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29 DE NOVEMBRO DE 2017

TÉCNICA DAS CHAVES PERDIDAS


Pessoas tem maior probabilidade de devolução de chaves
destinadas à instituição social do que de financeira?

Givonete Oliveira e Silva RGM:17959900


Marlene Ferreira da Silva RGM: 18342221
Silvânia Aparecida Moreira RGM:18350755
Vânia Aparecida Alves RGM:17841682
William Rodrigues dos Santos Brito RGM: 17868688
Introdução

O objetivo do estudo é apresentar uma avaliação do comportamento de ajuda de

indivíduos comuns, frequentadores de ambientes com grande movimentação de pessoas,

onde será utilizado a técnica da chave perdida, que consiste em deixar cair no chão, chaves

etiquetadas e identificadas com nomes e telefones de instituições sociais e instituições

financeiras privadas, nos quais todas as empresas são fictícias. A previsão do resultado é

que, a pessoa que encontrar uma chave caída no chão, se solidarize e se disponha a ajudar,

ligando ou mandando uma mensagem no telefone informado na etiqueta, para devolução

à suposta empresa. Será verificado o comportamento pró-social das pessoas, que é

qualquer ato realizado para beneficiar outra pessoa. Foi usado como base, um estudo

semelhante realizado por Stanley Milgram (1969), com a “técnica da Carta Perdida”, na

qual foram feitas algumas modificações para replicar o estudo.

Pode-se destacar como possibilidade de ajuda o comportamento motivado pelo

altruísmo, fazer sacrifícios pessoais para proporcionar um benefício ao próximo, sem

receber vantagens. No estudo pode haver o custo de uma ligação, a pessoa precisará ligar

para devolver as supostas chaves perdidas. Segundo Aronson altruísmo “o desejo de

ajudar outra pessoa mesmo que isso envolva custo para quem ajuda” (2015, p. 474).

O comportamento altruísta pode estar baseado no interesse pessoal. Segundo a

teoria da troca social, o que se faz vem da vontade de potencializar as recompensas e

reduzir os custos sociais. Ao ajudar o indivíduo pode receber algum tipo de recompensa,

como a aprovação perante a sociedade (Aronson, 2015).

A hipótese de empatia-altruísmo foi testada diversas vezes em diferentes

situações. Quando se sente empatia e compaixão pelas pessoas, podem ser aumentadas as

chances de se ajudar, pois colocando no lugar da outra pessoa, experimenta as emoções


vividas por ela (Aronson, 2015). Pode-se haver uma maior empatia com as instituições

de caridade, pois uma instituição financeira privada visa lucros, nem sempre tem

compromisso com a responsabilidade social, a perda de uma chave poderia ser resolvida

rapidamente, dinheiro não seria o problema para a empresa, já a instituição de caridade,

sobrevive de arrecadações e doações, na maioria das vezes com orçamento limitado.

Nesse caso, podendo ser testado o comportamento pró-social.

Para ações pró-sociais, podemos citar a teoria da norma da reciprocidade, a

perspectiva de ajudar alguém, aumenta a possibilidade de receber algum tipo de volta no

futuro. Se alguém ajuda, a outra pessoa sente gratidão, o que pode vir a retribuir

posteriormente, o sentimento causado da emoção como sugere Aronson “sentimentos

positivos causados pela percepção de que fomos ajudados pelos outros, se desenvolveu

para regular a reciprocidade” (2015, pag. 476).

Há chances de devolução das chaves quando se tem os efeitos dos estados de

humor positivo: Sentir-se bem, fazer o bem. Estar de bom humor pode aumentar a ajuda

pelo bom ânimo nos faz olhar o lado positivo da vida, quando está se sentindo alegre. De

acordo com Aronson “ajudar as outras pessoas é uma excelente forma de prolongar o bom

humor. Em comparação, o ato de não ajudar, quando sabemos que deveríamos, é um

desmotivador infalível, murchando nosso bom humor” (2015, pag.487).

Pessoas tem maior probabilidade de devolução de chaves que são destinadas à

instituição social do que financeira? Baseado nas argumentações apresentadas, a hipótese

do resultado do estudo é que, serão devolvidas uma quantidade maior de chaves das

instituições sociais, no qual seriam mais ajudadas, do que das Instituições financeiras

privadas.
Método

Procedimento

No presente estudo, o objeto perdido foi um par de chaves com uma etiqueta

contendo nome e telefone de instituições fictícias. A simulação ocorreu na medida em

que foram deixando cair as chaves em locais com grande circulação de pessoas, como

entradas e saídas dos estabelecimentos, banheiros, quadras comerciais, praças de

alimentação entre outros diferentes e movimentados locais. Evitou-se deixar cair nos

locais menos movimentados, como atrás de uma pilastra ou atrás de uma loja. Evitou-se

também que as pessoas percebessem quando as chaves fossem deixadas cair

propositadamente. A distribuição ocorreu em dias úteis, no mês de novembro de 2017.

Os locais escolhidos para a perda das chaves foram, Shoppings e a Rodoviária do

Plano Piloto, onde há uma movimentação muito grande de pessoas, foi escolhida também

a cidade de Sobradinho-DF, distribuídas nas quadras comerciais, Shopping, paradas de

ônibus, e em seus arredores, pois a população é menor, será verificado a possibilidade das

pessoas de uma cidade pequena tem maior probabilidade de devolução das chaves do que

as de uma cidade grande.

