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MECATRÔNICA
Juiz de Fora
2015
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
ELETROTÉCNICA
Juiz de Fora
2015
© 2015. SENAI. Departamento Regional de Minas Gerais
SENAI/MG
Centro Integrado de desenvolvimento do trabalhador CIDT-LAS
Ficha Catalográfica
621.3
S474e
113 p. il
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais
Sumário
____________________________________________________________ 6
Apresentação
O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
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Teoria Eletrônica da Matéria
Estrutura da Matéria:
O conhecimento da estrutura da matéria, em muitas ocasiões, é
indispensável para a compreensão do comportamento dos componentes nos
circuitos elétricos.
Molécula:
Por definição, é a menor partícula de uma substância que ainda conserva
as mesmas características físicas e químicas da substância.
Exemplo:
Molécula de sal: NaCl
Uma molécula de sal é constituída de dois elementos uma pa r t e de cloro e
uma de sódio ligados químicamente.
Molécula de água: H 2O
É composta de duas partes de hidrogênio para uma de oxigênio.
Átomo:
As moléculas são constituídas por partículas denominadas átomos.
O átomo é a menor partícula de um elemento que conserva todas as
propriedades desse elemento. O átomo é composto de partículas ainda menores
chamadas próton, elétrons e nêutrons.
Os átomos se reúnem entre si, em diferentes arranjos dando origem às
moléculas de todas as substâncias da natureza.
As partículas que constituem as moléculas foram denominadas de átomos
pelos gregos que acreditavam ser esta a menor partícula do universo, e que não podia
ser dividida.
Entretanto, com o desenvolvimento dos métodos de pesquisa científicos se
verificou que os átomos também são constituídos por partículas menores: as
partículas subatômicas.
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Próton: possui carga elétrica positiva. Por convenção a carga elétrica do próton
é +1
Elétron: tem carga elétrica negativa, de mesmo valor que o próton. Sua carga
é -1
Néutron: é uma partícula subatômica que não tem carga elétrica.
A estrutura do átomo:
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A distribuição dos elétrons nos diversos níveis obedece a condições
definidas. A regra mais importante, em termos de estrutura atômica, com
relação à áreas de eletricidade e eletrônica, é a que diz respeito ao nível
energético mais distante do núcleo ou camada externa. Esta regra diz : a
camada externa tem um número máximo de 8 elétrons.
Todas as reações químicas e elétricas (com exceção das reações nucleares)
se processam nesta camada que recebe a denominação de nível ou camada de
valência.
Equilíbrio elétrico de um átomo:
Duas das três partículas subatômicas possuem carga elétrica (próton = +1 e elétron
= -1).
Em condições normais, os átomos tendem a assumir uma condição de
neutralidade ou equilíbrio elétrico, de forma que o número total de cargas
positivas do núcleo (próton s) é igual ao número de cargas negativas da
eletrosfera (elétrons).
Quando a condição de igualdade entre o número de prótons e elétrons
existe diz-se que o átomo está eletricamente neutro ou equilibrado.
Um átomo está em equilíbrio elétrico quando o número de elétrons na
eletrosfera é igual ao número de prótons do núcleo.
Exemplo de átomos eletricamente equilibrado:
Elétrons Livres:
Se aplicarmos a um átomo a quantidade apropriada de energia ele
poderá libertar ou capturar partículas elétricas.
Os elétrons não se movem todos na mesma direção em torno do núcleo.
Eles viajam em diferentes órbitas (não há dois elétrons na mesma órbita).
Existem, entretanto, pos de órbitas relativamente próximas, que são chamados
de camadas.
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A prata e o cobre têm apenas um elétron na camada mais externa. A
quantidade de energia necessária para transportar esse elétron para um átomo
vizinho é muito menor do que se a camada estivesse completamente lotada.
Íon positivo:
é um átomo que teve um ou mais elétrons retirados da camada de
valência, tornando -se eletricamente positivo.
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Íon negativo:
é um átomo que recebe um ou mais elétrons na camada de valência,
tornando-se eletricamente negativo.
Qualquer átomo que esteja desequilibrado eletricamente é um íon.
A transformação de um átomo em um íon é sempre devida a causas externas
ao próprio átomo. Uma vez cessada a causa externa que proporcionou a
criação do íon há uma tendência natural do átomo em atingir o equilíbrio
elétrico cedendo os elétrons que estiverem em excesso ou recuperando os
elétrons que estiverem em falta.
