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Saneamento

“A água de boa qualidade é


exatamente como a saúde ou a
liberdade: ela só tem valor quando
acaba”.

João Guimarães Rosa (1908-1967)

Prof. Cezar L. F. Pires 1


Cezar L F Pires

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2016-02-18 Ciências Ambientais UVA Nutrição - Cezar Pires
https://www.youtube.com/watch?v=ZbJSVCM4hfw&feature=youtu.be
2016-04-29 Ciências Ambientais UVA Direito 2009 - Cezar Pires - https://youtu.be/2OFokr81CHE
2016-05-19 Drenagem e Renaturalização de Bacias Hidrográficas 2016 – Cezar Pires -
https://youtu.be/sLvEQRvMAMU
2016-06-08 Dia da Terra Paradigma Ecocêntrico – Cezar Pires - https://youtu.be/og9FAjgHJ8o
2016-06-14 História Ambiental Rachel Carson - Cezar Pires - https://youtu.be/Qtfh6NSOwrA
Índice

Esta disciplina está organizada nas seguintes unidades:


Capítulo 1 – Conceitos Básicos e Definições
Capítulo 2 – Sistemas urbanos de abastecimento de
água
Capítulo 3 – Sistemas urbanos de esgotamento
sanitário
Capítulo 4 – Controle da poluição do meio ambiente
Capítulo 1
Conceitos Básicos e
Definições
Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), saneamento é
o controle de todos os fatores do
meio físico do homem que
exercem ou podem exercer
efeitos nocivos sobre o bem estar
físico, mental e social. É o
conjunto de medidas adotadas
em um local para melhorar a vida
e a saúde dos habitantes,
impedindo que fatores físicos de
efeitos nocivos possam
prejudicar as pessoas no seu
bem-estar físico mental e social.

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A origem é o Latim Íntima ligação com
SANUS, “de boa saúde pública e
saúde, sadio. preventiva.

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Aspectos Econômicos

Como se não bastasse ser


um direito constitucional do
cidadão, o saneamento
básico propicia também um
retorno econômico,
principalmente no longo
prazo. Eficientes sistemas
de saneamento propiciam:

• aumento da vida média e


da vida produtiva do
indivíduo pela diminuição
de doenças e da
mortalidade;

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Aspectos
Econômicos

• diminuição dos
gastos públicos com
saúde, tais como:
campanhas de
educativas e de
vacinação, gastos
gerais nos hospitais
públicos, gastos da
previdência, ....;

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Aspectos Econômicos

• facilidade da
instalação de
atividades
produtivas,
indústrias, serviços
(turismo), ...;

• depreciação de
imóveis e regiões
devido à poluição, ...
Praia dos Tamoios – Paquetá – Rio

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Aspectos Econômicos

Estima-se que cada unidade monetária (R$1,00)


aplicada e Saneamento Básico reverte em:

R$4,20 em diminuição de gastos com saúde;


R$3,13 no valor bruto da produção nacional (PIB);
R$1,88 no setor industrial;
R$1,15 no setor de serviços;
R$0,10 no setor agropecuário.

Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento (SNIS – CNI) 2014.

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Aspectos Legais: Constituição Federal 1988

Art. 21. Compete à União:

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento


urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos;

Art. 23. É competência comum da União, dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição


em qualquer de suas formas;
IX - promover programas de construção de moradias
e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;

Art. 196. a saúde é direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco da doença
e de outros agravos e de acesso universal e
igualitário às ações e aos serviços para sua
promoção, proteção e recuperação.

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Aspectos Legais: A Lei Federal 11.445/07 – Lei Nacional do Saneamento Básico

Art. 1. Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e


para a política federal de saneamento básico.

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No Artigo 3 considera os seguintes
serviços de saneamento:

I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-


estruturas e instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas
atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao
abastecimento público de água potável, desde a captação
até as ligações prediais e respectivos instrumentos de
medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta,
transporte, tratamento e disposição final adequados dos
esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos:
conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento
e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas:
conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de
vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas
pluviais drenadas nas áreas urbanas;

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Art. 2. Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com
base nos seguintes princípios fundamentais:
I - universalização do acesso;
III - universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios
ocupados ao saneamento básico;

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Art. 8o Os titulares dos serviços públicos de saneamento básico poderão
delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação desses
serviços, ...

