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Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial


Departamento Regional de Santa Catarina
Faculdade de Tecnologia SENAI/Florianópolis

ogr
Progr
Pr ama de Ca
ograma pacitação e Atualização T
Capacitação ecnológica
Tecnológica
de Docentes do SENAI – Metal Mecânica

Módulo I

TECNOLOGIAS APLICADAS
PLICADAS
E COMANDO NUMÉRICO
COMPUTADORIZADO
OMPUTADORIZADO
APRESENTAÇÃO
PRESENTAÇÃO

Colaborador do SENAI,

Seja bem-vindo a mais um curso de Capacitação dos SENAIs


da Bahia e de Santa Catarina!

Para fazer o curso recomendamos que você comece


estudando por este material, elaborado para a impressão em
papel. Posteriormente volte ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem e revise os conteúdos, além disso, enriqueça
sua aprendizagem com animações, vídeos, ilustrações
detalhadas e interações com colegas de turma e Tutor.

Neste módulo Tecnologias Aplicadas e Comando Numérico


Computadorizado (CNC) você terá 48 horas-aula a distância
e mais 32 horas-aula presenciais. Pensando nisso, o módulo
foi dividido em 5 desafios.

1 – Tecnologias Aplicadas (4 lições – 8 horas/aula).


2 – Tecnologia CNC (5 lições – 8 horas/aula).
3 – Torneamento (8 lições – 16 horas/aula).
4 – Fresamento (8 lições – 16 horas/aula).
5 – Presencial (32 horas/aula).

Durante a realização dos desafios a distância, procure seguir


as instruções sugeridas no material no decorrer de seus
estudos. Organize seu tempo, pois cada desafio tem uma
forma especial de estruturação dos conceitos. A exemplo
temos os desafios 3 e 4: ambos são maiores que os outros.
Fique atento!
O objetivo desta primeira etapa a distância, com 4 desafios, é
fazer com que cada participante conheça e compreenda os
conteúdos propostos nas lições e nas suas respectivas
atividades (que se encontram na seção “Desafie Seu
Conhecimento”, ao final de cada lição).

Estas atividades finais dos desafios devem ser realizadas


também em Ambiente Virtual de Aprendizagem para que o
tutor do curso saiba quando o participante terminou todas as
lições. Dessa maneira o acompanhamento do Tutor com você
poderá ser mais próximo da sua realidade.

Após à realização dos 4 desafios, você irá construir o


conhecimento a partir da sua prática no Desafio 5.

Atenção! Complete todas as atividades


presentes nas lições dos quatro primeiros
desafios para que você possa orientar-se
nas aulas práticas.
Guilhereme Ger aldo P
Geraldo ereir
Pereir
ereira
Pereira a
Rogério Antônio Lazzaris

Módulo I

TECNOLOGIAS APLICAD AS
PLICADAS
E COMANDO NUMÉRICO
C OMPUTADORIZADO
OMPUTADORIZADO

SENAI/SC

Florianópolis/SC 2006
CRÉDITOS

SENAI/SC – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – F a c u l d a d e d e


T
Teecnologia SENAI/Florianópolis
Rodovia SC 401 nº° 3.730, Saco Grande, Florianópolis/SC CEP 88032-005
Fone: (48) 32395800 – Fax: (48) 32395802
Site: www.ctai.senai.br – E-mail: ctai@ctai.senai.br

Alcantaro Corrêa
P R E S I D E N T E D A FIESC

Sérgio Roberto Arruda


DIRETOR REGIONAL DO SENAI/SC
Antônio José Carradore
DIRETOR DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DO SENAI/SC

Marco Antônio Dociatti


DIRET
TOO R DE DESENV
VOOL
LVVIMENT
TOO ORGANIZA
ACCIONAL DO SENAI/SC

Fabrízio Machado Pereira


DIRET
TOOR DA F
FAATEC
FATEC
SENAI/FLORIANÓPOLIS

Sandro Volpato Faria


DIRET
TOO R ADJUNT
TOO D
DAA F
FAATEC
FATEC
SENAI/FLORIANÓPOLIS

SENAI/DR/BA– Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - NEAD –


Núcleo de Educação a Distância

Av. Edístio Pondé, 342 – STIEP – Salvador/BA – CEP: 41760-310


PABX (71) 33798200
Site: www.fieb.org.br

G ERENTE DE EAD/SENAI/BA
Ricardo Santos Lima
COORDENADOR MODALIDADE A D I S T Â N C I A – SENAI/BA
Hélio da Silva Pereira

EQUIPE TÉCNICA QUE PAR


PAR TICIPOU D
ARTICIPOU DAA ELABORAÇÃO D
DAA OBRA – DR/SC

COORDENAÇÃO GERAL DESIGN INSTRUCIONAL


João Roberto Lorenzett Ingrid Kleist Clark Nunes
C OORDENAÇÃO D O CURSO ILUSTRAÇÃO
Roberto Medeiros Júnior João Henrique Moldenhauer
COORDENAÇÃO GERAL – EAD PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Beth Schirmer Sandra Martins
COORDENAÇÃO TÉCNICA REVISÃO ORTOGRÁFICA
Nivia Aparecida de Azevedo Simone Rejane Martins
P ROFESSOR ES CONTEUDIST
ROFESSORES AS
CONTEUDISTA
CONTEUDISTAS
Guilhereme Geraldo Pereira
Rogério Antônio Lazzaris
SUMÁRIO

DESAFIO 1 – TECNOLOGIAS APLICADAS 9


Objetivos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
Lição 1 – Materiais e tratamento térmico ------------------------------------------------------------------- 12
Lição 2 – Parametros de corte, geometria e código de ferramentas ------------------------------- 21
Lição 3 – Técnicas de usinagem ----------------------------------------------------------------------------- 24
Lição 4 – Utilização de normas técnicias ------------------------------------------------------------------- 26
Desafie o seu conhecimento --------------------------------------------------------------------------------- 28
Glossário ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 29
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30

DESAFIO 2 – TECNOLOGIA CNC 31


Objetivos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 32
Lição 1 – Histórico e evolução das máquinas CNC ------------------------------------------------------- 34
Lição 2 – Vantagens e limitações na implantação da tecnologia CNC -------------------------------- 38
Lição 3 – Tipos de Linguagens de programação ---------------------------------------------------------- 41
Lição 4 – Os sitemas CAD/CAM/CNC ------------------------------------------------------------------------ 43
Lição 5 – Sistemas de coordenadas -------------------------------------------------------------------------- 45
Desafie o seu conhecimento --------------------------------------------------------------------------------- 49
Glossário ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51
Referências -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 52

DESAFIO 3 – TORNEAMENTO 53
Objetivos ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 55
Lição 1 – Introdução à programação ------------------------------------------------------------------------- 56
Lição 2 – Sistemas de coordenadas absoluta e incremental -------------------------------------------- 58
Lição 3 – Funções preparatórias ------------------------------------------------------------------------------ 62
Lição 4 – Sistema de referência e fixação de ferramentas ----------------------------------------------- 72
Lição 5 – Controle linear e circular de deslocamento ----------------------------------------------------- 75
Lição 6 – Ciclos automáticos de usinagem ----------------------------------------------------------------- 80
Lição 7 – Ciclos automáticos de usinagem – Continuação ---------------------------------------------- 99
Lição 8 – Compensação do raio de corte ----------------------------------------------------------------- 105
Desafie o seu conhecimento ------------------------------------------------------------------------------- 108
Glossário -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 110
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 111
Anexo ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 112

DESAFIO 4 – FRESAMENTO 115


Objetivos -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 117
Lição 1 – Sistemas de coordenadas – Relembrando ---------------------------------------------------- 118
Lição 2 – Funções preparatórias ---------------------------------------------------------------------------- 124
Lição 3 – Sistema de referência e fixação de ferramentas --------------------------------------------- 133
Lição 4 – Controle linear e circular de deslocamento --------------------------------------------------- 136
Lição 5 – Lógica de repetição -------------------------------------------------------------------------------- 142
Lição 6 – Ciclos automáticos de usinagem --------------------------------------------------------------- 148
Lição 7 – Ciclos automáticos de usinagem – Continuação -------------------------------------------- 152
Lição 8 – Compensação do raio de corte ----------------------------------------------------------------- 157
Desafie o seu conhecimento ------------------------------------------------------------------------------- 160
Glossário -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 164
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 165
MÓDULO 1 – TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO
NUMÉRICO COMPUTADORIZADO

DESAFIO 1

TECNOLOGIAS
APLICADAS
LIÇÃO 1 – MA TERIAIS E TRA
MATERIAIS TAMENT
TRATAMENTOO
TÉRMICO.

LIÇÃO 2 – PARAMETROS DE CORTE,


GEOMETRIA E CÓDIGO DE
FERRAMENT AS
TA S..

LIÇÃO 3 – TÉCNICAS DE USINAGEM.

LIÇÃO 4 – UTILIZAÇÃO DE NORMAS


TÉCNICAS.

9
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

O BJETIVOS

O Desafio Tecnologias Aplicadas foi elaborado para


apresentar conteúdos fundamentais para o decorrer dos seus
estudos nas atividades e lições que serão propostas
futuramente. Ou seja, primeiro você deverá entender o
principal objetivo deste desafio: conhecer o “básico”,
para depois compreender o restante.

Mas conhecer o que exatamente?

Os tipos de materiais aplicados à tecnologia de


usinagem.
Os tipos de ferramentas, sua geometria e respectivos
parâmetros de corte.
As etapas do processo de usinagem.
As normas técnicas.

Você quer começar? Então avance para a Lição 1!

11
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 1

M ATERIAIS E TRATAMENT
TRATAMENTOO TÉRMICO

M ATERIAIS

Preparamos esta lição pensando no embasamento necessário


que você precisa ter para a compreensão das outras
atividades. Inicialmente, você deverá estudar a classificação
dos materiais sólidos e as suas propriedades.

A classificação dos materiais sólidos se dá em:

metais;
cerâmicos;
polímeros.

MET
TAAIS

Esses materiais são bons condutores de eletricidade e calor


devido às suas propriedades. Além disso, os metais possuem
grande resistência e plasticidade (se deformam, porém não
quebram), por isso são muito utilizados em aplicações estruturais.

CERÂMICOS

Esse agrupamento se encaixa entre os elementos metálicos e não-


metálicos. Possui uma grande variedade de materiais. Pode-se
citar compostos por minerais argilosos, cimento e vidro. Contrários
aos metais, os materiais cerâmicos são isolantes à eletricidade e ao
calor, são duros, porém quebradiços.

12
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

POLÍMEROS

Essa classe reúne materiais comuns de plástico e borracha.


Esses materiais são de baixa densidade, podendo ser muito
flexíveis.

Atenção!
Atenção!Além da classe dos materiais
sólidos, existem outros três grupos
adicionais e que fazem parte do processo
de tratamento térmico: compósitos,
semicondutores e biomateriais.

Agora que você viu um conceito geral sobre os materiais,


poderá estudar as propriedades físicas deles.
As propriedades físicas são divididas em:
mecânicas;
térmicas; e
elétricas.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja a simulação
As propriedades mecânicas definem o comportamento do

compressão

material quando esse é submetido a esforços de natureza dúctil/frágil


acessando o

mecânica. Dentro desse grupo, a resistência mecânica é que endereço: <http://


www.cimm.com.br/

se destaca, pois relata a resistência de esforços impostos no construtordepaginas/


htm/

material, como a tração e compressão.


3_24_7621.htm>.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A elasticidade também entra nesse grupo, sendo que é


designada pela capacidade que o material tem de se
deformar e voltar à sua forma original quando o esforço
submetido termina – exemplo disso é a borracha. Diferente ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja a animação
da elasticidade, a plasticidade de um material é quando esse

deformação

sofre uma deformação e, no entanto, mantém essa forma após plástica/elástica no


endereço eletrônico

o esforço desaparecer – exemplo disso é uma viga de metal. – <http://


www.cimm.com.br/

Na internet você poderá encontrar exemplos de construtordepaginas/


htm/

deformação.

3_24_6898.htm>.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

LIÇÃO 1 13
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

As propriedades térmicas definem a reação dos materiais


quando submetidos a diferentes temperaturas. É importante o
conhecimento dessas propriedades para análise das
ferramentas de corte, que serão estudadas na próxima lição.
Para este curso, separamos algumas propriedades térmicas
que são importantes:

fusão – é a propriedade que define a temperatura


de um material quando esse passa do estado sólido
para o estado líquido. Define o “ponto de fusão” de
um respectivo material;
ebulição – é a propriedade que define a
temperatura de um material quando esse passa do
estado líquido para o estado gasoso. Define o “ponto
de ebulição”;
dilatação térmica – a dilatação ocorre quando os
materiais, em geral, aumentam de tamanho devido
ao aumento da temperatura. Exemplo prático disso
são os espaços entre os trilhos de trem para que se
encaixem nos dias de muito calor;
condutividade térmica – é a propriedade de um
material de conduzir calor;
condutividade elétrica – como você viu
anteriormente, os metais são bons condutores de
eletricidade. A condutividade elétrica é a propriedade
que define o “ponto de condutividade”. Ao contrário
dessa propriedade, temos a resistividade, que é a
resistência do material à passagem de corrente
elétrica (propriedade do material mau condutor de
eletricidade).

Após a compreensão das propriedades físicas dos materiais,


preparamos a definição de outros materiais que você irá
precisar saber no decorrer deste curso.

14
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

AÇO

A produção do aço depende da matéria-prima que se utiliza


aliada aos diferentes tipos de fornos, obtendo assim
diferentes propriedades de aços. Como exemplo temos o
ferro-gusa que é colocado em fornos com injeção de ar
(produz aços-carbono comuns). Já a sucata utiliza fornos
elétricos (produz aços de melhor qualidade). Além disso,
outros elementos podem ser acrescentados a esses aços a fim
de melhorar as suas propriedades. Confira na tabela abaixo:

LIÇÃO 1 15
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

F ERRO FUNDIDO

Para se obter o ferro fundido são utilizadas ligas de ferro e


carbono com altos teores de silício. O ferro fundido é
formado a partir do ferro-gusa. Com essas propriedades, o
ferro fundido fica mais duro que o aço. Porém, como contém
silício, torna-se mais frágil.
Assim como o aço, o ferro fundido também altera suas
propriedades dependendo dos elementos que o compõe e do
tratamento térmico. Veja as possíveis ligas e do que são compostas:
ferro fundido cinzento – apresenta um teor maior
de silício (até 2,8%) auxiliado de um resfriamento lento;
ferro fundido branco – possui baixo teor de carbono
e silício e sua velocidade de resfriamento deve ser maior;
ferro fundido maleável – esse é produzido a partir
do ferro fundido branco submetido a um tratamento
térmico, tornando o material mais resistente ao choque
e às deformações;
ferro fundido nodular – obtido com a adição de
elementos, como o magnésio, ainda com a massa líquida.

Para ilustrar os seus estudos, confira a tabela abaixo:

16
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

A LUMÍNIO

Depois do aço, o alumínio tornou-se o material metálico mais


utilizado, sendo obtido em três etapas: obtenção do minério
(bauxita), da alumina e a seguir do alumínio. O alumínio
puro apresenta baixas propriedades mecânicas, como baixa
dureza e baixa resistência à tração. Por isso, é utilizado na
forma de liga na maioria dos casos. Verifique na tabela a
seguir:

LIÇÃO 1 17
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

M ATERIAL PARA FERRAMENT


FERRAMENTAA DE COR TE
CORTE

O material utilizado para compor uma ferramenta depende de


onde vai ser empregado. Por isso, são produzidos materiais com
diferentes compostos. Cada composto é escolhido
especificamente para determinado material que
será usinado.

As ferramentas de corte são produzidas


comumente com os mesmos compostos.
Porém esses podem ter concentrações
diferentes para a produção adequada
de cada tipo de ferramenta. Os
materiais mais empregados são: aço
ferramenta, aço rápido, ligas fundidas,
metal duro, cermet, cerâmica, nitreto de boro cúbico cristalino
e diamante.

Você deve saber quais são os requisitos mínimos de


produção que uma ferramenta deve ter. São eles:

1 – elevada dureza a frio e a quente;


2 – tenacidade;
3 – resistência à abrasão;
4 – estabilidade química;
5 – custo para obtenção.

T RATAMENT
RATAMENTOO TÉRMICO

Agora que você viu os diferentes materiais e suas


propriedades físicas, podemos nos aprofundar um pouco
sobre o tratamento térmico.

Tratamento térmico é a relação entre a temperatura e o tempo


do resfriamento de um certo material para obter determinada
microestrutura, é normalmente associado com o aumento da

18
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

resistência do material, mas também pode ser usado para


melhorar a usinabilidade, a conformabilidade e restaurar a
ductilidade depois de uma operação a frio. Logo, o
tratamento térmico é uma operação que pode auxiliar outros
processos de manufatura, melhorando o desempenho de
produtos, aumentando sua resistência ou alterando outras
características desejáveis.

Sendo assim, os diversos tipos de tratamentos térmicos são


aplicados aos metais a fim de melhorar as propriedades do
material, de acordo com sua utilização. Podemos atribuir
particularidades a um certo aço por meio de diferentes
tratamentos térmicos:

recozimento – tratamento térmico no qual o


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

material é submetido a uma elevada temperatura por Veja a simulação


recozimento
certo tempo, logo após sendo resfriado lentamente, acessando: <http://
gerando assim características de alívio de tensões construtor.cimm.com.br/
cgi-win/construt.cgi?
sobre o material, tornando-o mais mole, ou seja, um configuradorresultado+1276>.

material dúctil e tenaz;


cementação – tratamento termoquímico em que é
promovido um enriquecimento superficial com
carbono no material tratado. Geralmente é utilizado
em peças que necessitam de uma elevada dureza
superficial e, dessa forma, gera características como
alta resistência à fadiga e o material pode ser
submetido a cargas superficiais elevadas. A
cementação é realizada em fornos de banho de sais e
em fornos com atmosfera controlada;
têmpera superficial – a têmpera em certo metal
consiste basicamente no endurecimento do material.
Seu processo se dá em submeter a peça a uma certa
temperatura, mantida por determinado tempo, e em
seguida é realizado o resfriamento brusco da peça.
Esse tratamento é utilizado para peças que
necessitam de endurecimento apenas nas regiões de
contorno, acompanhado sua geometria;

LIÇÃO 1 19
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

revenimento – é um tratamento térmico realizado


após o endurecimento por têmpera. Peças que
sofreram têmpera tendem a ser muito quebradiças,
tornando-se assim uma peça frágil. Para evitar essa
fragilidade utiliza-se o processo de revenimento, que
consiste numa excelente combinação de dureza,
ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade
estrutural. Essas propriedades obtidas após o
processo de revenimento dependem basicamente do
aço tratado e da temperatura do processo de revenir;
normalização – é o processo de elevação de
temperatura dentro do campo austenítico, ou seja,
60ºC acima da linha de mudança de fase. O material
é deixado nessa temperatura até que toda a
microestrutura esteja homogeneizada. Após, é
removido do forno e resfriado em temperatura
ambiente sob convecção natural.