Eletrização de um corpo:
No estado natural qualquer porção de matéria é eletricamente neutra. Isto
significa que se nenhum agente externo atua sobre uma determinada porção de
matéria, o número total de prótons e elétrons dos seus átomos será igual.
Esta condição de equilíbrio elétrico natural da matéria pode ser desfeita, de
forma que um corpo deixe de ser neutro e fique carregado eletricamente.
O processo através do qual se faz com que um corpo eletricamente neutro
fique carregado é denominado de eletrização.
O tipo de carga elétrica (positiva ou negativa) que um corpo assume após sofrer
um processo de eletrização depende do tipo de corpo e do processo utilizado.
Os processos de eletrização atuam sempre nos elétrons que estão na
última camada dos átomos (camada de valência).
Quando um processo de eletrização retira elétrons da camada de valência
dos átomos o material fica com o número de prótons maior que o número de
elétrons. Nestas condições o corpo fica eletricarnente positivo.
Exemplo:
Quando se usa um pente, atrito com os cabelos provoca uma eletrização
positiva do pente (retira-se elétrons do pente).
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Outro exemplo muito comum de eletrização por atrito na natureza ocorre
nas tempestades. As nuvens são atritadas contra o ar adquirindo uma
carga elétrica muito grande. O relâmpago, que é um fenômeno elétrico,
comprova a existência de grandes cargas elétricas nas nuvens.
Cargas Elétricas:
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O Coulomb:
Exercício:
A distância entre os corpos influi sobre a força entre eles. Quanto maior a
distância, menor a influência de um corpo sobre o outro.
Lei de Coulomb:
q1 x q2
f k.
d2
f é a força exercida entre os dois corpos carregados;
q1 e q2 são as cargas dos corpos;
d é a distância entre os dois corpos;
k é uma constante que depende do meio existente entre as duas
cargas.
N.m 2
para o vácuo: k 9x109
C2
Se:
q1 e q2 forem dadas em Coulomb (C) e d em metros (m) f será em
Newtons (N).
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Newton:
é a força necessária para fazer com que uma massa de 1kg percorra
uma distância de 1 metro quando esta força é aplicada durante 1
segundo.
Exercícios:
Resolva os problemas abaixo, usando a fórmula da lei de Coulomb, para
calcular a força. Indique se a força é de atração ou repulsão.
Nota: os corpos estão imersos no vácuo; as cargas são dadas em Coulomb
e as distâncias em metros.
1) q1 = +6 e q2 = -5;d=10
2) q1 =-5 e q2 = +10;d=5
3) q1 = +20 e q2 = +50;d=10
Linhas de Força:
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Obs.: O sentido das linhas de força apresentado está baseado no sentido
eletrônico de corrente.
Materiais Condutores:
Os elétrons livres existem em grande quantidade nos materiais chamados bons
condutores. Os melhores condutores são os que apresentam menor resistência
elétrica.
Os materiais condutores se caracterizam por permitir a existência de
corrente elétrica toda vez que se aplica uma d.d.p. entre seus extremos.
Exemplo de materiais bons condutores: ouro, prata, mercúrio, cobre, alumínio,
ferro, etc..
Materiais Isolantes:
Os materiais isolantes têm poucos elétrons livres. Os materiais classificados de
isolantes são os que apresentam grande oposição a circulação de corrente elétrica no
interior de sua estrutura. Exemplo de materiais isolantes: vidro, mica, porcelana,
borracha, papel, etc..
Ruptura Dielétrica:
é o nome dado ao fenômeno pelo qual uma grande quantidade de
energia transforma um material isolante em condutor.
Observação:
é importante salientar, que não há condutor ou isolante perfeitto.
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Circuito Elétrico:
b) Condutores:
São fios ou cabos que oferecem uma baixa resistência a passagem da
corrente.
Símbolos:
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c) Carga:
d) instrumentos de controle
Observação:
Geralmente utiliza-se o símbolo da terra para indicar que alguns estão
ligados ponto comum no circuito.
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Relação entre desequilíbrio elétrico e potencial elétrico:
Através dos processos de eletrização é possível fazer com que os corpos
fiquem intensamente ou fracamente eletrizados.
O potencial elétrico de um corpo é tanto maior quanto maior for o seu
desequilíbrio elétrico. O potencial elétrico de um corpo depende diretamente do
desequilíbrio elétrico existente neste corpo.
