caso Clínico nº 03. 63
3.4 Caso Clínico nº 04. 63
3.5 Caso Clínico nº 05. 64
3.6 Caso Clínico nº 06. 64
3.7 Caso Clínico nº 07. 65
3.8 Caso Clínico nº 08. 65
3.9 Caso Clínico nº 09. 66
3.10 Caso Clínico nº 10. 66
3.11 Caso Clínico nº 11. 67
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 67
5 RELATÓRIO 68
Estudos Práticos nº 06 – Tratamento medicamentoso da ansiedade em paciente odontológico. 69
1 INTRODUÇÃO 69
2 DESENVOLVIMENTO 71
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 74
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 75
5 RELATÓRIO 76
Estudos práticos nº 07 – Farmacologia Renal. 77
1 INTRODUÇÃO 77
2 DESENVOLVIMENTO 78
3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS 81
4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 82
5 RELATÓRIO 83

REFERÊNCIAS 84
7

1 INTRODUÇÃO

O grande desenvolvimento da Farmacologia e da Terapêutica,


acompanhado da ideia mágica de que todos os males podem ser superados com os
medicamentos, propiciou uma falsa impressão de que se resolveriam todos os
problemas de alunos e profissionais.
É sabido que o ensino de Farmacologia tem sido objeto de contínua
preocupação de diferentes escolas superiores na área da saúde. O senso comum
parece exigir uma avaliação e modificação dos conteúdos programáticos das
disciplinas, incorporando uma visão mais prática da prescrição medicamentosa, sem
descuidar do conteúdo teórico, que é essencial para uma boa prática terapêutica.
Um dos objetivos deste roteiro é a aproximação da teoria com a prática em
Farmacologia. Para uma melhor integração, foram introduzidos casos clínicos em
cada aula, com a finalidade de levar o aluno a refletir sobre as possíveis implicações
clínicas de cada aula prática, melhorando assim o processo de ensino e
aprendizagem.
8

2 INSTRUÇÕES GERAIS DOS ESTUDOS DE FARMACOLOGIA E NORMAS


GERAIS DE COMPORTAMENTO NO LABORATÓRIO

1. O uso do avental é obrigatório dentro do laboratório durante as aulas práticas.


2. Use sapato fechado.
3. Evite brincar no laboratório.
4. Não ingira ou beba qualquer alimento no laboratório.
5. É proibido fumar dentro do laboratório.
6. Leia antes da aula o roteiro que está nesta apostila.
7. Siga cuidadosamente todas as instruções do roteiro.
9

3 INSTRUÇÕES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS DAS AULAS


PRÁTICAS DE FARMACOLOGIA

Ao término de cada aula prática trabalhos, o aluno deverá entregar o


relatório da aula, que deve ser feito individualmente, na própria apostila seguindo o
roteiro no final de cada estudo clínico. Só será considerado o relatório feito na
apostila completa.
10

4 ROTEIRO DOS ESTUDOS PRÁTICOS


11

Estudos Práticos nº 01 - Introdução aos Estudos Práticos de Farmacologia

1 INTRODUÇÃO

A Farmacologia é uma disciplina de fundamental importância para a


Odontologia. Na sua atividade profissional, o dentista prescreve uma série de
drogas. Os conhecimentos básicos são introduzidos na disciplina em questão e
devem ser atualizados constantemente, não só pelo aparecimento de novas drogas,
como também para um aprofundamento dos conteúdos. Baseada em conhecimentos
sólidos, a prescrição será mais segura.

Os princípios básicos da Farmacologia são fundamentais e necessários para


uma prescrição racional de medicamentos na prática diaria do dentista. Os
profissionais da área da saúde que estão autorizados a prescrever são apenas o
dentista e o médico.

A prescrição ou receita é um ato de escolha de um medicamento e basea-se


em três áreas do conhecimento: diagnóstico clínico correto, conhecimento da
fisiopatologia da doença a ser tratada e domínio do conteúdo farmacológico do
medicamento indicado.

O dentista, ao prescrever, deve ter conhecimento dos processos biológicos,


patológicos, clínicos e da farmacologia para que atue de forma competente e ética,
possibilitando uma assistência adequada a população.
12

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Identifique, juntamente com o professor, o que é dose, concentração e volume


administrado de um medicamento.

2.2 Efetue os cálculos para a administração das drogas.

2.3 Efetue os cálculos para administração de um anestésico local resolvendo o caso


clínico abaixo sem a ajuda do professor.

Um paciente, sexo masculino, 56 anos, 70 kg, chega à clínica da PUC-Minas


para um tratamento dentário. Na sua anestesia você administra 500 mg de
prilocaina. Comente o caso sabendo que a dose máxima é 8 mg/kg. Solução
injetável disponível para uso odontológico encontrada a uma concentração de 3%.

Calcule a quantidade de anestésico em mg que Calcule o volume em ml do anestésico que o


o paciente pode receber. paciente pode receber.

Cálculos. Cálculos.

Resultado. Resultado.

2.4 Observe abaixo os vários tamanhos de seringas e as diversas agulhas


disponíveis para a administração dos medicamentos. Observe também as
características de cada seringa e agulha disponível em sua mesa, fazendo um
desenho.

Figura 1.1 Tipos de seringas e agulhas.


Fonte: prolab.com.br. Acesso em: 02 out. 2014.
13

2.5 Observe as características da seringa usada para a administração dos


anestésicos locais em odontologia.

Figura 1.2 Seringas carpule, para a administração dos anestésicos locais.


Fonte: endonline.com.br. Acesso em: 02 out. 2014.

2.7 Leia com atenção o rótulo dos medicamentos da sua mesa e identifique as
drogas. Procure no dicionário de especialidades terapêuticas (DEF) a identificação
dos medicamentos com os seus nomes genérico, comercial e químico.

Figura 1.3 Embalagens contendo medicamentos genéricos.


Fonte: genericos.med.br Acesso em: 02 out. 2014.

2.6 Aspire ao conteúdo de um frasco e retire as bolhas que aparecerem.

Figura 1.4 Aspiração do conteúdo de um frasco.


Fonte: seringasr.com.br. Acesso em: 02 out. 2014.
14

2.7 Com a seringa de 1,0 ml aspire 0,6 ml, 0,5 ml, 0,05 ml e observe a diferença e
desenhe.

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 Do ponto de vista clínico, as concentrações sanguíneas de uma droga podem


ser divididas em três faixas: subterapêuticas, terapêuticas e tóxicas. A maioria dos
esquemas terapêuticos tem como objetivo manter o medicamento na faixa
terapêutica (janela terapêutica). Analise os gráficos abaixo.

Gráfico 1.1 Concentrações plasmáticas da droga em função do tempo em vários esquemas


terapêuticos.
Fonte: www.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/. Acesso em: 26 set. 2014.
15

3.2 A concentração plasmática de uma droga depende do intervalo entre as doses e


dos esquemas posológicos. Analise o gráfico abaixo e comente.

Gráfico 1.2 Concentração plasmática da droga em função do tempo de uma mesma droga e dose,
com vias de administração diferentes.
Fonte: www.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/.Acesso em:26 set. 2014.
16

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4.1 As drogas são geralmente eliminadas pelo rim. Os fármacos que dependem do
rim para a sua eliminação podem ter suas concentrações plasmáticas elevadas
quando o paciente apresenta comprometimento da função renal. Analise a figura
abaixo e comente a afirmação.

Figura 1.5 Eliminação de droga pelo rim.


Fonte: www.ufpi.br/subsiteFiles/lapnex/arquivos/. Acesso em: 26 set. 2014.
17

4.2 Analise e comente sobre a figura abaixo.

Figura 1.6 Trajetória de uma droga administrada por via oral.


Fonte: psiquiatriageral.com.br/.Acesso em:26 set. 2014.

4.3 Analise e comente a tabela abaixo sobre os medicamentos genéricos, referencia


e similar.

Tabela 1.1 Comparação entre os medicamentos referência, genérico e similar.

Medicamento Genérico Similar


referência
Tipo É primeiro registrado Tem a mesma fórmula Se equipara ao referencia
na Anvisa ou que foi que o medicamento por ter o mesmo principio
escolhido para ser o referência. ativo.
padrão.
Teste exigido Comprovar a Deve passar por teste Tem prazo até o fim de
segurança e eficácia de bioequivalência em 2014 para apresentar a
por meio de estudos relação ao referencia. Anvisa teste de
científicos. bioequivalência.
Nome Tem nome comercial. Não tem nome Pode ser vendido com
Pode ter patente. comercial. nome comercial
Se a patente caiu
convive com genéricos
e similares.
Preço Inclui os custos com Por lei o preço máximo Deve estar abaixo da
testes e deve ser de até 65% média dos valores
desenvolvimento da do referência. máximos permitido para
droga. cada medicamento.
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.
18

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos de introdução os
estudos de farmacologia.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.

Conclusão.

Belo Horizonte,.... de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


19

Estudos práticos nº 02 - Formas Farmacêuticas e via de administração das


drogas.

