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Elaborado por:
Carlos Alberto Alves
Introdução
Para que na fabricação de embalagens, estas se adeqúem ao uso
esperado e simultaneamente provoquem o menor dano ou impacte
ambiental, é de vital importância um bom design.
Nos últimos anos é mais ou menos claro, o esforço feito por muitas
empresas no re-design (designe de) das embalagens para a obtenção de
economias que por vezes são significativas.
No entanto, através deste esforço, conseguem-se cumprir dois outros
desideratos, como seja a redução dos impactes ambientais causados pela
deposição ou destino final destas embalagens e simultaneamente o
cumprimento da regulamentação mais recente, sobretudo a Europeia
sobre a minimização da geração deste tipo de resíduos.
Assim, o objectivo desta brochura é o de ajudar, quer os gestores quer os
designers a dedicarem a este tema uma atenção especial e, levá-los a
adoptar uma abordagem que conduza á redução dos custos e dos
respectivos impactes ambientais.
Do ponto de vista da gestão, existem vários factores que são por si só
moderadores, para a implementação destas medidas conducentes á
introdução de melhoramentos.
As pressões ambientais sentidas nas empresas, exercidas pelas
entidades publicas (Ministério do Ambiente e outros) e a cada vez maior
sensibilidade do consumidor a par dos benefícios associados através da
adopção de uma política errada para o ambiente são determinantes para
esta nova abordagem.
No entanto, para que esta abordagem possa ser bem sucedida, é
determinantes que os gestores estejam conscientes da necessidade de
se comprometerem quer como o staff quer com os recursos necessários
ao processo para fazer face a esta filosofia.
O projecto de embalagens, tem hoje ao seu dispor uma série de
ferramentas que o podem ajudar duma formas efectiva nesse processo de
concepção.
Nas páginas a seguir, iremos das apenas algumas dicas, bem como
evidenciar algumas vantagens sobre a utilização destas técnicas, e ainda
sobre alguns problemas relacionados com o seu uso.
A intenção é a de percorrermos todo o ciclo desde o design á minimização
da utilização de matérias primas, a reciclagem, a reutilização, a redução
do uso de substâncias consideradas perigosas até á concepção adequada
a uma deposição final com os menores problemas associados.
Índice
Introdução ............................................................................................... 4
Índice ....................................................................................................... 6
O Design e as Embalagens .................................................................... 9
A embalagem e a concepção ............................................................ 10
A adequação ao uso .......................................................................... 12
A concepção da embalagem e o Ambiente. .................................... 14
O impacte ambiental das embalagens ......................................... 14
O Eco-design .................................................................................. 15
Motivações para melhorar ............................................................. 16
Os benefícios do eco-design ......................................................... 17
O processo de Eco-design de embalagens .................................. 18
Algumas questões de gestão importantes ......................................... 22
Compromisso e estratégia................................................................ 22
Sobre o design e as especificações................................................. 22
A cadeia de fornecimento ................................................................. 23
Gestão ambiental e a tomada de decisão ........................................ 24
Gestão do ciclo de vida........................................................................ 25
Ferramentas e métodos para o Eco-design..................................... 27
Geração e selecção de ideias ........................................................... 27
Métodos de comparação simples .................................................... 29
Ferramentas para a gestão do ciclo de vida.................................... 30
O detalhe do design .......................................................................... 31
A redução de substâncias perigosas nas embalagens ..................... 32
O Design como recurso da minimização ............................................ 33
O design usando materiais renováveis ou reciclados....................... 35
Sobre o vidro: ....................................................................................... 36
O design de embalagens para reutilização ........................................ 37
Questões relacionadas com a reutilização: ....................................... 37
O design da embalagem para reciclagem e compostagem............... 38
Materiais simples e polímeros compatíveis .................................... 39
Minimize a contaminação ................................................................. 39
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O Design e as Embalagens
Para que na fabricação de embalagens, estas se adeqúem ao uso
esperado e simultaneamente provoquem o menor dano ou impacte
ambiental, é de vital importância um bom designe.
Nos últimos anos é mais ou menos claro, o esforço feito por muitas
empresas no re-design (design de) das embalagens para a obtenção de
economias que por vezes são significativas.
Nas páginas a seguir, iremos das apenas algumas dicas, bem como
evidenciar algumas vantagens sobre a utilização destas técnicas, e ainda
sobre alguns problemas relacionados com o seu uso.
Nos últimos anos, são muitas as empresas que tem dedicado uma
atenção especial ás embalagens, conseguindo dessa forma economias
consideráveis e, simultaneamente, dessa forma aproximam-se do
cumprimento da legislação sobre esta matéria.
A adequação ao uso
A embalagem deve ser adequada ao fim a que se destina ou, por outras
palavras, deve ser de modo a cumprir os requisitos que lhe são exigidos,
devendo ao mesmo tempo dar cumprimento ao requesito de usar o
mínimo de embalagem possível para cumprir essas funções, que são as
seguintes:
Isto normalmente significa que, na maior parte dos casos, estas tenham
que ser rígidas e fortes para resistir a:
O Eco-design
A concepção para o ambiente ou eco-design, pode ser definida como
sendo – “a necessidade de levar em conta as implicações ambientais, no
produto e na embalagem, por forma a reduzir os impactos negativos
durante o seu ciclo de vida, procurando manter ou melhorar as suas
performances e o seu valor de mercado”.