Maior desequilíbrio elétrico = Maior potencial elétrico
A unidade de tensão:
A unidade de tensão é o volt (V).
Observação:
No campo da eletricidade usam-se normalmente o volt e o quilovolt.
Na área da eletrônica usa-se normalmente o volt, milivolt e o
microvolt.
Exercício:
Faça a conversão dos valores de tensão elétrica para a unidade indicada:
Medida de Tensão:
Multímetro:
Corrente Elétrica:
O movimento ordenado ou o fluxo de elétrons é chamado corrente elétrica.
Para se produzir a corrente, os elétrons devem se deslocar pelo efeito de uma
diferença de potencial.
Basta unir os corpos em situações elétricas diferentes, para que se
estabeleça, de um para outro, um fluxo de elétrons, isto é uma corrente elétrica.
Este fenômeno pode ocorrer:
a) entre um corpo com carga positiva e outro com carga
negativa;
b) entre corpos com cargas positivas, desde que as
deficiências de elétrons não sejam iguais;
c) entre corpos com cargas negativas, desde que suas
cargas não tenham o mesmo valor;
d) entre um corpo com carga positiva e outro neutro;
e) entre um corpo com carga negativa e outro neutro.
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Intensidade de Corrente Elétrica (I)
Ampere (A)
Q Q
I Q I.t t Onde:
t I
I em amperes (A);
Q em coulomb (C);
T em segundos (s)
Exemplos:
1) Pelo filamento de uma lâmpada incandescente passaram 5C.
Sabendo-se que ela esteve ligada durante 10 s, determinar a intensidade da
corrente elétrica.
2) Durante quanto tempo esteve ligado um aparelho elétrico, para que
pudesse ter sido percorrido por 50C? A intensidade da corrente era de 2,5 A.
Ampere-hora:
É a quantidade de eletricidade que passa por um ponto de um condutor em
uma hora, quando a intensidade de corrente é de 1 A.
1C 1C
1A 1A.h 1h 3600s 1A.h x3600s 1A.h 3600C
1s 1s
Exemplo:
A resitência de um chuveiro elétrico foi percorrida durante 1 hora por uma
corrente de 20 A. Qual a quantidade de eletricidade que circulou por ele? Dar a
resposta em Coulomb e A.h.
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Sentido da Corrente Elétrica:
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Deve ser ligado de modo a que toda a corrente do circuito passe por ele.
Exceção, quando se deseja apenas a informação de corrente de uma parte do
circuito.
Resistência Elétrica:
Unidade de Resistência
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Lei de Ohm:
Enunciado:
A intensidade da corrente elétrica num condutor é diretamente
proporcional à força eletromotriz aplicada e inversamente proporcional à
sua resistência elétrica.
E
I Onde:
R
I = Intensidade da corrente em amperes (A);
E = Tensão em volts (V);
R = Resistência elétrica em ohms
E
E IxR R
I
Exercícios:
1. Que corrente passará pelo filamento de uma lâmpada, se ela for submetida a
uma tensâo de 100 V. Seu filamento tem uma resistência de 20 ohms.
2. Que resistência tem um chuveiro ligado a uma d.d.p. de 127 V e percorrido por
uma corrente de 25 amperes.
Condutância (G):
1 E I
G G Onde:
R I E
G em Siemens (S);
I em amperes (A);
E em volts (V);
R em ohms
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Observações:
A condutância de um corpo exprime a intensidade de corrente que se
pode produzir num corpo, para cada volt de tensão aplicada ao mesmo.
Exercícios:
Resistores
Introdução:
Resistores Fixos:
Um resistor fixo é aquele que possui um único valor de resistência que
permanece constante sob condições normais.
Os dois tipos principais de resistores fixos são os resistores de carbono e o de fio
enrolado.
Resistores de Carbono:
O elemento de resistência é geralmente grafite ou alguma outra forma de
carbono sólido feito cuidadosamente para fornecer a resistência necessária.
Resistores Variáveis:
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Os resistores variáveis são usados para variar a quantidade de resistência
de um circuito. Os resistores variáveis são chamados de potenciômetros ou
reostatos.
Simbologia de Resistor:
A resistência real de um resistor pode ser maior ou menor do que o seu valor
nominal.
As tolerâncias comuns para os resistores de composição carbônica são: +1,
+2, +5, +10 e +20 por cento.
Exemplo:
Um resitor de resistência nominal de 100 ohms e uma tolerância de +10%
pode ter uma resistência de qualquer valor entre 90 e 100 ohms.