Art. 9o O titular dos serviços formulará a respectiva política pública de


saneamento básico,...

Ainda hoje a titularidade do serviço público de saneamento básico enfrenta


séria controvérsia jurídica.

Em geral o entendimento tem sido que a titularidade do pertence ao poder


público municipal, exceto nas regiões metropolitanas em que a titularidade
passa a ser compartilhada entre estados e municípios.

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Art. 16. A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico
poderá ser realizada por:

I - órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa


pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Federal, ou
municipal, na forma da legislação;

II - empresa a que se tenham concedido os serviços.

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Diversos modelos compõe o quadro brasileiro no que diz respeito à
prestação dos serviços de saneamento básico.

Sempre a partir de concessões por meio de contratos com vigência


determinada, estas concessões têm hoje no Brasil os seguintes modelos:

- empresas públicas estaduais em áreas metropolitanas e em municípios


isolados;

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- empresas públicas municipais prestando serviço no município titular;

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O modelo de operação dos serviços por meio de empresas
públicas em geral apresenta:

- dificuldade de regulação do poder público exercida sobre


uma empresa também publica. Sendo o Estado
responsável pela prestação do serviço quem fará a
fiscalização?

- dificuldades clássicas da gestão pública: imobilismos, falta


de pessoal, greves, corporativismos, empreguismo, falta
de agilidade gerencial, dependência econômica e política
do poder público titular dos serviços, gestão politizada, ...

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- empresas privadas atuando em um município ou em vários municípios
consorciados;

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- empresas privadas atuando em um município ou em vários municípios
consorciados;

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- empresas privadas prestando parte dos serviços de saneamento básico, em
geral a distribuição de água e a coleta de esgotos, podendo ficar a captação e
o tratamento de água e o tratamento e a destinação de esgotos, a cargo de
empresas estaduais e municipais.

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O modelo de operação dos serviços por meio de empresas
privadas apresenta:

- ausência de competição entre empresas, por conta do


serviço de água e esgotos ser fisicamente robusto e
impedir a prestação do serviço por várias empresas
simultaneamente, impedindo a concorrência de mercado.
Trata-se de um monopólio natural;

- por conta disso, faz-se necessário forte regulação por


meio do poder público titular, e concessões bem feitas
com vigências com tempo determinado (cerca de 30 anos
em geral), que podem ser interrompidas ou não renovadas
caso identifique-se serviços ruins e metas não alcançadas.

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Opinião

Todos os modelos têm seus prós e contras, mas no geral a


concessão do serviço bem feita, por tempo limitado e bem
regulada para empresas privadas vem demonstrado ser mais
vantajosa do que para empresas públicas.

Como exemplo podemos citar o caso da Região dos Lagos. A


concessão (ProLagos) realizada a alguns anos vem trazendo
melhorias visíveis nesta região. Claro muita coisa ainda
precisa ser feita, porém casos históricos de falta de água
foram resolvidos e mais recentemente o problema de esgoto
parece estar sendo solucionado, como pode-se constatar
com a melhora das águas da laguna de Araruama, apesar do
crescimento populacional em seu entorno.

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Niterói (Águas de Niterói) também é um caso bem sucedido
como indicam as estatísticas do IBGE:

www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/atlas_saneamento

e o ranking da Ong. TrataBrasil com base no Sistema Nacional


de Informações Sobre Saneamento Básico (SNIS)
http://www.tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-4 .

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Contrastando
com nossos
“eternos”
problema de
poluição da
Baía de
Guanabara e
Sepetiba,
lagoas
cariocas, Rio
Paraíba do Sul,
...