A evolução que é patente nesta área, ao longo dos últimos anos,
demonstra que muito tem sido feito, sobretudo motivado pela necessidade
de economizar nos custos de embalagens. Muito deste esforço tem sido
dirigido para a redução de peso, e este facto é patente em termos gerais
nas seguintes estatísticas:
• O peso médio das garrafas de vidro reduziu-se em cerca de 30 %
desde 1980.
• A espessura dos sacos dos supermercados tem vindo a reduzir,
atingindo os 45% menos, no mesmo período de tempo.
• Nos pacotes de sumos, em cartão, a utilização de uma folha de
alumínio conduziu a uma redução de cerca de 30 % na espessura e
a uma maior rigidez da embalagem.
• È cada vez menor a quantidade de plástico necessário para embalar
a mesma quantidade de produto graças não só aos materiais
usados mas também graças á tecnologia envolvida (multilayer).
Detalhes do design
• Desenvolvimento de especificações detalhadas
• Discussão das especificações com clientes e
fornecedores e refinar as mesmas
Estimar os efeitos ambientais das opções de design
• Levar a cabo a engenharia do produto
Continua
Testes e afinações
• Desenvolver protótipos
• Testar os protótipos
• Obter o feedback dos clientes e fornecedores
Verificar se os objectivos ambientais ainda são os definidos inicialmente
Testes e afinações
• Design final na engenharia e fabrico
A cadeia de fornecimento
A gestão da cadeia de fornecimento, deverá trabalhar com clientes e
fornecedores, devendo ser feito um esforço de envolvimento destes, por
duas razões:
• Estes (fornecedores e clientes), devem ser influenciados e
motivados;
• Para não se desperdiçar tempo e recursos com aspectos que estão
para além das possibilidades da empresa.
Por exemplo, supondo que o produto é executado a partir da extracção de
um mineral, a empresa pode considerar que os aspectos relacionados
com essa extracção estão fora da sua área de influência e controlo. No
entanto ela pode enviar sinais fortes ao mercado, através da exigência de
dados ambientais ao seu fornecedor e mesmo considerando a hipótese de
troca de materiais. A obtenção de dados sobre a embalagem, dos seus
fornecedores é crucial, quer para o processo de design, quer para cumprir
as obrigações legais, ao abrigo da legislação sobre embalagem e
resíduos de embalagem.
Reduzir impactos
5
Usar menos 6
recursos
10
Optimizar a
funcionalidad 8
Reduzir o impacto ambiental 9 e em serviço
na deposição
Grau ou
Tipo de Forma ou
estrutura do
material volume
material
Melhorias
no design
Factor 3x 3x 5x
1
O bencmark é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho de
organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas, com a finalidade de introduzir
melhorias na organização.
Novo conceito
Ex: Sistema de enchimento
8
10
9
8
7
6
5 4
3 2 Materiais com baixa
Reutilização 6 2 perigosidade
Eficiência no transporte
5 3 Materiais com baixo peso
(forma / volume)
4
Baixo teor de resíduos e
emissões na produção
2
Ver em Anexo notas sobre as Normas ISSO, relativas a este tema.
O detalhe do design
O detalhe do design pode geralmente ser baseado no detalhe das
especificações, que acompanham o conceito de desenvolvimento do
produto. A complexidade das considerações envolvidas nesta análise,
frequentemente requer o auxílio de computadores equipados,
normalmente com software de desenho (CAD/CAM). Estes pacotes de
software permitem a visualização em 3D, dos conceitos da embalagem e
em alguns casos este software podem mesmo integrar o software de ACV.
No caso dos plásticos e do vidro, utiliza-se a análise do fluxo de
alimentação (mold flow analysis), através da qual se podem obter um
melhor conhecimento de como o material se move no interior do molde e
onde é que a espessura da parede deve ser mais grossa ou mais fina e
3
Alguns das referências conhecidas encontram-se nas páginas finais sobre a forma de Anexo
Minimize a contaminação
• Evite usar colorantes nas embalagens de plástico sempre que for
possível. Evite juntar plásticos de cores diferentes na mesma peça,
quando a conceber, uma vez que isso limita as potencialidades da
reciclagem;
• Minimize o uso de tintas, adesivos e outros acabamentos, uma vez
que geralmente eles precisam de ser removidos antes do processo
de reciclagem;
Anexos
A Eco-etiqueta
A International Standards Organisations (ISO) distingue três principais
abordagens para uma empresa adoptar o uso da eco-label:
d. Conteúdo reciclável;
e. Consumo de energia reduzido;
EcoIndicator 99
IdeMat (base de dados de materiais)
SimaPro5;
EcoScan;
Eco-IT.