1 INTRODUÇÃO

As formas de apresentação dos medicamentos são múltiplas. As drogas


geralmente não são administradas na sua forma pura e sim como preparados
farmacêuticos. As substâncias encontradas nas formas farmacêuticas são chamadas
adjuvantes, que têm como finalidade solubilizar, espessar, diluir, estabilizar,
preservar, colorir e melhorar o sabor dos medicamentos, facilitando a ingestão e
evitando a rejeição por parte do paciente.

2 PROCEDIMENTO

2.1 Identifique, cite as vias de administração e dê um exemplo de cada uma das


seguintes formas farmacêuticas sólidas relacionadas no quadro abaixo.

Forma farmacêutica sólida Via de administração Observações

Adesivo

Anel

Cápsula

Cápsula dura

Cápsula mole

Comprimido

Comprimido revestido

Comprimido revestido de
liberação prolongada

Drágea

Glóbulo

Goma de mascar

Granulado

Granulado efervescente
20

Granulado para suspensão

Implante

Pastilha

Pastilha dura

Pastilha gomosa

Pó aerossol

Pó efervescente

Pó para colutório

Pó para solução injetável

Pó para suspensão

Sabonete

Supositório

Óvulo

2.2 Identifique e caracterize cada uma das seguintes formas farmacêuticas líquidas
relacionadas no quadro abaixo.

Forma farmacêutica Via de administração Observações

Emulsão

Emulsão spray

Emulsão injetável

Esmalte

Espuma

Sabonete líquido

Óleo

Colutório

Colutório spray

Elixir
21

Solução gotas

Solução injetável

Solução para infusão

Solução de liberação
prolongada

Suspensão

Suspensão injetável

Suspensão gotas

Xampu

Xarope

2.3 Identifique e caracterize cada uma das seguintes formas farmacêuticas semi-
sólidas relacionadas no quadro abaixo.
Forma farmacêutica semi-
Via de administração Observação
sólida

Creme

Emplasto

Gel

Pomada

Pasta

Unguento

2.4 Identifique e caracterize a forma farmacêutica gasosa relacionada no quadro


abaixo.

Forma farmacêutica gasosa Via de administração Exemplo

Gás

2.5 Identifique e caracterize cada uma das seguintes formas farmacêuticas usadas
na odontologia relacionadas no quadro abaixo.
22

Forma farmacêutica Via de administração Observação

Solução para gargarejo

Solução para enxágue

Colutório

Vernizes

Comprimidos bucais

Orabase

2.6 Compare e diferencie as formas farmacêuticas administradas por via oral


relacionadas no quadro abaixo.

Forma Farmacêutica Características Via de administração

Comprimido

Cápsula dura

Cápsula mole

Drágea

Granulado

Granulado efervescente

Granulado para suspensão

2.7 Identifique e diferencie os comprimidos abaixo relacionados.

Forma Farmacêutica Via de administração

Liberação prolongada

Efervescente

Mastigável
Comprimido
Orodispersível

Para colutório

Sublingual
23

3.8 Embalagem é o material que esta em contato com a forma farmacêutica e o meio
externo. Diferencie as embalagens abaixo.

Recipiente Desenho

Ampola

Bisnaga

Bolsa

Frasco

Frasco de vidro

Frasco de plástico

Seringa preenchida

Figura 2.1 Ampola e frasco.


Fonte: medcom.net.br. Acesso em:02 out. 2014.

2.9 Diferencie um bochecho de um gargarejo.

Características

Bochecho

Gargarejo

2.10 Diferencie e identifique os acessórios abaixo.

Acessórios Observações

Agulha

Caneta aplicadora
24

Colher-medida

Copo dosador

Conta-gotas

Inalador

Seringa

2.11 Observe uma solução de anestésico local. Em que forma farmacêutica ele se
encontra?

Nome do Anestésico local Forma farmacêutica em que se Concentração


encontra

Figura 2.2 Varias formas farmacêuticas de mesmo anestésico local.


Fonte: hospitalardistribuidor. Acesso em: 02 out. 2014.

2.12 Identifique cada uma das formas farmacêuticas abaixo.


25

Figura 2.3 Formas farmacêuticas.

2.13 Escolha aleatoriamente algumas formas farmacêuticas sólidas e coloque em


um frasco com solução ácida e em outro com solução alcalina. Observe o resultado
depois de 10 minutos.

2.14 Diferencie as diversas via de administração utilizada na administração das


diferentes formas farmacêuticas.
26

Figura 2.4 Via oral Figura 2.5 Via sublingual.

Figura 2.6 Via retal. Figura 2.7 Via ocular.

Figura 2.8 Via auricular. Figura 2.9 Via nasal.

Figura 2.10 Via bucal 2-11 Via intracanal.

Figura 2.12 Via de administração intravenosa (IV) ou endovenosa (EV).


27

Figura 2.13 Local da administração da injeção intramuscular (IM).

Figura 2.14 Injeção subcutânea (SC). Figura 2.15 Injeção intradérmica.

Figura 2.16 Desenho comparativo do local da administração das vias intramuscular (IM), subcutânea
(SC) e intravenosa (IV).
28

Figura 2.17 Administração de drogas por via inalatória e absorção e eliminação dos fármacos pelo
pulmão.

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 Caso Clínico nº 01.

Paciente do sexo masculino, com 26 anos, branco, 55 kg, 1,65 m, apresentando


quadro típico de sinusopatia aguda, compareceu ao ambulatório de
otorrinolaringologia para realização de endoscopia rígida das fossas nasais. Foi
realizada anestesia tópica da mucosa, com tampão de algodão embebido em 4,5 ml
de tetracaína a 4%. Cerca de dois minutos após a colocação do tampão, o paciente
começou a apresentar tontura, diplopia, nistagmo horizontal e gosto amargo na
boca. O tampão foi retirado imediatamente e realizada lavagem nasal com solução
de cloreto de sódio a 0,9%%. Como o paciente ainda permanecesse com tontura e
nistagmo foi encaminhado à sala de recuperação pós-anestésica. Ficou em
observação, recebendo oxigênio por máscara facial, com um fluxo de 4 litros por
minuto, mantendo os parâmetros hemodinâmicos e respiratórios estáveis. Os
sintomas foram gradativamente desaparecendo, recebendo alta 75 minutos após
sua chegada à sala de recuperação pós-anestésica, sem qualquer sintomatologia.

Comente o caso clínico.


29

3.2 Caso Clínico nº 02.

Um paciente de 35 anos, sexo masculino, durante um tratamento, recebeu


administração de uma injeção de anestésico local no consultório odontológico. Apos
a administração o paciente desenvolveu reação caracterizada por hipotensão (baixa
pressão sanguínea), síncope (desmaio), urticária, angioedema (inchaço da face) ,
edema de laringe, rinorréia, conjuntivite, prurido (coceira.), sibilância respiratória e
falta de ar. Levado rapidamente a um serviço de urgência (PA) foi administrado no
paciente adrenalina, por via subcutânea, com alivio progressivo do quadro. Comente
o caso clínico.

3.3 Caso Clínico nº 03.

“Análise de 32 casos de acidentes por injeção, na maioria das vezes, de substâncias


oleosas no músculo deltoide. Os acidentes caracterizaram-se por dor e reações
tróficas locais. Em muitos casos, simultaneamente, ocorreram distúrbios isquêmicos
nas regiões escapular, peitoral e, especialmente, na extremidade do membro.
Presume-se que esse complexo lesional é gerado: 1) pela ação lesiva do
medicamento nas terminações nervosas, nos tecidos moles e perivasais; e/ou 2)
pela entrada fortuita da substância no interior dos vasos, produzindo embolia e/ou
endotelite trombosante; e/ou 3) pelo despertar de fenômenos vasomotores. As
lesões da mão, geralmente, foram mais graves que as lesões deltoidianas, com a
eventual perda de dedos, espontânea ou cirúrgica.” (DUQUE; CHAGAS, 2009. p.
238)

Comente a afirmação acima.


30

Figura 2.18 Necrose do musculo deltoide causada por injeção intramuscular.


Fonte: scielo.br. Acesso em:09 out. 2014.

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4.1 Conceitue:
Preparados oficiais.
Preparados não oficiais:
• preparados Magistrais;
• especialidades medicinais ou farmacêuticas.

4.2 Pesquise e tente formular um preparado magistral.

4.3 Conceitue bioequivalência.

4.4 Dispositivo intra-oral de liberação lenta.

“Uma das maiores dificuldades para o sucesso do tratamento de patologias na


cavidade bucal é a diluição e a rápida eliminação dos fármacos devido
31

principalmente à ação da saliva. Sendo assim, os dispositivos de liberação


controlada de fármacos são importantes na tentativa de prolongar a sua retenção na
cavidade bucal. O uso de sistemas bioadesivos podem também reduzir a frequência
de aplicação e a quantidade de fármaco administrada, o que pode melhorar a
adesão e aceitação do paciente, além de reduzir os efeitos adversos”. (LINS, 2011.
p.XIII)

4.5 Conceitue: droga, fármaco, medicamento, remédio, pró-droga e placebo.

4.6 Comente sobre a distribuição gratuita de medicamentos pelo SUS.

4.7 Comente sobre o programa Farmácia Popular do Brasil.

4.8 Comente sobre a venda fracionada de medicamentos.


32

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários


Objetivo dos estudos
práticos sobre as formas
farmacêuticas e as vias
de administração das
drogas.