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Realidade do Saneamento no Brasil Hoje

Maior problema ambiental no Brasil – Saneamento Básico

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Aspectos Técnicos

Água - Composição

Em termos físicos, é
um óxido de diidrogênio,
formada, portanto por
moléculas que contêm dois
átomos de hidrogênio
atraídos e unidos à um
átomo de oxigênio (H2O).

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Propriedades

Física

Apresenta baixa viscosidade, propriedade naturalmente


contrária ao escoamento (à fluidez) de um fluido. Desta
forma a água adquire movimento, isto é escoa, com
muita facilidade e em geral formando escoamentos
turbulentos com grande capacidade erosiva e de
transporte sedimentos em suspensão, como colóides e
solo (argila, silte e areias com grãos menores – menor
granulometria).

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Química

É o chamado solvente universal por apresentar


grande capacidade de dissolução de
substâncias diversas.

Biológica

É habitat para diversas formas de vida macro e


microbiológicas.

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Assim o que chamamos de água na
natureza é, na verdade, uma "sopa"
contendo diferentes tipos de substâncias
orgânicas, inorgânicas e animadas –
microorganismos.

Desta forma a água quimicamente pura


(H2O) não é encontrada no meio
ambiente.

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Tipos de Água
Assim encontramos diferentes composições para o que chamamos
de água. Pode-se então classificar as águas em vários tipos:

Bruta - é o termo utilizado para caracterizar a água encontrada na


natureza, sem ter sofrido nenhum tipo de tratamento pelo homem.
São as águas encontradas nas precipitações, nos oceanos, rios,
lagos, no solo e nos lençóis de água. A água bruta é o objeto da
Gestão de Ambiental de Recursos Hídricos.

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Potável - é a água inofensiva à saúde, agradável aos sentidos e
adequada à dessedentação, à preparação de alimentos e aos
usos domésticos de maneira geral. A água bruta pode ser
potável. Infelizmente isto é cada vez mais raro, levando à
necessidade de tratamento artificial.

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Tratada - é a água que foi submetida a um ou mais processos
artificiais de purificação, remoção de impurezas e/ou de correção
de impropriedades. O tratamento pode ser mais eficiente e mais
caro, levando a água a um padrão de potabilidade. Em alguns
usos menos exigentes, o tratamento pode ser menos intenso e
mais barato.

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Servidas ou residuárias – São os esgotos, as águas após
determinado uso humano, em geral encontra-se poluída
e/ou contaminada, mas podem ocorrer exceções.

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Águas cinzas - é qualquer água residual, ou seja, não-
industrial, a partir de processos domésticos como lavar
louça, roupa e tomar banho. A água cinza corresponde a
50 a 80% de esgoto residencial. Composto de água
residual gerados a partir de todas as casas saneadas,
exceto dos vasos sanitários.

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Águas Negras ou Imundas - são os esgotos sanitários que
contem matéria fecal e/ou urina.

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Poluída - é toda a água de características alteradas
devido à presença indesejável de substâncias
químicas, orgânicas e inorgânicas, que a tornam
imprópria para algum tipo de uso.

Contaminada - é água que apresenta germes


patogênicos. Apesar de conceitualmente diferente de
poluição a água contaminada em geral também
encontra-se poluída.

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Colorida - é o termo
conferido à água que
deixa de ser límpida
devido à presença de
substâncias
dissolvidas ou em
estado coloidal. A cor
da água comumente é
produzida por
substâncias
orgânicas.

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Turva - é a água que
não é límpida em
decorrência da
presença de
sedimentos em
suspensão.
Popularmente diz que
o aspecto da água
turva em um rio é
barrento. Geralmente
a água com turbidez
acentuada possui cor
reduzida e vice-versa.

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Dura ou salobre - é a água que possui teor
acentuado de certos sais que causam: sabor
característico tornando-a desagradável quando
bebida, inconveniente para a limpeza corporal e
lavagem de roupas, por não espumar com sabão e
impropriedade para o cozimento de legumes. Os sais
causadores da dureza são geralmente os
bicarbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos de cálcio e
magnésio. A água dura possui sabor característico.