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A dimensão física de um resistor não é indicador da sua resistência. Um
resistor pequenino pode ter uma resistência muito baixa ou muito alta.
A sua dimensão física, entretanto, pode fornecer uma indicação sobre a sua
especificação de potência.
Para um dado valor de resistência, a dimensão física de um resistor
aumenta à medida que a especificação de potência aumenta.
Por medida de segurança a preservação do componente, deve-se manter a
potência dissipada no componente abaixo de 50% do valor limite. Isto deve
permitir que o mesmo trabalhe morno. Se for necessário que o componente
trabalhe mais frio usa-se no máximo 30% da potência nominal.
Sempre que for necessário solicitar ou comprar um resistor é necessário
fornecer a especificação completa.
Exemplo: Resistor de carbono de 480 Ω, ±10%, Watts.
Resistores Ajustáveis:
São resistores cujo valor de resistência pode ser ajustado, dentro de uma
faixa pré-definida.
Existem dois tipos de resistores ajustáveis:
resistor ajustável de fio;
trimpot.
Potenciômetros:
Simbologia de Potenciômetro
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Tipos de potenciômetros:
Variação da Resistência:
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A resistência de um corpo é determinada pelas suas dimensões e pelo
material que o constitui, podendo variar conforme a sua temperatura.
a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do
corpo
a resistência elétrica é inversamente proporcional à seção do corpo
o material que constitui o corpo, isto é, a sua estrutura, influi na
resistência que oferece.
L
Rt t. Onde:
S
Rt = resistência do corpo numa determinada temperatura
(ohm);
L = Comprimento do corpo (m);
S= área de seção transversal do corpo (mm2);
t = resistividade do material de que é feito o corpo na
mesma temperatura
“t” em que se deseja determinar a resistência (ohm.mm2/m)
Resistores Comerciais
Resistores de 2% e 5% de tolerância
10 11 12 13 15 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39 43 47 51 56 62 68 75 82 91 e
seus múltiplos
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Associação de Resistores
Associação em série:
Resulta em um aumento de resistência, pois as resistências dos
diversos resistores se somam.
Associação em paralelo:
A resistência total neste caso é sempre menor do que o menor valor
utilizado na ligação.
1 1 1 1 1 1
ou Rt
R t R1 R 2 R3 Rn 1 1 1 1
R1 R 2 R 3 R n
R1xR 2
Quando se utiliza apenas dois resistores: Rt
R1 R 2
R
Quando todos os resistores têm valores iguais: Rt
n
Onde:
R = Valor de um dos resistores
n = Quantidade de elementos usados na associação.
It=I1+I2+I3+In
E t = E1 = E2 = E 3 = E n
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Associação mista de resistores
Pilha
As pilhas são dispositivos que transformam energia em energia elétrica.
a) Eletrodos:
São dois materiais diferentes (por exemplo cobre e zinco) que,ao serem
imersos numa solução química ( o eletrólito ) adquirem cargas elétricas e assim
se estabelece uma força eletromotriz entre eles.
b) Eletrólito:
Solução química capaz de conduzir uma corrente elétrica.
Pode ser:
líquido→ pilha úmida;
forma pastosa →pilha seca.
Classificação:
a) Pilhas primárias:
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b) Pilhas secundárias:
a) Força Eletromotriz:
b) Resistência Interna:
Numa pilha química, a resistência do eletrólito entre os eletrodos é
responsável pela maior parte da resistência interna da pilha. Mas a resistência
interna depende ainda da natureza do eletrólito e de sua deterioração com o
envelhecimento da pilha, a resistência interna aumenta com a deterioração do
eletrólito. A resistência interna deve ser a menor possível, pois a d.d.p. entre os
terminais da pilha cai quando ela está fornecendo corrente, devido à sua
resistência interna.
c) Potência:
A potência total de uma pilha, ou seja, a energia total que produz por
segundo, é o produto de sua f.e.m. pela corrente que fornece. Pt =
Ea . I
A potência útil, energia fornecida por segundo ao circuito externo,
é o produto da tensão em circuito fechado pela corrente fornecida.