Instrumentos

Foram utilizadas 160 pares de chaves comuns, etiquetadas com números de telefones de

2 instituições sociais e 2 instituições financeiras privadas.

Para as instituições sociais foram utilizadas, 40 pares de chaves foram com etiquetas em

nome do “Projeto Creche Tia Lú (figura 1)” que foram distribuídas em Sobradinho, 40

com etiquetas em nome da “Brincar, Aprender e Crescer Tia Lú (figura 2)”, que foram

distribuídas no Plano Piloto.


Para as instituições Financeiras privadas foram utilizadas, 40 pares de chaves com

etiquetas em nome da “Financeira Airilam (figura 3)” que foram distribuídas em

Sobradinho, outras 40 em nome da “Crédito na Hora Invista no seu sonho (figura 4)”, que

foram distribuídas no Plano Piloto.

Foram utilizados também 2 aparelhos de celular, no qual foram instalados um aplicativo

de mensagem, sendo um para receber as ligações e mensagens das pessoas que

encontrasse as chaves das instituições sociais e outro para receber as ligações e mensagens

das instituições financeiras privadas.

Figura 1

99949-5529

Figura 2

Figura 3

Financeira Airilam
99345-0137

Figura 4
Sujeitos

O experimento foi realizado com indivíduos comuns frequentadores de Shoppings,

supermercados, paradas de ônibus, quadras comerciais e Rodoviárias do Plano Piloto e

Sobradinho-DF.

Resultados

Verificou-se que em Sobradinho foram devolvidas uma quantidade maior de chaves da

instituição financeira 95%, (ou seja, 38 chaves das 40 distribuídas) e as da instituição

social devolveram 75% (ou seja, 30 chaves das 40 distribuídas). Já as devolvidas no Plano

Piloto aconteceu o contrário, verificou-se que a quantidade maior de devoluções foi da

instituição social 50% (ou seja, 20 chaves das 40 distribuídas), da instituição financeira

houve uma devolução de 25% (ou seja, apenas 10 das 40 distribuídas), conforme o gráfico

1 e tabela 1.

Do total de devolução por instituição, a social teve 63% (50 das 80 distribuídas) a

financeira teve 60% (48 das 80 distribuídas), conforme o gráfico 2.

Analisando o total geral de chaves distribuídas (160), Sobradinho devolveram 84% (68

das 80 distribuídas), e o Plano Piloto devolveram 39% (30 das 80 distribuídas), conforme

o gráfico 3 e a tabela 1.

Tabela 1
MODELO 1 - Trabalho das chaves
Distribuidas Devolvidas Devolvidas
Instituição Produzidas
Plano Piloto Sobradinho Plano Piloto Sobradinho Plano Piloto Sobradinho
Social 80 40 40 20 30 50% 75%
Financeira 80 40 40 10 38 25% 95%
Total de chaves devolvidas por localidade 30 68
% de devolução por localidade 39% 84%
Gráfico 1

% de chaves devolvidas - por localidade e por


tipo de instituição

Sobradinho 95%
Devolvidas

75%

Plano Piloto 25%


50%

Financeira Social

Gráfico 2

% devolvidas por Instituição


63%
60%

Social Financeira

Gráfico 3

Não % de devolução das chaves


devolvidas;
62; 39%

Devolvidas;
98; 61%

TOTAL DISTRIBUÍDO: 160


Discussão

Em Sobradinho foram devolvidas mais chaves da instituição financeira do que da

instituição social, o que pode ter influenciado o resultado é a condição financeira da

população, de acordo com o PDAD DF 2015 (Pesquisa Distrital por Amostra de

Domicílio do Distrito Federal), a média de renda mensal per capita de Sobradinho é

menor, as pessoas podem ter devolvido as chaves esperando por uma recompensa

financeira, já no Plano Piloto aconteceu o que diz a teoria, houve uma maior devolução

das instituições de caridade.

Já no total geral, a quantidade devolvida foi bem menor no Plano Piloto do que em

Sobradinho, o que pode ter influenciado o resultado pode ser o nível de estresse da

população, conforme diz a teoria da sobrecarga urbana, nas cidades grandes as pessoas

são bombardeadas por estimulações e evitam serem sobrecarregadas, o que torna o

indivíduo menos altruísta, se colocasse moradores das grandes cidades em ambientes

mais tranquilos e calmos com menos estímulos, eles teriam a mesma possibilidade dos

outros de ajudar. (Aronson, 2015).

No plano Piloto seguiu o modelo, na cidade com menor poder aquisitivo deu uma

inversão, será que é por causa da renda? Será que o nível de estresse da cidade grande

tem influência? É possível que outros fatores tenham influenciado no resultado? Esses

dados podem servir de ajuda à futuras pesquisas mais aprofundadas acerca deste assunto.

Cabe ressaltar que existem indivíduos pró-sociais, que se empenharam consideravelmente

em ajudar.
Referências

1. LIVRO

ARONSON, ELLIOT; WILSON, TOMOTHY D.; & AKERT, ROBIN M. (2015)

Psicologia Social (oitava edição). Rio de Janeiro. Gen.

2. INTERNET

NUNAN, ADRIANA & JABLONSKI, BERNARDO Comportamento pró-social através

da técnica da carta perdida. Disponível em <http://www.ufjf.br/psicologiaempesquisa>.

Acesso em: 21 nov.2017.

COMPANHIA DE PLANEJAMENTO DO DISTRITO FEDERAL, Pesquisa

socioeconômica. Disponível em <http://www.codeplan.df.gov.br>. Acesso em 24

nov.2017.

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