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história do brasil

apostila 01 brasil

árvore era cortada e transportada aos navios portugueses que recebia as terras não como proprietário, mas como
pelos indígenas, que, em pagamento, recebiam objetos de administrador. Possuía o direito de fundar vilas, conceder
pouco valor, mas muito úteis na América como machados, sesmaria, receber a redizima (1/10 das rendas que iriam
facões e serras. Essa relação de trabalho chama-se para a Coroa) e a vintena (5% sobre o valor arrecadado
escambo. com o pau-brasil e a pesca). Além disso, poderia cobrar
O ciclo do pau-brasil não criou núcleos povoadores; gerou tributos sobre as salinas, moendas e engenhos. No entanto,
apenas algumas feitorias de pouco significado, como a de a capitania não podia ser vendida. Ela era hereditária; só
Cabo Frio (1503). podia ser passada de pai para filho.
Ao contrário do que aconteceu nas ilhas do Atlântico,
Capitanias Hereditárias
no Brasil as capitanias não tiveram sucesso. Vários
fatores contribuíram para isso: falta de terras férteis em
determinadas regiões; conflitos com os indígenas, que
lutavam para manter suas terras e evitar a escravidão; a
falta de interesse da maioria dos donatários; a distância
da Metrópole; e, principalmente, a falta de recursos dos
pequenos nobres que receberam capitanias e que não
possuíam o capital necessário para o empreendimento.
Somente os elementos originários do grupo mercantil, que
dispunham de fortuna própria e crédito junto aos bancos
holandeses, prosperaram. Foi o caso de Martin Afonso,
com a capitania de São Vicente, e de Duarte Coelho,
com a de Pernambuco. As demais malograram, e a
Coroa começou a retomá-las em 1548, tendo sido a última
capitania desfeita em 1759.
As capitanias possuíam alguns traços feudais na sua
estrutura jurídica e política, mas sua base econômica
apresentava características não-feudais: a economia da
Colônia era determinada pelo comércio internacional e
o trabalho nunca foi servil. A produção voltava-se para a
exportação e a mão-de-obra era basicamente escrava,
nem de longe assemelhava-se à economia de subsistência
as capitanias hereditárias típica do feudalismo.
Essas características divergentes decorrem do fato de que
Durante a viagem de Martim Afonso, alguns núcleos o início do colonialismo ocorreu em meio à transição do
de povoamento foram fundados, mas rapidamente se feudalismo para o capitalismo, aparecendo entrelaçados
percebeu que estes, isolados, seriam insuficientes para os traços, as forças e as formas de um e de outro. Esses
garantir a posse portuguesa. Tornava-se necessário fatores inevitavelmente se refletiriam nas colônias.
estimular ainda mais o processo colonizador. Não dispondo
de capital suficiente para tal empreendimento. D. João III
resolveu implantar um sistema já experimentado e que Os Governos Gerais
teve sucesso nas ilhas atlânticas: Madeira, Açores e Cabo Diante do fracasso do sistema de capitanias, a Metrópole
Verde. Tratava-se das capitanias hereditárias. procurou recorrer à centralização do poder. Criou-se
Baseando-se nas informações enviadas por Martin Afonso, o governo-geral, não para acabar com as capitanias,
o governo português dividiu o litoral brasileiro em 14 mas para centralizar a administração, pois a autonomia
capitanias correspondentes a 15 lotes de terra que foram dos donatários chocava-se com os interesses do Estado
doadas a 12 donatários. português.
Para estimulá-los, D. João III concedeu-lhes amplos
poderes, ficando no entanto, o financiamento e os riscos
da empresa também por conta dos mesmos. A Coroa Governo de Tomé de Sousa (1549 - 1553)
efetivamente não possuía condições financeiras para Coube a Tomé de Sousa o primeiro governo-geral do
investir no processo colonizador. Por essa razão, D. João Brasil, com sede na Bahia. Junto com o governador-geral
III tratou de determinar muito mais direitos do que deveres chegaram os colonos e seis jesuítas, chefiados pelo padre
a quem aceitasse participar da aventura da colonização. Manuel da Nóbrega.
Juridicamente, a ocupação das terras era assegurada pela As realizações mais importantes do período foram a
carta de doação e pelo foral. A carta de doação, assinada fundação da primeira cidade brasileira - Salvador -, do
pelo rei, cedia ao donatário as terras, bem como o poder primeiro bispado, com D. Pero Fernandes Sardinha, e do
administrativo e jurídico delas. primeiro colégio no Brasil. Nesse período houve também
O foral determinava os direitos e deveres do donatário, um grande incentivo à agricultura e à pecuária.