Par
araabéns
béns, você venceu a primeira etapa
deste desafio! Agora avance seus estudos,
você tem outras lições para explorar!

20
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

LIÇÃO 2

P ARÂMETROS DE CORTE , GEOMETRIA


E CÓDIGOS DE FERRAMENTAS
FERRAMENTAS

Agora você vai conhecer os parâmetros de corte, geometria e


códigos de ferramentas, conteúdo fundamental para a
produção eficaz do material!

Você deseja continuar? Vá em frente no


desafio!

Comece pelos parâmetros de corte.

Os dados ou parâmetros de corte têm como base a


velocidade de corte (Vc).

LIÇÃO 2 21
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Essa medida de velocidade é calculada com base em metros


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○


RPM é a medida
em voltas da placa ○

de remoção de cavaco por minuto (m/min) ou rotação
ou “eixo- árvore”
da placa por minuto (RPM).

por minuto.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

A diferença entre a superfície não-usinada e a já usinada está


indicada na figura abaixo pelo: avanço (fn).
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Medido em
milímetro por
rotação da placa
ou milímetro por
minuto.

(Ap), na imagem acima, é a profundidade de corte


medida em mm.

Agora, para haver o corte de um material, você deve levar em


consideração a geometria da ferramenta. Para isso, é preciso
analisar os quesitos em relação à forma da ferramenta. Cada
geometria é desenvolvida e definida por diferentes parâmetros e
medidas de cortes (avanços, profundidades). Isso se deve ao fato
de que cada ferramenta é produzida especificamente para suprir
uma determinada necessidade – área de aplicação.

Para que a produção da geometria da ferramenta seja feita


com precisão, alguns fatores são considerados: a usinagem
intermitente e as tendências a vibrações. Uma característica
importante é o ângulo de cunha, que tem a função de
facilitar a penetração da ferramenta no material. Para isso,
você deverá utilizar dois tipos de pastilhas: a pastilha
negativa e a pastilha positiva.

22
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

A pastilha negativa possui um ângulo de cunha de 90 graus,


essa deve ser montada inclinada negativamente no porta-
ferramenta, a fim de obter um ângulo de folga tangencial à
peça. Já a pastilha positiva não necessita desse processo, pois
possui sua própria folga incorporada. Assim que a pastilha é
posta no porta-ferramenta, sua geometria e inclinação no
suporte decidirão o ângulo de corte que a aresta irá usinar.
Outro conceito importante é o ângulo de saída (γγ ), o qual
define a medida da aresta em relação ao corte.
Habitualmente utilizamos pastilhas planas (sem quebra de
cavaco), então seu ângulo de saída é 0 grau.

Continue a próxima lição para concluir o seu


raciocínio neste desafio. Caso esteja cansado,
relaxe alguns minutos para retornar aos seus
estudos.

LIÇÃO 2 23
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 3

T ÉCNICAS DE USINAGEM

Agora você vai realizar a Lição 3!

As técnicas de usinagem merecem a sua atenção especial.


Você sabe o que são essas técnicas?

Os processos e as técnicas, que devem ser aplicados no


momento da produção, são os próprios movimentos entre a
ferramenta e a peça durante a usinagem produzindo o
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
cavaco. A função desses movimentos é obter uma peça com
○ ○ ○ ○ ○

Veja a simulação de
cavaco acessando o
as formas e dimensões desejadas. Podemos descrever
link <http:// diferentes processos conforme seguem alguns exemplos
construtor.cimm.com.br/
cgi-win/construt.cgi? abaixo.
configuradorresultado+327>.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Fresamento – caracteriza-se por apresentar a
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja a simulação de ferramenta – fresa, munida de arestas cortantes


fresamento no
endereço eletrônico simétricas em volta de um eixo. O movimento do
<http://
construtor.cimm.com.br/ corte é definido pela rotação da fresa em torno de seu
cgi-win/construt.cgi?
configuradorresultado+299>.
eixo e o avanço é comumente feito pela peça a ser
usinada, essa fixada na mesa da máquina, tendo
assim movimentos que passam pela ferramenta
dando a forma desejada.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Furação – essa operação tem a finalidade de obter
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja a simulação de um furo cilíndrico na peça utilizando uma ferramenta


furação acessando o
link <http:// que gira em torno de seu eixo penetrando na
construtor.cimm.com.br/
cgi-win/construt.cgi? superfície da peça por meio da sua ponta cortante.
configuradorresultado+270>.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Torneamento – ao contrário do processo de
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja a simulação de fresamento, o torneamento distingue-se por ter o


torneamento
acessando o link <http://
movimento da peça em torno do seu eixo. Essa
construtor.cimm.com.br/ operação executa a usinagem de peças cilíndricas
cgi-win/construt.cgi?
configuradorresultado+271>. com o movimento de rotação de um eixo. Já o
movimento de avanço é realizado pela ferramenta
que se desloca ao longo da superfície da peça.

24
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

Baseados nos processos citados acima, podemos definir a


usinagem em dois grupos:

desbaste – normalmente utilizado para a usinagem


de uma peça bruta, afim de usinar todo o material
excedente com elevados dados de corte. Com isso, a
peça fica apenas com o material do produto final e
uma ligeira camada de material, que será retirada
posteriormente, chamada de sobre-metal;
acabamento – consiste em deixar a peça nas
dimensões finais, retirando o sobre-metal deixado
pela etapa anterior. Para isso, utilizamos parâmetros
de corte reduzidos, com o objetivo de obter um
excelente acabamento na superfície da peça
trabalhada.

E agora, para que você produza as peças e as


ferramentas de uma maneira adequada,
também precisa saber das normas técnicas e
parametrizações dos processos! Faça a
próxima lição e complete o Desafio 1!

LIÇÃO 3 25
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 4

U TILIZAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS

Esta é a última lição deste desafio!

Aprenda a utilizar as normas técnicas nas máquinas CNC


para parametrizar os componentes criados e evitar
divergências!

A utilização das normas técnicas tem como objetivo orientar e


reger todo e qualquer componente utilizado nas
máquinas CNC. Mas que normas são essas? Essas
normas – conhecidas como ABNT – são criadas e
regularizadas pela Associação Brasileira de
Quando você puder,
faça uma visita ao Normas Técnicas. Elas têm a função de
site da ABNT: <http://
www.abnt.org.br>. parametrizar os componentes e as ligas criadas, ou
seja, criar um padrão de produção desses materiais.

Há normas que determinam regras referentes às


ferramentas de corte para a usinagem. A norma, de
certa forma, procura padronizar conceitos estabelecidos entre
os movimentos de corte e a associação desses com a
geometria das ferramentas de corte na usinagem dos metais.
Assim como também existem normas construídas a partir da
geometria da cunha de corte das ferramentas.

Mas as normas não param por aí. Podemos encontrar normas


voltadas para caracterização e configuração das máquinas
CNC. Ou seja, normas que prescrevem métodos e dados de
calibração desses equipamentos. Com isso, fornecem
procedimentos para verificar o funcionamento das máquinas
como: tolerância de posicionamento, repetibilidade,
vibrações e outras características dinâmicas da máquina CNC.

26
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

Além das normas da ABNT, é necessário também conhecer a


norma ISO 9000 que rege os Sistemas de Qualidade – foi
elaborada, inicialmente, enfocando a necessidade de
“manejo de qualidade”. Nessa norma, a qualidade é
entendida como todas as características de um produto ou
serviço que são exigidas pelo cliente. Portanto, define alguns
requisitos em determinados procedimentos na busca pela
avaliação da qualidade na especificação, do
desenvolvimento, da produção, da instalação, dos serviços de
pós-vendas e dos ensaios finais.

A norma ISO 9001 estabelece regras que


assegurem a qualidade dos processos de
produção, ou seja, estabelece critérios que Para visualizar o site
oficial da norma em
possibilitem: inglês, visite o link:
<http://www.iso.org>.

agregar fator de confiabilidade ao


produto;
atender a demanda de cliente;
atentar para a conformidade na produção;
orientar o acompanhamento por processo relevante
para a qualidade;
ser aplicável a processo ou a parte da organização.

Agora que você terminou todas as lições,


verifique se realmente atingiu os objetivos
deste Desafio 1. Para isso, responda as
questões que elaboramos no Ambiente Virtual
de Aprendizagem.

LIÇÃO 4 27
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

D ESAFIE O SEU CONHECIMENTO !

Dê uma espiada nas questões abaixo e depois vá ao


ambiente virtual para respondê-las.

Tratamento térmico, no qual o material é submetido a


uma elevada temperatura por certo tempo e resfriado
lentamente, é definido por .

A função de facilitar a penetração da ferramenta no


material é uma característica do .

O movimento da peça em torno do seu eixo consiste na


operação de .

Os requisitos dos sistemas de qualidade estabelecidos


por meio de procedimentos que buscam avaliar a
qualidade na especificação, o desenvolvimento, a
produção, a instalação, os serviços de pós-vendas e os
ensaios finais estão contemplados na norma
.

28
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 1

G LOSSÁRIO

Conformabilidade – operação de modificações de um


corpo para outra forma definida.
Dúctil – que pode ser batido, comprimido, estirado, sem
se partir; maleável; forjável; estirável; flexível; elástico.
(Fonte: Dicionário da UOL).
Ductilidade – propriedade ou qualidade de dúctil.
Liga – metal, substância composta de dois ou mais metais
intimamente misturados e unidos geralmente por fusão
(Fonte: Dicionário da UOL).
Microestrutura – arranjo de átomos na escala de
micrometros (10 -6 m).
Operação a frio – operação ou processo realizado em
baixa temperatura.
Parametrização – numa expressão ou equação pode ser
a definição de uma letra distinta da variável. A definição
de um valor numérico que pode ser fixado como padrão.
Forma de padronizar as coisas, processos, etc.
Têmpera – ato ou efeito de temperar; temperamento.
Consistência ou endurecimento que se dá aos metais ou
ao aço, mergulhando-os em água fria quando
incandescentes. (Fonte: Dicionário da UOL).
Usinabilidade – característica relacionada com a maior
ou menor facilidade de um metal ter uma parte removida
pelos processos usuais de usinagem.

DESAFIE SEU CONHECIMENTO! 29


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

B IBLIOGRAFIA

CENTRO de informação metal mecânica. Disponível


em: <http://www.cimm.com.br>. Acesso em: 12 de
fevereiro de 2006.
Processos de fabricação mecânica, Telecurso 2000.
V II. São Paulo: Globo.
DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L.
Tecnologia da usinagem de materiais. 2. ed. São
Paulo: Artliber, 2000.
Fundação Roberto Marinho. Materiais – Mecânica,
Telecurso 2000. Vol II. São Paulo: Globo.
ISO 9000 – Sistemas de qualidade. Disponível em:
<http://www.cnpma.embrapa.br/projetos/prod_int/
iso_9000.html>. Acesso em: 10 de fevereiro de 2006.
STEMMER, C. E. Ferramentas de corte I. 5. ed.
Florianópolis: UFSC, 2001.

30
30
MÓDULO 1 – TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO
NUMÉRICO COMPUTADORIZADO

DESAFIO 2

TECNOLOGIA
CNC
LIÇÃO 1 – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS
MÁQUINAS CNC.

LIÇÃO 2 – VANT A GENS E DECISÕES NA


VANTA
IMPLANT AÇÃO D
IMPLANTAÇÃO A TECNOLOGIA
DA
CNC.

LIÇÃO 3 – TIPOS DE LINGUAGENS DE


PROGRAMAÇÃO.

LIÇÃO 4 – INTEGRAÇÃO CAD/CAM/CNC.

LIÇÃO 5 – SISTEMAS DE COORDENADAS.

31
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

O BJETIVOS

O Desafio 2 tem como objetivo que você:

compreenda a origem das máquinas CNC e sua


evolução;
identifique as vantagens da tecnologia CNC e as
considerações que devem ser tidas na hora de tomadas
de decisão dentro de uma empresa;
conheça os tipos de linguagem aplicados à
programação CNC;
compreenda os sistemas CAD/CAM/CNC;
conheça e identifique os sistemas de coordenadas.

Agora comece compreendendo a máquina CNC e a sua


evolução!

33
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 1

H ISTÓRICO E EVOLUÇÃO DAS


MÁQUINAS CNC

Nesta lição convidamos você a retornar um pouquinho no


tempo para conhecer o histórico e a evolução das máquinas
CNC, acompanhe!

Você sabia que desde os tempos mais remotos, nas mais antigas
civilizações, o homem busca racionalizar e automatizar o seu
trabalho por meio de novas técnicas? É isso mesmo! E, é a
automação que simplifica todo tipo de trabalho, seja ele físico
ou mental. O exemplo mais comum da automação do trabalho
mental é o uso da calculadora eletrônica, que provavelmente
você já deve ter usado uma, não é mesmo?!

No processo de pesquisa para melhoria dos produtos, aliado


ao desenvolvimento dos computadores, foi possível chegar às
primeiras máquinas controladas numericamente. O principal
fator que forçou os meios industriais a essa busca foi a 2ª
Guerra Mundial. Durante a guerra, a necessidade de
produção em massa teve um papel decisivo na evolução da
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
automação. Necessitava-se de muitos aviões, tanques, barcos,
navios, armas, caminhões, etc., tudo em ritmo de produção

Fresadora é um

tipo de máquina- em alta escala e grande precisão, pois a guerra estava


ferramenta para

consumindo tudo, inclusive a mão-de-obra.


usinar metais ou

madeira por meio de


uma ferramenta
Diante do desafio, iniciou-se o processo de pesquisa no qual

policortante e

giratória chamada
surgiu a máquina comandada numericamente. A primeira

fresa. Opera

mediante comandos ação nesse sentido surgiu em 1949 no laboratório de


manuais, semi-

automáticos, Servomecanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts


automáticos e

eletronicamente (MIT), com a união da Força Aérea Norte-Americana (U.S. Air


programáveis.

Force) e a empresa Parsons Corporation of Traverse City, em


Michigan. Com isso, foi adotada uma fresadora de três



○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

eixos. Controles e comandos convencionais foram retirados e

34
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

substituídos pelo comando numérico, dotado de leitora de


fita de papel perfurado, unidade de processamento de dados
e servomecanismo nos eixos.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Após testes e ajustes, a demonstração prática da máquina Servomecanismo


é um dispositivo
ocorreu em março de 1952 e o relatório final do novo sistema automático para
controlar grandes
somente foi publicado em maio de 1953. Passado esse período, quantidades de força
mediante uma
a Força Aérea Norte-Americana teve um desenvolvimento quantidade de força
extraordinário, pois as peças complexas e de grande precisão, muito pequena.

empregadas na fabricação das aeronaves, principalmente os


aviões a jato de uso militar, passaram a ser produzidas de forma
simples e rápida. Com isso, reduziram-se os prazos de entrega
do produto desde o projeto até o acabamento final.

A cada ano que se passava, a aplicação do CN era ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

incrementada principalmente na indústria aeronáutica. Em Comando CN é


1956 surgiu o trocador automático de ferramentas, e mais aquele que executa
um programa sem
tarde, em 1958, surgiram os equipamentos com controle de memorizá-lo, e a cada
execução o comando
posicionamento ponto a ponto e geração contínua de deve realizar a leitura
no veículo de
contornos (foram melhorados por esse sistema em entrada.
desenvolvimento). A partir de 1957 houve nos Estados
Unidos uma grande corrida na fabricação de máquinas
comandadas por CN. Até então, os investimentos eram feitos
em adaptações do CN em máquinas convencionais.

O novo processo foi cada vez mais procurado e usado na rotina


de manufatura devido aos benefícios obtidos com o uso do
sistema. Assim, surgiram diversos fabricantes que começaram a
produzir seus próprios comandos. E devido a isso, ao grande
número de diferentes comandos e máquinas, surgiu o primeiro
problema dentre muitos: a falta de uma linguagem única e
padronizada. A falta de padronização de linguagem era bastante
sentida em empresas que tinham máquinas de comandos
fabricadas por diferentes fornecedores (cada uma tinha uma
linguagem própria). Com isso, as empresas necessitavam de
uma equipe técnica especializada para cada tipo de comando, o
que elevava os custos de fabricação.

LIÇÃO 1 35
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Em 1958, por intermédio da EIA (Eletronic Industries


Association) foram realizados estudos para padronizar os
tipos de linguagem. Foi a partir daí que surgiu o meio mais
usado de entrada de dados para o CNC até hoje: via
computador. Embora a fita perfurada tenha sido o meio mais
usado durante muitos anos.

Com o aparecimento do circuito integrado houve grande


redução no tamanho físico dos comandos se compararmos
com os controles transistorizados, ao contrário da capacidade
de armazenamento, que aumentou. Em 1967 surgiram no
Brasil as primeiras máquinas, importadas dos Estados Unidos,
controladas numericamente.

Já no início da década de 70 surgiram no mundo as


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
primeiras máquinas CNC (comando numérico
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O comando CNC é
computadorizado), e no Brasil surgiram as primeiras
aquele que após a máquinas CN de fabricação nacional. A evolução contínua e
primeira leitura do
veículo de entrada notável, concomitante com os computadores em geral, faz
memoriza o
programa e executa- com que os comandos (CNC) mais modernos empreguem em
o de acordo com a
necessidade, sem seu conceito físico (hardware) tecnologia de última geração.
precisar de nova
leitura.
Hoje a confiabilidade nos componentes eletrônicos tem
aumentado, crescendo a confiança em todo sistema.

Agora veja a diferença entre a máquina controlada por


comando numérico (CN) e a máquina controlada por
comando numérico computadorizado (CNC):

Máquina controlada por comando numérico (CN).