Arranjo da sala

Participação do grupo

Resultados obtidos

Domínio de conteúdo

O que aprendeu com a


prática

Conclusão

Belo Horizonte,.... de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


33

Estudos Práticos nº 03 – Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e


da junção neuromuscular.

1 INTRODUÇÃO

O sistema nervoso autônomo é também chamado de visceral, vegetativo ou


involuntário. Encontra-se em grande parte, fora da influência do controle voluntário,
e, regula importantes processos do organismo humano como a contração e o
relaxamento da musculatura lisa; os batimentos cardíacos, e certas etapas do
metabolismo intermediário, como a utilização da glicose.
O SNA está dividido em duas partes: simpático e parassimpático. Em geral
são antagônicos, isto é, se um sistema inibe uma função, o outro estimula. Os dois
principais neurotransmissores que operam no SNA são acetilcolina (no sistema
nervoso parassimpático) e a noradrenalina (no sistema nervoso simpático).
34

Figura 3.1 Representação esquemática do SNA.


Fonte: sistemanervoso.com. Acesso em: 02 set. 2014.
35

As drogas que atuam no SNA são: drogas colinérgicas, drogas antagonistas


dos receptores muscarínicos da acetilcolina, drogas adrenérgicas e drogas
antagonistas adrenérgicas.

DROGAS COLINÉRGICAS.
Compreendem um grande grupo de substâncias com uso terapêutico restrito,
exemplificadas no mapa do conhecimento abaixo.

Figura 3.2 Mapa do conhecimento sobre as drogas parassipatomiméticas.

A rivastigmina é uma droga utilizada no tratamento da doença de Alzheimer.


A inibição das colinesterases pela rivastigmina é classificada como pseudo-
irreversível.

DROGAS ANTICOLINÉRGICAS.
Os agentes que antagonizam a ação da acetilcolina, nos receptores
muscarínicos, têm como principal representante a atropina. O grupo tem um uso
terapêutico mais amplo.

DROGAS SIMPATICOMIMÉTICAS.
A noradrenalina, neurotransmissor que atua no SNA simpático, possui
vários receptores no organismo como mostra o quadro abaixo.
36

Tabela 3.1 Adrenorreceptores com suas respectivas ações farmacológicas.

Tipos de adrenorreceptores Resposta fisiológica /farmacológica

α₁ Vasoconstrição, aumento da resistência periférica e aumento da PA.


α₂ Inibição da liberação de noradrenalina.
β₁ Coração: aumento da contratilidade, aumento da FC e liberação de
renina no aparelho justaglomerular.
β₂ Vasodilatação, bronco dilatação; relaxamento da musculatura lisa
uterina.
β₃ Lipólise do tecido adiposo.
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

As drogas que mimetizam as ações da noradrenalina são denominadas


fármacos simpatomiméticos. São classificados, de acordo com o quadro abaixo, pelo
mecanismo de ação e pelos receptores que ativam.

Tabela 3.2 Classificação dos fármacos simpaticomiméticos.


Fármacos adrenérgicos Exemplos
Agonistas dos receptores α1 Fenilefrina
Agonistas dos receptores α2 Clonidina
Agonistas dos receptores β1 Dobutamina
Agonistas dos receptores β2 Salbutamol
Agonistas mistos α e β Noradrenalina e adrenalina
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

DROGAS SIMPATOLÍTICAS.
As drogas antagonistas dos receptores β-adrenérgicos são usadas para reduzir
a pressão sanguínea em pacientes hipertensos. Os mais usados no nosso são a
atenolol (antagonista seletivo dos receptores β1) e o propranolol (β-antagonista não
seletivo).

FARMACOLOGIA DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR.


Sobre os fármacos que atuam na junção neuromuscular podemos citar a toxina
botulínica (Botox) como um representante importante desse grupo de
medicamentos. A toxina botulínica é obtida a partir de cultura de Clostridium
botulinum. Atua bloqueando liberação da acetilcolina na junção neuromuscular
provocando paralisia do músculo esquelético. A toxina botulínica pode ser usada na
37

odontologia em casos de bruxismo, disfunções temporomandibulares, sialorreia e


assimetria de sorriso.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Faça um desenho sobre o modo de ação da associação medicamentosa de um


anestésico local com um vasoconstritor.

2.2 Complete o quadro abaixo citando as vantagens e desvantagens dessa


associação medicamentosa (anestésico local + adrenalina) acima para a
odontologia.

Vantagens Desvantagens

2.3 Qual a mecanismo de ação e a ação farmacológica do medicamento clonidina?


Justifique sua resposta.
38

2.4 Faça no quadro abaixo um desenho sobre o mecanismo de ação das drogas
colinérgicas.
Drogas agonistas colinérgicas Drogas anticolinesterásicas
(pilocarpina) (rivastigmina).

2.5 Observe as figuras abaixo. Comente sobre o mecanismo de ação de cada grupo
de drogas e a diferença entre cada grupo.

Figura 3.3 Local de ação das drogas atropina e tubocurarina.


Fonte: wwwsintesebio.blogspot. Acesso em: 02 set. 2014.

2.6 Complete o desenho abaixo e colocando o local de ação e explicando o


mecanismo de ação da toxina botulínica e dos bloqueadores neuromusculares.

Figura 3.4 Liberação de acetilcolina na placa motora.


Fonte: Mohamed Naguib et. Al Anesthesiology 2002; 96:202–31
39

2.7 Observe a terminação noradrenérgica abaixo. Discuta os processos enumerados


no esquema abaixo. Identifique o local e o mecanismo de ação das drogas que
atuam sinapse noradrenérgica.

Urina Metabólicos Noradrenalina


inativos
MAO
Tirosina Tirosina
+
Na Na+

DOPA
Urina Metabólicos
inativos
Dopamina

Dopamina

Ca2+

Ca2+

1
Metabólicos
Urina
inativos
Noradrenalina
Catecol-O-

metiltransferase 2
(COMT) ESPAÇO

SIMPÁTICO

RESPOSTA INTRACELULAR

Figura 3.5 Sinapse noradrenérgica.


40

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 Caso Clínico nº 01.

A síndrome de Sjögren (SS) caracteriza-se por distúrbios inflamatórios,


autoimune crônica, envolvendo, principalmente as glândulas salivares, as glândulas
lacrimais associadas ou não com uma doença difusa do tecido conjuntivo. As
doenças mais envolvidas são: a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso. Pode-se
definir uma tríade clássica para a S.S. a xerostomia, ceratoconjuntivite seca e artrite
reumatoide ou lúpus eritematoso.
Uma paciente de 50 anos, sexo feminino, apresenta queixa de boca e olhos
secos. A boca apresenta xerostomia e candidíase. O diagnóstico da síndrome de
Sjögren foi confirmado após a biopsia de glândula salivar menor. Comente o caso e
discuta os possíveis tratamentos.

Figura 3.6 Estímulo à salivação e paciente com xerostomia.


Fonte: filhotedefauchard.blog. Acesso em: 02 set. 2014.
41

3.2 Caso Clínico nº 02.

A sialorreia, caracterizada pela salivação excessiva, é comum em bebês,


mas desaparece até os 36 meses de vida. É um distúrbio comum em pacientes com
problemas neurológicas, tais como a paralisia cerebral (PC), doença de Parkinson
(DP), e esclerose lateral amiotrófica (ELA). Comente sobre as abordagens do
tratamento medicamentoso para o controle da sialorreia.

3.3 Caso Clínico nº 03.

B.C.R., de 57 anos, necessitou de exodontia de dois restos radiculares, com


vistas à instalação de prótese total. Na anamnese, o paciente referiu ser hipertenso
leve e ter eventuais distúrbios do ritmo cardíaco. Sua pressão arterial no dia da
consulta era de 160/110 mn de Hg. Qual a sua conduta, caso você tenha que tratar
desse paciente?
Durante o tratamento vai ser administrado no paciente anestésico local? Com
ou sem adrenalina?

Figura 3.7 Charge da extração dentária.


Fonte: dicasodontologicas.com.br. Acesso em: 02 set. 2014.
42

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4.1 Faça um mapa do conhecimento (organograma) das drogas que atuam no SNA.

4.2 Cite os possíveis usos clínicos dos adrenérgicos.

4.3 Explique em que tipo de dor os anticolinérgicos podem ser indicados.


43

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos do SNA.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.

Conclusão.

Belo Horizonte,....de ....................... de 201...

.............................................................. (assinatura do aluno)


44

Estudos Práticos nº 04 – Farmacologia dos anestésicos locais.

1 INTRODUÇÃO

Os anestésicos locais são drogas que bloqueiam temporariamente a


condução do impulso nervoso nas fibras nervosas causando perda da sensibilidade.
A Cocaína encontrada na folha da Erythroxylon coca era usada pelos povos
indígenas dos Andes. Em 1860 Albert Niemann isolou pela primeira vez a cocaína
relatando que o composto causava dormência da língua. Freud estudou os efeitos
farmacológicos da cocaína e a sua introdução na prática clínica, como anestésico,
foi em 1884 durante uma cirurgia oftalmológica. Após pesquisas, em 1905, Ein Horn,
sintetizou a procaína, iniciando à descoberta dos anestésicos locais. No quadro
abaixo podemos observar o ano do inicio do uso clínico ou da sua síntese.