Pu = Ef. I
Pu Ef .I Ef
rendimento da pilha é a relação:
Pt Ea.I Ea
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É a corrente máxima que pode fornecer sem possibilidade de polarização (parte
do hidrogênio liberado nas reações químicas deixa a pilha, escapando para a
atmosfera, porém o restante fica em torno do eletrodo positivo, não permitindo que
este faça um bom contato com o eletrólito. Este fenômeno implica não só na
redução da tensão entre os terminais como também no aumento da resistência
interna. Para diminuir o efeito da polarização, são usadas substâncias que se
combinam com o hidrogênio, ou que evitam sua formação, chamadas
despolarizantes).
e) Capacidade:
Associação de Pilhas:
a) associação em série;
b) associação em paralelo;
c) associação mista.
a) Associação em Série:
b) Associação em Paralelo:
Pilhas em oposição:
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Este tipo de fonte de alimentação substitui as pilhas e baterias no
fornecimento de energia elétrica aos circuitos com vantagem porque permite
que se obtenha o valor de tensão necessário a cada equipamento.
a) Tensão de Entrada:
c) Capacidade de Corrente:
a) A tensão da rede:
A tensão da rede deve coincidir com a tensão de entrada da fonte:
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b) A tensão que a carga necessita:
determina para que a tensão da saída a fonte deverá ser ajustada.
exemplo: para uma carga de 12VCC; 0 – 12 VCC; 0 – 15VCC; 0 –
30VCC.
nas fontes de tensão de saída ajustável, deve-se no caso do
exemplo, ajustar para 12VCC.
Simbologia:
O símbolo utilizado para apresentar uma fonte de CC com tensão de saída fixa é,
na realidade um agrupamento de símbolo de pilhas, indicando ao lado a tensão
fornecida.
A indicação dos limites de tensão fornecidos pela fonte pode ser feita ao lado do
símbolo.
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Exercício:
Fontes. ( ); ( ); ( )
Trabalho elétrico
Quando unidos com um condutor dois pontos entre os quais existe uma
d.d.p. e nele se estabelece uma corrente elétrica, estamos realizando um
trabalho que, pela natureza, é denominado trabalho elétrico.
W=ExQ
Onde:
W = trabalho elétrico em Joules (J)
E = tensão (V)
Q = carga elétrica
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Joule:
E
Vimos pela lei de Ohm que: I E I.R
R
E E2
Assim: W E.I.t Ex xt W xt e W ExIxt IxRxIxt W I2 xRxt
R R
Potência elétrica
W
P Onde:
t
W = energia em Joule (J);
t = tempo em segundo;
P = potência em Joules/segundo (J/s)
1J/s = 1 Watt (W)
é a potência quando está sendo realizado um trabalho de 1 Joule em cada
segundo.
w E 2 xt
P Vimos anteriormente que : W E.I.t W W I2 xRxt
t R
A potência elétrica, então, pode ser expressa:
E2
xt
ExIxt E2 I2 xRxt
P P ExI P R P P P I2 xR
t t R t
Exercício:
1. Qual o trabalho efetuado numa lâmpada em 3h, se a corrente que
percorreu seu filamento era de 0,5A d.d.p. entre os terminais da
lâmpada era de 12 V. Determinar também a potência da lâmpada.
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Rendimento ou Eficiência: (η)
Lei de Joule:
Enunciado:
A quantidade de calor produzido num condutor por uma corrente elétrica é
diretamente proporcional a:
ao quadrado da intensidade de corrente;
á resistência elétrica do condutor;
ao tempo durante o qual os elétrons percorrem o condutor.
Qc = I2 x R x t Onde:
Qc = quantidade de calor em Joule (J);
I = intensidade de corrente elétrica (A);
R = residência do condutor em ohms ( );
T = tempo em segundos (s).
Potência:
H.P. - Horse power = 746 Watts
C.V. - Cavalo vapor = 736 Watts
____________________________________________________________ 39
Leis de KIRCHHOFF
Primeira Lei de "Kirchhoff:
"A soma das correntes que chegam em um nó é igual a soma das correntes
que dele se afastam" ou "A soma algébrica das correntes que se aproximam e se
afastam de um nó é igual a zero".
____________________________________________________________ 40
Exercícios:
Conceitos:
Junção ou Nó:
E o ponto de concorrência de três ou mais braços.
Malha ou Braço:
E uma porção do circuito que liga dois nós consecutivos, e onde todos os
elementos estão em série.
____________________________________________________________ 41
Normas para obtenção das equações referentes á segunda lei:
Para circuitos com mais de uma fonte usa-se o método das malhas, que
consiste no seguinte procedimento:
1. Escolhe-se malhas no circuito, nomeando-se as correntes ao longo destas
malhas, de forma que todos os elementos sejam percorridos pelo menos por
uma das correntes de malha, o sentido das correntes é arbitrário.