36
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

Máquina controlada por comando numérico


computadorizado (CNC)

Agora que você já estudou a origem do CNC,


descubra as vantagens e decisões na
implantação dessa tecnologia na próxima
lição. Para isso, avance nos seus estudos!

LIÇÃO 1 37
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 2

V ANTAGENS
ANTA E DECISÕES NA
IMPLANTAÇÃO D A TECNOLOGIA
IMPLANTAÇÃO CNC

Você estudou na lição anterior como surgiu a tecnologia


CNC.

E agora? Sabe dizer quais são as suas


vantagens?
vantagens?EE quais são as empresas que
utilizam máquinas com essa tecnologia?

Vamos então aprofundar seus conhecimentos!

O controle numérico computadorizado (CNC) é utilizado em


máquinas encontradas em quase todos os lugares, de
pequenas oficinas de usinagem a grandiosas companhias de
manufatura. A popularização de máquinas desse tipo dentro
das indústrias ocorreu por causa da redução do custo e da
rapidez dos cálculos que a ferramenta CNC provoca. Muitas
vantagens são trazidas por ela:

fabricação de peças com geometrias complexas, com


menores tolerâncias dimensionais e melhor
acabamento;

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
repetibilidade maior sobre as características do
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Repetibilidade é produto, sendo idênticas umas às outras;


a capacidade de
repetir a mesma redução de tarefas repetitivas para os operadores –
ação mantendo os
mesmo padrões. esses agora responsáveis pela preparação,
programação e controle das máquinas;
flexibilidade da produção, pequenos lotes e grande
variedade de produtos, tudo isso com ajustes rápidos
nas máquinas.

38
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

Além dessas, há inúmeras outras vantagens na utilização de


máquinas CNC. Porém numa indústria diversos critérios
devem ser analisados antes da decisão do uso e implantação
dessas máquinas. Devem ser analisadas não somente as
vantagens dessa tecnologia, mas também as suas limitações.

Para esclarecer possíveis dúvidas, organizamos em tópicos


algumas considerações e sugestões que devem levadas em
conta para a tomada de decisão na implantação, ou não, das
máquinas CNC.

Pesquisa do tipo de máquina que o mercado ou a


própria empresa necessita.
Análise de custo X benefício das máquinas
elegíveis.
Assistência técnica apropriada à implantação
dessa tecnologia, pois muitas vezes a máquina CNC
requer a utilização de outros sistemas que façam a
integração de determinados processos (para a
flexibilização da produção):

LIÇÃO 2 39
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

sistema de programação CNC – CAD/CAM;


sistema de simulação – manufatura digital;
pós-processador;
sistema DNC – gerenciamento e transferência de
programas (rede) para a máquina.

Análise de custo na implantação e utilização das


CNC´s na indústria. Apesar das vantagens que
possuem em relação às máquinas convencionais,
dois aspectos fundamentais devem ser vistos
atentamente:
investimento alto para aquisição dos
equipamentos;
treinamento e capacitação de mão-de-obra para
utilização da tecnologia dessas máquinas.

Obs: para visualizar mais imagens de torno e


fresamento, visite os links:
<http://www.unicam.com.br/torno.html>;
<http://www.eromill.com.br/cadcam.htm>.

E agora? Pronto para decidir se a empresa em que você trabalha


deve ou não investir em máquinas CNC? Você sabe dizer quais
as vantagens dessas máquinas e por que utilizá-las?

Esperamos que sim! Caso você tenha dúvidas


ainda sobre o assunto, envie uma pergunta
para o seu tutor pelo Ambiente Virtual de
Aprendizagem.

40
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

LIÇÃO 3

T IPOS DE LINGU
LINGUAAGENS DE
PROGRAMAÇÃO

Agora que você terminou as lições 1 e 2, fique à vontade para


continuar seus estudos nesta lição! Aqui iremos falar das
linguagens utilizadas nas máquinas CNC: as linguagens de
programação.
A programação nas máquinas CNC tem como base a orientação
da ferramenta para usinagem de peças. A máquina executa a
programação na ordem que lhe foi fornecida, por isso é
importante uma seqüência correta das informações. Além dessa
lógica, existem vários tipos de linguagem, sendo específicos para
cada máquina. O exemplo mais popular é a APT (ferramenta
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

automaticamente programada), utilizada desde o ano de 1959. APT é a sigla


Outras linguagens foram utilizadas durante alguns anos, porém a em inglês para
a utomaticaly
maioria derivada da APT. p rogramed t ool.

Anos depois, em 1982, a Organização Internacional para


Normalização (ISO) estabeleceu princípios básicos da
programação CNC pela norma ISO 6983. Essa norma indica o
formato base do programa para que um conjunto de comandos
dê instruções para o sistema de controle. Esses comandos
possuem diversas funções, desde um simples movimento de
eixos (controle de rotação de eixo) a uma troca de ferramenta.
Já em relação ao processo de geração de programas CNC,
três diferentes formas devem ser analisadas:

1. manual;
2. assistida por computador;
3. gráfica interativa.

A forma manual é desenvolvida pelo programador, que


escreve as instruções que serão realizadas na usinagem da peça,
detalhando as coordenadas da ferramenta em relação à peça.

LIÇÃO 3 41
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Já a forma assistida por computador é feita diretamente


por meio do diálogo pelo computador. Assim, parte do
trabalho é transferida para o computador.

Com a forma gráfica interativa, o programador executa o


programa de forma gráfica, podendo visualizar os percursos
das ferramentas e deslocamentos da peça. Dessa maneira, a
programação é feita apenas pelo programa, sem exigir esforço
do programador. Muitas vezes esse programa é associado aos
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
sistemas de CAM, que serão vistos na próxima lição. Veja a
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

CAM – em inglês seguir a estrutura base da forma gráfica interativa:


significa c omputer
a ided m anufacturing ,
a tradução para o
português é fabricação
assistida por
computador.

Avance para entender um pouco mais sobre os


sistemas CAM e CAD e a relação existente com
o CNC. Faça a penúltima lição do Desafio 2!

42
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

LIÇÃO 4

OS SISTEMAS CAD/CAM/CNC

Esta lição é pequena, porém é importante para que você


perceba os aspectos globais da tecnologia CNC. Estude e
compreenda o porquê!

Os sistemas CAD/CAM caracterizam-se por centralizar a


execução de diversas atividades relacionadas ao processo
produtivo. Atividades que compreendem desde o projeto
mecânico (CAD) e análise estrutural (MEF), passando pela
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

escolha adequada das máquinas e processos de manufatura, Sigla que significa:


até a conseqüente geração automática das trajetórias das Método dos
elementos
máquinas CNC. Por isso, o domínio das técnicas finitos.

computacionais e gerenciais envolvidas nesse tipo de processo


integrado de fabricação é muito importante para o bom
funcionamento da produção. Assim como também é
fundamental o treinamento dos profissionais envolvidos na área.

Mas o que são exatamente os sistemas


CAD e CAM?

O sistema CAD (computer aided design – projeto assistido


por computador) foi utilizado pela primeira vez no início dos
anos 60 pelo pesquisador do Massachusetts Institute of
Technology (MIT) Ivan Sutherland. O termo CAD pode ser
definido como sendo: o processo do projeto que utiliza
técnicas gráficas computadorizadas, por meio do emprego de
programas (software) de apoio, auxiliando na resolução dos
problemas associados ao projeto.

LIÇÃO 3 43
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Já a sigla CAM (computer aided manufacturing – fabricação


assistida por computador) define-se como auxílio via
computador da preparação da manufatura. Apesar de toda
essa abrangência, o termo CAM, às vezes, ainda é sinônimo
da programação de máquinas controladas numericamente
(CN), conceito que ficou muito difundido com a sigla CAD/
CAM, que representa módulos de programação CN em
sistemas CAM. Observe o esquema a seguir:

Você chegou ao fim da Lição 4! Falta apenas


mais uma última lição e uma atividade final
que preparamos para você na seção Desafie
o seu conhecimento
conhecimento. Avance para finalizar o
Desafio 2.

44
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

LIÇÃO 5

S ISTEMAS DE COORDENADAS

Agora você vai estudar a última lição deste desafio!

Você já sa be o que é um sistema de


sabe
coordenadas? V amos entender
Vamos entender..

Um sistema de coordenadas garante a localização de um


ponto. Utilizando a mão como ferramenta, pode-se ter idéia
das coordenadas que são utilizadas em máquinas CNC. Veja
no detalhe da figura abaixo.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Fresadora é o tipo de

máquina-ferramenta

para usinar metais ou


madeira, por meio de


uma ferramenta poli-



cortante e giratória

chamada fresa. Opera


mediante comandos

manuais, semi-

automáticos,
Para o torno CNC são utilizados os eixos X (diâmetro) e Z

automáticos e

(comprimento) como padrão. Já a fresadora utiliza três eletronicamente


programáveis.

coordenadas, X, Y e Z, definindo assim um ponto no espaço.


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Você verá isso nos desafios 3 e 4!

LIÇÃO 4 45
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Novamente com o torno CNC, a peça é rotacionada em torno


do eixo Z, conforme o detalhe das imagens abaixo, sendo
que a ferramenta se movimenta pelos dois eixos para usinar a
peça.

Já no caso da fresadora CNC, o eixo Z é utilizado por


convenção para rotacionar a ferramenta. A peça é fixada no
plano XY, tendo como maior eixo o X. Para melhor
entendimento, veja a figura abaixo:

46
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

S ISTEMAS DE COORDENAD
COORDENADAA S ABSOLUT
ABSOLUTAAS

A origem estabelecida nesses sistemas está relacionada à


peça que será usinada. É utilizado um ponto do espaço para
facilitar na programação que é denominado de “zero
flutuante”.

S ISTEMAS D E COORDENAD
COORDENADAA S INCREMENT
INCREMENTAAIS

A origem para esses sistemas é feita a partir de cada


movimento da ferramenta. Então a cada deslocamento da
ferramenta há uma nova origem.

Para que você consiga entender melhor esses sistemas, dê


uma olhada nos dois exemplos práticos a seguir:

LIÇÃO 5 47
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

No Desafio 3 preparamos mais explicações conceituais e


práticas das coordenadas para o torneamento. Esperamos
que as 5 lições deste desafio tenham atingido o objetivo
desejado: apresentar a tecnologia CNC para você.
Como chagamos ao final deste desafio, preparamos uma
atividade final para você colocar em prática o que estudou.
Posteriormente vá ao Ambiente Virtual de Aprendizagem e
registre o término destas 5 lições! Vamos lá?

48
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

D ESAFIE O SEU CONHECIMENTO !

Responda as questões abaixo e depois faça as atividades


no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Lembre-se: ao
realizar as atividades seu tutor saberá quando os seus
estudos foram cumpridos neste desafio.

1. Quais são as vantagens da máquina CNC?

2. Com relação ao processo de geração de


programas CNC, pode-se encontrar três diferentes
formas, quais são elas?

LIÇÃO 5 49
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

3. Qual é a sigla que define a fabricação assistida por


computador?

4. Como se denomina o sistema de coordenadas feito a


partir de cada movimento da ferramenta?

50
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 2

G LOSSÁRIO

Fresadora – tipo de máquina-ferramenta para usinar metais


ou madeira, por meio de uma ferramenta poli-cortante e
giratória chamada fresa. Opera mediante comandos manuais,
semi-automáticos, automáticos e eletronicamente
programáveis.
CAM – em inglês a sigla significa "computer aided
manufacturing" – traduzido para o português é "fabricação
assistida por computador".
CAD – em inglës a sigla significa "computer aided design" –
traduzido para o português é "projeto assistido por
computador".
Comando CN(controle numérico) – é aquele que
executa um programa sem memorizá-lo, e a cada execução, o
comando deve realizar a leitura no veículo de entrada.
Comando CNC (controle numérico
computadorizado) – é aquele que após a primeira leitura
do veículo de entrada memoriza o programa e executa-o de
acordo com a necessidade, sem precisar de nova leitura.
MEF – método dos elementos finitos.
Pós-processador – tradução de instruções neutras do
sistema CAM para as instruções específicas requeridas pela
máquina CN.
Repetibilidade – capacidade de repetir a mesma ação
mantendo os mesmo padrões
Servomecanismo – dispositivo automático para controlar
grandes quantidades de força mediante uma quantidade de
força muito pequena. (Fonte: dicionário eletrônico UOL).
Torneamento – é o nome que se dá à operação que faz o
movimento da peça em torno do seu eixo.

DESAFIE SEU CONHECIMENTO! 51


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

B IBLIOGRAFIA

CAD/CAM: sistemas integrados de produção visando


prototipagem rápida. Disponível em: <http://
www.demec.ufmg.br/Grupos/Usinagem/CADCAM.htm>.
Acesso em: 23 de fevereiro de 2006.
CNC tecnologia livraria e editora. Disponível em:
<http://www.cnctecnologia.com.br/ >. Acesso em: 20 de
fevereiro de 2006.
COMPUTADOR, projeto e manufatura. Disponível
em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/tem_outros/
cursprofissionalizante/tc2000/automacao/autoa15.pdf>.
Acesso em: 23 de fevereiro de/2006.
Fundação Roberto Marinho. Processos de fabricação –
Mecânica, Telecurso 2000. v. II. São Paulo: Globo.
PROGRAMAÇÂO manual de centro de usinagem.
Disponível em: <http://www.iem.efei.br/gorgulho/down-
load/Parte%202%20-%20CNC.pdf >. Acesso em: 27 de
fevereiro de 2006.
RIBEIRO, Daniel Dupas, ROZENFELD, Henrique.
CAM(Computer Aided Manufacturing). Disponível
em: < http://www.numa.org.br/conhecimentos/
conhecimentos_port/pag_conhec/cam.htm > Acesso em:
19 fevereiro 2006.

52
MÓDULO 1 – TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO
NUMÉRICO COMPUTADORIZADO

DESAFIO 3

TORNEAMENTO
LIÇÃO 1– INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO.

LIÇÃO 2 – SISTEMAS DE COORDENADAS


ABSOLUT
ABSOLUTAA E INCREMENTAL.
INCREMENTAL.

LIÇÃO 3 – FUNÇÕES PREPARA TÓRIAS


TÓRIAS..
ARATÓRIAS
PREPARA

LIÇÃO 4 – SISTEMA DE REFERÊNCIA E


FIXAÇÃO DE FERRAMENT AS
AS..
FERRAMENTAS

LIÇÃO 5 – CONTROLE LINEAR E CIRCULAR


DE DESLOCAMENTO.

LIÇÃO 6 – CICLOS AUTOMÁTICOS DE


USINAGEM.

LIÇÃO 7 – CICLOS AUTOMÁTICOS DE


USINAGEM – CONTINUAÇÃO.

LIÇÃO 8 – COMPENSAÇÃO DO RAIO DE


CORTE.

53
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

O BJETIVOS

Antes de começar as 8 lições correspondentes às 16 horas/aula


desta etapa, veja abaixo os principais objetivos do Desafio
Torneamento:
compreender a seqüência lógica de programação;
revisar e aprofundar conhecimentos sobre os sistemas de
coordenadas absoluta e incremental do torneamento CNC;
conhecer e aplicar as funções preparatórias;
compreender o sistema de referência e fixação de
ferramentas;
aplicar o controle linear e circular de deslocamento
associado ao torneamento;
conhecer os ciclos automáticos de usinagem;
compreender e aplicar a compensação do raio de corte.

Importante
Importante: vocë terá o dobro das atividades
praticadas nos desafios anteriores. Após
terminar o Desafio 3 vá até a Biblioteca do
Ambiente Virtual de Aprendizagem e faça os
exercícios práticos propostos. Vá em frente e
um ótimo desafio para você!!!

Lembre-se que você não está sozinho, se houver alguma dúvida


acesse o ambiente virtual de aprendizagem e poste sua mensagem
na ferramenta "Tira Duvidas" para que seu Tutor possa ajuda-lo.

Ob.: ao final deste desafio, preparamos um anexo com


medidas e formatos de pastilhas para que você possa
compreender de onde o programador retira os dados ao
fazer o seu programa.

55
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 1

I NTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO

Nesta lição você verá a seqüência de criação de um


programa CNC, portanto, é muito importante seguir os
conceitos para que posteriormente sejam utilizados.
O conhecimento sobre todos os processos que intervêm na
usinagem de uma peça é fundamental para iniciar a
programação. Assim como você já estudou em lições anteriores,
mostraremos alguns detalhes adicionais desses processos para o
torneamento. As explicações a seguir estão baseadas nos
manuais que constam na bibliografia deste Desafio 3.

E STUDO DO DESENHO DA PEÇA

Para que seja definida a forma ou o desenho da peça, é


necessária a realização de uma análise sobre a viabilidade de
execução da mesma. Essa viabilidade pode ser confirmada
por meio da avaliação de alguns fatores como:

custo de produção da peça;


dimensões exigidas;

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
sobremetal;
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

É uma camada que ferramental necessário;


fica por cima do
metal. fixação do material.

E STUDO DOS MÉTODOS E PROCESSOS

Esse estudo visa definir as fases de usinagem de cada peça que


será produzida, nesse caso o torneamento, sempre com o cuidado
de estabelecer as etapas na seqüência correta para garantir menor
custo de produção e boa qualidade no produto final.

56
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

E SCOLHA D A S FERRAMENT
FERRAMENTAAS

A escolha de um bom ferramental é fundamental para o


aproveitamento do equipamento, bem como a sua posição
na torre para minimizar o tempo de troca entre cada processo
de usinagem.

C ONHECER OS PARÂMETROS FÍSICOS D A


MÁQUINA E SUA PROGRAMAÇÃO

É preciso conhecer todos os recursos de programação


disponíveis, a capacidade de remoção de cavacos e as
dimensões da máquina. Assim como também é preciso
conhecer a rotação máxima e o número máximo de
ferramentas para otimizar a programação e operação.

D EFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE COR TE


CORTE

Após realizada a escolha do material que será usinado, é


preciso definir os parâmetros de corte. Para isso, o fabricante
de ferramentas deve fornecer os dados de corte: avanço (fn),
rotação(S) e profundidade de corte (Ap).

Após estes estudos, prepare-se para as próximas lições! Você


terá acesso a algumas instruções já estudadas, terá
informações novas para a programação propriamente dita e
para a usinagem de uma peça no processo de torneamento.

Então vamos à Lição 2, na qual você


aprofundará seus conhecimentos sobre os
conceitos de coordenadas.