Tabela 4.1 Histórico do inicio do uso dos anestésicos locais.

Ano do inicio do uso dos anestésicos locais/ Anestésico local


Síntese dos anestésicos locais.
1884 Cocaína
1905 Procaína
1932 Dibucaína
1933 Tetracaína
1948 Lidocaína
1956 Mepivacaína
1960 Prilocaína
1963 Bupivacaína
1971 Etidocaína
1997 Ropivacaína
1999 Levobupivacaína
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

Os anestésicos locais aliviam a dor por interromperem a condução do impulso


nervoso através da ligação específica aos canais de Na+ voltagem-dependente dos
axônios, bloqueando, assim, a entrada dos íons sódio para o interior da célula
nervosa, impedindo a condução do estímulo nervoso.
A molécula do anestésico local pode ser dividida em três partes: um
grupamento amínico secundário ou terciário que concede às moléculas
hidrossolubilidade; o outro grupamento é o aromático que confere às moléculas
lipossolubilidade que são essenciais para a sua penetração nas fibras nervosas;
unindo essas duas partes aparece uma cadeia intermediária que faz a separação
45

entre as extremidades lipofílica e hidrofílica além de servir como base para a


classificação química dos anestésicos locais em dois grupos: os ésteres e as
amidas.

.
Figura 4.1 Estrutura química dos anestésicos locais lidocaína e procaína.
Fonte: Rev. Virtual Quim. RJ, 2009, 1 (3), 227-240.

Os anestésicos locais podem ser classificados também pelo seu tempo de


ação. Os anestésicos locais mais usados na odontologia são a lidocaína, a
prilocaína, a mepivacaína e a bupivacaína. Podemos relatar também o uso da
articaína, da ropivacaína e da levobupivacaína.
A maioria dos anestésicos locais são biotransformados no fígado e uma
menor quantidade no plasma geralmente pela enzima pseudocolinesterase
plasmática. Na corrente sanguínea, após a sua absorção, lingam-se as proteínas
plasmáticas. Sendo eliminados na grande maioria em forma de metabólitos pelo rim.

Tabela 4.2 Comparação entre os anestésicos locais mais usados na odontologia

Grupo químico Anestésico Toxicidade Duração do Biotransformação Ligação


local (relativa) efeito* proteica
(%)
Éster Procaína 1,0 Curto Plasma 5,8
(-COO) Tetracaína 12 Longo Plasma 75
Amida Lidocaína 1,5 Intermediário Fígado 64
(-NHCO-). Prilocaína 1,5 Intermediário Fígado 55
Mepivacaína 2,0 Intermediário Fígado 77
Bupivacaína 10 Longo Fígado 95
Ropivacaína 8,0 Longo Fígado 95
Etidocaína 10 Longo Fígado 95
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.
*Duração de ação sem vasoconstritor em anestesia por infiltração. Curta (15-30min), intermediária
(30-90) e longa (120-240).
46

Os anestésicos locais atuam na proximidade do tecido nervoso, não havendo


necessidade de atingir a corrente sanguínea para produzir seu efeito, ao contrário
dos anestésicos gerais, que necessitam de uma ação sistêmica. Esta diferença é
muito vantajosa e justifica o grande uso dos anestésicos locais em Odontologia.
Não existe um anestésico local ideal. O dentista deve escolher o anestésico
local, dentre os diversos tipos disponíveis no mercado, aquele que for mais indicado
ao seu paciente e o procedimento que irá realizar.

Figura 4.2 Anestesia local na cavidade oral.


Fonte: versaude.blogspot.com .Acesso em: 05 set. 2014.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Observe a figura abaixo e explique o mecanismo de ação dos anestésicos locais.

Figura 4. 3 Desenhos representativos do estimulo nervoso.


Fonte: sobiologia.com.br. Acesso em: 05 set. 2014.

2.2 Observe os desenhos esquemáticos de um canal de Na+ e indique e procure


onde o anestésico local atua.
47

Figura 4.4 Desenhos do Canal de Na+ mostrando o local de ação dos anestésicos locais.
Fonte: ff.up.pt. Acesso em: 05 set. 2014.

2.3 A associação dos anestésicos com agentes vasoconstritores (adrenalina) é muito


comum na terapêutica. Essa associação apresenta as seguintes vantagens:
prolongar a ação e a intensidade da anestesia, diminuir sangramento e reduzir a
toxicidade sistêmica dos anestésicos locais. O quadro abaixo enumera as
contraindicações dos vasoconstritores associado aos anestésicos locais na clínica
odontológica.

Tabela 4.3 Contraindicações ao uso de vasoconstritores associados aos anestésicos


locais.

Contraindicações ao uso de vasoconstritores associados aos anestésicos locais


Contraindicações - pacientes com doenças cardiovasculares: angina instável, infarto do
absolutas miocárdio recente (menos de 6 meses), cirurgia de revascularização cardíaca
recente (menos de 6 meses), arritmias refratárias, insuficiência.
Cardíaca congestiva (ICC) intratável ou não controlada, hipertensão grave não
tratada ou não controlada.
- hipertireoidismo não controlado.
- diabetes mellitus não controlada.
- feocromocitoma.
- hipersensibilidade a sulfito.
Contraindicações - usuários de antidepressivos tricíclicos.
relativas - usuários de antidepressivos inibidores da monoamino oxidase (IMAO).
- usuários de derivados anfetamínicos.
- usuários de compostos fenotiazínicos.
- usuários de beta bloqueadores adrenérgicos não seletivos como o
propranolol.
- dependentes de cocaína.
Fonte: adaptado de Rohr e col. (2002).
48

Complete o quadro abaixo:

Fármacos. Faça um desenho esquemático sobre o


Cite o modo/mecanismo pelo qual eles atuam. modo/mecanismo de ação desses fármacos.

Antidepressivos tricíclicos (ex: imipramina)

Antidepressivos inibidores da monoamina


oxidade (IMAO)

Cocaína.

2.4 A segurança do uso de anestésicos locais depende da escolha adequada da


solução anestésica e da quantidade mínima de uso para alcançar o objetivo que é a
anestesia dos tecidos. O anestésico local geralmente só é tóxico quando alcança
elevada concentração no sangue. A intoxicação por anestésico local geralmente
ocorre devido: a dose elevada, absorção inesperadamente rápida, injeção
intravascular inadvertida e diminuição da Biotransformação.

Gráfico 4.1 Efeitos tóxicos, relacionados com as doses, dos anestésicos locais bupivacaina,
levobupivacaina e ropivacaina.
Fonte: Rev. Bras. Anestesiol. v.56 n.4 Campinas set./aug. 2006.

Interprete o gráfico acima. Complete o quadro abaixo sobre os sintomas e o


tratamento da intoxicação por anestésicos locais.
49

Sinais e sintomas da
Efeito sistêmico dos AL no: Tratamento
intoxicação

SNC.
Neurotoxicidade.

SCV.
Cardiotoxicidade.

2.5 A tabela abaixo evidencia duas técnicas da anestesia geral, suas indicações e os
fármacos mais usados.

Tabela 4.4 Técnica para administração dos anestésicos locais

Técnicas da anestesia local Indicações Fármacos usados


Tópica ou de superfície Boca, nariz, córnea e árvore brônquica. Lidocaína, tetracaína,
dibucaína e benzocaina.

Infiltração Injeção direta em tecidos para atingir A maioria.


ramos e terminações nervosas.
Utilizadas em pequenas cirurgias.
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

Figura 4.5 Anestésicos locais.


Fonte: en.wikipedia.org. Acesso em: 05 set. 2014.

Os anestésicos locais são usados para produzir anestesia tópica nas mucosas do
nariz, boca, árvore traqueobrônquica e trato urinário, conjuntiva, reto etc. Para ser
eficaz são necessárias altas concentrações do anestésico. Podem ser instilados
(conta-gotas), embebidos em algodão, ou utilizados na forma de geleia ou cremes
(anestesia da pele), spray (orofaringe). Quando administrada em mucosas a
50

absorção é rápida, podendo levar a toxicidade sistêmica. Como o anestésico tópico


mais usado é a base de lidocaína vamos conhecer as concentrações e o uso seguro
nas apresentações. Sabendo-se que a dose de lidocaína é de 7 a 10 mg/kg de peso
(com e sem Adrenalina respectivamente) Pede-se:

Dose máxima de lidocaína para um paciente de 60 Kg.

Volume das soluções a 1 e 2%.

Volume da apresentação em Spray (10%).

Volume da apresentação em creme (5%).


51

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 Casos Clínicos nº 01, 02, 03 e 04.

Embora sejam raros os casos fatais decorrentes do uso incorreto de soluções


anestésicas locais, e pelo fato dos casos de morbidade sem óbito muitas vezes
ficarem restritos.
Ao conhecimento do profissional e do paciente envolvidos no caso, sem se
tornarem públicos, reações adversas associadas à anestesia local acontecem. Por
meio de uma pesquisa feita na Base Medline (National Library of Medicine), de 1964
a 2005, são apresentados 16 casos. Destes escolhemos dois casos, dos 16
relatados de mortalidade atribuídos, à anestesia local na clínica odontológica.