Exercício:
____________________________________________________________ 42
Divisor de Tensão
____________________________________________________________ 43
Divisor de tensão com carga:
____________________________________________________________ 44
Ao ser conectada ao divisor a carga altera a resistência total do circuito
divisor, fazendo com que as tensões em cada resistor se modifiquem.
Por esta razão sempre que se calcula um divisor deve-se determinar as
características da carga e considerá-la como sempre ligada ao circuito.
Exercícios:
Configuração do circuito:
____________________________________________________________ 45
O circuito de ponte balanceada se compõe basicamente de quatro
resistores (dos quais um é desconhecido) ligados a uma fonte CC.
Princípio de funcionamento:
Baseia-se na divisão da tensão de alimentação nos dois ramais
____________________________________________________________ 46
O voltímetro conectado entre os dois ramais, cuja finalidade é medir a
diferença de potencial (d.d.p.) entre dois pontos, indica 0 Volt porque os dois
pontos estão a um mesmo potencial elétrico. No exemplo, em questão, + 5V.
Tendo em vista que a divisão de tensão em cada ramal depende apenas dos
valores de resistência que compõem, a mesma situação (indicação de 0 Volt)
aconteceria nos circuitos abaixo:
Se: O voltímetro
Indicará
Na ponte balanceada
0 Volt
R1 R2
A relação é uma proporção de forma que se os valores de R1;
R3 R4
R2 e R3 forem conhecidos, o valor de R4 pode ser determinado
matematicamente:
____________________________________________________________ 47
R1 R 2 R xR
R1xR 4 R 2 xR 3 R 4 2 3
R3 R 4 R1
Exercício:
Tensão alternada
A tensão alternada, denominada normalmente de tensão
CA, difere da tensão contínua porque troca de polaridade
constantemente, provocando nos circuitos um fluxo de corrente ora em
um sentido, ora em outro (fig.1).
- forma de onda
- ciclo
- período
- freqüência
Forma de onda
Ciclo
____________________________________________________________ 49
A figura 4 mostra dois tipos de forma de onda alternada com um ciclo
completo indicado.
Período
____________________________________________________________ 50
Período tempo de realização de 1 ciclo completo
milisegundo → ms → s ou s
microsegundo → µs → s ou s
Freqüência
A freqüência é o número de ciclos de uma corrente alternada que
ocorrem em 1 segundo. É indicada pela letra f e sua unidade é o Hertz (Hz)
____________________________________________________________ 51
São muito utilizados os múltiplos da unidade de freqüência:
As figuras 9 e 10 mostram
gráficos de correntes alternadas
com as respectivas freqüências.
RELAÇÃO
PERÍODO-FREQÜÊNCIA
Onde:
F = Freqüência
T = período de segundos
Esta relação permite determinar a freqüência de uma corrente
alternada se seu período é conhecido e vice – versa.
____________________________________________________________ 52
Valores de pico da tensão alternada senoidal
____________________________________________________________ 53
Considerando-se que os dois semiciclos da
CA são iguais pode-se afirmar
Da mesma forma que as medidas de
pico e de pico a pico se aplicam a tensão alternada senoidal, aplicam -se a
corrente alternada senoidal (fig. 16)
Correspondência entre CA e CC
Fig 18
____________________________________________________________ 54
Aplicando-se uma tensão alternada, senoidal a um resistor se
estabelece a circulação de uma corrente alternada senoidal (fig. 19)
____________________________________________________________ 55
Dão origem ao mesmo trabalho, no mesmo resistor e no mesmo
tempo.
TENSÃO EFICAZ →
CORRENTE EFICAZ →
____________________________________________________________ 56
Observação: As equações da corrente eficaz e tensão eficaz podem ser
encontradas através de processos matemáticos empregando cálculo integral.
Medidores de CA
2xE max
Em ou Em 0,636 Emáx Onde:
Em = Valor médio de tensão;
Im = Valor médio da corrente.
2x Im ax
Im ou Im 0,36 Im áx
____________________________________________________________ 57
Observações:
1) Quando, normalmente, nos referimos a um valor de tensão qualquer, como
por exemplo: 127V CA, estamos nos referindo à sua tensão eficaz. Assim é
comum falarmos 127 V em CA que corresponde à tensão eficaz = 127V.