4 História do Brasil - Apostila 01


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brasil apostila 01

Governo de Duarte da Costa (1553-1558) Financiamento Holandês


Segundo governador-geral, Duarte da Costa veio também O que motiva os portugueses a investirem maciçamente
para o Brasil acompanhado de jesuítas, entre os quais no cultivo da cana no Brasil, foi a forte crise econômica
José de Anchieta. Este, junto com Nóbrega, fundou, em 25 existente em Portugal provocada pela decadência do
de Janeiro de 1554, o Colégio de São Paulo. comércio de especiarias do Oriente e pela expulsão de
No governo de Duarte da Costa ocorreu, em 1555, a uma numerosa e rica camada de comerciantes judeus de
invasão do Rio de Janeiro pelos franceses, que fundaram Portugal motivada por motivos religiosos.
a França Antártica. Ironicamente, os portugueses tiveram que recorrer aos
holandeses, na maioria judeus expulsos para resolver a
Governo de Mem de Sá (1558 - 1572) questão do financiamento e do transporte do açúcar. Em
contrapartida, o investimento, o transporte, a refinação e
Os fatos mais importantes do governo de Mem de Sá foram: a distribuição do produto ficava por conta dos holandeses.
Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro O interesse português neste relacionamento, a primeira
em 1565; Expulsão dos franceses em 1567; Formação das vista prejudicial à Portugal, consistia em garantir a posse
primeiras missões jesuíticas. da colônia através do povoamento e o pacto colonial, ou
Após a morte de Mem de Sá fatos relevantes para a história seja, todos os navios que fossem para o Brasil, ou de lá
política só virão a ocorrer em 1580 com a União Ibérica. viessem deveriam obrigatoriamente passar por Portugal,
garantindo a cobrança de impostos que se não geravam
A ECONOMIA DO PERÍODO grandes lucros, ao menos aliviavam a crise portuguesa.
COLONIAL A PARTIR DE 1530
Estrutura Produtiva
Plantation
A empresa agrícola açucareira, integrada ao esquema
colonial-mercantilista europeu, voltava-se para a exporta-
ção. Por essa razão, produzia-se muito, a fim de se obter
um amplo retorno que cobrisse o alto investimento inicial.
Essa produção em larga escala era feita em fazendas
denominadas engenhos, explorando-se ao máximo a
mão-de-obra utilizada, a fim de aumentar o lucro.
Monocultura, latifúndio, trabalho escravo, produção para o
mercado externo, essa eram as principais características
da estrutura econômica brasileira do período colonial. A
essa estrutura dá-se o nome de plantation.

Ciclo da Cana
Experiência no Cultivo
A organização econômica da colônia atendia aos interesses Escravos na moenda de um engenho - Óleo de Debret.
do sistema mercantilista, e a organização política no Brasil
deste período foi montada para garantir a Coroa portuguesa
a maximização dos lucros e minimização dos custos.
A cana-de-açúcar, originária da Ásia, foi, inicialmente
cultivada pelos portugueses nas ilhas de Madeira, Açores e
Cabo Verde. Esta experiência foi transposta para a colônia
brasileira facilmente se adaptou as condições de clima e
solo locais.

História do Brasil - Apostila 01 5

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