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Salgada ou salina - é a água que, além de sais
causadores de dureza, possui elevado teor de cloreto
de sódio, que na água do mar constitui em média
78% dos sais dissolvidos. Águas salinas podem ser
encontradas em poços subterrâneos escavados
longe do litoral, com salinidade inferior as águas dos
oceanos, porém suficiente para impedir a maioria dos
usos deste recurso. A água do mar possui os
mesmos inconvenientes da água dura, porém em
grau mais acentuado.

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Ácida - é toda água que possui teor acentuado de gás
carbônico ou ácidos minerais. Seu pH (potencial de
hidrogênio) é inferior a 7 (valor neutro). Geralmente a
água com acidez acentuada é denominada agressiva
ou corrosiva por ser capaz de provocar a corrosão de
metais.

Alcalina - é a água que contém quantidade elevada


quer de bicarbonatos de cálcio e magnésio, quer de
carbonatos ou hidróxidos de sódio, potássio, cálcio e
magnésio. Seu pH é superior a 7. Toda água dura é
alcalina, a recíproca porém, nem sempre é verdadeira.
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Pura - é a água praticamente desprovida de
substâncias estranhas e que pode ser utilizada para
determinado fim sem sofrer tratamento. O conceito de
pureza é relativo. Exemplificando, uma água pode ser
pura para uso doméstico e impura para certo uso
industrial.

Doce - é a água que não apresenta teores de


salinidade que a torne com gosto desagradável. Não é
um conceito formalmente rígido.

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Existem vários outros tipos de água, caracterizando mais uma
vez sua importância, tais como:

na química - água sanitária (solução com cloro), água vegeto-


mineral (solução que tem por base acetato de chumbo), água
pesada (solução aquosa de óxido de deutério), água destilada,
água oxigenada, água boricada, água gaseificada, etc.;

nas tradiçõs religiosas - água benta, água fluidificada, água


santificada, etc.;

no cotidiano – água de colônia, água de cheiro, aguardente,


etc..

Tais tipos não serão tratados aqui.

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Doenças Transmitidas pela Água
A água é nociva à saúde, quando possui seres patogênicos e/ou elementos
prejudiciais ao organismo, capazes de causar-lhes doenças.

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cólera - é causado pelo Vibrio comma. A água é o veículo quase inteiramente
responsável pela disseminação da doença, já que nela é grande a longevidade
do agente etiológico. Não existe em caráter endêmico no Brasil. É comum na
Índia e na China.;

febre tifóide - A bactéria Salmonella typhi penetra no aparelho digestivo junto


com água e alimentos. É comum a contaminação em águas de enchentes que
tiveram contato com esgotos. Os sintomas são prostração e dor de cabeça. A
doença pode se desenvolver para uma infecção generalizada e causar a
morte;

febre paratifóide - O germe causador é o Bacilos paratifóides que tem acesso


ao organismo por via oral;

disenteria bacilar - causada por algumas espécies do gênero Shigella;

disenteria amebiana - causada pela Endamoeba histolylica;

diarreia infantil - é a principal causa de mortalidade em lactentes nos países do


Terceiro Mundo. A perda de água intensa provoca rápida desidratação,
levando à morte;
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hepatite infecciosa - Chamada de hepatite tipo A, é uma infecção
viral que atinge o fígado levando à insuficiência hepática e pode
causar problemas graves de saúde a longo prazo. Os sintomas
são fezes mais claras, olhos amarelados e urina escura. Ela
pode ser contraída pela ingestão de água ou alimentos
(especialmente frutos do mar) ou banho em águas
contaminadas;

poliomielite - também chamada de paralisia infantil ou


simplesmente pólio, é uma doença grave que leva o paciente à
paralisia. A transmissão ocorre pela falta de higiene e de
saneamento na moradia;

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fluorose - resulta do excesso de flúor na água, o qual ataca o
esmalte dos dentes, dando-lhes coloração escura;

saturnismo - é doença causada pelo chumbo. Quando a água é


possuidora de baixa dureza e grande corrosividade, tem o poder
de dissolvê-lo, ao passar pelas tubulações dele constituídas. O
envenenamento pode ocorrer quando o teor do metal é superior a
0,3 mg/l;

cianose ou metamoglobinemia - teores elevados de nitrato,


utilizadas no preparo de alimentos podem provocar a doença que
provoca descoloração da pele em consequência de alterações no
sangue. Para efeito de prevenção as águas para bebida não
devem ter nitratos além de 45 mg/l.