3) Outro aspecto importante com relação a CA, diz respeito à sua medição:
os amperímetros, voltímetros e multitestes indicam valores de tensão e
corrente eficazes.
Geração da Senóide:
____________________________________________________________ 58
Valor Instântaneo da tensão
Exercícios
____________________________________________________________ 59
3 – O que é tensão eficaz de uma CA?
c) 700 m Vp = f) 300mVp =
____________________________________________________________ 60
10- O que é período de uma CA?
a) 16ms b) 0,5s
c) 150µs d) 0,03s
e) 1200µs f) 3s
a) 400 Hz b) 35 Hz
a) 1,8 Hz d) 5 Hz
e) 1200 Hz f) 4300 Hz
a) Frequência;
b) O Tempo necessário para que a onda passe de zero a um valor máximo
positivo.
18 - Calcular o valor médio de uma corrente senoidal cujo valor máximo é 10A.
19 - sabendo que o valor médio de uma f.e.m. senoidal é 200V, determinar o seu
valor máximo e o seu valor instantâneo a 10°.
Observação:
Isto significa dizer que, mesmo após ter sido desconectado da fonte de CC,
ainda existe tensão presente entre as placas do capacitor.
Resumindo pode-se dizer que: quando um capacitor é conectado a uma fonte de CC
absorve energia desta fonte,armazenando cargas elétricas (íons positivos e
negativos) nas suas armaduras.
Esta capacidade de absorver e manter a energia em suas armaduras na
forma de cargas elétricas é que define o capacitor sendo como um armazenador de
cargas elétricas.
A energia armazenada no capacitor na forma de desequilíbrio elétrico entre
suas armaduras pode ser reaproveitada.
Descarga do capacitor
Capacitância
Da espessura do dielétrico:
Quanto mais fino o dielétrico mais próximas estão as armaduras. O campo elétrico
formado entre as armaduras é maior e a capacidade de armazenamento também.
Da natureza do dielétrico:
Quanto maior a capacidade de isolação do dielétrico, maior a capacidade de
armazenamento do capacitor.
Tensão de trabalho
Tipos de capacitores
Existem diversos tipos de capacitores fixos. Entre eles citam-se, por exemplo:
- Capacitor de stiroflex (fig. 13)
- Capacitor de cerâmica (fig. 14)
- Capacitor de poliéster (fig. 15)
Capacitores ajustáveis
São utilizados nos pontos de
calibração dos circuitos (fig. 18 e 19).
Apresentam valor de
capacitância ajustável dentro de certos
limites, por exemplo: 10pF a 30pF.
Capacitores variáveis
Capacitores eletrolíticos
a - polaridade
b - alteração de capacitância
c - tolerância
Por esta razão, sempre que for necessário utilizar um capacitor que estava estocado
durante algum tempo, deve-se conectá-lo a uma fonte de tensão contínua durante alguns
minutos para permitir a reconstituição do dielétrico antes de aplicá-lo no circuito.
- Tipo
- Capacitância
- Tensão de trabalho
Exemplos:
- Capacitor de poliéster → 0,47µF 600V
- Capacitor de eletrolítico → 2200µF 63V
Apresentação das características nos capacitores
- Diretamente em algarismos
- Através de um código de cores
Observação:
Quando os capacitores são menores que 1µF (Exemplos: 0,1µF; 0,0047µF;
0,012µF) o zero que precede a vírgula não é impresso no corpo do
componente. Aparece diretamente um ponto, que representa a vírgula.
CAPACITÂNCIA ESCALA
Até 1µF x10000
De 1 F a 100µF x1000
Acima de 100µF x10 ou x1
Comportamento do capacitor em CA
Os capacitores despolarizados podem funcionar em corrente alternada,
devido ao fato de que uma das suas armaduras pode receber tanto potencial
positivo como negativo.
Funcionamento do capacitor em CA
Quando um capacitor é conectado a uma fonte de corrente alternada a troca
sucessiva de polaridade da tensão está aplicada às armaduras do capacitor (fig. 1).
Reatância capacitiva
Os processos de carga e descarga sucessivas de um capacitor ligado em CA
dá origem a uma resistência a passagem da corrente no circuito. Esta “resistência” é
denominada de reatância capacitiva.
1
Xc
2 . f . c
Onde:
Xc = reatância capacitiva em Ω
2π = é constante (6,28)
f = freqüência da corrente alternada em Hz
C = capacitância o capacitor em F
Como a capacitância normalmente não é expressa em FARADS, pode-se
operar a equação de forma a poder usar o valor do capacitor em µF.