LIÇÃO 1 57
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 2

S ISTEMAS DE COORDENADAS
ABSOLUTA E INCREMENT
ABSOLUTA AL
INCREMENTAL

Como você viu no Desafio 2, os sistemas de coordenadas


definem a localização de pontos. Nos tornos CNC serão
envolvidos apenas os eixos X e Z, como são normalmente
empregados nessas máquinas. Sabemos que você já estudou
um pouco sobre as coordenadas, porém reveja alguns
conceitos e aprofunde seus conhecimentos referentes às
coordenadas para o torneamento.

S ISTEMAS DE COORDENAD AS ABSOLUT


COORDENADAS AS
ABSOLUTAS

Lembre-se que o diferencial importante entre os dois sistemas


de coordenadas é que esse tem a origem num ponto
desejado chamado de ponto zero, conforme programado na
máquina. É a partir do ponto zero que se define por onde a
ferramenta fará o percurso, sendo as coordenadas da própria
ferramenta sempre relacionadas ao ponto. Veja um exemplo
de sistemas de coordenadas absolutas para o torneamento,
ou seja, utilizando os eixos X e Z:

58
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

S ISTEMAS DE COORDENAD AS INCREMENT


COORDENADAS AL
INCREMENTAL

Já nesses sistemas de coordenadas, a origem estará sempre


no ponto que está a ferramenta. As medidas são feitas por
meio da origem com o ponto mais próximo, sendo que esse
ponto será sempre a origem futura.

O sinal da coordenada é definido pela direção do


movimento. Se o movimento é no mesmo sentido do eixo
que define a direção principal, então o sinal é positivo, caso
contrário, será negativo.

LIÇÃO 2 59
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Para compreender melhor esse sistema, no caso do


torneamento, veja um exemplo.

Se uma ferramenta segue um percurso de A para B, conforme


figura abaixo, então as coordenadas a serem programadas
serão as distâncias entre elas, essas projetadas em X e Z.

60
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Nota-se que o ponto A é a origem desse deslocamento para o


ponto B. E o ponto B será a nova origem para o
deslocamento até um ponto C, e assim por diante.

Preparamos na Biblioteca do seu curso, no Ambiente Virtual


de Aprendizagem, um texto complementar sobre as
coordenadas. Dessa forma, caso ainda tenha dúvidas, vá até
lá e estude um pouco mais.

Após rever exemplos de coordenadas para o


torno, você está apto para começar a se
programar para o torneamento!

Na próxima lição você estudará algumas funções


preliminares para a programação das máquinas CNC.

Lembre-se que você não está sozinho, se


houver alguma dúvida acesse o Ambiente
Virtual de Aprendizagem e poste sua
mensagem na ferramenta “Tira Dúvidas”
para que seu tutor possa ajudá-lo.

LIÇÃO 2 61
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 3

F UNÇÕES PREPARA
PREPARA TÓRIAS
ARATÓRIAS

Chegamos nas funções! V amos


Vamos
programar?

Esta lição tem o objetivo de explicar as funções aplicadas ao


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
torno e o modo de uso delas. As funções, que chamamos
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Função, nesse
neste Desafio 3 de “ preparatórias”, servem para preparar a
caso, é o código de execução de algum tipo de operação, ou até para receber
programação que
tem uma alguma informação.
funcionalidade
específica dentro
de um comando. Essas funções podem ser Modais ou Não-modais.

Modais: funções que uma vez programadas


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
permanecem na memória do comando, pertencendo
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Comando é para todos os blocos posteriores, a menos que uma


qualquer
mecanismo que faz
outra função seja inserida.
funcionar uma
máquina ou Não-modais: são funções que devem ser
dispositivo; pode
ser um conjunto de
programadas sempre que requeridas, pois são válidas
funções que visam apenas nos blocos de programação que as contêm.
um único objetivo.

Neste curso você verá exemplos de dois tipos de comandos:


o Mach9 e o Fanuc. O Mach9 é a linguagem derivada do
sistema ISO de programação, sendo 100% brasileira criada
pela empresa ROMI, fabricante de máquinas CNC. Já o
Fanuc é uma linguagem universal, também baseada no
sistema ISO de programação, porém desenvolvido pela
empresa americana GE Fanuc Robotics, possuindo alguns
ciclos e comandos específicos do fabricante. Ambas as
linguagens funcionam para a programação em comandos
numéricos computadorizados.

62
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Antes de aprender as funções, é importante saber que um


programa para torno CNC deve conter os seguintes passos:

rotina de inicialização – para iniciar o programa;


rotina de troca da ferramenta – para começar a
usinagem por meio de uma ferramenta;
usinagem da peça – o processo propriamente dito;
rotina de encerramento do programa – para encerrar
o programa.

Além das funções básicas e preparatórias dessas linguagens,


as quais você verá a seguir, outras funções ainda serão
apresentadas no decorrer deste desafio para que você possa
programar de fato. Vamos às preparatórias?

FUNÇÃO PONTO- E - VÍRGULA (;)

Aplicação: inserir comentário. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○


Utilizamos a função “;”, sem as aspas como acima, quando Fanuc é uma das

várias linguagens para


for necessário inserir simples comentários para auxiliar o comandos que existem.

Mas assim como


operador na programação. O ponto-e-vírgula é muito

existe o Windows e o

Linux, temos o Fanuc e


utilizado para dar nome ao programa, sendo empregado no

o Mach9. Eles diferem


primeiro bloco de programação. um do outro, por isso


algumas funções

podem se diferenciar

um pouco e outras
Obs.: para o comando Fanuc usa-se ( ).

serem iguais.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Exemplo:

; castanha (Define o nome do programa ou


comentário como castanha.)

Ou, no Fanuc: (castanha).

LIÇÃO 2 63
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

FUNÇÃO T

Aplicação: selecionar ferramentas e corretores.

O uso do caractere “T” é efetuado para programar a função


de selecionar a ferramenta na torre informando para a
máquina o seu zeramento (pre-set), raio do inserto, sentido
de corte e corretores.
Essa função é composta por quatro dígitos, sendo que os dois
primeiros definem qual ferramenta será trabalhada na
máquina e os dois últimos identificam qual será o corretor
utilizado para a correção de medidas e desgaste do inserto.
Exemplo de bloco de programação:

T 01 03

Ferramenta número 1 e corretor 3.

F UNÇÃO M06

Aplicação: liberar giro da torre.


Para liberar a troca da ferramenta, é utilizada na programação
a função “M6”, sem as aspas, juntamente com a função “T”,
permitindo assim o giro da torre.

FUNÇÃO S

Aplicação: controlar a rotação do eixo-árvore.

Para ativar a rotação do eixo-árvore (RPM), deve-se


programar a função “S” seguida do valor da rotação
desejada. Essa função é acompanhada por outra função
(M03 ou M04 – citadas abaixo) que indica o sentido de giro.

64
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

F UNÇÕES M03 E M04

Aplicação: definir o sentido de rotação do eixo-árvore.

M03 – sentido anti-horário do eixo-árvore olhando a


placa frontalmente.
M04 – sentido horário do eixo-árvore olhando a
placa frontalmente.

Exemplo:

S1500 M3 (Liga a rotação do eixo-árvore a 1500


RPM no sentido anti-horário.)

F UNÇÃO G99

Aplicação: cancelar referências anteriores.

Seu emprego é utilizado para o cancelamento das referências


existentes. Essa função não é provida de movimento nos
eixos e é Modal.

LIÇÃO 3 65
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

F UNÇÃO G90

Aplicação: programação em coordenadas absolutas.

Essa função prepara a máquina para executar operações em


coordenadas absolutas tendo uma pré-origem prefixada para
a programação. A função G90 é Modal.

F UNÇÃO G91

Aplicação: preparar a máquina para as coordenadas


incrementais.

Essa função prepara a máquina para executar operações em


coordenadas incrementais. Assim, todas as medidas são feitas
pela distância a se deslocar.

A função G91 é Modal.

FUNÇÕES G70 (MACH9) E G20 (FANUC)

Aplicação: definir o sistema de unidade (polegada).

Um bloco G70 e G20 no início do programa instrui o


controle para usar valores em polegadas para movimentos
dos eixos, avanços, planos de trabalho e correções.

As funções G70 e G20 são Modais.

Obs.: para o comando Fanuc usa-se a função G20.

66
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

FUNÇÕES G71 (MACH9) E G21 (FANUC)

Aplicação: sistema de unidade (milímetro).

Um bloco G71 ou G21 no início do programa instrui o


controle para usar valores em milímetros para movimentos
dos eixos, avanços, planos de trabalho e correções.

As funções G71 e G21 são Modais.

Obs.: para o comando Fanuc é utilizada a função G21

FUNÇÕES G54 E G55


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○


Página de zero
Aplicação: definir o sistema de coordenadas de trabalho.


peça
peça: na máquina,


existe uma página


na qual você poderá
O sistema de coordenadas de trabalho define como sendo


alterar o zero da


zero um determinado ponto referenciado na peça. peça. Quando você


chegar no Desafio


5, parte prática do
Esse sistema pode ser estabelecido por uma das quatro funções

curso, verá como


se faz essas
entre G54 e G57 e deve ser inserido na página de zero peça.

alterações.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

FUNÇÃO F

Aplicação: chamar o avanço.

Essa função chama o avanço (o avanço contém a velocidade


com que a ferramenta irá deslocar-se). Já a velocidade dele é
definida por meio de outras funções.

LIÇÃO 3 67
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

F UNÇÃO G94

Aplicação: definir a velocidade do avanço em mm/min ou


polegadas/min.

A velocidade de avanço é declarada com a função “F”.

A função G94 é Modal e é ativada ao ligarmos a máquina.

F UNÇÃO G95

Aplicação: definir a velocidade do avanço em mm/r ou


polegadas/r.

Lembre-se que a velocidade de avanço é declarada com a


função “F”.

A função G95 é Modal.

FUNÇÕES M8 E M9

Aplicação: acionar o fluído refrigerante.

Utilizadas para lubrificar o corte e refrigerar a ferramenta


durante a usinagem da peça, sendo que a função M8 liga o
fluído e M9 desliga.

FUNÇÕES M02 E M30

Aplicação: finalizar o programa.

Podem ser utilizadas (ou uma ou outra separadamente) para


indicar o fim do programa existente na memória do comando.

68
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Agora que você estudou algumas das funções preparatórias,


organizamos o exemplo abaixo para facilitar o seu
entendimento.

Veja uma programação que determina apenas a troca da


ferramenta, deixando a torre no ponto de segurança:

; o nome dessa programação é Troca.


G99
G90
G71
G54
G0 X100. Z100.
T0101 M6
M02

Perceba as funções e seus significados, comandos e definições.


Veja, como exemplo, a primeira linha do programa utilizando a
função ponto-e-vírgula:

; o nome dessa programação é Troca.


Com a linha programada acima, até o momento não houve
impacto na programação, ou seja, não houve nada com a
produção da peça. O programador apenas inseriu um comentário
na linha de comandos, dando um nome para a atividade.

G99

Já essa linha cancelou referências, ou seja, resetou os dados da


máquina, apagou dados antigos para começar outras
definições de dados.

LIÇÃO 3 69
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

G90

O comando G90, após o G99 ter “limpado” dados da máquina,


começou a programação definindo que a máquina deverá
trabalhar com coordenadas absolutas. Se quisesse definir as
coordenadas incrementais, teria que ter utilizada outra função.

G71

Esse comando, já com os tipos de coordenadas definidas,


estabeleceu que as medidas serão feitas em milímetros e não
em polegadas.

G54

Após a definição do tipo de medida que será utilizada, esse


comando estabeleceu o zero da peça.

G0 X100. Z100.

Nessa linha de comando a ferramenta caminhou pra fazer a


usinagem. G0 significou andar com velocidade máxima. E
X100 e Z100 definiram as coordenadas em milímetros (G71)
do ponto para o qual o programador desejou levar a torre
(ferramenta) em relação à coordenada absoluta. Esse ponto é
o ponto de segurança: o programador sempre deve levar até
lá pra poder trocar a ferramenta, ou seja, para girar a torre.
Essa coordenada do ponto pode ser alterada de acordo com
o tamanho da máquina ou até mesmo da peça a ser usinada.

Atenção: se você trocar a ferramenta em outro ponto


ela poderá bater na peça.

70
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

T0101 M6

Essa linha definiu qual ferramenta e qual corretor deveriam ser


utilizados (nesse caso, ferramenta nº 1 e corretor nº 1 – T0101).
Posteriormente liberou a troca por meio da função M6.

M02

Toda a programação quando termina o seu objetivo (que nesse


caso foi trocar a ferramenta deixando no ponto de segurança a
torre) deve terminar com uma função FIM. Nesse caso foi utilizada a
função M02, mas poderia ter sido utilizada a função M30 no lugar.

Depois de tanta leitura você merece relaxar


um pouquinho, o que você acha? Então,
descanse um pouco antes de seguir para a
próxima lição. Estudar na Modalidade a
distância é bom, pois é você que faz o seu
tempo para aprimorar seus conhecimentos!

Esperamos que as explicações do exemplo acima tenham sido


bem aproveitadas. Na Lição 4 você encontrará um
detalhamento da área de trabalho no momento da usinagem.

Vá em frente!

LIÇÃO 3 71
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 4

S ISTEMA DE REFERÊNCIA E FIXAÇÃO


DE FERRAMENTAS
FERRAMENTAS

Vamos estudar! Antes que você vá para a sua prática no


Desafio 5 preparamos uma variedade de lições, nos desafios
3 e 4, para que você conheça bem a sua área de trabalho e
os devidos procedimentos que devem ser realizados. Esta
lição foi desenvolvida para lhe explicar os pontos de
referência da sua área de trabalho, portanto, fique atento!

Um torno CNC possui uma torre de configuração dianteira


ou traseira, dependendo da configuração solicitada ao
fabricante. Essa torre possui assentos específicos para
montagem de ferramentas que serão utilizadas na usinagem.

A fixação das ferramentas é feita diretamente na torre,


utilizando suportes de fixação.

A área de trabalho, na qual as ferramentas se movimentam


durante a usinagem de uma peça, tem os seguintes pontos de
referência:

72
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

O ponto zero da máquina encontra-se no nariz da árvore. O


sistema de coordenadas da máquina fica definido a esse
ponto zero. Lembre-se que todos os outros pontos de
referência se relacionam a ele.

Figura a – Alteração da área de trabalho devido


às medidas da ferramenta.

Como mencionado anteriormente, o ponto zero da peça é


definido pelo programador ou operador. E essa definição é
feita pela posição do mesmo ponto em relação ao ponto
zero da máquina. Tal distância é resultado da soma do
comprimento da placa mais a largura da castanha.

No assento da ferramenta que está na torre é encontrado o


ponto de referência da ferramenta. A posição desse
ponto pode ser definida no sistema de coordenadas da
máquina por meio dos sistemas de medição. Ao utilizar as
medidas X e Z, o comando calcula a distância da ponta da
ferramenta ao ponto de referência da mesma, assim permite
que a usinagem do contorno da peça seja executada de
maneira correta.

LIÇÃO 4 73
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Figura b – Alteração da área de trabalho devido à placa de


fixação.

O ponto de referência da máquina é uma posição fixa da


torre em forma de cruz. A posição da torre, indicada na figura
acima, é determinada por uma chave fim de curso. Toda vez
que o comando CNC for ligado, a torre sempre deverá
sobrepassar dessa maneira. Depois que o ponto de referência
da máquina for localizado, o comando pode trabalhar com o
sistema de medição e todos os valores de posicionamento
transmitidos pelo sistema de coordenadas.

Você conheceu um pouco a respeito da sua


área de trabalho no momento da usinagem,
mas ainda precisa verificar como funciona o
contr ole de deslocamento
controle deslocamento! Venha conferir
o que desenvolvemos para você. Avance e
descubra!

Lembre-se, sempre que você tiver dúvidas


relacionadas ao conteúdo, ou quanto ao
próprio andamento do curso, vá ao “Tira
Dúvidas” do Ambiente Virtual de
Aprendizagem e envie a sua pergunta.
Logo o seu tutor irá respondê-la!

74
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

LIÇÃO 5

C ONTROLE LINEAR E CIRCULAR DE


DESLOCAMENTO

Nesta lição você estudará os detalhes deste tema para que


construa o seu conhecimento de modo eficaz. Esta é uma
lição relativamente curta, porém exige muita atenção.

Conheça as funções de programação que servem para


controlar operações e processos envolvidos no
torneamento das ferramentas. Vamos a elas?

FUNÇÃO G0

Aplicação: posicionar rapidamente.

Nessa função os eixos movem para o ponto programado com


a maior velocidade de avanço disponível na máquina
utilizada. A função G0 é Modal e também cancela funções
G1, G2, G3 e G73, que você verá a seguir.

Veja o exemplo da função:

G0 X__ Z__;
X = coordenada desejada;
Z = coordenada desejada.

Na frente do X e na frente do Z, o programador colocará


números para definir um valor para a posição da ferramenta.
A ferramenta deslocará para o ponto X e Z com o avanço
rápido. Veja a ilustração a seguir:

LIÇÃO 5 75
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

FUNÇÃO G1

Aplicação: fazer a interpolação linear com avanço


programável.

Essa função é destinada para movimentos retilíneos e com


avanço (F) predeterminado pelo programador. Usualmente é
utilizado o avanço em mm/rotação, mas também podemos
encontrar em mm/min.

O avanço é um dado muito importante, sendo que é


determinado pelo material utilizado, a ferramenta e a
operação a ser executada. Essa função é Modal e cancela
funções G0, G2, G3 e G73.

Além do sentido do arco, deve-se programar as coordenadas


do ponto final do arco em X e Z e também pelas funções I e K

76
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

FUNÇÕES G2 E G3

Aplicação: fazer a interpolação circular.

Essas duas funções executam operações de usinagem de arcos


por meio da movimentação apropriada e simultânea dos eixos.

Para programar tais funções, são observadas as seguintes regras:

o ponto de partida do arco é a posição de início da


ferramenta;
a programação é feita pelo sentido de interpolação circular
(horário ou anti-horário), pelos códigos G2 ou G3.

As figuras abaixo demonstram as diferentes execuções:

LIÇÃO 5 77
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Além do sentido do arco, deve-se programar as coordenadas


do ponto final do arco em X e Z e também pelas funções I e K
(coordenadas do centro do arco). Ou pela função R, ou seja,
o valor do raio requerido para o arco.