Caso clínico 1: paciente do sexo feminino, 68 anos, com história de angina de peito,
apresentando estado de ansiedade aguda. Para a extração de 28 dentes em uma
única sessão, foram injetados 13 tubetes de 2,2mL de lidocaína 2% com adrenalina
1:100.000, complementados com 4 tubetes de mepivacaína 3%, durante 20 minutos.
A paciente entrou em convulsão e foi a óbito devido à parada cardíaca. Causa
provável: superdosagem de lidocaína e mepivacaína. (MONTAN; COGO;
BERGAMASCHI; VOLPATO; ANDRADE, 2007)

Casos clínicos 2 e 3: duas mulheres de meia-idade foram submetidas a tratamento


odontológico, apesar de apresentarem níveis elevados de pressão arterial. Foram
acometidas de uma elevação abrupta da pressão arterial e subsequente aumento do
fluxo sanguíneo cerebral, culminando com hemorragia intracerebral fatal. Causa
provável: Aumento dos níveis plasmáticos de catecolaminas, induzidos pela dor e
estresse, acrescido da pequena quantidade de adrenalina absorvida no local da
anestesia.
52

Caso clínico 4: Paciente com quatro anos, 17kg. Foram administrados cinco tubetes
(9mL) de mepivacaína 3% (270 mg), num período de cinco minutos, para o bloqueio
bilateral do nervo alveolar inferior e várias infiltrações na maxila. Decorridos 20
minutos da anestesia local, a criança teve uma convulsão que durou 15 segundos.
Três minutos após ocorreu nova crise convulsiva, mais intensa, que durou
aproximadamente um minuto. Ao término da convulsão, ocorreu parada respiratória
seguida de parada cardíaca. A criança foi hospitalizada, permanecendo em estado
de coma por dois dias, quando foi a óbito. Causa provável: anóxia cerebral em
consequência da parada cardíaca por dosagem excessiva de mepivacaína.

Figura 4.6 Seringa para a administração de anestésicos locais.


Fonte: enfermagemsa.com. Acesso em: 05 set. 2014.

3.2 Caso Clínico nº 05.

Um paciente de 62 anos, sexo masculino, teve sua hipertensão diagnosticada


dez anos atrás. Atualmente está tomando propranolol (β-bloqueador) e sua PA é
normal. O paciente necessita de um tratamento dentário com restaurações
complexas. Comente o caso levando em consideração o uso do anestésico local
associado à adrenalina.

3.3 Caso Clínico nº 06.

Paciente do sexo feminino, 55 anos, sem relato de problemas de saúde, com


ausência de anormalidades cardíacas e ou respiratórias. Recebeu duas injeções
(dose total de 600 mg) de prilocaína em uma clínica na região metropolitana de Belo
53

Horizonte, para um procedimento odontológico. Após a administração do anestésico


local apresentou letargia, mucosas cianóticas, dificuldades respiratórias e pele em
tom cinza pálido. Comente o caso (causa, tratamento, etc).

Figura 4.7 Extremidades cianóticas.


Fonte: saude.culturamix.com. Acesso em: 05 set. 2014.

3.4 Caso Clínico nº 07.

Um paciente sexo feminino, 15 anos, com histórico familiar de alergia na pele,


recebeu no consultório odontológico uma injeção de anestésico local (lidocaina).
Minutos após, a paciente apresentou placas eritematosas e pruriginosas no pescoço
e tronco, com angioedema e edema discreto nas pálpebras e nos lábios, sem
broncoespasmo. Foi tratada com prometazina (12,5 mg) e apresentou reversão
completa do quadro. Comente o caso (causa, tratamento, etc). O tratamento pode
variar de acordo com o quadro clínico e a gravidade das reações adversas?

3.5 Caso Clínico nº 08.

Paciente do sexo feminino, 65 anos, foi ao consultório odontológico para um


implante dentário. O anestésico local escolhido para o procedimento foi a
bupivacaína por ser de longa duração e facilitar o procedimento. O dentista fez
opção de usar o anestésico local sem o vasoconstritor, após a administração do
medicamento a paciente perde a consciência e desmaia, o batimento cardíaco
desaparece e os pulsos radial e carotídeos ficam ausentes. Foram imediatamente
54

iniciadas as manobras de reanimação cardiorrespiratória, mas não logrou sucesso e


a paciente faleceu. Comente o caso (causas, mecanismo de ação, etc).

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4.1 O que é anestesia local permanente? Qual é a substância usada para este fim?

4.2 Componentes das soluções de anestésicas podem, como o metabissulfito de


sódio, causar alergias. A alergia a bissulfitos ou metassulfitos de sódio é mais
comum em paciente asmático, especialmente nos que fazem usos de corticoides.
Procure na literatura sobre a afirmação citada acima.

4.3 Na tabela abaixo temos uma classificação das fibras nervosas. Usando os dados
abaixo comente sobre a sensibilidade diferencial das fibras nervosas aos
anestésicos locais.

Tabela 4.5 Classificação das fibras nervosas

Fibra Diâmetro (μm) Mielina Velocidade de Função


condução
A 6-22 + 30-120 Motor.
A 3-6 + 15-35 Tônus muscular.
A 1-4 + 5-25 Dor, toque, temperatura.
C 0,3 -1,3 - 0,7-1,3 Dor, temperatura.
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.
55

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos sobre
anestésicos locais.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.
O que aprendeu com
esse estudo prático.

Conclusão.

Belo Horizonte,..... de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


56

Estudos Práticos nº 05 – Farmacologia da dor, inflamação e da infecção.

1 INTRODUÇÃO

A dor pode ser definida como uma experiência sensorial e emocional


desagradável, associada à injúria tecidual ou outro tipo de injúria. A dor de origem
dental quase sempre é de caráter inflamatório. Pode também manifestar-se após
intervenções invasivas na cavidade oral. Existe a possibilidade de se usar o
analgésico previamente ao estímulo lesivo. Neste caso chamamos de analgesia
preemptiva.
Na tabela abaixo podemos observar a classificação dos analgésicos e dos
anti-inflamatórios.

Tabela 5.1 Classificação dos fármacos analgésicos e anti-inflamatórios

Classificação Tipos Exemplos

Analgésicos opioides Morfina e codeina


Analgésicos Analgésicos antipiréticos e
Ácido acetilsalicílico (AAS)
anti-inflamatórios

Anti-inflamatório não
Diclofenaco
esteroides ou não hormonais
Ibuprofeno
(AINEs)
Anti-inflamatórios Anti-inflamatórios esteroides
Hidrocortisona
ou hormonais (corticoides
Prednisona
corticosteroides ou
Dexametasona
glicocorticoides)

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são drogas frequentemente


utilizadas na odontologia com o objetivo de reduzir as respostas inflamatórias
indesejáveis, inibindo a enzima ciclo-oxigenase, bloqueando a formação da
tromboxana, prostaciclina e prostaglandina, reduzindo assim o processo inflamatório.
57

Na figura abaixo observamos o local de ação dos AINEs e dos corticosteroides.

Figura 5.1 Local de ação dos fármacos anti-inflamatórios.


Fonte: slideplayer.com.br. Acesso em: 17 set. 2014.

Farmacologia dos agentes antimicrobianos.

Os agentes antimicrobianos, também conhecidos como antibióticos, são


usados na odontologia geralmente em três situações clínicas: tratamento de infecção
odontogênica; profilaxia em pacientes com risco de desenvolver endocardite
bacteriana; profilaxia em pacientes com o comprometimento dos mecanismos de
defesa do hospedeiro em consequência de certas doenças ou tratamento
farmacológico e em certos procedimentos invasivos.
Na figura abaixo observamos o mecanismo de ação de diversos agentes
antimicrobianos usados na terapêutica.
58

Figura 5. 2 Mecanismo de ação dos agentes antimicrobianos na célula bacteriana.


Fonte: csgois.web.interacesso.pt. Acesso em: 17 set. 2014.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Observe a figura abaixo e coloque o local de ação dos fármacos anti-
inflamatórios.
Explique a diferença entre a ação dos AINEs e os corticosteroides.

Figura 5. 3 Síntese das prostaglandinas e dos leucotrienos.


Fonte: pt-br.aia1317.wikia.com. Acesso em: 17 set. 2014.
59

2.2 Observe a figura abaixo e explique a ação dos AINEs na isoenzimas COX-1 e
COX-2 relacionando estas ações com os respectivos efeitos adversos.

Figura 5.4 Ação das isoenzimas COX-1 e COX-2.


Fonte: cefal-unifal.blogspot.com. Acesso em: 17 set. 2014.

2.3 Observe a figura sobre a liberação de endorfina em nosso organismo. Faça um


desenho sobre o mecanismo de ação dos analgésicos opioides.

Figura 5. 5 Liberação das endorfinas.


Fonte:comciencia.br. Acesso em: 17 set. 2014.
60

2.4 Observe a figura abaixo sobre o tratamento sequencial da dor nos


procedimentos odontológicos. Faça um comentário sobre as indicações.

Figura 5.6.Uso terapêutico dos analgésicos na odontologia.

2.5 Observe a figura abaixo e descreva sobre o uso prolongado dos corticosteroides.
Selecione as implicações mais importantes no paciente odontológico.
61

Figura 5.7 Manifestações clínicas com o uso prolongado dos corticosteroides.