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Usos da Água

Quanto ao consumo
quantitativo tem-se:

• consuntivos -
refere-se aos usos
que retiram a água de
sua fonte natural
diminuindo suas
disponibilidades
quantitativas, espacial
e temporalmente;

Ex.: Irrigação

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• não-consuntivos -
refere-se aos usos
que retornam à fonte
de suprimento,
praticamente a
totalidade da água
utilizada, podendo
haver alguma
modificação no seu
padrão temporal de
disponibilidade
quantitativa e
podendo modificar
sua qualidade.

Ex.: Usinas
Hidroelétricas e
navegação.
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Uma cidade por meio
de sua cia de água e
esgoto é considerada
um usuário
parcialmente
consuntivo.

Estima-se que em
média 80% da água
captada e distribuída
na cidade, retorna na
forma de esgotos ao
corpo hídrico receptor.

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Usos da Água

Quanto ao consumo qualitativo tem-se:

Uso Primário - trata-se do uso mais nobre,


predominantemente consuntivo, representado
pelo uso doméstico que inclui a dessedentação, o
preparo de alimentos, as lavagens domiciliares e
a higiene pessoal. Os padrões de qualidade da
água devem ser os mais elevados possíveis e a
água na maioria das cidades requer tratamento
preliminar em estações de tratamento de água.
Nesta categoria pode-se considerar também o
uso da água como vetor de transporte de
substâncias benéficas no uso doméstico, como o
flúor adicionado à água em estações de
tratamento de água com o objetivo de prevenir a
cárie dentária. Em termos quantitativos, as
projeções demográficas determinam a estimativa
de demanda.

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Uso Secundário - a água é usada para fins urbanos e industriais sendo o
padrão de qualidade correspondente ao doméstico. Estão nesta categoria:

• usos públicos - refere-se aos usos comerciais em hospitais, restaurantes,


escolas...; ao molhamento de parques e jardins urbanos; ao combate à
incêndios; à limpeza pública e ao uso estético em chafariz e fontes. O uso
público é em geral consuntivo e os padrões de qualidade acompanham ao
doméstico. Apesar de alguns usos como o combate à incêndios, limpeza
pública e o uso estético não exigirem necessariamente um padrão de qualidade
tão alto como o uso doméstico, estes usos utilizam a mesma água do uso
domésticos, dado que em geral só existe uma rede de encanamentos para a
distribuição urbana de água. Em termos de aumento de demanda também
acompanham as projeções demográficas;

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• uso industrial - decorre do aproveitamento da água para arrefecimento de
processos com geração de calor, como fonte de energia hidráulica ou para
geração de vapor com altas pressões com objetivo de gerar energia elétrica
dentro de industrias e usinas, como elemento de desagregação o diluição de
partículas minerais, como insumo de processos industriais, em indústrias de
alimentos e bebidas incluindo a indústria da construção civil na obtenção do
concreto e finalmente como meio fluido de transporte. Apesar de alguns destes
usos não exigirem altos padrões de qualidade, em geral o uso industrial utiliza
água tratada, mesmo em indústrias fora do perímetro urbano não ligadas a rede
de abastecimento. A demanda hídrica depende da produção.

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Uso Terciário - caracterizado pela utilização da água na
própria fonte. O padrão de qualidade exigido é inferior
devendo a água não apresentar poluição e/ou
contaminação. São exemplos:

• hidroeletricidade;
• irrigação;
• agricultura e pecuária;
• piscicultura;
• pesca;
• navegação;
• mineração;
• uso terapêutico, recreação e esportes;
• conservação de ecossistemas.

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