FUNÇÃO R

Aplicação: definir o raio.

É empregada para definir o valor do raio, e ainda, se for


necessário, é possível realizar a interpolação circular de até
180 graus. Para iso, basta discriminar o valor do raio com um
sinal positivo.

FUNÇÕES I E K

Aplicação: definir as coordenadas do centro do arco.

Essas funções nada mais são que outro meio de programar a


interpolação circular. Para utilizá-las é preciso usar ambas as
funções I e K, conforme as suas funcionalidades:

I é paralelo ao eixo X; e
K é paralelo ao eixo Z.

Os valores de I e K são tomados a partir do centro do arco até


a origem do sistema de coordenadas. A figura a seguir
esclarece melhor para você.

78
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Atenção! A função I deve ser programada em


diâmetro.

Na próxima lição você estudará sobre as


linhas de programação e apresentaremos
diferentes exemplos para que você
compreenda cada passo. Então? Vamos lá?

LIÇÃO 5 79
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 6

C ICLOS AUTOMÁTICOS DE USINAGEM

Pronto para continuar?! Avance e aproveite!

Nesta lição serão descritas funções com ciclos automáticos de


usinagem a fim de facilitar o trabalho do programador. Estude
todos os exemplos com calma, para que você compreenda
bem esse processo e facilite a sua prática nos próximos
desafios.

FUNÇÃO G74 (MACH9 )

Aplicação: definir as medidas para o ciclo de torneamento.

Utilizada para torneamento paralelo ao eixo Z, no qual a


ferramenta faz sucessivos passes até o diâmetro desejado.
Para isso, exige-se o seguinte:

80
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

G74 X__ Z__ I__ (U1) F, em que:

X = diâmetro final (absoluto);


Z = posição final (absoluto);
I = incremento por passada no diâmetro (incremen-
tal);
U1 = recuo angular da ferramenta (incremental).

Obs.: se você analisar a lógica da programação e do


processo, a posição da ferramenta no diâmetro da
primeira passada deve ser programada antes de
programar o restante do ciclo. O comando U1 não é
obrigatório, é utilizado apenas quando há necessidade
em recuar a ferramenta para fora da peça. Ou seja,
para evitar que encoste na peça ao longo do ciclo.

Agora veja um exemplo!

Vamos usinar a peça abaixo usando a funções G74.

Primeiro desbastamos a peça com passes de 3 mm


no diâmetro.
Definimos o material: aço O 60mm X 80 mm.

Veja o desenho da peça.

LIÇÃO 6 81
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Definimos a ferramenta suporte utilizada: PCLNR


2020 K12.

Analise o programa que fizemos para executar essas


definições:

;EIXO
T0101 M6
G54
S1000 M03
G00 X150. Z150.
G00 X57. Z82. M08
G74 X33. Z28. I 3. U1 F.25
G00 X150. Z150. M09
M30

Vamos entender as linhas de comandos e


funções do exemplo que você analisou?

;EIXO

Linha de comando (;) que define o nome da programação,


faz um comentário.

82
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

T0101

Faz uma chamada para a ferramenta que será utilizada e os


corretores.

M6

Liberar a troca de ferramenta.

G54

Define a origem zero da peça.

S1000 M03

Define a RPM (rotação por minuto) e o sentido de giro do


eixo-árvore.

G00 X150. Z150

Define o ponto de troca inicial.

G00 X57. Z82. M08

Posicionamento para o 1º passe e liga refrigerante.

G74 X33. Z28. I 3. U1 F.25


F.25

Definição dos dados e coordenadas do ciclo automático de


desbaste.

G00 X150. Z150. M09

Define o ponto de troca final e desliga o refrigerante.

LIÇÃO 6 83
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

M30

Finaliza o programa.

A partir das próximas funções abaixo, vá até o Ambiente


Virtual de Aprendizagem e realize as atividades que se
encontram disponíveis para colocar em prática o que você
estudou até agora. Lá você poderá também visualizar as
ilustrações preparadas para representar os exemplos aqui
citados.

Obs.: caso você esteja longe do computador neste


momento, porém deseja continuar seus estudos,
marque esta página e lição para rever o conteúdo no
Ambiente Virtual de Aprendizagem.

G66 – CICLO AUTOMÁTICO DE DESBASTE


LONGITUDINAL (M ACH 9)

Esse ciclo permite a usinagem de desbaste completa da peça,


utilizando de um bloco de programação contendo apenas os
parâmetros necessários para sua execução.

Sintaxe da função: G66 X... Z... I... K... ( U1 ) W... P... F... #

84
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Em que:

X = diâmetro de referência para início de


torneamento (vide regra de posicionamento);
Z = comprimento de referência para início de
torneamento (vide regra de posicionamento);
I = sobremetal para acabamento no eixo X;
K = sobremetal para acabamento no eixo Z;
(U1) = pré-alisamento paralelo ao perfil final,
mantendo as dimensões preestabelecidas;
W = incremento por passada no diâmetro;
P= subprograma que contém as dimensões de
acabamento do perfil final da peça;
F = avanço programado para desbaste.

Veja no exemplo:

:
N50 G66 X75. Z82 I1. K.2 U1 W3. P10 F.2 #
:

N O TA S

Na função G66 o subprograma não aceita inversões


de cotas nos eixos “X” e “Z”.
A função G66 não é Modal e requer um subprograma
com as dimensões de acabamento da peça.
Sempre o último valor de ‘X’ do subprograma
(externo ou interno) deverá informar o diâmetro
bruto do material, no caso de furos informar seu
diâmetro.

LIÇÃO 6 85
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

REGRA DE POSICIONAMENTO PARA OS EIXOS


POSICIONAMENTO X E Z

EXTERNO

A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste


externo deverá seguir as seguintes condições:

X = maior diâmetro da peça em bruto + 4 mm;


Z = comprimento da peça em bruto + 2 mm.

INTERNO

A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste


interno deverá seguir as seguintes condições:

X = menor diâmetro da peça em bruto – 4 mm;


Z = comprimento da peça em bruto + 2 mm.

Observações: para utilizarmos o mesmo


subprograma de desbaste, no acabamento da peça,
utilizando ferramentas diferentes, será necessário que
ambas estejam no mesmo quadrante.
As funções “G” admissíveis no subprograma são
G1,G2,G3,G4 e G73.

C OMPOR
OMPORTTAMENT
AMENTOO DO CICLO G66

1. Partindo do posicionamento inicial (P1) o ciclo efetua


passes de desbaste longitudinais respeitando os parâmetros
programados na função.

86
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

2. Uma vez programado o parâmetro P1 o ciclo realiza um


pré-alisamento paralelo ao perfil final, mantendo o
sobremetal.

G66 – EXEMPLO DE FIXAÇÃO EXTERNO

Veja os passos a seguir para usar a função G66 (ciclo de


desbaste longitudinal), por meio de o seu subprograma para
o acabamento com a mesma ferramenta.

Obs: material com 0,5mm sobremetal no


comprimento.

LIÇÃO 6 87
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Primeiro verificamos o desenho da peça e seu material: aço O


80mm X 70.5 mm.

Posteriormente decidimos qual ferramenta iremos utilizar –


suporte: PCLNR 2020 K-12.

88
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Analise o programa e o subprograma que fizemos para


executar essas definições:

PROGRAMA PRINCIP
PAAL

; EIXO; – (Nome do programa.


T0101;DESB. / ACAB; – (Selec. ferr. e corretor).
G54 # – (Origem zero da peça).
S1500 M03 ; – (RPM e sentido de giro).
G00 X150. Z150; – (Ponto de troca).
G00 X85. Z70. M08; – (Posic. rápido/ refrig).
G00 X-1. Z70. F.1 ; – (Faceamento).
G66 X84. Z72. I1. K.3 U1 W4. F.25 P10 ; – Ciclo de
desbaste).
G00 X16. Z72. ; – (Posicionamento rápido).
G42 ; – (Compensação do raio da ferramenta).
P10 ; – (Chama sub-programa).
G40; – (Descompensação do raio da ferramenta).
G01 X84. Z25. M09 ; – (Descompensação).
G00 X150. Z150; – (Ponto de troca).
M30 ; – (Fim de programa).

SUBPROGRAMA ( P 10 )

; EIXO_SB ; (Nome do subprograma.)


G01 X16. Z70. F.15; (Aproximação usada p/ compensar.)
G01 X20. Z68; (Interpola do chanfro.)
G01 X20. Z55; (Torneia rebaixo.)
G02 X30. Z50. R 5; (Interpola raio.)
G01 X50. Z50; (Faceia o rebaixo.)
G01 X50. Z40; (Torneia rebaixo.)
G01 X80. Z25;(Interpola chanfro.)
M02 ; (Final do subprograma.)

LIÇÃO 6 89
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

G70 CICLO DE ACABAMENTO (FANUC)

Esse ciclo é utilizado após a aplicação de ciclos de desbaste


G71, G72 para dar o acabamento final sem a necessidade de
repetição de toda a seqüência do perfil a ser executado.

Sintaxe da sentença:

G70 P... Q..;

Sendo que:

P = número do bloco que define o início do perfil


acabado da peça;
Q = número do bloco que define o final do perfil
acabado da peça.

Obs.: após a execução do ciclo G70 a ferramenta


retorna automaticamente ao posicionamento utilizado
para o ponto de aproximação.

90
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

G71 CICLO DE DESBASTE LONGITUDINAL


( FANUC )

Esse ciclo permite a usinagem de desbaste completa da peça,


utilizando apenas de dois blocos de programação, contendo
os parâmetros necessários para sua execução.

Sintaxe da sentença:

G71 U... R...;


G71 P... Q... U... W... F...;

Sendo que:

G71 U... R...;


U = valor da profundidade de corte durante o ciclo
(raio);
R = valor do afastamento no eixo transversal para
retorno ao Z inicial (raio).
Sendo que:

G71 P... Q... U... W... F...;


P = número do bloco que define o inicio do perfil
acabado da peça;

LIÇÃO 6 91
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Q = número do bloco que define o final do perfil


acabado da peça;
U = sobremetal para acabamento no eixo “X” (positivo
para externo e negativo para interno – no diâmetro);
W = sobremetal para acabamento no eixo “Z” (positivo
para sobremetal à direita e negativo para usinagem à
esquerda);
F = avanço de trabalho.

Observações!
Após a execução do ciclo, a ferramenta retorna
automaticamente ao posicionamento inicial do ciclo
(ponto de aproximação).
Não é permitida a programação da função “Z” na 1ª
linha definida como início do perfil acabado da peça.

G71 EXEMPLO DE FIXAÇÃO EXTERNA

Veja os passos a seguir para usar a função G71 (ciclo de


desbaste longitudinal), com a mesma ferramenta para o
acabamento.
Primeiro verificamos o desenho da peça e o seu material: aço
O 80mm X 70 mm.

92
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Posteriormente decidimos o uso da ferramenta adequada:

suporte: PCLNR 2020 K-12.

Agora analise o programa:

O0001 ( EIXO) ;
G00 X300 Z250 T00;
T0101;DESB. / ACAB. ( Selec. ferr. e corretor).
G54 ; (Origem zero da peça).
G96 S200 ; (Progr. em V C constante Valor de VC:200).

G92 S2500 M04 ; (RPM e sentido de giro).


G00 X85. Z70. M08 ; (Posic. rápido/Refrig.).
G01 X-1. Z70. F.1 ; (Faceamento).
G00 X80 Z72 ; (Ponto de aproximação/início do ciclo).
G71 U2.5 R2 ; (Ciclo de desbaste).
G71 P100 Q190 U1 W.3 F.25 ;
N100 G00 X16 ; (Não pode ter a função “Z” na 1ª linha
definida como início do perfil acabado da peça).
G42 ; (Compensação do raio da ferramenta).
G01 X16. Z70. F.15 ;
G01 X20. Z68. ; (Interpolação do chanfro).
G01 X20. Z55. ; (Torneia o rebaixo).
G02 X30. Z50. R 5. ; (Interpola o raio).
G01 X50. Z50. ; (Faceamento do rebaixo).
G01 X50. Z40. ; (Torneamento do rebaixo).
G01 X80. Z25. ; (Interpolação do chanfro).
N190 G40 ; (Descompensação do raio da ferramenta).
G70 P100 Q190 ;(Ciclo de acabamento).
G00 X300. Z250. T00; (Ponto de troca).
M30 ; (Fim do programa).

LIÇÃO 6 93
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

F UNÇÃO G37 (M ACH9)

Aplicação: definir dados para o ciclo de roscamento


automático.

A função é empregada para abrir roscas em diâmetros


externos e internos.

Obs.: essa função também pode ser utilizada para


outros recursos. Para saber mais sobre eles, consulte a
Biblioteca do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

A função G37 não é Modal e requer os dados seguintes:

G37 X__ Z__ K__ D__ E__ U__ L__

Em que cada valor será:

X = diâmetro final de roscamento (absoluto);


Z = posição final do comprimento da rosca
(absoluto);
K = passo da rosca (incremental);
D = profundidade da primeira passada, veja o
cálculo:
D= H

Número de passes

H = altura do filete no diâmetro;


E = distância de aproximação para início do
roscamento (para incremental);
E = diâmetro posicionado – diâmetro externo (para
usinagem externa);
E = diâmetro da crista – diâmetro posicionado (para
usinagem interna);

94
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

U = profundidade do último passe da rosca


(diâmetro – incremental);
L = número de repetições do último passe da rosca
(acabamento).

Veja um exemplo dessa função (G37 Mach9)!

Usamos a função G37 na peça abaixo como ciclo de


roscamento com 11 passadas.
Definimos o desenho da peça.
Definimos o material: aço O 40mm X 60 mm.
Definimos a ferramenta de suporte: rosca externa
direita 60º.

LIÇÃO 6 95
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Cálculos:

H = (0.65x 2.5) x 2 = 3.25;


D = profundidade da 1ª passada = 3.25 / 3.31= 0.98;
E = 25-20 = 5;
X = 20 – 3.25 = 16.75 (diâmetro interno).

Vamos analisar o pr ogr


progr ama que fizemos
ograma
para executar as funções?

Veja os comandos!

:
T0404
G54
M13
G97
S700 M03
G00 X25. Z65. M08
G37 X16.75 Z28.5 K2.5 D.98 E5. U.05 L2
G00 X150. Z150. M09
M30

Agora vejamos as devidas explicações das linhas de


comando.

Chama a usinagem anterior.

96
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

T0404

Faz uma chamada da ferramenta e corretores.

G54

Define a origem zero da peça.

S700 M03

Define um valor para a RPM e o sentido de giro do eixo-


árvore.

G00 X25. Z65. M08

Define o posicionamento inicial da rosca e liga refrigerante.

G37 X16.75 Z28.5 K2.5 D.98 E5. U


D.98 .05
U.05
L2

Define dados do ciclo automático de rosca.

G00 X150. Z150. M09

Define o ponto de troca final e desliga o refrigerante.

M30 ,

Finaliza o programa.

LIÇÃO 6 97
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Bom, você terminou o estudo desta lição e aprendeu um


pouco mais da programação CNC. A próxima lição lhe dará
mais alguns exemplos das funções e suas linhas de
comandos.

Agora relaxe um pouco antes de começar a


próxima lição. Tenha a certeza de que isso
ajudará você a prosseguir seus estudos nas
demais lições que virão pela frente!

98
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

LIÇÃO 7

C ICLOS AUTOMÁTICOS DE USINAGEM


– C ONTINU AÇÃO
ONTINUAÇÃO

Você está quase chegando ao final do Desafio 3!

Esta lição apresenta mais duas funções com seus respectivos


exemplos para que você faça uma análise detalhada.

Lembre-se que para programar utilizando CNC é preciso


conhecer os comandos básicos e, também, os comandos mais
avançados. Por isso, recomendamos que, após terminar esta
lição, você consulte a Biblioteca e os textos complementares
do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Vamos continuar? V eja mais algumas


Veja
funções!

FUNÇÕES G37 (MACH9) G76 (F ANUC)

Aplicação: definir os dados necessários para executar o


roscamento automático.

Essa função executa o roscamento automático por meio de


duas linhas de programação.

Sintaxe da sentença:

G76 P(m) (s) (a) Q... R...;

G76 X... (U...) Z... (W...) R... P... Q... F...;

LIÇÃO 7 99
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Veja as explicações da linha de comando abaixo.


Para utilizar esse


parâmetro, coloque

dois dígitos em G76 P(m) (s) (a) Q... R...;


seguida do P. Ex:

P09.

G76 é a chamada do ciclo e P é a chamada dos parâmetros



m..; s..; a.. . As funcionalidades dos parâmetros são:




m – serve para calcular o número de repetições do



○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

último passe;
s – define o valor para o cálculo da saída angular;
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Para utilizar o a – define valor para o ângulo da ferramenta da


rosca.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

parâmetro s,

coloque ((r : passo)


x 10). (Dois dígitos)


Q – define a mínima profundidade de corte (raio/milésimos

Tal que r é o

comprimento da
de milímetro).

saída angular da

rosca.

R – define a profundidade do último passe (raio).



○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Para utilizar esse


parâmetro, coloque
dois dígitos que Verifique a ordem de como vai a fórmula:
representem o valor
desejado. Ex: 02.
G76 X... (U...) Z... (W...) R... P... Q... F...

100
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Então temos:

G76 = chamada do ciclo;


X = diâmetro final do roscamento;
U = distância incremental do diâmetro posicionado
até o diâmetro final da rosca (raio);
Z = comprimento final do roscamento;
W = distância incremental do ponto posicionado
(“Z” inicial) até a coordenada final do eixo
longitudinal (“Z” final);
R = valor da conicidade incremental no eixo “X”
(raio/negativo para externo e positivo para interno);
P = altura do filete da rosca (raio/milésimos de
milímetro);
P = (0.65 x P)
Q = profundidade do 1º passe (raio/milésimos de
milímetro);

F = passo da rosca.

LIÇÃO 7 101
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Veja um exemplo no caso de rosca medida em polegadas:

F = 1" /número de fios.

Observações!
Para programação do ciclo de roscamento deve-se
utilizar a função G97 para que a RPM fique constante.
RPM máximo = RPM máximo da máquina/passo.
Em caso de rosca cônica converter a inclinação para um
valor em centésimo de grau.
O ponto de aproximação é um ponto obrigatório antes
da chamada do ciclo.

R OSCA EXTERNA:

X = Diâmetro externo – (P x 2).