Fonte: corticoidesebioquimica. Acesso em: 17 set. 2014.

2.6 Faça um desenho sobre o mecanismo de ação da amoxicilina e da associação


da amoxicilina com o ácido clavulâmico.

2.7 Um paciente de 12 anos, 40 Kg de peso, está com uma infecção bacteriana e vai
ser submetido a um tratamento com amoxicilina. Dose diária habitualmente
recomendada é:
25 mg/kg/dia em infecções leves a moderadas (infecções do trato respiratório
superior; ex.: infecções do trato respiratório inferior e infecções da pele e dos tecidos
moles);
45 mg/kg/dia para o tratamento de infecções mais sérias (infecções do trato
respiratório superior; ex.: otite média e sinusite; infecções do trato respiratório
inferior, ex.: broncopneumonia e infecções do trato urinário).
O tratamento geralmente é prescrito durante 7 dias. O pó para suspensão oral
disponível é de 200 mg/5 ml, 250 mg/5 ml e 500 mg/5 ml
62

a) Qual a quantidade, em mg, diária o paciente b) Qual o volume, em ml, diário o paciente deve
deve receber? receber?

Cálculo Cálculo

Resultado Resultado

Observação: amoxicilina suspensão contém açúcar em sua formulação, portanto, não deve ser
utilizada por pacientes diabéticos.

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 Caso Clínico nº 01

V. P. 34 anos, sexo feminino, estava sentido uma dor muito intensa na face
(articulação temporomandibular), procurou um pronto atendimento (PA) e recebeu
uma prescrição de um AINEs (diclofenaco). Após uma semana usando o
medicamento relatou estar apresentando episódios frequentes de dor abdominal,
especialmente à noite. Comente o caso. Quais os medicamentos poderiam aliviar
esse sintoma?

3.2 Caso Clínico nº 02.

Q. P. 64 anos, sexo masculino, aposentado, estava sentido uma dor de dente muito
intensa, procurou um dentista e recebeu uma prescrição de 21 dias com AINEs
(cetoprofeno). Começou a apresentar, após 12 dias, inchaço e edema. A sua
pressão arterial estava normal. Comente o caso.
63

.
Figura 5.8 Edema de membro inferior.
Fonte: gracieteoliveira.pbwor. Acesso em: 17 set. 2014.

3.3 Caso Clínico nº 03.

Um paciente iniciou o tratamento com um analgésico e anti-inflamatório


(benzidamina) por via oral. No quinto dia de tratamento retorna ao consultório do
dentista com os seguintes sintomas: insônia, visualizaçâo de luzes coloridas,
aceleração dos batimentos cardiacos, movimentos involuntários de diversos
musculos e inibição do apetite. Comente o caso. Esse efeito poderia ocorrer com o
uso da benzidamina por via bucal?

Figura 5.9 Cloridrato de benzidamina para uso oral e bucal.


Fonte: cmpa.ensino.eb.br. Acesso em: 17 set. 2014.

3.4 Caso Clínico nº 04.

Um paciente faz uso de um comprimido (dosagem infantil) de ácido acetilsalicílico


(AAS) todos os dias. Vai ser submetido a um implante dentário. Apresenta ao
dentista um exame de coagulação do sangue (tempo de protrombina e RNI) normal.
Como deve agir o dentista? Justifique sua resposta.
64

3.5 Caso Clínico nº 05.

Paciente, sexo masculino, 32 anos, compareceu à consulta com um estomatologista,


queixando-se de lesão bucal que não cicatrizava há um mês. Relatou que tinha feito
um transplante de medula óssea no ano passado. O exame clínico bucal apresentou
lesões esbranquiçadas localizadas no palato e na língua. Essas lesões brancas se
desgarravam quando eram manipuladas, sugerindo o quadro clínico de
candidíase/candidose bucal. Comente o caso detalhadamente (a causa, o
tratamento etc.).

Figura 5.10 Candidíase/candidose na cavidade oral.


Fonte: mdsaude.com. Acesso em: 17 set. 2014.

3.6 Caso Clínico nº 06.

Os xaropes são formulações farmacêuticas que contêm grande quantidade de


açucares (em torno de 2/3), para que o líquido fique viscoso. Existem xaropes para
tosse, chamados de antitussígenos, onde o medicamento ativo é a codeína. Qual o
risco do uso desse xarope para a população principalmente de adolescentes?

Figura 5.11 Forma farmacêutica de xarope.


Fonte: fcnoticias.com.br. Acesso em: 17 set. 2014.
65

3.7 Caso Clínico nº 07.

Paciente, sexo feminino, 30 anos, com queixas de rinite persistente seguida de asma
brônquica, hipersensibilidade ao AAS e poliose nasal. Os primeiros sintomas
apresentados foram rinorreia e congestão nasal (precedidas por uma infecção
respiratória viral). O aparecimento do inicio dos sintomas aconteceu, 3 horas após a
ingestão de AAS (ou outros AINEs). Ocorreu uma exacerbação da asma,
acompanhada de rinorreia profusa. Comente detalhadamente a situação.

Figura 5.12 Desenho de um brônquio no paciente normal e no asmático.


Fonte: wgate.com.br. Acesso em: 17 set. 2014.

3.8 Caso Clínico nº 08.

Paciente, sexo masculino, 30 anos apresentou uma reação de hipersensibilidade 10


minutos após a administração da amoxicilina (penicilina). A reação foi caracterizada
por urticária com angioedema, e anafilaxia. A urticária caracteriza- se por pápulas
pruriginosas transitórias disseminadas pelo corpo A anafilaxia é definida como sendo
uma reação alérgica grave, de início rápido e que pode levar a morte. O paciente
pode apresentar sintomas como prurido generalizado, eritema, urticária, dispneia,
hipotensão, taquicardia e perda da consciência. Comente o caso. Esse caso pode
acontecer após a prescrição de um dentista.
66

Figura 5.13 Manifestação alérgica na pele.


Fonte: tuasaude.com. Acesso em: 17 set. 2014.

3.9 Caso Clínico nº 09.

Uma paciente, 54 anos, após uma visita ao ginecologista recebe uma prescrição de
um agente antimicrobiano chamado metronidazol pelo fato de estar com uma
infecção vaginal. Após 10 dias de tratamento vai a um consultório de um dentista
com queixa de prurido na cavidade oral no local onde tem uma prótese fixa. Ao
examina-la o dentista observa uma placa esbranquiçada no local. Comente o caso
detalhadamente. Compare com o caso clínico nº 05.

Figura 5.14 Candidíase/candidose na cavidade oral.


Fonte: tuasaude.com. Acesso em: 17 set. 2014.

3.10 Caso Clínico nº 10.

Um paciente vindo recentemente de uma extração dentária, chega a um PA com


sintomas, entre outros, febre, calafrios, sudorese (suor excessivo), mal estar, perda
de apetite, tosse, dor de cabeça, náuseas e vómitos. Relada ao médico ser portador
de doenças congênitas do coração. Ápos uma ecocardiografia, e hemocultura o
diagnóstico do médico foi endacartite bacteriana. Comente o caso detalhadamente.
67

Figura 5.15 Endocardite bacteriana.


Fonte: saudemedicina.com. Acesso em: 17 set. 2014.

3.11 Caso Clínico nº 11.

Uma paciente, 32 anos, após uma visita a um dentista recebe uma prescrição de um
agente antimicrobiano chamado metronidazol pelo fato de estar com uma infecção
periodontal. Inicia o tratamento na quarta-feira e no sábado vai a uma festa e bebe
muita batida com álcool. Quando retorna para casa apresenta cefaleias, tonturas,
náusea, visão turva, tremor e dispneia conhecida como "síndrome do acetaldeído”.
Comente o caso detalhadamente. O quê o dentista poderia ter feito para previnir o
acontecimento desses sintomas no paciente?

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

4.1 Faça um mapa do conhecimento (organograma) sobre a indicação do uso da


antibioticoterapia profilática em odontologia.
68

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos da farmacologia
da dor e da inflamação.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.

Conclusão.

Belo Horizonte,....de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


69

Estudos Práticos nº 06 – Tratamento medicamentoso da ansiedade em


paciente odontológico.

1 INTRODUÇÃO

A ansiedade é um fenômeno caracterizado por tensão, apreensão,


nervosismo e preocupação. O dentista muitas vezes se depara com pacientes
saudáveis e sem alterações sistêmicas significativas, que apresentam ansiedade e
medo, o que, muitas vezes, dificulta o atendimento odontológico.
Uma boa relação dentista paciente é fundamental para criar um clima de
cooperação, algumas vezes um ambiente de cordialidade não é suficiente e o
dentista precisa usar de outros recursos para reduzir a ansiedade do paciente.
O profissional de odontologia lida, de forma rotineira, com pacientes
vulneráveis ao medo. Os sintomas mais comuns em relação à ansiedade são:
sensação de frio na barriga, taquicardia, sudorese, náuseas, tonturas, palpitações,
tremores das mãos, pontadas no peito, sensação de fraqueza e a síndrome da
hiperventilação.
A American Dental Association (ADA) define sedação consciente por: “uma
depressão mínima do nível de consciência do paciente, que não afeta a sua
habilidade de respirar de forma automática e responder de maneira apropriada à
estimulação física e a comando verbal, sendo produzida por meios farmacológicos,
não farmacológicos ou pela combinação destes”.
Os fármacos mais usados para provocar sedação consciente na odontologia,
são os benzodiazepínicos por via oral e, mais recentemente no Brasil, o uso da
técnica de sedação consciente inalatória, pela mistura de óxido nitroso e oxigênio. O
óxido nitroso apresenta algumas vantagens com relação aos benzodiazepínicos, por
proporcionar um rápido início de ação. Por outro lado, a habilitação para o emprego
dessa técnica e a aquisição do equipamento exige um investimento considerável por
parte do dentista.
Os medicamentos podem ser usados no período pré-operatório com o
objetivo de reduzir a ansiedade e o estresse psicológico e físico. A abordagem
medicamentosa da ansiedade na odontologia não é curativa é um tratamento
sintomático.
70

Figura 6.1 Medo de dentista.