10 6
Xc
2 . f . c
Onde:
Xc = reatância capacitiva em Ω
= constante
f = freqüência em Hz
C = capacidade em µF
2π = constante → 6,28
Por exemplo: A reatância de um capacitor de 100nF aplicado a uma rede de CA de
freqüência 60 Hz é:
10 6
f = 60Hz Xc
2 . f . c
1000000
c = 100nF ou 1, F Xc
6,28 . 60 . 0,1
Xc = 26539
O gráfico da figura 5
mostra o comportamento
da reatância capacitiva
com a variação da
freqüência da CA.
Se observa que:
- Tensão aplicada
- Reatância capacitiva
- Corrente circulante
Estes três valores estão relacionados entre si nos circuitos de CA da mesma
forma que nos circuitos de CC: ATRAVÉS DA LEI DE OHM (fig. 7)
Onde:
Vc = tensão no capacitor em V
I = corrente no circuito (eficaz) em A
Xc = reatância capacitiva em Ω
Por exemplo: Um capacitor de 1µF é conectado a uma rede de CA 220V 60Hz. Qual
é a corrente circulante no circuito?
Vc
Xc onde Vc = tensão no capacitor
Ic
Figura Ic = corrente no capacitor
Associação de capacitores
Onde:
= capacitância total de associação
= capacitância
= capacitância
Cn = capacitância do capacitor n
Para executar a soma todos os valores devem ser convertidos para a mesma
unidade.
Por exemplo: qual a capacitância total da associação paralela de capacitores
mostradas a seguir.
Tensão de trabalho da associação paralela
Vc1 = 10V
Vc2 = 10V
Vc3 = 10V
Assim, a máxima tensão que pode ser aplicada a uma associação paralela é
a daquele capacitor que tem menor tensão de trabalho.
Por exemplo: Qual a máxima tensão que pode ser aplicada nas associações
apresentadas nas figuras a seguir?
Resumindo:
Indução
Auto-indução
Ao se expandir o campo
magnético em movimento gerado
em uma espira corta a espira
colocada ao lado (fig. 10)
I= ← tensão resultante
Em resumo, pode-se dizer que a auto indução faz com que as bobinas
tenham uma características singular:
INDUTÂNCIA
L
material
do núcleo seção
formato
– do número de espiras
– do espaçamento entre as espiras
tipo
do condutor
seção
XL = 2 . f . L
XL = 6,28 . 60 . 0,6
XL = 226,08
XL
Q Onde: Q = é o fator de qualidade
R
XL = reatância indutiva
R = resistência ôhmica da bobina
Determina-se a corrente do
circuito com um amperímetro
de corrente alternada (fig.18)
V V tensão do indutor
XL onde
IL IL corrente do indutor
A representação senoidal
deste fenômeno está
apresentada na figura 23.
Observa-se que a tensão
atinge o máximo antes da
corrente.
Imãs artificiais
Externamente as forças de
atração magnéticas de um Imã se
manifestam com maior
intensidade nas suas
extremidades (fig. 3).
Uma vez que as forças de atração magnéticas dos imãs são mais
concentradas nos pólos, se conclui que a intensidade destas propriedades decresce
para o centro do imã.
Na região central do imã se estabelece uma linha onde as forças de atração
magnéticas do pólo sul e do pólo norte são iguais e se anulam.
Esta linha é denominada de linha neutra.
A linha neutra é, portanto, a linha divisória
entre os pólos do imã (fig. 6).
Origem do magnetismo
Os imãs têm uma propriedade característica: por mais que se divida um imã
em partes menores, as paredes sempre terão um pólo norte e um pólo sul (fig. 10)
Interação de imãs
Eletromagnetismo
A denominação “eletromagnetismo” se aplica a todo o fenômeno magnético
que tenha origem em uma corrente elétrica.
Campo magnético em um condutor
Quando um condutor é percorrido por uma corrente elétrica ocorre uma
orientação no movimento das partículas no seu interior.
Regra do saca-rolha
Quando uma bobina tem um núcleo de material ferroso seu símbolo expressa
esta condição (fig. 30 e 31).
A capacidade de um material de concentrar as linhas de força é denominada
de PERMEABILIDADE MAGNÉTICA.
A permeabilidade magnética é representada pela letra grega µ (mi).
De acordo com a permeabilidade magnética os materiais podem ser
classificados como:
Magnetismo remanente