ROSCA INTERNA:

X = Diâmetro do furo + (P x 2).

Agora veja um exemplo G76 (Fanuc).


Vamos usar na peça abaixo a função G76 como para realizar
o ciclo de roscamento automático com 11 passadas.
Primeiro desenhamos a peça.
Posteriormente definimos o seu material: aço O
50mm X 80 mm.

102
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Definimos a ferramenta de suporte que será utilizada:


rosca externa direita 60º.

Observação!
Recomenda-se deixar durante a aproximação
ferramenta e peça uma folga mínima de duas vezes o
valor do passo da rosca no eixo “Z”.

Antes de programar devemos realizar os cálculos


apresentados.

P = altura do filete.
P = (0.65 x P).
P = (0.65 x 2) .
P = 1.3.
X = diâmetro final.
X = diâmetro inicial – (P x 2).
X = 25 – (1.3 x 2).
X = 22.4.

Profundidade do primeiro passe (Q).

Quanto a ferramenta vai tirar no primeiro passe, utilizamos


estas fórmulas:

Profundidade do primeiro passe (Q):

Na fórmula, P é a altura do filete,


calculado na fórmula anterior,
dividido pelo número de
passadas que é 11. O valor deve
ser colocado em milésimos de
milímetro.

Veja como fazemos o programa!

LIÇÃO 7 103
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Como um exercício, analise e procure identificar cada linha


de comando abaixo:

O 0001
:
G0 X300 Z200 T00
T404 (ROSCA M25X2)
G54
S1000 M3
G0 X29. Z85. M8
G76 P010060 Q100 R0.1
G76 X22.4 Z48.5 P1300 Q392 F2
G0 X300. Z250. M09 T00
M30

Caso tenha dúvidas, no exemplo mostrado, visite o Ambiente


Vitura de Aprendizagem! Lá você poderá encaminhar
perguntas ao seu tutor na seção “Tira Dúvidas” e também
visualizar alguns exemplos comentados na Biblioteca (os
exemplos estarão na pasta “Desafio 3” no arquivo
Exemplos_Licao7.doc).

Importante
Importante: o seu tutor disponibilizou
exercícios fundamentais para a
compreensão de todo o desafio. Mas para
isso você deverá terminar a última lição.
Vamos lá?

Na etapa final você fará um estudo sobre as


funções de compensação de raio de corte
e logo em seguida fará a seção “Desafie seu
conhecimento” ”.

104
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

LIÇÃO 8

C OMPENSAÇÃO DO RAIO DE CORTE

Esta lição complementa as demais que você já estudou neste


desafio. Ao final, teste seus conhecimentos e visite o
Ambiente Virtual de Aprendizagem para registrar as
atividades finais.

Visite também a Biblioteca e acesse os links que


correspondem às funções apresentadas. Lá você poderá
conferir todas as imagens dos exemplos mostrados aqui.

No Ambiente Virtual de Aprendizagem você também encontrará


esta lição. Acesse para concluir seus estudos neste desafio!

Vamos às últimas funções?

As três funções apresentadas abaixo são utilizadas para a


compensação do raio de corte.

FUNÇÕES G40, G41 E G42

Aplicação: comandar o processo de compensação do raio da


ferramenta.

Essas três funções têm como objetivo corrigir a diferença entre o


raio da ferramenta programado e o atual, sendo que para utilizar
esse recurso, o valor do raio deve ser inserido na página
“Corretor da Ferramenta” na própria máquina. Verifique as
ilustrações desse exemplo na Biblioteca Virtual do curso.

LIÇÃO 8 105
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

106
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

Cada função tem uma utilidade distinta:

G40 – desliga/cancela a compensação de raio da


ferramenta;
G41 – liga a compensação de raio da ferramenta
quando essa fica do lado esquerdo da peça a ser
usinada, vista em relação ao sentido de corte;
G42 – tem a mesma função do G41, porém essa fica
do lado direito da peça a ser usinada, vista em
relação ao sentido de corte.

Para compreender melhor tais funções, verifique os quadros


colocados no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Chegamos ao fim desta lição. Agora você fará


a seção de atividades finais!

LIÇÃO 8 107
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

D ESAFIE SEU CONHECIMENTO !

Responda as questões abaixo e posteriormente vá ao


Ambiente Virtual de Aprendizagem para responder e
registrar a finalização deste desafio.

1. Qual é o objetivo da função preparatória S?

2. O ponto zero da peça é definido por quem: pelo


programador ou pelo operador da máquina, ou pelos
dois?

108
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

3. Para que serve a função G0?

Chegamos ao final deste desafio. Esperamos que você tenha


compreendido todas as funções estudadas e que possa
colocá-las em prática nos seus trabalhos. Caso tenha ficado
alguma dúvida, não hesite, entre em contato com o seu
professor tutor pelo “Tira Dúvidas” do Ambiente Virtual de
Aprendizagem e envie a sua pergunta. Ele estará pronto para
lhe ajudar.

Preparado agora para o Desafio 4? Então até lá!

DESAFIE SEU CONHECIMENTO! 109


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

G LOSSÁRIO

Sobremetal – é a uma camada que fica por cima do


metal.
Comando – Qualquer mecanismo que faz funcionar
máquina ou dispositivo; pode ser um conjunto de funções
que visam um único objetivo.
Função – código de programação que tem uma
funcionalidade específica dentro de um comando.
Fanuc – é uma das várias linguagens para comandos que
existem. Mas, asssim como existe o windows e o linux
temos o Fanuc e o MACH 9. Eles diferem um pouco um
do outro, por isso algumas funções podem se diferenciar
um pouco e outras serem iguais.
Chave fim de curso – é um sensor para indicar à
máquina o fim do movimento.

110
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

B IBLIOGRAFIA

Manual de programação e operação CNC Mach 9 – ROMI.


Tradução e adaptação por funcionários da
TRAUBOMATIC Indústria e Comércio Ltda. Comando
numérico CNC – Técnica Operacional –
Torneamento: programação e operação. São Paulo: EPU,
1985.
Manual Técnico de Usinagem. Sandvik Coromant.
MACHADO, A. Comando Numérico aplicado às
máquinas-ferramenta. 2 ed. São Paulo: Ícone, 1987.

GLOSSÁRIO E REFERÊNCIAS 111


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

A NEXO

Verifique abaixo as medidas e as codificações para os


formatos de pastilhas utilizadas para programar a máquina
CNC. Lembre-se: o programador retira os dados dos manuais
das máquinas CNC (neste caso o retiramos dados de um
manual Sandvik). Além desse anexo, você também deve
consultar a biblioteca do Ambiente Virtual de Aprendizagem.

112
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 3

ANEXO 113
MÓDULO 1 – TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO
NUMÉRICO COMPUTADORIZADO

DESAFIO 4

FRESAMENTO
LIÇÃO 1 – SISTEMA DE COORDENADAS –
RELEMBRANDO.

LIÇÃO 2 – FUNÇÕES PREPARA


PREPARA TÓRIAS
TÓRIAS..
ARATÓRIAS

LIÇÃO 3 – SISTEMA DE REFERÊNCIA E


FIXAÇÃO DE FERRAMENT AS..
AS
FERRAMENTAS

LIÇÃO 4 – CONTROLE LINEAR E CIRCULAR


DE DESLOCAMENTO.

LIÇÃO 5 – LÓGICA DE REPETIÇÃO.

LIÇÃO 6 – CICLOS AUTOMÁTICOS DE


USINAGEM.

LIÇÃO 7 – CICLOS AUTOMÁTICOS DE


USINAGEM – CONTINUAÇÃO.

LIÇÃO 8 – COMPENSAÇÃO DO RAIO DE


CORTE.

115
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

O BJETIVOS

Antes de começar as 8 lições correspondentes às 16 horas/aula do


desafio Fresamento, veja abaixo os seus objetivos:

conhecer e aplicar os sistemas de coordenadas


absoluta e incremental do fresamento CNC;
conhecer as funções preparatórias utilizadas no
fresamento;
conhecer o sistema de referência e fixação de
ferramentas para o fresamento;
aplicar o controle linear e circular de deslocamento;
aplicar a lógica de repetição;
rever e aplicar os ciclos automáticos de usinagem para
o fresamento; compreender a compensação do raio de
corte para o fresamento.

Assim como no Desafio 3, neste existem algumas lições


maiores do que outras. Como exemplo, temos a Lição 2. Fique
atento também às lições 6 e 7, pois são complementos uma da
outra por terem conteúdos densos.

Além disso, preparamos a seção de Curiosidades para este desafio


no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Algumas considerações
foram feitas no material para que você se motive a pesquisar e
conhecer conteúdos que vão além do planejado no curso. Você
também deve ficar atento às nossas orientações, ao seu tempo e à
sua aprendizagem para terminar este desafio.

Siga em frente e bons estudos!

117
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 1

S ISTEMA DE COORDENADAS –
R ELEMBRANDO

Mais uma vez você verá o sistema de


coordenadas. V amos relembr
Vamos ar?
relembrar?

No Desafio 2 você já viu as diferenças entre as coordenadas


para a programação no torneamento e para o fresamento. No
Desafio 3 você relembrou como são utilizadas as
coordenadas para o torneamento especificamente. E neste
Desafio 4 você relembrará como são utilizadas as
coordenadas para o fresamento na usinagem.

Então vamos lá!

S ISTEMA DE COORDENADAS

Como você já estudou no Desafio 2, todas as máquinas-


ferramenta CNC são comandadas por um sistema de
coordenadas cartesianas na elaboração de qualquer perfil
geométrico. Para que a máquina possa trabalhar com as
posições especificadas, essas têm que ser declaradas em um
sistema de referência, que corresponde aos sentidos dos
movimentos dos carros. Para o fresamento são utilizados os
eixos: X, Y, Z.

O sistema de coordenadas da máquina é formado por todos


os seus eixos fisicamente existentes. Lembre que as direções
dos eixos seguem a “regra da mão direita”:

118
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Até aqui você já deve ter compreendido bem não é mesmo?

Mas qual é mesmo a diferença para o


fresamento além do uso de três eixos e
não mais dois? Como utilizamos essas
coordenadas na usinagem?

Veja abaixo exemplos das coordenadas absolutas e


incrementais para o fresamento com os três eixos.

C OORDENAD AS
OORDENADAS ABSOLUTAS
ABSOLUTAS

Para essas coordenadas, no modo de programação em


absoluto, as posições são medidas da posição zero atual
(zero da peça) estabelecida. Com vista ao movimento da
ferramenta isso significa:

a dimensão absoluta descreve a posição para a qual


a ferramenta deve ir.

Para programar é utilizada a função G90, pois as


coordenadas absolutas são definidas por meio desse código.
Lembrando que seus valores sempre estarão em relação ao
ponto zero da peça.

LIÇÃO 1 119
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Veja novamente no desenho:

Eixo X – refere-se às medidas na direção transversal


da mesa.
Eixo Y – refere-se às medidas na direção longitudinal
da mesa.
Eixo Z – refere-se às medidas na direção vertical da
ferramenta.

Para ver se você entendeu, faça o Exercício 1


que se encontra na Biblioteca do Ambiente
Virtual de Aprendizagem dentro da pasta
deste Desafio 4. Lá, faça o deslocamento
partindo das referências dadas, contornando
o perfil da peça e utilizando o sistema de
coordenadas absolutas.

120
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

C OORDENAD AS
OORDENADAS INCREMENTAIS
INCREMENTAIS

E agora? Com as coordenadas


incrementais como funciona a
programação do fresamento?

No modo de programação incremental as posições dos eixos


são medidas a partir da posição anteriormente estabelecida.
Com vista ao movimento da ferramenta isso significa:

a dimensão incremental descreve a distância a ser


percorrida pela ferramenta a partir da posição atual
da mesma.

F UNÇÃO G91

Atenção: as coordenadas incrementais são


definidas do código G91 e seus valores
sempre serão obtidos em relação ao último
posicionamento da ferramenta.

Agora veja um exemplo:

LIÇÃO 1 121
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Vamos testar seu conhecimento?

122
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

No Ambiente Virtual de Aprendizagem preparamos um outro


exercício para que você possa verificar o seu aprendizado. Vá
até a Biblioteca e realize o Exercício 2 que se encontra na
pasta Desafio 2.

Após realizar todas as atividades propostas


nesta lição, dê continuidade a seus
estudos!Avance para a próxima lição!

LIÇÃO 1 123
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 2

F UNÇÕES PREPARA
PREPARA TÓRIAS
ARATÓRIAS

Nesta lição você conhecerá as primeiras funções para


programação do Centro de Usinagem.

FUNÇÕES : O, S, T, M 6/TROCA

Aplicação: seleção do número, corretor e rotação do eixo-


árvore.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Pela programação do endereço “T” (na discovery podem ser
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Modelo de programadas até 22 ferramentas) ocorre uma troca direta da


máquina fabricada
pela ROMI, que ferramenta ou a seleção da posição no magazine da máquina.
serão utilizadas no
curso. Para liberar a troca da ferramenta devemos programar a
função M6/TROCA junto com a função “T” quando
necessário, porém em blocos separados.

A uma ferramenta podem ser atribuídos corretores de


ferramentas de 1 até 9, programando um endereço “O”
correspondente.

Para ativar a rotação do eixo-árvore (RPM) devemos programar


a função “S” seguida do valor da rotação desejada.

Veja um exemplo e as referentes explicações para as linhas


programadas:

T01 – Chama a ferramenta nº1;


M6 – Habilita a troca;
O1 – Ativa o corretor de altura nº 1;
S1500 M3 – Liga a rotação do eixo-árvore a 1.500
RPM.

124
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Atenção! Para o comando Fanuc, o


corretor de ferramenta é G43, sendo
utilizada a letra H, ao invés de 0.
Por exemplo:

G43 G0 Z50 H1 (P osiciona a ferr


(Posiciona amenta
ferramenta
na altura de 50, corrigindo a altura da
ferramenta).

FUNÇÕES : BARRA(/), N , MSG, PONTO- E-


VÍRGULA (;)

Aplicação: eliminar execução de blocos, número seqüencial


de blocos, mensagem ao operador e comentário de auxílio.

Como exemplo temos:

G17; plano de trabalho XY

FUNÇÃO N

Aplicação: definir o número da seqüência.

Cada seqüência de informação pode ser identificada por um


número de um a quatro dígitos, que virá após a função N.

Exemplo:

N50 G01 X10 Y50

N60 Y80

LIÇÃO 2 125
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

FUNÇÃO (/) BARRA

Aplicação: Inibir a execução de blocos no programa, sem


alterar a programação.

Se a barra ( / ) for digitada na frente de alguns blocos, estes


serão ignorados pelo comando, desde que o operador tenha
selecionado a opção “inibir blocos”, caso contrário os
blocos serão executados normalmente.

Veja um exemplo com explicações das linhas de


programação:

N50 G01 X10 Y50 (bloco executado)

/ N60 Y80 (bloco ignorado)

/ N70 X40 (bloco ignorado)

N80 G0 X0 Y0 (bloco executado)

F UNÇÃO (;) PONTO- E - VÍRGULA

Assim como no torneamento, no fresamento também


utilizamos a função (;), quando for necessário inserir
comentários para auxiliar o operador. Veja no exemplo:

N50 T01 ; fresa dia 35 mm

N60 M6

N70 O1

N80 S1500 M3

Obervação: para o comando Fanuc, utiliza-se


parênteses ( ) para inserir comentário.

126
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Agora que você viu algumas funções, veja como funcionam


estas funções de posicionamento.

Função X – aplicação: posição no eixo longitudinal


(absoluta): X20 ou X-5.
Função Y – aplicação: posição no eixo transversal
(absoluta): Y5 ou Y-5.
Função Z – aplicação: posição no eixo vertical
(absoluta): Z20 ou Z-20.

Observação: o comando trabalha em milímetros para


palavras de posicionamento com ponto decimal.

R ELEMBRANDO ALGUMAS FUNÇÕES


PREPARA
PREPARATÓRIAS MOD
ARATÓRIAS AIS
MODAIS

Reveja algumas funções preparatórias (funções que uma vez


programadas permanecem na memória do comando), que
também são utilizadas para a programação do fresamento na
usinagem.

FUNÇÃO G90 – APLICAÇÃO:


PROGRAMAÇÃO EM COORDENADAS
ABSOLUTAS
ABSOLUTAS

Lembre-se que estsa função prepara a máquina para executar


operações em coordenadas absolutas tendo uma origem pré-
fixada para a programação. Como você viu na lição anterior,
também utiliza-se essa função para o fresamento.

Caso você ainda não tenha realizado os exercícios da Lição 1,


faça-os antes de prosseguir. Eles lhe auxiliarão no entendimento
do uso dessa função no fresamento.

LIÇÃO 2 127
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

FUNÇÃO G91 – APLICAÇÃO:


PROGRAMAÇÃO EM COORDENADAS
INCREMENTAIS
INCREMENTAIS

Como você já estudou, essa função prepara a máquina para


executar operações em coordenadas incrementais. Assim,
todas as medidas são feitas por meio da distância a se
deslocar.

Após você ter realizado o Exercício 2 da Lição 1


possivelmente entenderá essa função ainda mais! Caso ainda
não tenha feito, vá ao Ambiente Virtual de Aprendizagem e
faça isso que ajudará no seu aprendizado.

FUNÇÃO G70 (MACH 9) – G20 (FANUC)


APLICAÇÃO: SISTEMA DE UNIDADE
POLEGADA

Um bloco G70 no início do programa instrui o controle para


usar valores em polegadas para movimentos dos eixos,
avanços, planos de rápido e correções.

FUNÇÃO G71 (MACH9) – G21 (FANUC)


APLICAÇÃO: SISTEMA DE UNIDADE
MILÍMETRO

Um bloco G71 no início do programa instrui o controle para


usar valores em milímetros para movimentos dos eixos,
avanços, planos de rápido e correções.

128
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

FUNÇÃO G94 – APLICAÇÃO: PROGRAMAÇÃO


DE AVANÇO EM MM/MIN OU POLEGADAS/MIN
POLEGADAS

A velocidade de avanço é declarada com a função “F”. Essa


função é ativada ao ligarmos a máquina.

FUNÇÃO G95 – APLICAÇÃO:


PROGRAMAÇÃO DE AVANÇO EM MM/R OU
POLEGADAS/ R

A velocidade de avanço é declarada com a função “F”.