Fonte: perolas-da-odontologi. Acesso em: 10 set. 2014.

Figura 6.2 Uso do óxido nitroso no consultório odontológico.


Fonte: sedacao.odo.br. Acesso em: 10 set. 2014.

Na tabela abaixo são listados exemplos dos fármacos empregados no manejo


da ansiedade do paciente adulto na odontologia.

Tabela 6.1 Fármacos utilizados no tratamento da ansiedade na odontologia.

Grupo de fármacos Nome do Via de Características Observações


usados fármaco administração
Benzodiazepínicos Diazepam Via oral Ansiolítico Não possuem
Midazolam Via Relaxante muscular propriedades
endovenosa Anticonvulsivante analgésicas
Hipnóticos Hidrato de Via oral Hipnótico Usados em
cloral Sedativo pacientes
Dose repetida não pediátricos.
é recomendada Uso restrito devido à
baixa efetividade
Anti-histamínicos de Prometazina Via oral Produz sedação Usados em paciente
primeira geração Via leve com que não respondem
intramuscular sonolência aos
Benzodiazepínicos
Anestésico geral Cetamina Via oral Hipnose Pode aumentar a
Via parenteral Analgesia intensa salivação. O seu uso
Anestesia requer cuidados
dissociativa especiais. Equipa
mento para
ressuscitação deve
estar presente
Anestésico geral Óxido nitroso Via inalatória Analgesia intensa Administração junto
com oxigênio.
Equipamento para
ressuscitação deve
71

estar presente
Antagonista dos Atenolol Via oral Diminuição das Não atuam em
receptores β- manifestações sintomas
adrenérgicos periféricas da psicológicos.
ansiedade Não reduzem a
tensão muscular
Antidepressivos Imipramina Via ora Não são usados no Inicio dos efeitos em
tricíclicos estresse agudo. torno dos 14 dias.
Não são
ansiolíticos.
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O receptor GABAA é o alvo de ação dos benzodiazepínicos e outros fármacos.


Observe as figuras abaixo faça um desenho esquemático do mecanismo de ação
dos benzodiazepínicos, com a ajuda do professor.

Figura 6.3. Desenho do receptor do GABAA.


Fonte: edpharmacologystuff.bl. Acesso em: 10 set. 2014.
72

Figura 6.4 Receptor do GABAA com os sítios de fixação onde os fármacos ligam.
Fonte: dormivigilia.com. Acesso em: 10 set. 2014.

2.2 Na tabela abaixo observamos informações sobre alguns dos fármacos


benzodiazepínicos. Faça um análise.

Tabela 6.2 Comparação entre algumas características dos fármacos


Benzodiazepínicos.

Fármaco Metabólito Via de Principais usos clínicos Observações


ativo administração
Diazepam Sim Via oral Ansiolítico, relaxante Mais usado na
EV muscular, medicação odontologia
pré-anestésicos e
anticonvulsivantes
Lorazepam Não Via oral Ansiolítico hipnótico Pouco usado na
IM odontologia
IV
Midazolam Sim IM Medicação pré- Rapidamente inativado
IV anestésica e intra-
operatório
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.
73

2.3 No organograma abaixo observamos os efeitos adversos e a intoxicação aguda


produzida pelos benzodiazepínicos. Comente a importância desses efeitos no uso
clínico na odontologia.

Figura 6.5 Efeito adverso e a toxicidade aguda dos benzodiazepínicos.

2.4 Observe as figuras abaixo e explique desenhe o mecanismo de ação do óxido


nitroso.

Figura 6.6 Receptores do neurotransmissor glutamato.


Fonte: dfarmacia.com. Acesso em: 11 set. 2014.
74

2.5 Na tabela abaixo observamos os estágios ou períodos da anestesia geral. O uso


do óxido nitroso na odontologia permite ao dentista chegar a qual estágio de
anestesia? E durante uma cirurgia bucomaxilofacial quando um médico anestesista
esta anestesiando?

Tabela 6.3 Estágios ou períodos da anestesia geral.

Estágio Nome Características do Paciente


1º Analgesia Consciente, sonolento, redução dos estímulos dolorosos
e analgesia.
2º Excitação Perda da consciência, vômito frequente, agitação,
respiração irregular.
3º Anestesia Cirúrgica Perda progressiva dos reflexos, relaxamento muscular,
respiração mais superficial com os músculos intercostais
falhando antes do diafragma, alterações nos movimentos
oculares e tamanho das pupilas.
4º Paralisia Bulbar Parada respiratória
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

O uso do óxido nitroso na odontologia, ou seja, a utilização da técnica de


analgesia inalatória/sedação consciente com a mistura de óxido nitroso e oxigênio
foi regulamentada pela resolução CFO51/2004, de 30 de abril de 2004, publicada no
DOU numero 90 de 12/05/2004.

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

3.1 No período de carnaval, um paciente jovem deu entrada num hospital de pronto
socorro, agitado, com história de queda com fratura de quatro dentes após fazer uso
do “cheirinho da loló”. Comente o caso.
75

3.2 Um paciente de 10 anos de idade, sexo masculino, foi submetido a um


procedimento odontológico invasivo. O dentista utilizou no pré-operatório um
fármaco benzodiazepínico (dose baixa) por via ora. Algum tempo após a
administração o paciente apresentou os seguintes sintomas: excitação,
agressividade e irritabilidade. Comente o caso

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

O termo sedação tem varias definições consulte a literatura e conceitue os termos


abaixo relacionados.
Sedação mínima, sedação moderada, sedação profunda, anestesia geral e
Intubação endotraqueal.

Figura 6.7 Intubação endotraqueal.


Fonte: sistemanervoso.com. Acesso em: 11 set. 2014.
76

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos da farmacologia
do SNC.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.

Conclusão.

Belo Horizonte,.... de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


77

Estudos práticos nº 07 – Farmacologia Renal.

1 INTRODUÇÃO

O rim é o principal o órgão envolvido na excreção dos fármacos e seus


metabólitos. As drogas são eliminadas na urina na sua forma original, não
modificada, polar e hidrossolúvel ou na forma de metabólitos polares e
hidrossolúveis, esses produzidos pela biotransformação da droga. A eliminação
renal das drogas e seus metabólitos envolvem três processos: filtração glomerular,
secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva.

Figura 7.1 Filtração, reabsorção, secreção e excreção renal.


Fonte: biomedicinapadrao.com.br. Acesso em: 19 set. 2014.

Diuréticos são fármacos que aumentam o volume urinário, produzindo maior


eliminação de água, sódio (natriurese), cloro (clorurese). A maioria dos diuréticos
aumenta também a eliminação do potássio (caliurese). Seu uso clínico restringe se
às doenças como insuficiência cardíaca, hepatopatias, edema de origem renal e
hipertensão arterial.
78

2 DESENVOLVIMENTO

Um aluno do curso de Odontologia da PUC Minas conseguiu uma bolsa de


iniciação científica na disciplina Farmacologia. Para iniciar os seus trabalhos no
laboratório, resolveu montar uma prática com ratos, usando um fármaco diurético, a
furosemida.

Separou 15 animais, e os dividiu em três grupos.

Grupo 1 – Diurese com furosemida (20 ml de H2O por via oral mais 1ml de
furosemida por via intraperitoneal)

Para o primeiro grupo selecionou aleatoriamente cinco animais e administrou


20 ml de H2O por via oral (com sonda gástrica) e logo após administrou 1ml de
furosemida por via intraperitoneal em cada um dos cinco animais. Após a
administração colocou os animais numa gaiola redonda em seguida colocou a gaiola
num suporte o que permitiu a colocação de uma proveta (100mL) para que a urina
dos animais fosse coletada e aferida.

Grupo 2 – Diurese hídrica (20ml de H2O por via oral).

Para o segundo grupo selecionou aleatoriamente cinco animais e administrou


apenas 20 ml de H2O por via oral (com sonda gástrica) nos cinco animais. Após a
administração colocou os animais numa gaiola redonda em seguida colocou a gaiola
num suporte o que permitiu a colocação de uma proveta (100mL) para que a urina
dos animais fosse coletada e aferida.

Grupo 3 – Controle.

Para o terceiro grupo, grupo controle, selecionou aleatoriamente cinco


animais e não administrou nem H2O nem furosemida Também colocou os animais
numa gaiola redonda em seguida colocou a gaiola num suporte o que permitiu a
colocação de uma proveta (100mL) para que a urina dos animais fosse coletada e
aferida

.
79

Figura 7.2 Rato usado no experimento.


Fonte: bigstock.com.br. Acesso em: 19 set. 2014.

Figura 7.3 Seringa usada para administração por via intraperitoneal da furosemida.
Fonte: sbemrj.org.br. Acesso em: 02 out. 2014.

Após o término da montagem coletou o volume urinário dos três grupos de 15


em 15 minutos por duas horas e quinze minutos. Encontrou os seguintes resultados
mostrados no quadro abaixo.

Tabela 7.1 Volume urinário coletado pelo aluno durante o experimento.

Volume urinário / ml
Hora Tempo 1 ml de Lasix + 20 ml 20 ml de H2O Controle
(minutos) de H2O
9:00 0 0 0 0

9:15 15 0 0 0

9:30 30 3 1 0

9:45 45 13 1 0

10:00 60 37 1,5 0

10:15 75 55 3 2

10:30 90 70 12 2

10:45 105 78 17 2

11:00 120 82 22 3

11:15 135 85 25 3
Fonte: Elaborada pela autora, 2014.
80

Observe o os resultados da tabela acima. Complete o gráfico abaixo de acordo com


os resultados encontrados pelo aluno no experimento.

60

Volume 50

Urinário 40

(ml) 30

20

10

0 15 30 45 60 75 90 105 120
135 Tempo (minutos)

Fonte: Elaborada pela autora, 2014.

Ajude o seu colega a analisar e concluir o experimento com a furosemida


(diurético).

Feito dosagem na urina de sódio, potássio (concentração) e da osmolaridade


nos três grupos de animais. Qual deve ser o resultado encontrado?

Se fosse dosada no sangue destes animais a concentração de sódio, potássio


e do hematócrito, como deveriam estar?
81

3 IMPLICAÇÕES CLÍNICAS

A eliminação de medicamentos pelo rim pode estar diminuída em pacientes


com disfunção renal. Nos pacientes com insuficiência renal crônica, quando a
depuração da creatinina endógena for inferior a 50 ml/minuto, fármacos com
eliminação renal exclusiva ou predominante devem ser evitados ou podem ter seu
esquema de administração reajustado, mediante modificação de dose ou de
intervalo entre doses. Caso contrário, haverá efeito cumulativo, sua meia-vida fica
aumentada proporcional à disfunção renal. Fármacos nefrotóxicos devem ser
evitados.
Outro fator importante é a excreção de medicamentos em pacientes
submetidos à hemodiálise ou dialise peritoneal; tal excreção pode exigir reposição
de dose pós-procedimento para manter o efeito terapêutico, ou a diálise pode ser
usada no manejo de intoxicações medicamentosa.
Muitas vezes é necessário modificações no esquema de administração em
pacientes com insuficiência renal crônica.
No quadro abaixo observamos medicamentos, prescritos pelo dentista, que
podem ou não precisar de ajuste nas dosagens.

Tabela 7.2 Ajuste posológico de alguns medicamentos prescritos na odontologia.


DCE: depuração de creatinina endógena (determinada diretamente em urina de 24
horas).
Fármacos Ajuste na insuficiência renal.

Paracetamol (analgésico e Não é necessário ajuste de dose em paciente com insuficiência


antipirético) renal crônica. No entanto, tem sido recomendado aumentar o
intervalo entre doses em insuficiência renal leve (DCE de 50
ml/minuto), (DCE entre 50 e 10 ml/minuto) .O intervalo de 8 horas
(DCE inferior a 10 ml/minuto).
Metronidazol (antimicrobiano) Não é necessário ajustar a dose.
Ibuprofeno (AINEs) Em insuficiência renal leve: usar a menor dose eficaz e monitorar
a função renal. Em insuficiência renal grave evitar, se possível.
Fosfato de codeína (analgésico Reduzir dose ou evitar em insuficiência renal.
opióide)
Fluconazol (antifúngico) DCE inferior a 50 ml/minuto: 50% da dose usual.
Hemodiálise regular: 100% da dose após cada sessão de diálise.
Estearato de eritromicina Utilizar no máximo 1,5 g/dia na insuficiência renal grave.
(antimicrobiano)
Dipirona sódica Ajustar dose em pacientes com insuficiência renal.
Cloridrato de minociclina Reduzir dose ou aumentar intervalo entre as doses (dose diária
(antimicrobiano) máxima de 200 mg).
82

Cloridrato de doxiciclina Evitar altas doses em insuficiência renal.


(antimicrobiano)
Cloridrato de clindamicina Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência
(antimicrobiano) renal.
Cloridrato de ciprofloxacino Não é necessário ajuste de dose na insuficiência renal moderada.
(antimicrobiano)
Claritromicina (antimicrobiano) Reduzir dose ou aumentar intervalo entre as doses em
insuficiência renal grave.
Benzilpenicilina benzatina Não usar doses altas em insuficiência renal grave.
(antimicrobiano)
Azitromicina (antimicrobiano) Não é necessário ajuste, entretanto deve-se usar com cuidado em
pacientes com filtração glomerular inferior a 10 ml/minuto.
Amoxicilina + clavulanato de Risco de cristalúria com doses elevadas. Reduzir dose se a
potássio (antimicrobiano) depuração de creatinina endógena for inferior a 30 ml/minuto.
Amoxicilina (antimicrobiano) Risco de cristalúria com doses elevadas. Aumentar o intervalo
entre doses em pacientes com insuficiência renal grave.
Ácido acetilsalicílico (analgésico Evitar em insuficiência renal crônica.
e antipirético e anti-inflamatório)
Ampicilina sódica Reduzir dose ou aumentar intervalo entre doses em insuficiência
(antimicrobiano)
Fonte: Adaptado de WANNMACHER; FERREIRA; NUNES, 2004.

Comente sobre a importância das informações acima na prescrição medicamentosa


na Odontologia.

4 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

“A administração de AINEs pode levar em declínio exagerado da função renal, uma


vez que ocorre a associação de pelo menos, dois fatores agressivos ao rim, a
nefrotoxicidade e a inibição das prostaglandinas, já que as prostaglandinas têm
papel importante na preservação, da hemodinâmica renal” (COSTA FILHO;
PADILHA; SANTOS, 2007. p. 23)

Procure na literatura e comente a afirmação acima.


83

5 RELATÓRIO

Relatório presencial Data: Número do estudo prático:

Nome do aluno:

Nome do estudo prático:

Aspectos a comentar Comentários

Objetivo dos estudos


práticos da farmacologia
renal.

Participação do grupo.

Domínio de conteúdo.

Conclusão.

Belo Horizonte,..... de ....................... de 201...

..................................................................... (assinatura do aluno)


84

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Vocabulário controlado de


formas farmacêuticas, vias de administração e embalagens de medicamentos.
1.ed. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011.

COSTA FILHO, José Zenou; PADILHA, Walter Suruagy Motta; SANTOS, Ellen Karla
Nobre dos. Cuidados odontológicos em portadores de insuficiência renal crônica.
Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-fac., Camaragibe v.7, n.2, p. 19 - 28, abr./jun.
2007.

DUQUE, Fernando Luis Vieira; CHAGAS, Carlos Alberto Araujo. Acidente por
injeção medicamentosa no músculo deltoide: lesões locais e à distância,
revisão de 32 casos. J Vasc Bras., Porto Alegre, v.8, n.3, p. 238-246, set. 2009.
Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/44336322/lesoes-deltoide-IM#scribd>.
Acesso em: 09 out. 2014.

GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred Goodman. As bases farmacológicas


da terapêutica. 12.ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2012. 2077p.

KATZUNG, Bertram G. Farmacologia: básica e clínica. 12.ed. Porto Alegre, RS:


McGraw-Hill-Artmed, 2014. 1228p.

LINS, Carolina Emmanuelle Camargos Lins. Estudo in vitro da liberação


controlada de clorexidina, incorporada em filme de quitosana, para potencial
aplicação na cavidade oral. Universidade Federal de Minas Gerais. 2011.104F.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Curso de Pós-
Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas Disponível em:
<http://www.ppgem.eng.ufmg.br/defesas/1553M.PDF>. Acesso em: 09 out. 2014.

MONTAN, Michele Franz; COGO, Karina; BERGAMASCHI, Cristiane de Cássia;


VOLPATO, Maria Cristina; ANDRADE, Eduardo Dias de. Mortalidade relacionada ao
uso de anestésicos locais em odontologia. RGO- Revista Gaúcha de Odontologia,
Porto Alegre, v. 55, n.2, p. 197-202, abr./jun. 2007.

RANG, HUMPHREY. P.; DALE, MAUREEN. M; RITTER, JAMES. M. Farmacologia.


7. ed. São Paulo: Elsevier-Campus, 2012. 808p.

SILVA, Penildon. Farmacologia. 8.ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 2010. 1352p.

WANNMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz Cardoso; NUNES, Gérson Luis


da Silva. Fármacos e rim. In: FUCHS, Flavio Danni; WANNMACHER, Lenita;
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terapêutica racional. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004 Cap. 78.
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Farmacologia e terapêutica para dentistas. 6.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
944p

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