Relembrando outras funções preparatórias não-modais.

Relembre algumas funções vistas no torneamento (Desafio 3),


que também utilizamos para o fresamento, e que são não-
modais (funções que devem ser programadas sempre que
requeridas, pois são válidas apenas nos blocos de
programação que as contêm).

FUNÇÃO F

Geralmente nos Centros de Usinagens CNC utiliza-se o


avanço em mm/min, mas esse também pode ser utilizado em
mm/Rot.

O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-


se em conta o material, a ferramenta e a operação a ser
executada. Exemplo: F500.

LIÇÃO 2 129
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

FUNÇÕES G54 A G57 (FANUC)

Aplicação: sistema de coordenadas de trabalho (zero da


peça).

O sistema de coordenadas de trabalho define, como zero, um


determinado ponto referenciado na peça. Esse sistema pode
ser estabelecido por uma das quatro funções entre G54 a
G57 e deve ser inserido na página de zero da peça. Observe
os pontos na ilustração abaixo:

Sendo que:

M = ponto zero da máquina;


W = ponto zero peça;
LS = limite de software;
P = ponto comandado.

Obs.: nas fresadoras a posição do ponto zero da


máquina “M” pode variar de acordo com o fabricante
da mesma.

130
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Agora lhe apresentaremos novas funções. Lembre-se, se você


quer ser um programador competente, precisa estar sempre
estudando e se atualizando! Por isso, disponibilizamos textos
complementares e alguns exemplos adicionais na Biblioteca
de Ambiente Virtual de Aprendizagem para você. Então,
vamos lá! Faça várias visitas a esses materiais e pesquise
muito mais na internet!

Veja mais algumas funções.

F UNÇÃO G53

Aplicação: cancelamento do sistema de coordenadas de


trabalho Modal e Não-Modal.

A função G53 tem por finalidade cancelar o zero da peça


(funções G54 a G57) deixando como referência para trabalho
o zero da máquina. Essas funções não são Modais, ou seja,
são válidas apenas para o bloco atual.

FUNÇÕES G17, G18, G19

Aplicação: seleciona plano de trabalho.

As funções G17, G18 e G19 são Modais e permitem


selecionar o plano no qual se pretende executar interpolação
circular (incluindo compensação de raio de ferramenta).

Veja a sintaxe delas ao programar e visualize a figura para


compreender :

G17 – sendo plano de trabalho XY;


G18 – sendo plano de trabalho XZ;
G19 – sendo plano de trabalho YZ.

LIÇÃO 2 131
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Observação: o plano G17 é o mais utilizado para


gerar perfis e por isso será utilizado como padrão. No
entanto, em alguns casos é necessário trabalhar nos
demais planos.

Nota
Nota: ao iniciar um programa é necessário
definir o plano de trabalho (G17, G18,
G19).

132
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

LIÇÃO 3

S ISTEMA DE REFERÊNCIA E FIXAÇÃO


DE FERRAMENTAS
FERRAMENTAS

Vamos continuar?

Você revisou algumas funções na lição anterior e aprendeu


algumas novas. Nesta lição você vai revisar como funciona a sua
área de trabalho para a usinagem, mas com foco no fresamento.

Como você já viu no desafio anterior, um Centro de


Usinagem CNC possui uma torre para o fresamento temos o
magazine para agrupar as ferramentas. Esse magazine é
composto de encaixes específicos e numerados para a
montagem de ferramentas que serão utilizadas na usinagem.
Veja a ilustração abaixo:

Atenção: na Biblioteca do Ambiente Virtual de


Aprendizagem você poderá encontrar algumas fotos
bem interessantes de algumas ferramentas e máquinas
CNC.

LIÇÃO 3 133
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

As fixações das ferramentas são feitas diretamente no


magazine, utilizando suportes de fixação conhecidos com
cones porta-pinças ou porta-ferramentas.

A área de trabalho, na qual as ferramentas se movimentam


durante a usinagem de uma peça tem os seguintes pontos de
referência:
ponto zero da máquina;
ponto zero da peça;
ponto de referência da ferramenta;
ponto de referência da máquina.

Se você observar, na lição do torneamento sobre a referência de


ferramentas, além dos pontos de referencia acima, há ainda o
ponto de trajetória. O que não é o caso do fresamento. Isso
acontece porque as máquinas para o torneamento são diferentes
das máquinas para o fresamento, além disso, existem
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
diferenças entre máquinas com a mesma funcionalidade.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Para saber mais, Ou seja, podemos ter três máquinas de fresamento e diferentes
acesse: o link: <http://
www.mundocnc.com.br>. referências para cada uma. Nesse caso, o material do curso está
se baseando em dois tipos de máquinas Romi: Romi que utilizam
o comando Mach9 e Romi que utilizam o comando Fanuc.
O ponto zero da máquina encontra-se próximo à altura de
alinhamento da ferramenta com o magazine (no caso do torno
com a torre), ou seja, em um ponto distante da mesa de trabalho
da máquina. Os demais pontos de referência se relacionam a ele.
Assim como no torno, o programador ou operador define o
ponto zero da peça por meio da informação da posição da peça
em relação ao ponto zero da máquina.
O ponto de referência da ferramenta encontra-se na face da
ferramenta. A posição desse ponto pode ser definida no sistema
de coordenadas da máquina por meio dos sistemas de medição,
pelas medidas XY para a peça e Z para a altura da ferramenta.
Assim, o comando calcula a distância da ponta da ferramenta ao
ponto de referência da mesma, permitindo que a usinagem do
contorno da peça possa ser executada de maneira correta.

134
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

O ponto de referência da máquina é uma posição fixa da


ferramenta determinada por uma chave fim de curso de
modo que os eixos posicionem a ferramenta na posição
indicada na figura abaixo.
Essa posição deve sempre ser sobrepassada pelo eixo de
movimentação toda vez que o comando CNC for ligado.
Depois que o ponto de referência da máquina for localizado
o comando pode trabalhar com o sistema de medição e todos
os valores de posicionamento transmitidos pelo sistema de
coordenadas da máquina.

Você revisou nesta lição algumas questões e identificou as


diferenças entre as configurações utilizadas para o
torneamento e fresamento. Também apareceu referências e
fixações ou ferramentas das máquinas CNC para o
fresamento.

Obs.: caso você tenha alguma dúvida, entre em


contato com o seu tutor na ferramenta “Tira Dúvidas”
no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Na próxima lição veremos o controle linear e


circular de deslocamento para o
fresamento. Será que há diferenças também?
Verifique!

LIÇÃO 3 135
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 4

C ONTROLE LINEAR E CIRCULAR DE


DESLOCAMENTO

Pronto para continuar? Vamos lá!

Nesta lição você conhecerá as funções de interpolação linear


e circular usadas no Centro de Usinagem CNC para o
fresamento. Saberá reconhecer e utilizar as sintaxes que
devem ser utilizadas para programar as máquinas.

Você verá a seguir a aplicação e alguns exemplos de funções


já estudadas. Vai observar como elas funcionam e como
devem ser utilizadas para o fresamento.

FUNÇÃO G0 – APLICAÇÃO: MOVIMENTO


RÁPIDO (APROXIMAÇÃO E RECUO)

Os eixos movem-se para a meta programada com a maior


velocidade de avanço disponível na máquina. Veja a imagem
abaixo que representa o movimento do eixo:

136
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Para o fresamento utilizamos a seguinte sintaxe:

G0 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _

Sendo que:

X = coordenada a ser atingida;


Y = coordenada a ser atingida;
Z = coordenada a ser atingida;

Como você já estudou, a função G0 é um comando Modal.


Esta função cancela e é cancelada pelas funções G01, G02 e
G03. Lembre-se que para utilizá-la no fresamento é preciso
identificar os três eixos de coordenadas: X, Y e Z.

FUNÇÃO G01 – A PLICAÇÃO:


INTERPOLAÇÃO LINEAR ( USINAGEM
RETILÍNEA OU AVANÇO DE TRAB ALHO)
TRABALHO

Com essa função obtém-se movimentos retilíneos entre dois


pontos programados com qualquer ângulo calculado por
meio de coordenadas com referência ao zero programado e
com um avanço (F) predeterminado pelo programador.

Esta função, também Modal, cancela e é cancelada pelas


funções G0, G02 e G03.

LIÇÃO 4 137
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Veja a sintaxe utilizada para o fresamento:

G1 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ F_ _ _

Sendo que:

X = coordenada a ser atingida;


Y = coordenada a ser atingida;
Z = coordenada a ser atingida;
F = avanço de trabalho (mm/min).

Você quer ver um exemplo que utiliza as


funções citadas anteriormente? V amos
Vamos
ver como funciona a programação para o
fresamento!

Exemplo de acabamento utilizando comando Mach9:


Dispositivo A
;ACABAMENTO
N10 G99
N20 G90
N30 G17
N40 G71
N50 T5 M6
N60 O1 S4000 M3
N70 G0 X0. Y0. Z0.
N80 G1 Z-7. F300
N70 X10. Y10.
N90 X80.
N100 X100. Y40.
N110 X80. Y70.
N120 X60.
N130 X10. Y40.
N140 Y10.
N150 G0 X0. Y0.

138
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

N160 Z200.
N170 M5
N180 M9
N190 M30

Mas como seria esse exemplo se


utilizássemos o comando F anuc? V
Fanuc? ocê
Você
quer dar uma olhada?

Observe as linhas de programação dos dois exemplos e as


diferenças entre os comandos. Você verá que não são muitas
as divergências na programação apresentada.
(ACABAMENTO)
N10 G99 G90 G17 G21 G54
N20 G53 Z-110 H0
N30 T5 M6
N40 S4000 M3
N50 G43 G0 X0 Y0 Z0 H1

LIÇÃO 4 139
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

N60 G1 Z-7 F300


N70 X10 Y10
N80 X80
N90 X100 Y40
N100 X80 Y70
N110 X60
N120 X10 Y40
N130 Y10
N140 G0 X0 Y0
N150 G53 Z-110 H0
N160 M5
N170 M9
N180 M30

FUNÇÕES G02, G03 – APLICAÇÃO:


INTERPOLAÇÃO CIRCULAR

Essa função você ainda não havia visto. Ela executa operação
de usinagem de arcos predefinidos por meio de uma
movimentação apropriada e simultânea dos eixos. Pode-se
gerar arcos nos sentidos horário G2 e anti-horário G3,
permitindo produzir círculos inteiros ou arcos de círculo.

140
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Veja a sintaxe:

G2 / G3 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ I_ _ _ J_ _ _ K_ _ _ F_ _ _

Sendo que:

X ; Y; Z = posição final da interpolação;


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

I = centro da interpolação no eixo X; Entre um ponto e


outro; entre pólos.

J = centro da interpolação no eixo Y;


K = centro da interpolação no eixo Z;
Z = posição final do arco;
F = avanço de trabalho (opcional).

Para avançar nos seus estudos, vá para a


Lição 5 e compreenda como funciona a lógica
de repetição no fresamento. Lá você
encontrará exemplos para os comandos Fanuc
e Mach 9!

Lembre-se de sempre relaxar um pouco


antes de continuar! Isso ajudará no seu
desempenho!

LIÇÃO 4 141
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 5

L ÓGICA DE REPETIÇÃO

Nesta lição vamos estudar a lógica de repetição para o


fresamento!
As seqüências repetitivas na programação podem ser feitas na
forma de sub-rotinas. As sub-rotinas visam diminuir o número
de sentenças programadas por meio da otimização das linhas
programadas. Mas o que isso quer dizer?
Para a programação de uma sub-rotina são utilizadas as
funções auxiliares “H” “E” e “L” . É por meio da programação
com o uso dessas funções que os programas se tornam
otimizados. Veja em detalhes cada uma das funções a seguir
para entender melhor.

FUNÇÃO H – DESVIO INCONDICIONAL/


CHAMADA DE SUB - ROTINA

A função H (formato H4) instrui o controle a desviar para o


bloco que tem um número de seqüência (função N) igual ao
da função H. O controle executa os blocos começando pelo
número do bloco especificado juntamente com a função H e
continua até encontrar um M02 ou o último bloco da sub-
rotina especificado pela função E.

FUNÇÃO E – FIM DE UMA SEQÜÊNCIA/ FINAL


DE SUB - ROTINA

A função E (formato E4) especifica o bloco final da sub-


rotina. O último bloco da sub-rotina a ser executado será o
anterior ao especificado pela função E.

142
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

FUNÇÃO L – REPETIÇÕES DE BLOCO

A função L (formato L3), num bloco de dados, faz com que o


bloco seja executado L vezes. A função L pode ter um valor
de 0 a 255.

Você estudou as funcionalidades das funções utilizadas para


a sub-rotina. Mas e agora? Como essas linhas são
programadas? Veja alguns exemplos de repetição.

P ARA REPETIR MOVIMENTOS DE EIXOS

G01 X-25. L4

Essa linha de programação faz com que a máquina CNC


assuma o modo incremental (G91) e execute um movimento
de 25 mm. E, nesse caso, na direção negativa de X num total
de quatro vezes.

P ARA REPETIR UM SUBPROGRAMA

P5 L4

Essa linha executa o programa número 5 e repete a operação


quatro vezes.

P ARA REPETIR UMA SUB - ROTINA

H100 E200 L4

Veja que nesse caso, a máquina CNC executa uma sub-rotina


do bloco N100 até o bloco N200 num total de quatro vezes.

Observações: aconselhamos que a programação


inicial da sub-rotina seja no modo incremental. Isso

LIÇÃO 5 143
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

quer dizer que a programação da sub-rotina poderá


estar em qualquer ponto do programa, ou seja, no
início, no meio ou no fim. Não importa em qual ponto
esteja, pois no ato do desvio da programação, por meio
da função “H” o comando iniciará a execução da sub-
rotina.

Atenção: ao finalizar a sub-rotina pela


função “E”, a execução do programa volta
para a sentença imediatamente posterior.

Se a sub-rotina for programada sem a função “L”, o comando


executará apenas uma vez sua execução.

Após todas essas abordagens colocadas, veja um exemplo


prático do fresamento utilizando o comando Mach9.

Este exemplo tem como objetivo do programa aplicar G0,


G01, G02 e G03 somente como perfil final de
acabamento. Com isso, aplicamos as funções “H, E, L” na
montagem da sub-rotina de desbaste do perfil. Observe
atentamente e veja como ficou:

Exemplo:
PROGRAMA DE USINAGEM:
DESENHO DA PEÇA:

G99
G90
G71
G17
N1T01 M06 ; FRESA_10_MM
O01 S2000 M03
G0 X –10. Y – 10.
Z10.
G1 Z 0
F1000 M8

144
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

N80 ; (Bloco inicial da sub-rotina).


G1 z – 4. F500 ; (Penetração incremental).
G42 ; (Compensação à direita).
G1 Y0 F300
X 88.
G3 X 100. Y 12. I 88. J 12.
Y 30.
G2 X 85. Y 45. I 100. J 45.
Y 55.
G3 X 70. Y70. I 70. J 55.
X 10.
G3 X 0 Y 60. I 10. J 60.
Y – 10.
G40 ; (Descompensação).
G1 X – 10. M9
N90 ; (Bloco final da sub-rotina).
H 80 E90 L4 ; (Sub-rotina).
G0 Z 10.
G0 Z200. M5
M30

LIÇÃO 5 145
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Agora que você viu um programa com o


comando Match9, deve estar se
perguntando como funciona com um
comando F anuc
anuc.. V
Fanuc amos ver?
Vamos

Para a lógica de repetição utilizando o comando Fanuc,


emprega-se sub-programa conforme exemplo abaixo:

(SUBPROG.) (PROG. PRINCIPAL)


G91 G99 G90 G17 G21 G54
G1 Z-1 G53 Z-110 H0
G90 T1 M6
G0 X-20 Y-20 M3 S4000
G41 X0 Y0 D1 G0 X-20 Y-20
X0 Y50 G43 G0 Z5 H1
X100 Y50 G1 Z0 F1000 M8
X100 Y0 M98 P00100064
X0 Y0
G40 G0 X-20 Y-20
M99

146
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

A linha de programação P00100064 refere-se ao seguinte:

0010 = número de repetições do ciclo;


0064 = número do programa na máquina na qual
está inserido o sub programa.

Você passou da metade do último desafio a


distância do curso. Parabéns! Caso esteja
atrasado nos estudos, lembre-se de otimizar o
tempo.

Agora passe à Lição 6 para revisar ciclos de usinagem e


também verificar como esses ciclos funcionam no fresamento!

LIÇÃO 5 147
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 6

C ICLOS AUTOMÁTICOS DE USINAGEM

Nesta lição você verá os dois importantes ciclos de usinagem


para o fresamento. Esse conteúdo é necessário para a
compreensão dos processos durante a usinagem da peça para
o fresamento.

Aproveite para adiantar os estudos!

G81 CICLO DE FURAÇÃO SIMPLES


( COMANDO M ACH 9/
9/FF ANUC )

A função G81 possibilita a execução de operações de furação


simples em que há necessidade de um tempo de
permanência da ferramenta parada. Esse ciclo faz uso de uma
velocidade de avanço predeterminada para a usinagem (F) e
também caso necessário um avanço para a retração da
ferramenta (V) até o plano R (P=0) ou Z inicial (P¹0).

Como todo ciclo fixo, G81 é Modal. Ele permanece em efeito


até ser cancelado por G80 ou sobreposto por outro ciclo fixo,
que atuará automaticamente após um subseqüente
movimento rápido (G0).

Veja abaixo como construir a sintaxe da programação:

G00 Z.. (Posicionamento Z inicial.)

G81 Z.. (R..) (F..) (V..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de
furação.)

G80 (Cancelamento do ciclo.)

148
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

G82 CICLO DE REBAIXAR (COMANDO


M ACH 9)

A função G82 possibilita a execução de operações de


alargamento, rebaixamento ou operações de furação em que
há necessidade de um tempo de permanência da ferramenta
parada. Esse ciclo faz uso de uma velocidade de avanço
predeterminado para a usinagem (F) e também, caso
necessário, um avanço para a retração da ferramenta (V) até o
plano R (P=0) ou Z inicial (P¹0).

Como todo ciclo fixo, G82 é Modal. Ele permanece em efeito


até ser cancelado por G80 ou sobreposto por outro ciclo fixo,
que atuará automaticamente após um subseqüente
movimento rápido (G00).

G00 Z.. # (Posicionamento Z inicial.)

G82 Z.. (R..) (F..) (V..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de
rebaixar.)

G80 # (Cancelamento do ciclo.)

R ELEMBRANDO TERMOS PARA ENTENDER AS


FUNÇÕES

Veja os significados de cada sintaxe colocada nas funções


anteriores e perceba as particularidades dos ciclos
automáticos para o fresamento. Mesmo que alguns elementos
da sintaxe você já saiba quais são as suas funcionalidades,
faça a revisão a seguir, na qual também colocamos alguns
termos novos.

Z – profundidade máxima (Z final).


R – plano rápido (plano de referência para início do
ciclo com avanço de usinagem), seu valor é dado em
relação ao zero da peça.

LIÇÃO 6 149
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

F – avanço de trabalho (velocidade de avanço de


usinagem a partir do plano R até a profundidade
máxima – Z final).

Obs.: caso “F” não seja programado, o comando


○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
assume o valor default conforme página de controle
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

O termo default , (geralmente F default = 2.500 mm/min).


palavra inglesa, é
utilizado para
significar o valor
V – avanço de saída (velocidade de avanço de
padrão nesse caso. retração da profundidade máxima – Z final –, até
plano R (P=0), ou Z inicial – P¹0.

Obs.: caso “V” não seja programado, o comando


assume movimento rápido na retração da ferramenta.
P – retração da ferramenta (se “P” não for programado
ou programado com valor igual a zero, a retração se
dará até o plano R. Se “P” for programado com um
valor diferente de zero – de 1 a 250 –, a retração se dará
em velocidade de avanço “V” até o plano R, depois
assume avanço rápido até Z inicial).
D – tempo de permanência em segundos (0,01 a
99,99) da ferramenta parada na profundidade
máxima (Z final) antes que ocorra a retração.
X – coordenada no eixo “X” que será efetuada antes
da execução do ciclo (esse movimento pode ser
absoluto ou incremental, rápido ou velocidade de
avanço, porém somente no modo rápido (G00) o
ciclo atuará imediatamente após o movimento, caso
contrário o ciclo não atuará).
Y – coordenada no eixo “Y” que será efetuada antes
da execução do ciclo (esse movimento pode ser
absoluto ou incremental, rápido ou em velocidade de
avanço, porém somente no modo rápido (G00) o
ciclo atuará imediatamente após o movimento, caso
contrário o ciclo não atuará).

150
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Após esta abordagem, é ideal que você


continue na próxima lição sem pausar. Caso
não seja possível, quando voltar a estudar
passe um olhar sobre esta lição antes de
seguir direto para a próxima. A Lição 7 é a
continuação dos ciclos de usinagem para o
fresamento. Bons estudos!

LIÇÃO 6 151
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

LIÇÃO 7

C ICLOS AUTOMÁTICOS DE USINAGEM


– C ONTINU AÇÃO
ONTINUAÇÃO

Vamos continuar? Nesta lição você vai ver mais duas funções
com o comando Mach9 para descarga e roscamento. Caso
você esteja começando esta lição e não se lembra da anterior,
recomendamos que volte e passe o olhar nos ciclos
anteriores. E se você lembra de tudo, siga em frente!

G83 CICLO DE FURAÇÃO COM DESCARGA


( COMANDO M ACH 9)

A função G83 possibilita a execução de operações de furação


em que há necessidade de uma retração da ferramenta para
quebra e remoção do cavaco. Esse ciclo faz uso de uma
velocidade de avanço predeterminada para a usinagem (F) a
partir do o plano R, e uma velocidade rápida para retração
até plano R (P=0) ou Z inicial (P ¹0).

Como todo ciclo fixo, G83 é Modal. Ele permanece em efeito


até ser cancelado por G80 ou sobreposto por outro ciclo fixo,
que atuará automaticamente após um subseqüente
movimento rápido (G00).

G00 Z.. # (Posicionamento Z inicial)

G83 Z.. (R..) (F..) I.. (J..) (K..) (W..) (U..) (P..) (D..)
X.. Y.. # (Ciclo de furação)

G80 # (Cancelamento do ciclo)

152
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Ilustração com retração simples:

G83 Z.. (R..) I.. (F..) (D..) #

Ilustração com retração para quebra e remoção de cavaco

G83 Z.. (R..) (F..) I.. (J..) (K..) (W..) (U..) (P..) (D..) X.. Y.. #

LIÇÃO 7 153
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

G84 CICLO DE ROSCAMENTO (COMANDO


M ACH 9)

A função G84 possibilita a execução da operação de


roscamento à direita em furos com macho para roscar,
utilizando uma velocidade de avanço predeterminada. Ao
atingir a profundidade máxima, automaticamente o comando
inverte o sentido de giro do eixo-árvore e efetua a retração da
ferramenta também em velocidade de avanço até o plano R
(P=0) ou Z inicial (P¹0).

Como todo ciclo fixo, Modal, G84 permanece em efeito até


ser cancelado por G80, ou sobreposto por outro ciclo fixo,
que atuará automaticamente após um subseqüente
movimento rápido (G0).

G00 Z.. (Posicionamento Z inicial.)

G84 Z.. (R..) (F..) (P..) (D..) X.. Y.. # (Ciclo de


roscar com macho.)

G80 (Cancelamento do ciclo.)

Novamente, para entender as funções anteriores, devemos


relembrar os termos e suas funcionalidades.

Z – profundidade máxima (Z final).


X – coordenada no eixo “X” que será efetuada antes
da execução do ciclo (esse movimento pode ser
absoluto ou incremental, rápido ou velocidade de
avanço, porém somente no modo rápido – G00 – o
ciclo atuará imediatamente após o movimento, caso
contrário o ciclo não atuará).
Y – coordenada no eixo “Y” que será efetuada antes
da execução do ciclo (este movimento pode ser
absoluto ou incremental, rápido ou velocidade de
avanço, porém, somente no modo rápido – G00 – o
ciclo atuará imediatamente após o movimento, caso
contrário o ciclo não atuará).

154
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

R – plano rápido (plano de referência para início do


ciclo com avanço de usinagem).
F – avanço de trabalho (velocidade de avanço de
usinagem a partir do plano R até a profundidade
máxima – Z final).

Obs.: caso “F” não seja programado, o comando assume


o valor default conforme página de controle (geralmente F
default = 2.500 mm/min).
I – valor de primeiro incremento de profundidade a
partir do plano R (obrigatório).

Obs: se J e K não forem programados, o valor de “I” será


um incremento constante.
J – valor incremental a ser subtraído do último
incremento de profundidade para se obter o próximo
incremento de profundidade, até atingir o valor mínimo
de profundidade “K”.
K – valor mínimo de incremento de profundidade, que
ao ser atingido permanece em efeito até a profundidade
máxima (Z final).
W – incremento de retração para quebra de cavaco, no
sentido positivo de Z.

Obs: se “W” não for programado o comando assume um


valor default de 1 mm.
U – Incremento de retração para descarga de cavaco até
o plano “R”.
P – retração da ferramenta (se “P” não for programado
ou programado com valor igual a 0 (zero), a retração se
dará até o plano R. Se “P” for programado com um
valor diferente de zero – de 1 a 250 –, a retração se dará
em velocidade de avanço rápido até Z inicial).
D – tempo de permanência em segundos (0,01 a
99,99) da ferramenta parada na profundidade
máxima (Z final), antes que ocorra a retração.

LIÇÃO 7 155
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Você finalizou esta lição!

Você está quase ao fim desse desafio e desta


etapa a distância do curso. A próxima lição
será a última e abordará a compensação do
raio de corte
corte. Ao finalizá-la, realize suas
atividades.

Lembre-se
Lembre-se, caso você tenha alguma
dúvida relacionada ao conteúdo desta lição ou
outro anterior, vá ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem e envie para o seu tutor a sua
pergunta pelo “Tira Dúvidas”.

156
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

LIÇÃO 8

C OMPENSAÇÃO DO RAIO DE CORTE

Você chegou à última lição desta etapa a distância do curso!


Após cumprir esta lição você estará pronto para praticar nas
aulas presenciais do Desafio 5.

Assim como você também estudou em lições do Desafio 3,


esta lição fará com que você conheça a aplicação da
compensação de raio de ferramenta em um programa CNC,
mas, neste desafio, você verá isso para o fresamento. Ou seja,
você conhecerá algumas funções essenciais no fresamento
para a compensação. Descubra como elas são utilizadas.

FUNÇÕES G40, G41 E G42

Aplicação: compensação de raio de ferramenta.

A compensação de raio de ferramenta permite corrigir a


diferença entre o raio da ferramenta programado e o atual,
por meio de um valor inserido na página de corretor de
ferramenta.

Veja a explicação de cada função:

G40 = desligar a compensação de raio da ferramenta;


G41 = ligar a compensação de raio da ferramenta,
quando a mesma trabalha à esquerda do perfil;
G42 = ligar a compensação de raio da ferramenta,
quando a mesma trabalha à direita do perfil.

LIÇÃO 8 157
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

Para o cálculo dos percursos da ferramenta o comando


necessita das seguintes informações: T (número da
ferramenta) e O (número do corretor).

Para ligar ou desligar a compensação de raio da ferramenta


G40, G41 ou G42 é preciso programar um comando de
posicionamento com G0 ou G1, com movimento de pelo
menos um eixo (preferencialmente os dois).

Vamos ver um último exemplo?

Veja a ilustração a seguir e os respectivos dados para cálculo:

Dados para cálculo:


fresa diâmetro = 12 mm;
Z = 4 dentes;
VC = 50 m/min;
fz = 0,07 mm.

158
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

O programa em comando Mach9 fica como a seguir:


EXE01 (Comando Mach9)
N10 ; ACABAMENTO
G99
G90
G17
G71
G0 Z200.
T1 M6 ; FRESA DE DIÂMETRO 12
O1 S4000 M3
N60 G0 X-20. Y-20.
G0 Z5.
N70 G1 Z-10. M8 F370
N90 G42
N100 G1 X0. Y0.
G1 X88. Y0.
G3 X100. Y12. I88. J12.
G1 X100. Y30.
G2 X85. Y45. I100. J45.
G1 X85. Y55.
G3 X70. Y70. I70. J55.
G1 X10. Y70.
G3 X0. Y60. I10. J60.
G1 X0. Y0.
G40
G0 X-20. Y-20.
G0 Z200. M9
M5
M30

Chegou quase no fim? Então é hora de testar seus


conhecimentos.

Pratique o que você estudou realizando as atividades abaixo,


pois elas lhe auxiliarão a responder as perguntas de
avaliação que se encontram no Ambiente Virtual de
Aprendizagem deste desafio.

LIÇÃO 8 159
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

DESAFIE O SEU CONHECIMENTO !

Preparamos oito questões para que você pratique seu


aprendizado! Resolva, e posteriormente vá ao Ambiente
Virtual de Aprendizagem, lá você terá acesso às respostas.
Vamos lá?

1. Qual é o eixo que normalmente se refere às medidas


na direção vertical da ferramenta?

2. Para utilizar a programação com o sistema de


unidades em milímetros, a função no comando Mach9
é G71, já no Fanuc qual é?

160
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

3. Qual é a função que é utilizada para executar uma


operação de usinagem de arco no sentido horário?

4. Onde está localizado o ponto zero da máquina?

5. Escreva a linha de programação que serve para repetir


uma sub-rotina utilizando o comando Mach9.

DESAFIE SEU CONHECIMENTO! 161


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

6. Escreva a função que é utilizada na usinagem de uma


ferramenta para compensação de raio e que a ferramenta
trabalhe à direita do perfil.

7. Quais são as funcionalidades e aplicações da função


G17?

8. O fresamento utiliza três eixos, diferente do torneamento


que utiliza apenas dois. Cite quais são esses três eixos e
aponte qual deles é exclusivo.

162
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

Parabéns por ter completado todas as etapas!


Esperamos que as oito lições deste último
desafio quatro tenham atingido o objetivo
esperado, que é contribuir no seu processo de
aprendizagem para sua prática do dia-a-dia.

Faça mais uma visita à Biblioteca do Ambiente Virtual de


Aprendizagem e pesquise sobre as curiosidades preparadas
para este desafio. Lembrando que para ser um programador
competente você deve estar sempre atualizando e
aprimorando seus conhecimentos, assim como também deve
estar continuamente atento às novidades!

Bons estudos e boa prática para o Desafio 5!

DESAFIE SEU CONHECIMENTO! 163


PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE DOCENTES – METAL MECÂNICA

G LOSSÁRIO

Magazine – faz uma função similar à torre do


torneamento, só que o magazine é utilizado na máquina
do fresamento.
Interpolação – entre um ponto e outro; entre pólos.
Discovery – Modelo de máquinas fabricadas pela ROMI,
que serão utilizadas no curso.

164
TECNOLOGIAS APLICADAS E COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO – DESAFIO 4

B IBLIOGRAFIA

Manual de Programação e Operação CNC


SIEMENS 810.
Manual Técnico de Usinagem. Sandvik Coromant
MACHADO, A. Comando Numérico aplicado às
máquinas-ferramenta. 2 ed. São Paulo: Ícone, 1987.
Manual de Programação e Operação CNC ROMI
MACH9.

GLOSSÁRIO E REFERÊNCIAS 165


DEB’MAQ DO BRASIL LTDA
Rod. Fernão Dias, Km 909 – Bairro dos Prados
37650-000 - Camanducaia - MG
Fone: 11 3433.8310
www.debmaq.com.br
processos@debmaq.com.br

Ciclo de Desbaste Longitudinal

%
O0013(APOST EX3);
G40 G21;
G53 X0 Z200;
G54 ;
T0101(FERR DESB);
G92 S2500;
G96 S200;
G00 X74. Z0. M3;
G01 X-1.6 Z0. F0.2;
G00 X70. Z2.;
G71 U2. R1.;
G71 P10 Q20 U1. W0.2 F0.25;
N10 G00 X14.; (PARA VERSÃO MATE, PROGRAMAMOS SOMENTE O EIXO X, NO PRIMEIRO BLOCO DO PERFIL)
G01 X14. Z0.;
G01 X20. Z-3.;
G01 X20. Z-30. , R4.;
G01 X60. Z-36. , R5.;
G01 X60. Z-50.;
N20 G01 X70. Z-50.;
G00 X150. Z150.;
G54;
T0202(FERR ACABAM);
G92 S3000;
G96 S250;
G00 X70. Z2. M3;
G42;
G70 P10 Q20 F0.1;
G40;
G00 X150. Z150.;
M30
%

1
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Fone: 11 3433.8310
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Ciclo de Rosca

%
O0014(APOST EX4) G00 X150. Z150.;
G40 G21; G54;
G53 X0 Z200; T0303(FERR CANAL);
G54; G92 S1000 ;
T0101(FERR DESB); G96 S100 M3;
G92 S2500; G00 X24. Z-30.;
G96 S200; G01 X12. Z-30. F0.08;
G00 X74. Z0. M3; G04 U2(TEMPO DE ESPERA– 2 SEG);
G01 X-1.6 Z0. F0.2; G00 X24. Z-30.;
G00 X70. Z2.; G00 X24. Z-29.;
G71 U2. R1.; G01 X12. Z-29.
G71 P10 Q20 U1. W0.2 F0.25; G04 U2(TEMPO DE ESPERA– 2 SEG);
N10 G00 X16.; G00 X24. Z-29.;
G01 X16. Z0.; G00 X150. Z150.;
G01 X20. Z-2.; G54;
G01 X20. Z-34.; T0404(FERR ROSCA);
G02 X30. Z-39. R5.; G97 S800 M3;
G01 X48. Z-39.; G00 X24. Z6.;
G03 X60. Z-45. R6.; G76 P020060 Q100. R0.05;
G01 X60. Z-54.; G76 X17.4 Z-28. R0. P1300. Q250. F2.;
N20 G01 X70. Z-54.; G00 X200. Z100.;
G00 X150. Z150.; M30;
G54; %
T0202(FERR ACABAM);
G92 S3000;
G96 S250;
G00 X70. Z2. M3;
G42;
G70 P10 Q20 F0.15;
G40

2
DEB’MAQ DO BRASIL LTDA
Rod. Fernão Dias, Km 909 – Bairro dos Prados
37650-000 - Camanducaia - MG
Fone: 11 3433.8310
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Ciclo de Desbaste e Rosca (Interno)

%
G00 X150. Z150. M5;
O0015(APOST EX5);
G54;
G40 G21;
T0505(FERR DESBASTE INTERNO);
G53 X0 Z200;
G92 S2000;
G54;
G96 S180 M3;
T0101(FERR DESB EXTERNO);
G00 X20. Z2.;
G92 S2500;
G96 S200; G71 U1.5 R1.;
G71 P30 Q40 U-1. W0.1 F0.2;
G00 X84. Z0. M3;
N30 G00 X51.4;
G01 X-1.6 Z0. F0.2;
G01 X51.4 Z0.;
G00 X72. Z2.;
G01 X47.4 Z-2.;
G42;
G01 X47.4 Z-24.;
G01 X84. Z-4.;
G01 X40. Z-29.;
G40;
G01 X40. Z-50.;
G01 X87. Z-4.;
G01 X24. Z-50.;
G00 X150. Z150.;
G01 X24. Z-62.;
G54;
N40 G01 X20. Z-62.;
T0707(FERR BROCA CENTRO);
G54;
G97 S1000 M4;
T0606(FERR ACABAMENTO INTERNO);
G0 X0. Z2.;
G92 S1500;
G01 X0. Z-8. F0.09;
G96 S200 M3;
G00 Z10.;
G00 X20. Z2.;
G00 X150. Z150.;
G41;
G54;
G70 P30 Q40 F0.08;
T0808(FERR BROCA DIAM 20MM);
G97 S500 M4; G40;
G0 X0. Z2.; G00 Z10.;
G00 X150. Z150.;
G83 Z-65. R2. Q5000. F0.1;
G00 Z10.;
3
DEB’MAQ DO BRASIL LTDA
Rod. Fernão Dias, Km 909 – Bairro dos Prados
37650-000 - Camanducaia - MG
Fone: 11 3433.8310
www.debmaq.com.br
processos@debmaq.com.br

G54;
T0707(FERR ROSCA INTERNA);
G97 S800 M4;
G00 X45. Z5.
G76 P020260 Q100. R0.05;
G76 X50. Z-20. R0. P1300. Q300. F2.;
G00 Z10.;
G00 X150. Z150.;
M30;
%

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